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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Construtoras lançam "quitinetes de luxo" em bairros nobres de São Paulo

Até há poucos anos, os imóveis de três e quatro dormitórios eram o foco das construtoras que lançavam empreendimentos na cidade de São Paulo. Nos últimos meses, no entanto, diversas empresas passaram a apostar num modelo que era raro na cidade: apartamentos pequenos e luxuosos.

Esses imóveis costumam ter o tamanho das antigas quitinetes, entre 30m² a 50m², mas estão longe de ser vendidos a preço popular. Um apartamento desse tipo pode custar mais de R$ 400 mil.Além da boa localização (geralmente ficam em bairros nobres da cidade ou perto de estações de metrô), os imóveis ultracompactos têm ainda outra característica comum. Os edifícios costumam ter amplas áreas de serviços de uso coletivo, onde o morador pode lavar suas roupas e fazer as unhas.

Apartamentos 'compactos e sofisticados'

"Nossos apartamentos não são compactos populares, mas sofisticados", define Alexandre Lafer Frankel, dono da Vitacon. A empresa, criada há três anos, atua como construtora (erguendo prédios) e incorporadora (realizando as vendas), e é focada em imóveis de alto padrão e pequena metragem.

Um dos lançamentos recentes da Vitacon é o edifício Tag Edited, no bairro da Saúde, zona sul de São Paulo. O menor apartamento à venda é um modelo studio (sem divisórias, a não ser a do banheiro) de 35m². O maior é um apartamento duplex de 72 m².

O público-alvo desse tipo de imóvel, dizem as empresas, são, entre outros, jovens solteiros e executivos que moram fora da cidade. "É um público moderno e arrojado", diz a diretora de desenvolvimento e captação de produtos da imobiliária Fernandez Mera, Cristina Lacerda.

A empresa acaba de lançar o empreendimento Be Paulista, perto da Avenida Paulista, no centro de São Paulo, com studios de 29m² a 34m². No andar térreo estão áreas como a lavanderia coletiva, o Espaço Gourmet e o Espaço Mulher.

Segundo Cristina Lacerda, 80% dos imóveis foram vendidos, apesar do preço alto: o metro quadrado custa cerca de R$ 13 mil, o que faz com que o studio de 29m² saia a R$ 377 mil. O preço médio do metro quadrado na cidade, segundo a Fipe, é R$ 6.611.

Imóvel é muito procurado por investidores para alugar

A executiva afirma que muitos investidores compram imóveis do tipo para alugar depois. "Lançamos um empreendimento semelhante no bairro do Butantã [zona oeste de São Paulo] e lá o aluguel chega a R$ 3.000."

Os investidores são 90% dos compradores dos apartamentos do edifício GR Living Design, lançado pela incorporadora GR Properties na Vila Madalena, zona oeste da capital paulista. O apartamento de um dormitório, de 34m², custa a partir de R$ 400 mil.

A empresa já lançou um empreendimento semelhante em Campinas, no interior do Estado de São Paulo, diz o gerente de incorporação da GR Properties, André Gavazza.

A incorporadora Requadra também tem se especializado no segmento, mas é uma alternativa menos cara. Ela investe em apartamentos pequenos no centro de São Paulo.

O mais recente lançamento foi o edifício Sampa, no bairro do Brás. Lá, os apartamentos de um dormitório têm 30m² e os de dois quartos têm 60m². Os preços vão de R$ 165 mil a R$ 310 mil.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Maior prédio comercial de SP mantém Casa Bandeirista e cria cenário diferente na cidade

Um gigante de 175.000 m2 todo envidraçado envolve uma pequena casinha do século 18 em plena avenida Brigadeiro Faria Lima, no Itaim Bibi, área nobre da zona oeste de São Paulo.

Batizado de Pátio Victor Malzoni, o edifício é atualmente o endereço comercial mais caro do país.

Em 2011, a venda de 34 mil m2 de área que pertenciam à Brookfield Incorporações atingiu R$ 600,6 milhões, ou R$ 17.655 por m2, maior valor até então em uma transação imobiliária no Brasil.

Valor como este certamente jamais passaria pela cabeça da família Couto de Magalhães, antiga dona da Casa Bandeirista, que foi sede da chácara Itaim e hoje surge refletida nos vidros do teto do vão livre de 41 metros de largura por 21 metros de altura.

O general Couto de Magalhães, herói da guerra do Paraguai, comprou a casinha de taipa de pilão em 1896 e ampliou o patrimônio adquirindo terras em volta. Estava criada a chácara Itaim.Já na segunda metade do século 20, seu sobrinho Leopoldo Couto de Magalhães, conhecido como Bibi, loteou a extensa chácara para criar o bairro do Itaim Bibi.

Em 1982, o Condephaat (órgão estadual do patrimônio histórico) tombou a casinha e definiu um raio de dez metros como área envoltória. Ou seja, nada poderia ser construído nesse espaço, para não prejudicar a visão do imóvel.

Na época, o megainvestidor Naji Nahas, que havia comprado o terreno de 19.000 m2, queria erguer ali um shopping. Não deu certo por causa do tombamento do imóvel.

Um grupo saudita adquiriu o terreno e propôs a construção de duas torres de 19 andares e 80.000 m2 de construção. A prefeitura autorizou o projeto desde que a casa fosse restaurada.

