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terça-feira, 31 de julho de 2012

MRV Engenharia está em nova atualização da “lista suja” do trabalho escravo

A MRV Engenharia, empresa do setor de construção de edifícios residenciais que obteve o maior lucro das Américas em 2011 (segundo estudo recente da Economática), foi incluída na atualização da “lista suja” do trabalho escravo divulgada nesta terça (31). O cadastro mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) vem sendo atualizado semestralmente, desde o final de 2003, e reúne empregadores flagrados pelo poder público na exploração de mão de obra em condições análogas à escravidão. Com as 115 novas inclusões efetivadas nesta terça (o governo divulgou que são 118, porém ele incluiu nomes que retornaram à lista neste cálculo, ou seja, não são inéditos), a “lista suja” atingiu o número recorde de 398 nomes.

A “lista suja” tem sido um dos principais instrumentos no combate a esse crime, através da pressão da opinião pública e da repressão econômica. Após a inclusão do nome do infrator, instituições federais, como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Banco da Amazônia, o Banco do Nordeste e o BNDES suspendem a contratação de financiamentos e o acesso ao crédito. Bancos privados também estão proibidos de conceder crédito rural aos relacionados na lista por determinação do Conselho Monetário Nacional. Quem é nela inserido também é submetido a restrições comerciais e outros tipo de bloqueio de negócios por parte das empresas signatárias do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo – que representam mais de 25% do PIB brasileiro.

O nome de uma pessoa física ou jurídica é incluído na relação depois de concluído o processo administrativo referente à fiscalização dos auditores do governo federal e lá permanece por, pelo menos, dois anos. Durante esse período, o empregador deve garantir que regularizou os problemas e quitou suas pendências com o governo e os trabalhadores. Caso contrário, permanece na lista. A matéria, abaixo, é da Repórter Brasil:

Com as 115 inclusões efetivadas nesta terça, a “lista suja” atingiu o número recorde de 398 nomes. Oito empregadores foram excluídos (sete deles em decorrência do vencimento do prazo mínino de permanência de dois anos e do pagamento das multas, e um por conta de liminar obtida recentemente na Justiça). Dois reingressaram em decorrência da invalidação de instrumentos judiciais que os mantinham fora da relação.

A entrada da MRV se deve a duas fiscalizações que encontraram grupos de trabalhadores migrantes em condições de trabalho escravo em obras de condomínios no ano de 2011: Parque Borghesi, na cidade de Bauru (SP), e Residencial Beach Park, em Americana (SP). O Ministério Público do Trabalho (MPT) chegou a protocolar uma representação inédita, há alguns meses, para que a construtora, que lidera contratos do programa federal de habitação popular, “Minha Casa Minha Vida”, seja investigada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) por prática de dumping social.

Também entrou na “lista suja” a Prime Incorporações e Construções, que faz parte do grupo econômico encabeçado pela MRV. Fiscalizações no setor de construção civil resultaram ainda em outras inclusões: MSKE Construções e Serviços entrou para a relação por conta de um flagrante também em obras do “Minha Casa Minha Vida”, em São José do Rio Pardo (SP). E a Eplan Engenharia Planejamento e Eletricidade passou a constar no cadastro em função da libertação de nove pessoas em frentes de trabalho de expansão do programa “Luz para Todos”, em Guajará-Mirim (RO).

Entre os ingressantes, também destacam-se nomes de empregadores ligados à política, como o engenheiro René Pompêo de Pina, que foi secretário de infra-estrutura do Estado de Goiás e presidente do conselho da Celg Distribuição S/A, filiado ao PSDB, e o de Janete Gomes Riva, esposa do deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Mato Grosso, José Riva (PSD). O sobrinho do deputado federal Carlos Bezerra (PMDB/MT), Emanoel Gomes Bezerra Júnior, também aparece na “lista suja”.

Fonte: Leonardo Sakamoto

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Shoppings: ignorar a realidade não faz ela deixar de existir

“Você paga mais impostos, emprega mais pessoas, dá facilidades de conforto, dá a economia de tempo. Você entra num shopping center e tem compras, alimentação, lazer, até um simples bate-papo. Na minha cabeça, ele deveria cobrar uma contrapartida.”

A declaração é de Luiz Fernando Pinto Veiga, presidente da Associação Brasileira de Shoppings Centers, dada aos repórteres Carolina Matos e Evandro Spinelli, da Folha de S. Paulo, ao ser questionado se as exigências viárias e ambientais impostas aos shoppings pelos órgãos públicos são equivalentes ao investimento realizado por eles.

