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sábado, 26 de outubro de 2019

Primeiro cinco estrelas do Brasil, Hotel Glória será colocado à venda de novo

Atual gestor do Hotel Glória, o grupo árabe Mubadala quer vender 100% do prédio histórico. Aberta ao público em 1922 no Rio de Janeiro, a edificação foi arrematada em 2008 pelo empresário Eike Batista e é célebre por ter sido o primeiro hotel cinco estrelas do Brasil, além de ter hospedado 19 presidentes da República.

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, o fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos contratou a BFIN Serviços Financeiros como assessora na tentativa de buscar potenciais investidores.

Em 2016, o grupo árabe recebeu o Hotel Glória como parte da reestruturação da dívida de US$ 2 bilhões do empresário com o Mubadala, dono de US$ 229 bilhões em ativos sob gestão. As obras no hotel já estavam então paradas havia três anos, como consequência da derrocada financeira do Grupo X.

Com vista para o Pão de Açúcar, o hotel fora comprado pelo então bilionário Eike, em 2008, pelo preço de R$ 80 milhões, para ser reformado com vistas à Copa de 2014 e à Olimpíada de 2016. Na ocasião, o empresário anunciara que o prédio passaria por uma grande reforma e se transformaria em um hotel de luxo seis estrelas. "Vamos resgatar o charme dos anos 1920", prometeu, à época.

A BFIN, braço do grupo Brookfield, é uma assessoria financeira especializada em mercado imobiliário. Em uma apresentação a investidores batizada de "Project Marine" que circula no mercado carioca, a fim de seduzir investidores estrangeiros, a assessoria tenta vender o Glória como "oportunidade única de retrofit de um dos imóveis mais icônicos do Brasil", com vista panorâmica para a Baía de Guanabara e o Pão de Açúcar. Outro ponto salientado pela assessoria é que a legislação vigente no Rio é flexível, o que permitiria o uso hoteleiro ou residencial do imóvel.

Os termos financeiros da transação, entretanto, não são detalhados – ao contrário do que é feito sobre a localização, salientada também como próxima (cerca de 2Km) do Aeroporto Santos Dumont e da Praia de Copacabana (a dez minutos). Procurados, Mubadala e BFIN não quiseram comentar a negociação.

Na descrição da BFIN, é informado que o estágio atual da reforma permite a fácil adaptação do projeto. O Mubadala faz hoje apenas a manutenção do prédio.

O Hotel Glória voltou ao noticiário nas últimas semanas após circular na imprensa a informação de que uma inspeção feita por engenheiros convidados pela prefeitura do Rio teria dado um parecer recomendando a implosão do Glória. Ao Estadão, a Prefeitura do Rio negou que tenha realizado qualquer vistoria no local.

Fonte: Yahoo Notícias

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