O projeto não foi feito e, em 2008 o terreno foi vendido por R$ 500 milhões -na época, o maior negócio imobiliário já realizado no país, superado em 2010 pela venda de parte do próprio prédio.

É aí que surge o projeto definitivo, com duas torres envidraçadas de 19 andares e um edifício suspenso sobre o vão livre, com 11 pavimentos.

São 175 mil m2 de área construída, o maior prédio comercial de São Paulo -há empreendimentos maiores, mas em vários prédios.

A partir do 8º andar, os espaços comerciais chegam a medir 5.000 m2 quadrados -a maior área de São Paulo. Nos seis andares de garagem, 2.371 vagas para carros e 441 para motos, além de caminhões e utilitários.

Para os pedestres, fica aberta a passagem entre a Faria Lima e a rua Iguatemi por baixo do vão livre do prédio.

"É um marco na Faria Lima. Não não tem outro prédio como este, deste tamanho. E não vai ter", diz Marc Rubin, do escritório Botti Rubin, autor do projeto.
COMPENSAÇÃO

Para autorizar o funcionamento do gigante de vidro -são 40 mil m2 de vidros de controle solar-, a prefeitura exigiu uma série de obras viárias que, ao menos por enquanto, sem os milhares de veículos que serão atraídos, melhoraram o tráfego na região.

"Abriram até uma rua, que não tinha, colocaram semáforo. Ficou ótimo", disse Carlos Sales, dono de um bar vizinho ao empreendimento, se referindo ao prolongamento da rua Iguatemi entre a Joaquim Floriano e a Horácio Lafer, uma das obras exigidas.

Sales se diz ansioso. "Durante a obra já foi muito bom. Quando inaugurar vai ficar melhor ainda."

Funcionários da segurança do empreendimento diziam que a inauguração estava prevista para hoje.

Porém, ainda falta uma etapa burocrática: a liberação do Habite-se pela Subprefeitura de Pinheiros, ainda sem data prevista.

Enquanto o Habite-se não sai, as empresas que compraram ou alugaram espaços comerciais no edifício trabalham na reforma de suas áreas.

Estão na lista o Google, o banco BTG Pactual, o ICBC (Industrial e Comercial Banco da China) e um restaurante do grupo Fasano.

Para ser vizinho dessas empresas é preciso preparar o bolso. Uma laje corporativa de 3.700 m2 pode sair pela bagatela de R$ 700 mil. Por mês.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Preços dos imóveis vão cair forte após a Copa, diz professor da FGV

SÃO PAULO - Os preços dos imóveis devem ter uma desvalorização severa após a Copa do Mundo de 2014, na opinião do professor da Escola de Economia da FGV (Fundação Getulio Vargas) e blogueiro do UOL, Samy Dana.

O professor estima que os preços de alguns imóveis nas 12 cidades-sede podem despencar até 50% depois do evento esportivo, principalmente, na cidade de São Paulo. “Sem dúvida, os preços dos imóveis residenciais, mais novos e localizados nas regiões centrais de São Paulo vão cair mais”, destaca.

Algumas regiões vêm recebendo pesados investimentos em infraestrutura, o que, por consequência, valorizaria os preços dos imóveis. Além disso, há quem pense em lucrar com o aluguel de residências para turistas durante o evento.

A demanda por imóveis e por alugueis, de fato, existe, mas Dana defende que os patamares atuais de preços parecem infundados e muito acima do limite razoável.

“Os brasileiros acreditam que todos os problemas de infraestrutura, saúde e segurança do País serão resolvidos nos próximos dois anos, o que valorizaria todos os imóveis”, afirma o professor. “Os preços seguem um sonho, uma crença, não a realidade.”

Inadimplência

E não é somente a ilusão vinculada ao evento que deve puxar os preços para baixo, na opinião de Dana. Como o crédito imobiliário foi dado com mais intensidade entre 2009 e 2010, o ano da Copa pode marcar um período de grande inadimplência no setor.

“Os imóveis começam a ser entregues, surgem outros custos, a pessoa se enforca e fica inadimplente”, explica o professor. Isso, de acordo com ele, desencadearia uma onda de venda de imóveis, contribuindo para derrubar os preços.

Mau negócio

Por conta deste cenário, para o professor, os imóveis não são um bom investimento neste momento. “Quem for comprar para vender, vai perder dinheiro depois da Copa”, acredita.

Como o dono do imóvel não quer perder dinheiro com o negócio, no primeiro momento, ele não reduzirá o preço, mas o problema, segundo Dana, é que o comprador também não vai querer pagar. Conclusão: não há negócio.

“O primeiro sinal não é a diminuição dos preços, mas do número de negócios. A queda é um processo que demora um pouco mais para começar, mas à medida que mais pessoas querem vender, e menos querem comprar, os preços vão caindo”, diz.
Fonte: InfoMoney

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Apartamento de luxo tem garagem privativa para carros

O edifício de luxo Hamilton Scotts, em Cingapura, possui garagem privativa dentro dos apartamentos; cada imóvel está avaliado em mais de R$ 15 milhões

Movimentos querem aperfeiçoamento do Minha Casa, Minha Vida

O seminário foi uma realização do SEESP, FNE, Creci-SP, CMP, Clube da Reforma, UNM, MNLM, Conam (Confederação Nacional das Associações de Moradores), com apoio do Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo e da FNA (Federação Nacional dos Arquitetos).