O discurso é semelhante ao do dono da fábrica que diz que faz um favor aos operários quando abre uma unidade nova, como se ele não precisasse da força de trabalho de pessoas para ganhar dinheiro. Com argumentos bem colocados, subverte-se a vida da forma como desejarmos. Ou seja, os donos de shopping fazem uma caridade aos paulistanos ao instalarem locais onde se oferece, sem nenhum interesse, realidade virtual.

Ou, como dizem meus amigos de Alphaville, ao criticarem os condomínios fechados em que cresceram: “bolhas”. Um ambiente agradável, asséptico, sem pobreza, dor ou feiúra, com temperatura estável e luz na quantidade certa para possibilitar aquilo que fazemos de melhor: comprar.

Como já disse aqui, os produtos que consumimos são estilos de vida. Do que somos. Do que gostaríamos de ser. Do que deveríamos ser – não em nossa opinião, necessariamente, mas de uma construção do que é bom e do que é ruim. Construção essa que vem, não raras vezes, de cima para baixo. A busca pela felicidade passa cada vez mais pelo ato de comprar. E a satisfação está disponível desde que você tenha um cartão de crédito ou débito com saldo. Trabalhamos tanto que, não raro, esquecemos como demonstrar afeto de forma sincera ou simplesmente não temos tempo para isso. Então, a fim de compensar nosso silêncio ou nossa ausência, nos tornando compradores e doadores de símbolos daquilo que não conseguiremos transmitir por vivência direta.

Os shoppings oferecem um caminho fácil para tornar isso possível. Eles não são os culpados, mas fazem parte do processo. Enquanto isso, vamos feito gado, comprando bovinamente, sem questionar o que aquilo representa. Ou suas consequências para a cidade. Que vão além do aumento no trânsito ou de vagas de estacionamento.

Você que mora fora de São Paulo talvez não entende a paixão avassaladora que nós, paulistanos, temos com o shopping center. Matérias e mais matérias já foram produzidas sobre pessoas que não viveriam sem eles – não porque deles dependem para tirar o sustento, mas por terem escolhido suas luzes, vitrines, cinemas, restaurantes e academias como pano de fundo para suas existências. Gostando ou não gostando, oferecem a comodidade necessária para o nosso ritmo e fazem parte da nossa vida.

E o melhor é que a sensação de falsa segurança, no estilo “me engana que eu gosto”, oferece a garantia de que nada vai acontecer com você se estiver lá dentro. Da mesma forma que cercas eletrificadas mentem sobre a proteção de casas, que carros blindados mentem sobre a proteção de famílias, que a presença de uma arma de fogo mente quando promete afastar qualquer risco real. Mas nos esquecemos que ninguém vive apenas em suas casas, as pessoas – em algum momento – saem de seus carros e armas de fogo mudam de mãos tão rápido quanto uma cancela se abaixa atrás do veículo no estacionamento do shopping ou uma porta-automática se fecha. Daí em diante, a realidade virtual se desliga.

Em outras palavras, sentimento falso, pois não são cercas, chapas de aço ou armas que garantem segurança aos moradores de uma metrópole como São Paulo. É bom como efeito placebo, para se enganar, mas, mais dia ou menos dia, a bomba estoura.

São Paulo tem mais de 11 milhões de habitantes, mas apenas uns poucos são efetivamente cidadãos, com acesso a todos os seus direitos previsto em lei. Lembra a antiga Atenas, com uma democracia para uns poucos iluminados e o trabalho pesado para o grosso da sociedade, composta de escravos. Enquanto parte de nós aproveitam uma vidinha “segura” dentro de bons shoppings, clubes, restaurantes, boates e residenciais, outros penam para sobreviver e ser reconhecidos como gente. Para cada assassinato em Moema, 130 são mortos no Grajaú. Só que a morte de uma jovem em Moema causa mais impacto na mídia do que a de 130 na periferia, como já aconteceu em outros tempos. Tem vida que vale mais que outras, por causa do dinheiro.

Nesse contexto, e mesmo como muleta retórica, é engraçado os shoppings sugerirem uma contrapartida da cidade por serviços prestados. Pois, mesmo involuntariamente, ajudam a evitar que as pessoas desencastelem-se e tenham a possibilidade de reconhecer no outro um semelhante e procurar um diálogo que construa uma cidade melhor e não destrua pontes. Qual o custo disso para a cidade?

Há riscos de assaltos? Sempre há e eles vão acontecer. Mas devemos ter em mente que há atitudes que pioram o quadro. Ou a cidade será boa para todos ou a aristocracia que sobrar após o caos não conseguirá aproveitar sua pax paulistana em shoppings. Ignorar a realidade não faz ela deixar de existir.

