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domingo, 31 de janeiro de 2010

Com medo de alagamentos, construção civil procura CGE antes de investir

Moradores da capital paulista consultam órgão antes de comprar imóveis

O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura de São Paulo, virou fonte de informação também para o mercado imobiliário. Com medo de comprar imóveis ou terrenos em locais onde existe histórico de alagamentos, moradores da capital paulista e construtoras consultam o órgão antes de fechar o negócio.

"O CGE é uma fonte de consulta para as pessoas que procuram imóveis na cidade, para comprar, ou mesmo para alugar. É para que as pessoas saibam se na rua tem histórico de alagamentos. Essas consultas são corriqueiras ao longo do ano", diz o engenheiro Hassan Mohamad Barakat, que trabalha no centro de monitoramento.

As notificações sobre pontos de alagamento são repassadas por funcionários da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que monitoram as ruas e avenidas da capital paulista, e ficam registradas no site do CGE. Eles priorizam as vias que mais causam impacto no trânsito. Por causa disso, a maior parte dos pontos de alagamento registrados está dentro do chamado centro expandido.

O vice-presidente de Imobiliário do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), Odair Senra, admite que as empresas consultam o órgão antes de adquirir terrenos para empreendimentos. "O SindusCon orienta seus associados que eles não só consultem a Prefeitura, como façam, quando forem visitar o local, um questionamento sobre o histórico do lugar. Evidentemente, com essas chuvas intensas, esse cuidado tem que ser maior", afirma.

Segundo Senra, a Prefeitura é apenas uma das fontes a serem consultadas. "O melhor para as informações são os vizinhos, porque eles sofrem o problema na pele e não esquecem", afirma. Ele diz que o profissional da área imobiliária precisa se colocar no lugar do cliente e ser o mais informado que puder sobre o local do empreendimento. "O comprador do imóvel é implacável, procura saber das coisas o máximo possível."

A bancária Priscila Casari, de 26 anos, descobriu por acaso que a rua onde pretendia comprar um apartamento alagava. Interessada no negócio, ela chegou a dar um cheque caução pelo imóvel na Vila Leopoldina, na Zona Oeste de São Paulo. "A gente foi lá no dia do lançamento. Minha mãe quis fechar na hora, ela tinha se apaixonado pelo apartamento", contou a bancária.

Uma semana depois, a mãe decidiu mostrar o apartamento para a avó e a tia de Priscila. Ao chegar ao endereço, em um dia de muita chuva em São Paulo, a rua estava toda alagada. "Era em um dia que tinha chovido muito e não dava nem para chegar ao estande porque tinha mais de um metro de altura de água", contou. Ela desistiu do negócio e pegou o cheque de volta.

Para evitar surpresas desse tipo, o engenheiro Hassan Barakat indica, além do próprio CGE, consultas na subprefeitura da região e conversas com os vizinhos mais antigos do bairro.

Atraso nas obras
Os dados sobre chuvas do CGE também servem de base para justificar atrasos nas obras, segundo Barakat. "Qualquer tipo de obra que é feita na cidade de São Paulo precisa emitir cronograma. E nem sempre eles [construtores] conseguem cumprir o cronograma por causa das chuvas", afirma o engenheiro.

O vice-presidente da SindusCon-SP concorda que os números da chuva são necessários para uma justificativa ao cliente. "É um motivo de força maior o eventual atraso. Quem está em fundação, não consegue [realizar a obra]. É quase imprevisível uma quantidade de chuva dessas."

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Caixa dobra crédito, mas fica longe da meta de moradias

Total em 2009 chega ao recorde de R$ 47 bi. CEF atingiu 275 mil dos 400 mil imóveis previstos no Minha Casa, Minha Vida

A Caixa Econômica Federal bateu no ano passado o recorde de financiamentos habitacionais no país, com R$ 47,05 bilhões em créditos para a compra da casa própria, que beneficiaram 896.762 famílias. Embora tenha dobrado o volume de crédito imobiliário, a Caixa não atingiu a meta estabelecida para o programa Minha Casa, Minha Vida, que previa encerrar 2009 com 400 mil moradias populares financiadas.