Encarecimento da terra. Aumento do aluguel dos imóveis. Construção da moradia social mal localizada. Qualidade das construções a desejar. Não utilização dos imóveis existentes. Essas foram algumas das questões levantadas durante o seminário “Inclusão e melhoria de imóveis existentes no Programa Minha Casa, Minha Vida”, realizado no dia 18 último, que reuniu engenheiros, arquitetos, movimentos sociais, corretores de imóveis e os três níveis de governo (federal, estadual e municipal), em São Paulo, na sede do SEESP. O evento discutiu o grande déficit habitacional do país, que chega a 5,8 milhões, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e propostas para aprimorar o programa habitacional do governo federal, implantado em 2009.

Mesmo saudado como um importante passo para corrigir o grave problema da falta de moradia no país, o Minha Casa, Minha Vida (MCMV), ao mesmo tempo em que ajudou o Brasil a enfrentar a crise econômica mundial iniciada em 2008, nos Estados Unidos, aquecendo a produção de habitações, acabou, por outro lado, criando outros impedimentos para as famílias que não têm casa em condições dignas para morar. “Ele aumentou muito o valor dos terrenos e criou uma onda de especulação imobiliária, dificultando as faixas de renda mais baixas a terem acesso aos imóveis. É necessária a articulação dos governos para viabilizar o programa para as famílias mais pobres, agilizando a inclusão das moradias existentes no programa”, defendeu Benedito Barbosa, membro da UNM (União Nacional por Moradia). Segundo números do IBGE, o Brasil tem seis milhões de imóveis vagos.

Programa pela metade
O deputado estadual Raul Carrion (PCdoB/RS), presidente da Secretaria Especial das Cidades da Unale (União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais) e membro do Conselho Nacional das Cidades, ressaltou que “não tínhamos política habitacional. Estava tudo abandonado. O Minha Casa, Minha Vida foi um alento para milhares de família, mas está funcionando pela metade, só atendendo a construção e não a requalificação [do imóvel]”.

Apesar de terem sido concluídas, na primeira fase do MCMV, mais de 1 milhão de moradias, e, na segunda fase, já estarem contratadas mais 800 mil, o parlamentar gaúcho criticou o que ele considera um desvio do programa que previa, inicialmente, o atendimento em 60% da faixa 1, pessoas que recebem entre zero e 3 salários mínimos (SM); 30%, da faixa 2, entre 3 a 6 SM; e 10%, faixa 3, de 6 a 10 SM. “Hoje a faixa 2 é atendida em 60%, a 1 em 31% e a 3, em 9%, sendo que 90% do déficit habitacional do país se concentram na faixa 1.”

Efeitos da especulação imobiliária
Uma das coordenadoras da CMP (Central de Movimentos Populares), Suely Lima, denunciou que a especulação imobiliária encareceu, inclusive, o metro quadrado de cortiços do centro da cidade de São Paulo. “O Minha Casa, Minha Vida conseguiu avançar, mas aqui na região central não fomos beneficiados.”

Antonio José, do MNLM (Movimento Nacional de Luta pela Moradia), também lembrou que na Capital paulista e no Brasil existem muitos imóveis subutilizados e abandonados. “Esse seminário pode trazer perspectiva de incluir esses imóveis no programa [MCMV] e caminhar para a necessidade de se ter uma política de Estado para a área habitacional, e não programas que são criados ao prazer de qualquer governante, que pode ser interrompido com a mudança de governo.”

Função social do imóvel
O presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), José Augusto Vianna Neto, explicou que o órgão, que é uma autarquia federal, tem a função de fiscalizar o cumprimento do programa habitacional do governo, acompanhando a legalidade da comercialização do MCMV. Ele criticou quem faz especulação imobiliária, defendendo que deveria se ter alguma tributação em cima para inibir esse tipo de negócio. “Defendemos a função social do imóvel. A valorização imobiliária é a maior inimiga do corretor e das famílias que necessitam de moradia.”

Os presentes ao seminário definiram algumas propostas: criar um GT (Grupo de Trabalho) no ConCidades (Conselho das Cidades) para tratar da requalificação e inclusão dos imóveis existentes no MCMV; e realizar encontros dos conselhos estaduais de Habitação para levantar os “gargalos” de cada região.

Também participaram da primeira discussão da atividade, na parte da manhã, o presidente do Clube da Reforma, Valter Frigieri Jr.; Mirna Quinderé, da Secretaria Nacional de Habitação, representando o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro; Reinaldo Iapequino, da Agência Paulista de Habitação Social, Casa Paulista; e Ricardo Pereira Leite, secretário municipal de Habitação de São Paulo.

Assistência técnica
Na parte da tarde, foi discutida a “Assistência técnica e melhorias dos imóveis nos programas habitacionais”, com exposição da representante da CEF (Caixa Econômica Federal), Maria Cristina Chiquetti, sobre os vários tipos de programa de Assistência Técnica (AT) da Caixa. O diretor da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) e do SEESP, Carlos Kirchner, destacou a importância do marco legal da AT pelas leis federal nº 11.888/2008 e estadual nº 13.895/2008, que garantem às famílias de baixa renda o serviço de engenheiros e arquitetos para garantir construções mais seguras, salubres e ambientais.

Kirchner apresentou propostas para a regularização de imóveis com melhoria habitacional: imóveis com até 100 metros quadrados, renda mensal familiar limitada, recursos subsidiados de até 7 mil reais por UH (unidade habitacional), contrapartida de até 20% a ser parcelada e paga pelo beneficiário (por exemplo, prestações de R$ 100,00) ou 5% da renda por 12 meses.