Fonte: Leonardo Sakamoto

Leonardo Sakamoto é jornalista e doutor em Ciência Política. Cobriu conflitos armados e o desrespeito aos direitos humanos em Timor Leste, Angola e no Paquistão. Professor de Jornalismo na PUC-SP, é coordenador da ONG Repórter Brasil e seu representante na Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Brasileiros estão na lista dos maiores compradores de imóveis nos EUA

Com a desvalorização do dólar e a crise financeira, o mercado de imóveis americano está cada vez atraente aos compradores estrangeiros.

Uma pesquisa realizada pela NAR (National Association of Realtors) concluiu que o número de investimentos no país cresceu de US$ 66,4 bilhões para US$ 82,4 bilhões do ano passado até maio deste ano.

A pesquisa mostra que os brasileiros estão no ranking dos maiores compradores estrangeiros, conquistando o oitavo lugar. A três primeiras posições pertencem a canadenses, chineses e mexicanos, respetivamente.

Segundo o presidente da instituição, Moe Veissi, as vantagens do mercado imobiliário americano, como preços baixos e um boa condição da construção, são responsáveis por atrair investidores internacionais.

"A maioria das compras é destinada a investimentos, casas de férias ou a uma diversificação do portfólio. Além disso, muitos imigrantes enxergam a compra de uma propriedade como uma realização pessoal", complementa.

Na lista dos lugares mais procurados estão Flórida, Califórnia, Texas e Arizona, que somados representam um total de 51% das aquisições.

Ainda segundo o levantamento, as condições climáticas e territoriais e a proximidade com o país de origem são características decisivas para compra: a costa leste, geralmente, é a primeira opção dos europeus, enquanto a costa oeste é o destino preferido dos chineses.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Prefeitura rejeita documentos do Shopping Paulista, aplica multas e ameaça interditar local

A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras informou hoje (23) que a documentação apresentada pelo shopping Pátio Paulista na última quarta-feira (18) não conseguiu comprovar que o estabelecimento não cometeu as irregularidades que provocaram a cassação da licença de funcionamento do local.

Por conta disso, o shopping recebeu mais duas multas, de R$ 1,18 milhão e R$ 477 mil. A Brookfield Gestão de Empreendimentos (BGE), administradora do shooping, foi intimada a encerrar ou regularizar a atividade do shopping dentro de dez dias. Caso não cumpra a ordem, a prefeitura afirma que irá interditar o local em 31 de julho.

A licença de funcionamento foi cassada no último dia 10. Segundo a prefeitura, o shopping não oferece número suficiente de vagas no estacionamento e possui um lava-rápido funcionando indevidamente na área onde deveria haver vagas para clientes do local.

Ainda de acordo com a administração municipal, o déficit no estacionamento do shopping é de 470 vagas. Procurada pela reportagem, a Brookfield afirmou que não irá se manifestar sobre o assunto.

Irregularidades nos shoppings

A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, órgão subordinado à Prefeitura de São Paulo, fez um levantamento das irregularidades cometidas pelos shoppings centers da capital paulista. Só neste ano, foram aplicadas aos administradores, lojistas e proprietários dos estabelecimentos multas que somam quase R$ 20 milhões, segundo a secretaria.

Dos 47 shoppings da cidade de São Paulo, apenas 19 estão com a situação regular. De acordo com a prefeitura, 22 estabelecimentos cometeram alguma irregularidade ou estão com algum tipo de pendência junto à administração municipal. Seis shoppings (Villa Lobos, Center Norte, Lar Center, Jardim Sul, Mooca e Aricanduva) conseguiram liminares na Justiça que impedem a fiscalização da prefeitura.

A fiscalização nos shoppings teve início em junho, após reportagem publicada pelo jornal "Folha de S. Paulo" revelar que Daniela Gonzalez, ex-diretora financeira da BGE, empresa do grupo Brookfield que administra shoppings, acusou a empresa de ter pago propina para obter licenças para seus empreendimentos.

Desde então, a prefeitura encontrou irregularidades na documentação de vários shoppings, entre eles o Higienópolis e Pátio Paulista, que podem ser fechados ainda neste mês.