Do total de financiamentos do banco, R$ 14,1 bilhões foram destinados a moradias populares, o que representou a venda de 275.528 unidades.

Por isso, a Caixa tem o desafio de triplicar o número de unidades financiadas pelo Minha Casa, Minha Vida, para atingir a meta do governo federal de construir um milhão de moradias populares até o fim de 2010.

Segundo o vice-presidente da área de Governo da Caixa, Jorge Hereda, as metas não foram atingidas nos oito meses iniciais devido ao "processo de aprendizado" dos agentes envolvidos na liberação dos financiamentos.

“Mas a velocidade vem aumentando: só no último trimestre de 2009 foram contratadas 188 mil moradias. Será o programa habitacional com mais peso neste ano, inclusive nos feirões da casa própria. A meta é manter a média de contratação de 60 mil unidades/ mês, o que beneficiaria um milhão de famílias até dezembro”, garantiu.

Caixa respondeu por 71% do crédito imobiliário em 2009
Até 31 de dezembro, de acordo com Hereda, o total de propostas apresentadas para todas as faixas de renda do programa federal chegou a 656.368, ou 66% da meta: "Por isso, esperamos atingir um milhão já em maio. A perspectiva é receber 30% de propostas acima disso. Ou seja, até julho chegaremos a 1,3 milhão de propostas e tentaremos viabilizar a maioria nos sete meses restantes para bater a meta", afirma.

Os R$ 47,05 bilhões liberados pela Caixa representaram 71% de todo o crédito imobiliário do mercado brasileiro no ano passado. E superaram as estimativas divulgadas em dezembro pela instituição, de R$ 41 bilhões em 2009. Os financiamentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), para imóveis novos ou na planta, totalizaram R$ 9,4 bilhões, número 109% maior que 2008, com 144.309 unidades comercializadas - 31%, a mais que em 2008. Para os imóveis usados, os recursos aumentaram 36%, saltando de R$ 5,74 bilhões para R$ 7,84 bilhões. No total, os financiamentos pelo FGTS cresceram 65% no ano passado.

Sem projetar metas para a expansão do crédito habitacional neste ano, a Caixa informou apenas que em janeiro dispunha de R$ 50 bilhões em recursos disponíveis para a casa própria. O montante, contudo, pode ser revisto ao longo do ano - assim como em 2009, em que a provisão inicial para a área era de R$ 27 bilhões.

O vice-presidente da Caixa aposta que os recordes devem continuar sendo quebrados neste ano. Até o último dia 21, a Caixa havia registrado média diária de 145 mil acessos no simulador de financiamento disponível em seu site.

“É um bom número para janeiro, mês considerado fraco para o mercado. Só perde para os dois meses de início da operação do Minha Casa, Minha Vida, em abril e maio de 2009, quando foram registrados 201.311 e 164.328 acessos diários, respectivamente”, explicou Hereda.

Fonte: O Globo - RJ

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Financiamento da casa própria dobra e bate recorde

O volume de financiamentos imobiliários contratados na Caixa Econômica Federal em 2009 atingiu o recorde de R$ 47,05 bilhões, volume 102% maior que o visto no ano anterior, informou a instituição nesta quarta-feira.

O crescimento foi turbinado pelo programa Minha Casa Minha Vida do governo federal lançado em abril de 2009 que, sozinho, respondeu por R$ 14,1 bilhões do total.

As linhas de crédito habitacional com recursos do FGTS, para imóvel novo ou na planta, alcançaram R$ 9,4 bilhões, montante 109% superior ao de 2008. Já os financiamentos lastreados nos recursos da poupança totalizaram R$ 19,4 bilhões, 108% superior ao registrado em 2008.

Crédito total
Em 2009, a Caixa Econômica Federal emprestou 71% do total de crédito imobiliário do mercado, a maior contratação habitacional da história do banco. Foram beneficiadas 896.762 famílias, das quais 275.528 no programa governamental.