Mirna Quinderé, representante do Ministério das Cidades, apresentou alguns desafios: vincular a concessão de crédito para material de construção à AT, à construção? Como instituir modelo de repasse de recursos para atividade de prestação de serviço continuado? Descentralizar a discussão da AT, envolvendo estados e municípios.

Para o diretor da Casa Paulista, Reinaldo Iapequino, a assistência técnica pública e gratuita é o ponto de partida para corrigir vários problemas ambientais, técnicos e urbanísticos de residências que são construídas pelos próprios moradores. “Deve-se entender a AT como uma ´defensoria pública´.”

Durante o debate da segunda mesa do evento, os participantes dos movimentos sociais por moradia popular pediram que as leis da AT sejam colocadas em prática efetivamente.

Também estiveram presentes ao segundo painel os deputados federal Paulo Teixeira e estadual Simão Pedro, ambos do PT de São Paulo.

Saldo positivo

Ao final dos trabalhos, o vice-presidente do SEESP, Laerte Conceição Mathias, destacou o grande avanço do seminário que reuniu os três níveis de governo para buscar justamente uma linha de ação conjunta e parceira no sentido de realmente acabar com o drama de milhares de famílias brasileiras que não têm um teto saudável para morar. “Saímos daqui com o compromisso de viabilizar essa proposta.”

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Outlet virtual vende apartamentos com até 30% de desconto

Morador de Santana, zona norte de São Paulo, o engenheiro aposentado José Maria Troitino, 59, comprou dois apartamentos na planta na região do Morumbi, zona sul da cidade, para investir.

Fechou negócio no mês passado e pagou 20% menos que o preço de tabela do lançamento usando um outlet de imóveis virtual.

"Depois que escolhi o apartamento no site, agendei o atendimento presencial para perto da meia-noite no estande de vendas", diz.

Comodidade e, principalmente, preços até 30% mais baixos são o chamariz de sites de venda de imóveis em São Paulo --que ganham impulso com o aumento dos estoques das construtoras.

Na capital paulista, havia quase 17 mil unidades novas em estoque em junho (dado mais recente disponível). No mesmo mês do ano passado, eram cerca de 14 mil, de acordo com o Secovi-SP, sindicado que representa as empresas do setor.

O modelo de negócios dos sites varia: de imobiliárias virtuais, com equipes de corretores que acompanham, presencialmente, todo o processo de compra, até portais de ofertas de imóveis que fazem a ponte entre a construtora e o consumidor, mas não assessoram o negócio.

A remuneração vem sempre da construtora dona do imóvel e varia conforme o caso -em média, fica entre 2% e 5% do valor negociado.

CARDÁPIO

Em geral, as unidades oferecidas são remanescentes de empreendimentos já lançados há pelo menos seis meses ou um ano --portanto, ainda em construção--, mas também há recém-entregues.

É mais comum encontrar apartamentos de primeiro andar ou cobertura, de venda considerada mais difícil.

O cardápio inclui, no entanto, unidades de andares altos, mais cobiçados, devolvidas à construtora pelo primeiro comprador por desistência, antes de assumir o financiamento bancário.

A RealtON, em operação há cinco meses, segue o modelo de imobiliária virtual, com 120 corretores que acompanham o cliente durante todo o processo de compra.

"Funcionamos da mesma forma que um outlet de moda. As empresas repassam a nós os produtos que não foram absorvidos pelo mercado", diz Rogério Santos, diretor da RealtON.

O site oferece cerca de mil imóveis, com preços de R$ 188 mil a R$ 5 milhões.

Na Homes4less, aberta há dois meses, os valores dos cem imóveis oferecidos vão de R$ 170 mil a R$ 12 milhões.

A estratégia, porém, é diferente: o site anuncia os imóveis e agenda as reuniões entre o comprador e as construtoras ou imobiliárias, mas não acompanha o processo de venda.

MAIS CONCORRÊNCIA

Já no PromoImóveis, lançado em março de 2011, o comprador seleciona o imóvel, imprime um comprovante e busca diretamente a empresa proprietária.

O site, no entanto, suspendeu atividades temporariamente para reformular sua estratégia.

"A concorrência aumentou. Estamos considerando nos tornar um veículo mais amplo, que exponha, além de de imóveis, serviços de imobiliárias virtuais", diz Luiz Turano, diretor-executivo.

Por enquanto, não é possível fazer compras pelo site.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Justiça manda indenizar comprador de imóvel em terreno contaminado

A Justiça de São Paulo condenou uma construtora a pagar R$ 120 mil de indenização ao comprador de um de seus apartamentos por não tê-lo informado de que o prédio foi feito em área contaminada.

Para o juiz Tom Alexandre Brandão, da 12ª Vara Cível da capital, houve "dolosa [intencional] omissão" por parte da Helbor ao vender o Condominium Parque Clube, em Guarulhos (Grande São Paulo).

A Helbor diz que não houve má-fé, que informou que estava fazendo a descontaminação e que vai recorrer da decisão.

Advogados ouvidos pela Folha dizem que, provavelmente, esse é o primeiro caso em que a Justiça atrela de forma direta uma ação por danos morais ao problema de contaminação de um terreno.