Veja abaixo quais são as irregularidades cometidas por cada shopping:

Pátio Paulista - Certidão de Diretrizes não cumprida; vagas insuficientes no estacionamento

Pátio Higienópolis- Certidão de Diretrizes não cumprida; vagas insuficientes no estacionamento

Eldorado - Falta certidão de acessibilidade; vagas insuficientes no estacionamento

Interlagos - Documentação incompleta; construções irregulares; vagas insuficientes no estacionamento

Raposo Tavares - Documentação das lojas incompleta

West Plaza - Construções irregulares; documentação incompleta

Pirituba - Vagas insuficientes no estacionamento; documentação incompleta

Light - Falta certificado de regularização da edificação

Butantã - Documentação incompleta para a atividade de estacionamento

Portal do Morumbi - Documentação incompleta para a atividade de estacionamento

Metrô Itaquera - Área construída em discordância em relação ao projeto

Continental - Documentação incompleta

Bourbon/Matarazzo - Documentação das lojas incompleta

Pompéia Nobre - Documentação incompleta

Brascan - Documentação incompleta

Santana Parque - Sem processo de execução de reforma

Santana - Documentação incompleta

Top Center - Documentação incompleta

SP Market - Documentação incompleta

Capital - Fechado em 26.jun.2012 - deve adequar-se ao Código de Obras e apresentar a devida documentação

Central Plaza - Documentação incompleta

Frei Caneca - Auto de Intimação nas lojas

Shoppings com a documentação em dia

Anália Franco
Cidade Jardim
Campo Limpo
Plaza Sul
Center Lapa
D
Metro Boulevard Tatuapé
Metrô Tatuapé
Penha
D&D
Iguatemi São Paulo
Vila Olímpia
Parque JK
Boa Vista
Market Place
Morumbi
Center 3
Ibirapuera
Metrô Santa Cruz

Shoppings que conseguiram liminares

Villa Lobos
Center Norte
Lar Center
Jardim Sul
Mooca Plaza
Aricanduva

Fonte: Uol Notícias

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Os cuidados na hora de redigir as cláusulas tributárias de obras e serviços

Por Martelene Carvalhaes Pereira e Souza, consultora tributária para Construção Civil

Por empreitada ou por administração, a obra ou serviço deve conter cláusulas contratuais bem definidas sobre retenção tributária e fornecimento de materiais

Para a administração tributária, a redação dos contratos é fundamental para evitar conflitos e erros de interpretação. Os usos e costumes gerados pela cultura desse setor devem ser compatibilizados com a legislação tributária que regula essa atividade tão complexa. Ou os contratos trazem uma redação que contribua para a solução dos conflitos e do planejamento tributário ou afastarão a possibilidade de novos negócios e investimentos, além de vir a onerar o custo das obras e expor as empresas a riscos fiscais. No que tange à forma de contratação, a construção civil contrata por empreitada ou por administração.


Contratos por empreitada

O art. 610 do Código Civil regula as espécies de empreitada, sendo que o empreiteiro de uma obra pode contribuir para ela só com seu trabalho ou com trabalho e os materiais.

A empreitada é a execução, contratualmente estabelecida, de tarefa, de obra ou de serviço, por preço ajustado, com ou sem fornecimento de material ou uso de equipamentos, que podem ou não ser utilizados, realizada nas dependências da empresa contratante, nas de terceiros ou nas da empresa contratada, tendo como objeto um resultado pretendido e predeterminado.

Empreitada com ou sem fornecimento de materiais

O parágrafo 1o do art. 610 do Código Civil não admite a presunção do fornecimento de materiais. Deve estar expresso no contrato e principalmente no valor dos materiais constantes da composição do preço da empreitada na apuração do Valor dos Serviços, a base de cálculo da retenção para a previdência social de 11%. O Decreto 3.048/99 em seu art. 219 vincula a dedução do valor dos materiais da base de cálculo da contribuição previdenciária, desde que haja previsão contratual e discriminação nas notas fiscais.

Pelo Regulamento da Previdência Social, a falta da previsão contratual do valor dos materiais ou utilização de equipamentos, transfere para o INSS a fixação do valor mínimo da base de cálculo da retenção, ou seja, 50% do valor total da nota fiscal, situação que em muitos casos resulta em excesso de retenção, que compromete o fluxo de caixa das empresas.

Não havendo previsão contratual de fornecimento de materiais, haverá significativo aumento na carga tributária das empresas quanto à retenção do INSS, que incide sobre o valor total, além de aumento de IR (Imposto de Renda) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) para as empresas optantes pelo Lucro Presumido, cuja base de cálculo para o IR salta de 8 para 32%, e CSLL, de 12 para 32%.


Empreitada total ou parcial - Para o INSS, a empreitada poderá ser total ou parcial, independente de fornecimento ou não de materiais. A empreitada total somente pode ser contratada por empresa construtora, e nesse caso é a responsável pela matrícula CEI e pela emissão da CND da obra. Nas empreitadas parciais, o responsável pela CEI e pela CND será sempre da empresa contratante, na qualidade de proprietária ou dona da obra, sendo nula a cláusula que o estipular de forma diferente. Em relação aos tributos federais e o ISS (Imposto Sobre Serviços), a tributação é feita da mesma forma, levando-se em conta somente se a empreitada é com fornecimento de materiais ou não, pois a caracterização de total ou parcial somente vincula a responsabilidade pela obra, matrícula e CND perante o INSS.