Com a expansão imobiliária dos últimos anos e a falta de terrenos disponíveis, se tornou comum o aproveitamento de áreas com algum passivo de contaminação.
Só na cidade de São Paulo, há 40 terrenos desse tipo nas mãos de construtoras, sendo que 15 já têm prédios prontos ou lançados -a maioria em antigas áreas industriais, como Mooca e Vila Leopoldina.

Segundo a advogada Cristiane Varela, do escritório Salgado Associados, seu cliente, Gilberto Romera, comprou o apartamento em 2009, mas ficou sabendo do problema da contaminação só em abril de 2011, dias antes da formação oficial do condomínio.

O problema da contaminação, entendeu o juiz, foi decisivo para o atraso na entrega das chaves, prevista para fevereiro de 2011, mas que só ocorreu cinco meses depois.

"Havia a determinação da Cetesb [agência ambiental paulista] de que os donos do terreno não poderiam construir, nem comercializar, nem habitar a área, antes de a descontaminação ser feita", diz Cristiane, que além de ser moradora do condomínio, representa outros 14 clientes.

"Se dúvida existia, jamais deveriam levar o processo adiante (...). Mas a ganância levou a lançar o empreendimento, omitindo todo o problema dos compradores", diz o juiz, que aponta "flagrante violação ao dever de informação que permeia o Código de Defesa do Consumidor".

O Parque Clube está sobre uma antiga área industrial. Entre 2006 e 2007, a Helbor sabia da provável contaminação do solo e da água subterrânea, segundo a Justiça. Na lista mais recente da Cetesb, de dezembro de 2011, o empreendimento ainda aparecia como construído sobre uma área contaminada.

Investigações detectaram, no solo e na água subterrânea, solventes halogenados- compostos químicos tóxicos que podem, a longo prazo, afetar a saúde.
OUTRO LADO

A construtora Helbor, por meio de nota, afirma que vai recorrer para demonstrar que não houve má-fé na relação com os clientes na venda do Condominium Parque Clube.

Ela diz ter informado compradores de que providenciava a remediação do solo contaminado e que ofereceu a opção de devolução dos valores pagos, corrigidos por índice previsto em contrato.

Tanto a informação sobre a contaminação quanto a proposta de devolução foram dadas em abril de 2011, segundo moradores, já com os imóveis prontos e vendidos.

Segundo a Cetesb, o fato de os prédios terem Habite-se (documento da prefeitura que autoriza a ocupação do imóvel) significa que a questão da descontaminação do solo está praticamente equacionada e não há risco nenhum à saúde das pessoas.

O que está em curso em parte do terreno atualmente é o chamado "monitoramento para encerramento", a última etapa do processo. Ou seja, se as análises periódicas mostrarem que realmente as técnicas empregadas para descontaminação cumpriram o seu papel, o empreendimento vai sair da lista de áreas contaminadas.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Para quatro especialistas, imóveis são péssimo investimento neste momento

SÃO PAULO - Os preços dos imóveis no Brasil valorizaram 47,9% de agosto de 2010 a junho de 2012, de acordo com o índice FipeZAP, produzido em parceria entre a Fipe e o ZAP Imóveis. A alta valorização chama a atenção, principalmente para quem busca oportunidades de ampliar o patrimônio num cenário de mercado acionário em queda e juros com taxas baixas.

No entanto, especialistas são unânimes em afirmar: neste momento não há como fazer bom negócio com imóveis no País porque os preços já estão muito elevados. "Para mim, nós vivemos uma bolha do setor imobiliário, com preços muito além do que os imóveis valem. E preços que não vão se sustentar por mais muito tempo. Sendo assim, a compra de um imóvel nesse momento não é bom negócio, nem para investimento nem para morar", afirma Willian Eid, coordenador do Centro de Estados de Finanças da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas).

Para o coordenador do curso de Real Estate da Poli/USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo), João da Rocha Lima Júnior, comprar um imóvel agora é como comprar uma ação em época de alta da Bolsa. "O mercado imobiliário já está precificado. Essa história de comprar e esperar valorizar já não é uma boa opção, e, em minha opinião, nem investimento é. É especulação. Investimento é comprar para alugar, mas isso também não é bom negócio. Primeiro que alugar imóvel residencial no Brasil é muito difícil por causa da lei do inquilinato, que protege muito o locatário, fazendo o risco do negócio ser muito alto para o locador. Além disso, a relação entre valor de aluguel e valor de imóvel é muito ruim no País".

Ambos os especialistas concordam em mais uma questão: os rendimentos da renda fixa são mais vantajosos do que a renda de um imóvel alugado. "Hoje tá valendo mais a pena deixar o dinheiro na renda fixa, principalmente se for a antiga poupança, do que investir em imóveis", diz Eid. Rocha Lima completa: "Não podemos esquecer que imóvel tem custo, corretor, imposto de renda e dor de cabeça, coisas que a poupança não tem. Isso precisa ser muito bem avaliado.”

Comprar para morar

Embora o momento não seja ideal para a compra de imóveis, o professor Willian Eid diz que entende quem deseja comprar um imóvel para morar mesmo nesse cenário. "Aqui no Brasil as pessoas têm necessidade de ter a casa própria. Nem que você prove por A + B que pagar aluguel talvez seja mais vantajoso neste momento, as pessoas querem ter a casa delas e, quando conseguem condições para isso, não avaliam outros fatores", explica.

Para ele, quem tem esse objetivo, mais do que mirar em um bom negócio financeiro, deve se preocupar em encontrar algo que supra as necessidades de toda a família. "É importante observar se o lugar é bom, se no futuro não haverá uma avenida, um viaduto, ou alguma coisa que possa vir a atrapalhar o imóvel. Também é importante caber no bolso. Não acho que feirões tenham boas oportunidades e também não acho que construir seja vantajoso. Eu acredito que hoje, a melhor opção seja encontrar um imóvel usado que atenda às expectativas.”

No entanto, o professor faz questão de frisar: "se a pessoa puder esperar um pouco, eu aconselharia o aluguel agora porque os preços devem começar a cair em breve.”

Samy Dana, PhD em finanças e professor da EESP-FGV, completa: "Atualmente os imóveis não são investimentos. São bens de consumo que devem ser comprados por razões muito diferentes da eficiência financeira, tais como realizar o sonho da casa própria ou a sensação de segurança pessoal que o imóvel próprio pode oferecer.”

Bolha Imobiliária

O educador financeiro Rafael Seabra, em artigo para o portal Quero Ficar Rico, explicou em sete itens como se forma uma bolha imobiliária e porque no Brasil ela pode estar próxima de estourar. Confira:

1) Aumenta a procura por imóveis e o preço sobe.

2) Aumenta o número de investidores que compram imóveis para alugar ou ganhar dinheiro.

3) Os preços começam a subir excessivamente, acima da capacidade de consumo das famílias.

4) O preço chega a um patamar insustentável, afastando potenciais compradores, que passam a considerar a hipótese de alugar imóveis. Com o preço dos imóveis cada vez mais irreal, as pessoas deixam de comprar e passam a cogitar o aluguel. Até porque passa a valer mais a pena alugar do que comprar, financeiramente falando.

5) Os preços dos aluguéis sobem pois a demanda por imóveis do tipo aumenta. Com tanta gente preferindo alugar do que comprar, o preço dos aluguéis disparam.

6) O preço dos imóveis começa a baixar como um todo devido à diminuição da procura. O País ainda não alcançou esse patamar, mas o preço em muitas cidades já começa a subir menos ou mesmo estagnar. Já existem vários indicadores que mostram que a alta no preço dos imóveis novos desacelera em várias cidades.

7) Há uma baixa mais expressiva nos preços dos imóveis pois os investidores começam a tentar vender os mesmos com urgência.

Esse é o ponto que ainda não atingimos e que não há previsão de ocorrer. Vale ressaltar que esse já é o último item para decretar o estouro da bolha. E já percorremos praticamente todo o caminho para isso. O Brasil está em um dos momentos finais dese ciclo: o momento em que as pessoas deixam de comprar imóveis novos para ir atrás de casas de aluguel. É praticamente o último momento antes da bolha imobiliária efetivamente estourar nas regiões metropolitanas.
Fonte: InfoMoney

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Apesar de receber benefício fiscal, 10 shoppings têm 'teatro-fantasma' em SP

Procure um teatro no shopping Metrô Santa Cruz. Faça o mesmo no shopping Morumbi. No Itaquera. No Boulevard Tatuapé. No Penha.

Pode procurar. Não vai achar. Esses teatros, que tiveram incentivo econômico da prefeitura para serem construídos, só existem no papel.

Dez shoppings de São Paulo possuem "teatros-fantasmas" aprovados com benefício fiscal, uma forma de estimular a cultura na cidade.

Também estão nessa situação os shoppings Iguatemi JK, Vila Olímpia, Jardim Sul, Pátio Paulista e Mooca Plaza.

Na maioria dos casos, onde deveria haver teatro, há praça de alimentação ou espaços vazios, usados como depósito ou "área técnica".

Em outros, os shoppings dizem que negociam o espaço com alguma empresa.

A situação revela um desfalque nos cofres da prefeitura e mostra a incompetência da fiscalização municipal.

Pela legislação, as áreas dos teatros não são computadas pela prefeitura para o cálculo da outorga onerosa, uma taxa paga ao município de acordo com a construção.

Desde 2003, o benefício foi ampliado para cinemas: todo shopping com um projeto de teatro aprovado tem direito de construir um cinema na mesma proporção sem pagar.

Alguns shoppings, porém, obtiveram o benefício, construíram os cinemas -que são mais rentáveis-, mas não fizeram até agora os teatros.

O dinheiro que a prefeitura deixou de receber não é pouco. O shopping Pátio Paulista, por exemplo, pagou R$ 6,5 milhões para ter uma reforma autorizada em 2009. O teatro e o cinema, se não tivessem recebido a isenção, custariam R$ 5,6 milhões.

O dinheiro que deixou de ir para a prefeitura seria destinado a um fundo que financia obras de infraestrutura.

FISCALIZAÇÃO

Desde 1991, todos os shoppings da cidade com mais de 30 mil m² são obrigados a ter ao menos um cinema e um teatro com 250 lugares cada.

Em 1994, uma lei concedeu o benefício fiscal aos teatros, que ficaram isentos da outorga onerosa.

No mês passado, a prefeitura fez uma blitz. Seis dos dez shoppings com "teatros-fantasmas" que tiveram benefício fiscal apareceram como regulares. Os demais tinham outras irregularidades.

Ou seja, os fiscais não checaram a falta do teatro. Não levaram sequer a planta aprovada ou o Habite-se dos empreendimentos, documentos que bastariam para comprovar a ausência do teatro.