A Subempreitada - O art. 626 do Código Civil deixa claro que o contrato de empreitada não é intuitu personae, podendo o empreiteiro contratado pelo dono da obra vincular-se a outros empreiteiros, para que executem parte ou mesmo toda a construção contratada. Na construção civil é comum a existência de várias subempreitadas, que é contrato dependente do contrato de empreitada, mas distinto deste. A tributação segue as mesmas regras da empreitada tanto para a retenção de 11% para a previdência social quanto para os tributos federais (PIS/Cofins/IR/CSLL) e para o ISS.



Cláusulas com faturamento direto contra o cliente - É muito comum nos contratos de empreitada na construção civil a cláusula de faturamento direto, em que a empreiteira contratada assume a responsabilidade do preço, porém os materiais são adquiridos em nome da empresa contratante e quitados diretamente por esta. Tal prática evita a bitributação do PIS e da Cofins que incide sobre o faturamento. Para o INSS, não descaracteriza a empreitada total, continuando a construtora responsável pela CEI e pela CND da obra.

Nesse caso, deve ser analisada a questão do faturamento direto de subempreiteiros, pois assim passamos a ter empreitadas parciais, visto que os prestadores de serviços especializados são contratados diretamente pelo proprietário ou dono da obra e não pela empreiteira, ou pela empreiteira em nome do cliente, autorizada por contrato.

A Instrução Normativa da Secretaria da Receita Previdenciária no 03, de 2005, traz expressamente tal contratação no art. 413, parágrafo 2o, inciso IV: "Terá tratamento de empreitada parcial aquela realizada por empresa construtora em que tenha ocorrido faturamento de subempreiteiros diretamente para o proprietário, dono da obra ou incorporador, ainda que a subempreiteira tenha sido contratada pela construtora".

Nesse caso o responsável pela CEI e CND da obra será sempre o proprietário ou dono da obra, descaracterizando a empreitada total somente perante a legislação do INSS, continuando a construtora responsável pelo preço ajustado.

Contratos por administração

É aquele em que a empresa contratada somente administra a obra de construção civil e recebe como pagamento uma percentagem sobre todas as despesas realizadas na construção, denominada "taxa de administração", e não tem retenção de 11% para a previdência social.

Nesse caso todos os materiais e empreiteiros são contratados diretamente pelo proprietário ou dono da obra, que é o responsável pela matrícula CEI perante o INSS, similar ao contrato de empreitada com faturamento direto para o cliente de materiais e subempreiteiros.

Nos contratos por administração nos quais a construtora contratada também fornece mão-de-obra, mesmo que o faturamento da taxa de administração e da mão-de-obra seja efetuado em notas fiscais distintas, a retenção de 11% incide sobre o total das duas notas fiscais, de acordo com as determinações do art.153 da Instrução Normativa SRP no 03/2005.

Estudo mostra pérolas dos currículos

Excepcionalmente transcrevo matéria que não é relacionada com o mercado imobiliário.

Um levantamento da consultoria Americana CareerBuilder indicou "pérolas" presentes em currículos enviados pelos candidatos a vagas. A empresa ouviu 2.298 recrutadores e pediu que eles listassem erros ou informações pouco usuais presentes nos currículos. Veja abaixo alguns exemplos:

1. Um candidato disse que era um gênio e convidou a recrutadora para entrevistá-lo no apartamento dele.

2. Na carta de apresentação, o candidato dizia que sua família pertencia a uma gangue.

3. Candidato listou "caçar crocodilos" como uma de suas habilidades.

4. Um candidato incluiu a atividade de phishing (furto de dados pessoais pela internet) na lista de hobbies.

5. Uma pessoa destacou que seu currículo deveria ser lido como uma certa canção.

6. Um candidato destacou que ele foi o príncipe do baile de formatura em 1984.

7. A pessoa disse que sabia falar "antártico" ao se candidatar para trabalhar na Antártida.

8. A foto do currículo mostrava o candidato em uma rede.

9. Um dos currículos era decorado com coelhos cor-de-rosa.

10. Interessado em uma vaga no departamento de contabilidade disse que era detalhista e escreveu o nome da empresa errado

Fonte: Folha de Sâo Paulo

terça-feira, 17 de julho de 2012

Apenas 19 dos 53 shoppings de SP estão com situação regularizada

Dos 53 shoppings de São Paulo, apenas 19 estão com sua situação regularizada. A prefeitura está fiscalizando 22 empreendimentos da cidade. Outros seis têm limares judiciais que proíbe qualquer ação administrativa.