Após questionamento da Folha, a prefeitura notificou os shoppings Santa Cruz e Morumbi pela irregularidade.

Todos os shoppings precisariam ter teatro para funcionar. Desde 30 de julho, a Folha pede à prefeitura a planta com a localização dos teatros, mas não obteve resposta.

OUTRO LADO

Os shoppings dizem que as áreas para teatros estão disponíveis, mas que estão fechadas aguardando negociação com empresas do ramo.

Apenas o Iguatemi JK, inaugurado neste ano, informou a localização exata do futuro teatro, área que está fechada. "O espaço está em negociação para a escolha e contratação do operador responsável e, após este processo, o teatro será aberto."

O MorumbiShopping, inaugurado em 1982, e o shopping Vila Olímpia, em 2009, gerenciados pelo grupo Multiplan, deram respostas idênticas: "a área aprovada exclusivamente para a operação de teatro encontra-se livre para esse destino" e o início do funcionamento "depende de negociação com operadores e investidores".

O shopping Penha, inaugurado em 1992, informou que tem uma área de 500 m² reservada para o funcionamento do teatro, local que está desocupado porque o empreendimento "ainda não tem um operador especializado neste segmento".

O Pátio Paulista, que teve o teatro autorizado em 2009, informou que ele ainda está em construção e que só abrirá ao público após a escolha da empresa operadora e da obtenção das licenças.

O shopping Metrô Itaquera, de 2007, informou que não obteve qualquer benefício fiscal, mas não negou que não tenha área reservada a teatro.

Os shoppings Metrô Santa Cruz, Mooca Plaza, Jardim Sul e Boulevard Tatuapé, contatados ontem, não responderam.

A prefeitura diz que notificou o Morumbi e o Santa Cruz, mas afirma que a situação dos demais shoppings é regular, porque as áreas dos teatros continuam reservadas, apesar de não estarem prontos.

O teatro Shopping Frei Caneca costuma encher a plateia em boa parte das sessões e mantém quatro a cinco espetáculos em cartaz ao mesmo tempo. As sessões chegam a receber mais de 600 pessoas.

No teatro Folha, no Shopping Pátio Higienópolis, sete peças podem ser vistas a cada mês na única sala de 305 lugares, que é regularmente lotada.

O teatro Bradesco, no Bourbon Shopping São Paulo, diz receber bons públicos. Ninguém do Teatro das Artes, no shopping Eldorado, foi encontrado para comentar o assunto.

Fonte: Folha de São Paulo

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Construtoras ocupam áreas contaminadas em meio ao boom imobiliário em SP

Com o boom imobiliário e sem mais tantos terrenos disponíveis, as construtoras têm erguido prédios em áreas contaminadas.

Só na cidade de São Paulo, 40 terrenos classificados como contaminados pela Cetesb (agência ambiental paulista) estão nas mãos do setor imobiliário. Desses, 15 já têm prédios prontos ou empreendimentos lançados.

A Folha chegou a esse número após cruzar a lista de áreas contaminadas com locais que são ou serão prédios.

Moradores afirmam que nem sempre são avisados de que o imóvel está nessa situação antes de o negócio ser fechado. Construtoras negam

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Casa em Miami é vendida por US$ 47 milhões

Uma casa de Miami Beach (EUA) com dez quartos e 14 banheiros foi vendida por US$ 47 milhões, um novo recorde no mercado de residências de luxo da cidade, segundo informou nesta quarta-feira (8) uma empresa imobiliária.Esta venda estabelece um novo padrão para o mercado de luxo (de bens imobiliários) de Miami Beach. É uma das mais espetaculares propriedades no mundo (...) um resort privado que é uma verdadeira obra de arte", disse a agente da Coldwell Banker Residential Real Estate, Jill Eber, em comunicado.

A casa, que foi vendida ontem, fica em Indian Creek Village, na baía de Biscayne, uma ilha que conta com 32 propriedades de luxo, um campo de golfe e um clube privado.
Localizada de frente ao mar, a casa é um palacete de 2.790 metros quadrados construído com grandes janelas que permitem observar o oceano de cada quarto. Tem uma série de pavilhões conectados por caminhos de pedra e jardins, seis bares, uma sala de cinema 3D, uma piscina e um ginásio.
"Quando chegou ao mercado, imediatamente ganhou a medalha de ouro pelo design", afirmou Jill Hertzberg, também corretora de bens imobiliários da empresa.

A propriedade pertencia a Schlomy Alexander e Felix Cohen, que a construíram no estilo de um hotel.

Apesar do novo recorde de venda estabelecido, a propriedade mais cara à espera de um comprador é a mansão "Casa Casuarina" em South Beach, antiga residência do estilista italiano Gianni Versace, assassinado nos arredores da mansão em 1997.
A casa foi posta à venda pelo preço de US$ 125 milhões. Eber e Hertzberg, reconhecidas agentes do mercado imobiliário de luxo do sul da Flórida, foram escolhidas para representar a venda.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Arquibancadas do Itaquerão estão praticamente prontas; 50% de obras concluídas

As arquibancadas do futuro estádio do Corinthians estão praticamente prontas. A previsão é que a arena esteja pronta em dezembro de 2013, embora a diretoria vislumbre estrear o estádio em setembro de 2013 para celebrar os 103 anos de fundação do clube.