A blitz da prefeitura sobre os shoppings teve início em junho, quando a Folha revelou que Daniela Gonzalez, ex-diretora financeira da BGE, empresa do grupo Brookfield que administra shoppings, acusa a empresa de ter pago propina para obter licenças para seus empreendimentos.

Daniela citou os cinco shoppings da qual a BGE é sócia na cidade --Pátio Higienópolis, Pátio Paulista, West Plaza, Raposo e Vila Olímpia.

Desde então, os alvarás do Higienópolis e do Paulista já foram cassados.

O shopping Mooca Plaza, inaugurado em novembro, não tinha licença de funcionamento e foi notificado a fechar as portas. Também foram multados os shoppings Aricanduva e Interlagos, ambos do grupo Savoy.

Apesar da notificação, o Mooca Plaza conseguiu na Justiça uma liminar que lhe garante prazo até setembro para concluir as obras viárias do entorno exigidas pelo município. O prazo anterior, dado pela Subprefeitura da Mooca, para que o estabelecimento obtivesse a licença de funcionamento terminaria no fim deste mês.

O shopping informou que termina hoje a última das 17 obras viárias exigidas. Com isso, o empreendimento já pode pedir à Secretaria dos Transportes o último documento que falta para obter o Habite-se do prédio e o alvará de funcionamento.

Shoppings com documentação em dia

Anália Franco
Cidade Jardim
Campo Limpo
Plaza Sul
Center Lapa
D
Metro Boulevard Tatuapé
Metrô Tatuapé
Penha
D&D
Iguatemi São Paulo
Vila Olímpia
Parque JK
Boa Vista
Market Place
Morumbi
Center 3
Ibirapuera
Metrô Santa Cruz

Shoppings com processo de fiscalização iniciado

Pátio Paulista
Pátio Higienópolis
Eldorado
Interlagos
Raposo Tavares
West Plaza
Pirituba
Light
Butantã
Portal do Morumbi
Metrô Itaquera
Continental
Bourbon/Matarazzo
Pompéia Nobre
Kinoplex/Brascan
Santana Parque
Santana
Top Center
Frei Caneca
Lar Center
Center Norte
Central Plaza

Shoppings com liminar

Villa Lobos
Center Norte
Lar Center
Jardim Sul
Mooca Plaza
Aricanduva

Fonte:
Folha de São Paulo / EVANDRO SPINELLI e ROGÉRIO PAGNAN

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Imóveis: segmento de luxo está em plena expansão no Brasil, diz especialista

SÃO PAULO – O mercado imobiliário é altamente segmentado, com imóveis que atendem desde a baixa renda até aqueles que têm milhões para gastar. E, de acordo com a administradora de bens, Primar, o segmento de luxo está em expansão no Brasil, especialmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

O público que procura esse tipo de imóvel valoriza, sobretudo, a localização. “Eles querem imóveis com a melhor localização possível. Não dão tanta importância ao que tem dentro do apartamento na hora de comprar, mesmo porque, o que estiver faltando eles colocam”, analisa o advogado imobiliário Carlos Samuel de Oliveira Freitas.

Preços crescem 200%
O advogado ainda destaca que a alta demanda vem pressionando bastante os preços das unidades habitacionais de luxo. Citando dados do Secovi-Rio (Sindicato da Habitação do Rio de Janeiro) Freitas pontua que, só nos últimos cinco anos, o preço dos imóveis de alto padrão aumentaram 200% no Rio de Janeiro.

Como medida de comparação, mostra que as demais categorias imobiliárias registraram crescimento de 150%. "Ipanema e Leblon, considerados os bairros cariocas mais cobiçados, possuem o metro quadrado mais caro do Brasil", aponta.

Investimento em segurança e infraestrutura
Entre os fatores que ajudaram a aumentar os preços nesse segmento, segundo Freitas, está a escolha do Brasil para ser sede da Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíadas em 2016. Os investimentos em segurança pública e infraestrutura, por conta da realização dos eventos, melhoraram muitas regiões e permitiram o aumento dos preços.

"Ações como a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) foram fundamentais para o desenvolvimento do mercado imobiliário no Rio e para a valorização das edificações. A segurança é primordial, especialmente quando o assunto é imóveis de alto padrão. Quem compra um imóvel de luxo quer privacidade e tranquilidade", observa.

Além disso, conta para o aumento dos preços a escassez de espaço para novos lançamentos e construções nos bairros mais procurados do Rio de Janeiro, como Ipanema, Leblon e algumas áreas de Copacabana. “Essas regiões estão sempre em ebulição. Se uma unidade é posta a venda, não fica no mercado por muito tempo”, diz o especialista.

Inclusive, segundo ressalta Freitas, existe certa dificuldade atualmente para encontrar imóveis de alto padrão. “Até tem oferta, mas estão caros demais”, diz.