De acordo com a assessoria do clube, as obras chegaram a 50% de conclusão.

O Corinthians divulgou nesta quarta-feira que o seu futuro estádio em Itaquera terá a melhor iluminação do mundo. Em nota oficial, o clube informou que o nível de iluminação será 50% maior do que o solicitado pela Fifa.

O clube paulista divulga que a parte externa da fachada contará com o maior painel de LED já aplicado em estádios.

A empresa contratada para executar o serviço de iluminação do estádio corintiano foi a responsável pelo projeto de iluminação do estádio alemão Allianz Arena e do da cidade de Durban, na África do Sul. Osram participou também dos projetos dos estádios das cidades de Varsóvia e Gdansk, na Polônia, e Kiev e Lviv, na Ucrânia, sedes da Eurocopa. No Brasil, a empresa também foi responsável pela nova iluminação do Cristo Redentor, em março de 2011.

A diretoria do Corinthians estuda realizar amistoso em setembro de 2013 para celebrar os 103 anos de fundação do clube, mesmo que a arena não esteja 100% completa.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Prédio de luxo em SP tem Habite-se cassado

São Paulo - Um prédio de alto luxo no Jardim Europa, zona sul de São Paulo, com apartamentos de 280 metros quadrados avaliados em R$ 6,2 milhões, está irregular. Segundo a Prefeitura de São Paulo, o Edifício Villa Adriana, na Rua Frederic Chopin, construiu mais do que o permitido no projeto original aprovado pela administração. Por isso, teve seu Habite-se cassado na semana passada e foi multado em R$ 19.956,93.

Com 19 andares de altura, o prédio em questão ocupa uma área de 1,1 mil m² em uma das áreas mais nobres de São Paulo. Cada apartamento tem quatro vagas de garagem. O dúplex do último andar, com 515 m², é avaliado por sites
especializados em mercado imobiliário em até R$ 11,5 milhões.

A falta do documento municipal pode impedir que os apartamentos sejam alugados ou vendidos, além de submeter os moradores a multas municipais por ocuparem apartamentos sem autorização.

Segundo especialistas em legislação edílica ouvidos pela reportagem, o edifício está sujeito até à lacração. "Não ter Habite-se significa que o prédio não pode mais ser habitado. Além de multa, tem a pena de lacração", afirma Rossana Duarte, advogada especialista em negócios imobiliários do escritório Siqueira Castro. "O normal é se dar um prazo para a regularização, quando o caso não é grave ou envolve segurança", afirmou.

Além disso, a falta do documento impede que se saiba quais são as medidas de segurança tomadas pelo prédio, já que é ele que confirma que a construção foi feita segundo a legislação vigente. A Prefeitura afirmou apenas que as medidas cabíveis já foram adotadas e não detalhou o que pretende fazer daqui para a frente. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Fonte: Agência Estado

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Condomínios descartam água de lençol freático na rua

Um condomínio de luxo de São Paulo e um prédio de escritórios vizinho jogam fora, todos os dias, a água retirada de um lençol freático que fica sob os empreendimentos.

O filete de água sai quase continuamente de tubulações dos prédios e escorre pela sarjeta até chegar a uma boca de lobo. Os imóveis ficam na rua Frei Caneca (região central).

O problema ocorre porque, ao erguer a garagem subterrânea, a construção atingiu o lençol freático -um fenômeno comum na cidade, dizem especialistas, e que gera um desperdício não calculado de água.

O que mina do subsolo das edificações está sendo canalizado para a rua. Segundo a Toledo Ferrari, construtora responsável pelo condomínio e pelo prédio de escritórios, o ideal seria jogar essa água em uma galeria pluvial, mas não havia nenhuma ali. A solução foi levá-la até a sarjeta.

A prática não é ilegal, porém: não há lei que impeça o construtor de descartar a água.

Aproveitá-la exige autorização do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), órgão estadual que decide sobre a retirada de água subterrânea.

Outro empecilho, segundo especialistas, é o custo, que encareceria o empreendimento.

Como a água é limpa, seria possível reaproveitá-la para descarga, para regar jardins ou limpar o quintal, diz.

Essa prática é cada vez mais comum, por exemplo, em prédios comerciais.

"É um absurdo esse desperdício. Nunca vi coisa igual", afirma a aposentada Neusa Viana, 73, moradora do condomínio Paulista Home Resort, entregue em 2011, com três torres de 28 andares.

Diretora de outorga de recursos hídricos do Daee, Leila de Carvalho Gomes afirma que "jogar fora" é impreciso, uma vez que a água vai parar no rio e, assim, cumprir seu ciclo hidrológico.

O que falta, diz, é conscientização para reaproveitar essa água de maneira correta.

No caso da Grande São Paulo, porém, toda a água que vai parar nas ruas é levada, por meio das bocas de lobo, até o rio Tietê, que é poluído -com isso, seu uso é inviabilizado
No Estado de São Paulo, quase 75% dos municípios são abastecidos, pelo menos em parte, por águas retiradas de seu subsolo. Isso representa o abastecimento de uma população de aproximadamente 5,5 milhões de pessoas.

Em todo o Brasil, 2.153 cidades (39% do total de municípios) estão nessa mesma situação, de acordo com ANA (Agência Nacional de Águas), órgão vinculado ao governo federal para gestão dos recursos hídricos brasileiros.

Fonte: Folha de São Paulo - Ricardo Gallo e Eduardo Geraque