Imóveis: segmento de luxo está em plena expansão no Brasil, diz especialista

SÃO PAULO – O mercado imobiliário é altamente segmentado, com imóveis que atendem desde a baixa renda até aqueles que têm milhões para gastar. E, de acordo com a administradora de bens, Primar, o segmento de luxo está em expansão no Brasil, especialmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

O público que procura esse tipo de imóvel valoriza, sobretudo, a localização. “Eles querem imóveis com a melhor localização possível. Não dão tanta importância ao que tem dentro do apartamento na hora de comprar, mesmo porque, o que estiver faltando eles colocam”, analisa o advogado imobiliário Carlos Samuel de Oliveira Freitas.

Preços crescem 200%
O advogado ainda destaca que a alta demanda vem pressionando bastante os preços das unidades habitacionais de luxo. Citando dados do Secovi-Rio (Sindicato da Habitação do Rio de Janeiro) Freitas pontua que, só nos últimos cinco anos, o preço dos imóveis de alto padrão aumentaram 200% no Rio de Janeiro.

Como medida de comparação, mostra que as demais categorias imobiliárias registraram crescimento de 150%. "Ipanema e Leblon, considerados os bairros cariocas mais cobiçados, possuem o metro quadrado mais caro do Brasil", aponta.

Investimento em segurança e infraestrutura
Entre os fatores que ajudaram a aumentar os preços nesse segmento, segundo Freitas, está a escolha do Brasil para ser sede da Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíadas em 2016. Os investimentos em segurança pública e infraestrutura, por conta da realização dos eventos, melhoraram muitas regiões e permitiram o aumento dos preços.

"Ações como a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) foram fundamentais para o desenvolvimento do mercado imobiliário no Rio e para a valorização das edificações. A segurança é primordial, especialmente quando o assunto é imóveis de alto padrão. Quem compra um imóvel de luxo quer privacidade e tranquilidade", observa.

Além disso, conta para o aumento dos preços a escassez de espaço para novos lançamentos e construções nos bairros mais procurados do Rio de Janeiro, como Ipanema, Leblon e algumas áreas de Copacabana. “Essas regiões estão sempre em ebulição. Se uma unidade é posta a venda, não fica no mercado por muito tempo”, diz o especialista.

Inclusive, segundo ressalta Freitas, existe certa dificuldade atualmente para encontrar imóveis de alto padrão. “Até tem oferta, mas estão caros demais”, diz.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Grifes lançam 'loja dos sonhos' em pontos de luxo, onde cliente testa de chinelo a geladeira

Grandes marcas têm investido fortemente na criação de "flagship stores", ou lojas-conceito, no Brasil. Nelas, o consumidor tem acesso às últimas novidades das empresas e podem, ainda, experimentar produtos.

Nos últimos meses, a montadora Citroën e a marca de lingerie Hope abriram lojas do tipo em áreas nobres de São Paulo. Elas se juntaram a marcas como C&A, Valisere, Samsung, Electrolux e Havaianas, entre outras, que já investem no modelo.

Em comum, as lojas-conceito têm também o design diferenciado, com produtos expostos em espaços criados por arquitetos renomados. O projeto da flagship da Havaianas é de Isay Weinfeld; a loja-conceito da marca de lingerie Valisere foi criada por Patricia Anastassiadis.

O Espaço Conceito da Citroën foi montado na Rua Oscar Freire, na zona oeste de São Paulo, em abril deste ano, e é o primeiro do tipo que a empresa abre fora da Europa.

Além de apresentar os mais novos modelos de carro, o espaço tem exposições e workshops, além de uma loja onde o consumidor pode comprar "souvenirs" da marca, como lápis, canetas, canecas, camisetas e miniaturas de veículos.

A marca de lingerie Hope também abriu sua primeira "loja dos sonhos" este ano, igualmente na Rua Oscar Freire.

O grande diferencial da loja é o serviço de customização de produtos --os consumidores podem pedir a aplicação de monogramas ou cristais nas peças, por exemplo. Consultoras de estilo ajudam as clientes a fazerem as escolhas mais adequadas ao seu tipo físico.

"Flagship serve para representar universo da marca"

Em 2010, a Electrolux abriu a primeira "flagship store" da marca no mundo no bairro dos Jardins, em São Paulo. Lá funciona um showroom com as novidades da empresa, que podem ser testadas pelos consumidores.

A loja-conceito da Samsung, chamada de Samsung Experience, funciona no Shopping Morumbi, na zona Oeste de São Paulo, e também dá ao consumidor a oportunidade de testar as novidades da empresa.

"A flagship é um espaço que deve representar o universo da marca", diz Amnon Armoni, coordenador dos cursos de pós-graduação em Moda da Faap (Fundação Armando Alvares Penteado).

O professor diz que lojas do tipo, apesar de contarem com alto investimento por parte das empresas, nem sempre são criados para darem retorno financeiro. O objetivo é que o consumidor conheça as marcas e tenha boas experiências com ela, o que pode influenciar positivamente numa decisão de compra no futuro.

"A flagship é, sobretudo, um investimento das empresas em comunicação", afirma Armoni.

Aiana Freitas
Do UOL, em São Paulo

quinta-feira, 12 de julho de 2012

BNDES aprova empréstimo de R$ 400 milhões para obra do Itaquerão

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou o empréstimo de R$ 400 milhões para a construção do Itaquerão. O anúncio da liberação dos recursos foi feito nesta quarta-feira em comunicado enviado pelo banco.

O empréstimo é o nono da linha BNDES ProCopa Arenas, que financia obras de estádios da Copa do Mundo de 2014. O valor do crédito será repassado à Sociedade de Propósito Específico (SPE) Arena Itaquera S.A., formada por Jequitibá Patrimonial S.A. e Odebrecht Participações e Investimentos S.A..

O Itaquerão será o estádio de São Paulo para a Copa. A obra custará, oficialmente, R$ 820 milhões. Entretanto, o governo do Estado deve investir mais R$ 70 milhões na arena para que sua capacidade seja ampliada para o Mundial.

Com esse dinheiro, o estádio deve ganhar 20 mil assentos temporários e estará apto a receber 68 mil torcedores. Assim, ele terá a capacidade exigida pela Fifa para que possa sediar o jogo de abertura da Copa do Mundo, em 12 de junho de 2014.

Além do Itaquerão, outros oito estádios já receberam financiamento do BNDES: Mineirão, de Belo Horizonte (R$ 400 milhões); Arena Pantanal, de Cuiabá (R$ 393 milhões); Castelão, de Fortaleza (R$ 351,5 milhões); Arena Amazônia, de Manaus (R$ 400 milhões); Arena das Dunas, de Natal (R$ 396,5 milhões); Fonte Nova, de Salvador (R$ 323,7 milhões); Arena Pernambuco, de Recife (R$ 400 milhões); e o Maracanã, do Rio de Janeiro (R$ 400 milhões).

Outros dois estádios aguardam a aprovação do empréstimo pelo BNDES. São eles, a Arena da Baixada, de Curitiba, e o Beira-Rio, de Porto Alegre.

Dos 12 estádios da Copa do Mundo, o único que não será apoiado pelo BNDES será o Estádio Nacional Mané Garrincha, de Brasília.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Obras em aeroportos não terminarão até a Copa e é preciso pensar em um "Plano B", diz Ipea

Estudos realizados pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) apontam que 11 dos 14 aeroportos localizados em cidades que receberão jogos da Copa do Mundo de 2014 não deverão ter concluído suas reformas e ampliações até o início do evento.

A informação é do coordenador de Infraestrutura Econômica da Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais do Ipea, Carlos Campos, que participou de audiência pública sobre aviação civil no Senado na última quarta-feira.

"No atual estágio dos terminais de passageiros e considerando os prazos médios de obras de infraestrutura no Brasil, existe uma reduzida possibilidade de no início do Copa tudo estar pront", alertou Carlos Campos, defendendo que é preciso trabalhar com um plano “B”, como a construção de terminais temporários, que não podem, no entanto, virar permanentes.

Segundo o técnico do Ipea, dos 20 maiores aeroportos do Brasil, 14 operam acima de 100% da capacidade. Dentre eles, cinco – Galeão (Rio de Janeiro), Confins (Belo Horizonte) e os de Recife, Curitiba e Fortaleza – atuam no limite de sua eficiência operacional.

A solução, na avaliação do coordenador do Ipea, é investir no setor. Dados do instituto apontam que, nos últimos anos, a Infraero investiu em infraestrutura aeroportuária menos de 50% dos recursos orçamentários disponíveis. Mas mesmo que todo o orçamento fosse investido, ainda assim teriam sido insuficientes para adequar o setor à sua crescente demanda.

Carlos Campos alertou também para a demora nos processos de transferência da infraestrutura dos aeroportos para a iniciativa privada. Dos 13 aeroportos das 12 cidades sedes dos jogos da Copa do Mundo, apenas dois têm situação confortável – o de Recife, onde será apenas construída uma torre de controle, e o de Natal, que já foi privatizado. Dos 11 restantes, apenas três tiveram o processo de concessão concluído (Brasília, Garulhos e Viracopos) e quatro ainda estão com concessão em fase de projeto.