Em São Paulo, foram financiados 181.217 imóveis no valor total de 12,2 bilhões. Os dados constam do balanço da instituição em 2009.

Fonte: Reuters e Agência Brasil

Construtoras usarão captação na Bolsa para crescer este ano

Ofertas já listadas em Bolsa pretendem arrecadar R$ 1,27 bilhão (PDG) e R$ 339 milhões (Inpar)

O setor de construção civil começa a sinalizar crescimento forte em 2010 e já domina as primeiras ofertas de ações na Bolsa. Das quatro marcadas para os próximos dias, duas são de companhias do setor: PDG Realty e Inpar (incorporadoras), acompanhadas de Aliansce (shopping centers) e Multiplus (controlada da TAM). Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), há 14 ofertas em análise, das quais sete são IPOs.

O IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) da administradora de shopping centers, cujo período de reservas terminou ontem, será o primeiro do ano e pode atingir a cifra de R$ 1,15 bilhão - caso seja obtido o preço de R$ 13 por ação. No mesmo dia a Multiplus abriu o período de reservas, que vai até o dia 3 de fevereiro, e pode arrecadar R$ 1,27 bilhão, se exercidos os lotes suplementar e adicional. O preço do papel é definido no dia seguinte ao encerramento do período de reservas.

As ofertas das incorporadoras, já listadas em Bolsa, cujo período de reservas termina no início de fevereiro, pretendem arrecadar R$ 1,27 bilhão (PDG) e R$ 339 milhões (Inpar), considerados os valores dos papéis no pregão de ontem. Com o dinheiro, as empresas podem investir em novos projetos, mas a finalidade, segundo analistas da Brava Investimentos, é obter fluxo de caixa.

"Elas [incorporadoras] têm uma contabilização diferente de outros setores da economia. Usam dinheiro à vista para adquirir terrenos, aplainá-los, pré-vendas e vem o dinheiro bem depois. É um fluxo de caixa descasado", afirma, ressaltando que o tempo médio de maturação de um empreendimento - recuperação do valor investido -, no caso das grandes, é de quase três anos.

Segundo a equipe, companhias do setor de construção civil devem vir ainda com mais frequência à Bolsa, caso o Ibovespa volte a operar acima dos 70 mil pontos. "Acima dos 60 mil pontos o cenário ainda é atrativo, mas é melhor acima dos 70 mil", diz, sem dar projeções para o número de ofertas do setor neste ano.

A espera se pontua pelo índice Bovespa porque essas empresas são muito sensíveis ao indicador e, logo, com a queda da Bolsa, caem também os preços dos papéis, e a capitalização tende a não render tanto, explica a corretora. Encerrada a queda livre da Bolsa - que caiu ontem pelo quarto dia seguido, aos 65.523 pontos -, os gigantes do mercado devem emitir mais ações.

"Os principais players do mercado (Gafisa, Cyrella, Brookfield e Agre, da fusão entre Klabin Segall, Abyara e Agra) ainda podem esperar. Eles tiveram muita realização de lucros com a retomada do Ibovespa no ano passado."

O movimento será acentuado, diz a corretora, pela corrida contra o déficit habitacional, embalada pelo programa "Minha Casa Minha Vida", do governo federal. "A maioria dos grandes players está nesse mercado e quem não está quer entrar. Só a Caixa Econômica Federal deu crédito de R$ 50 bilhões no ano passado [para empresas e consumidores]."

Apesar da possibilidade de crédito junto a bancos e de outras formas de captação, a equipe de analistas diz ser pouco provável que as incorporadoras busquem alternativas às ofertas de ações, principalmente porque os juros no mercado são altos, principalmente para esse tipo de empresa.

"Sem a possibilidade de recorrer a Bolsa, uma alternativa seria a emissão de debêntures, porque a classificação de risco das companhias está bem avaliada. Os bancos seriam a última opção."

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Prefeitura investirá R$ 400 milhões em moradias no centro de SP

Prédios terão unidades mais baratas, para famílias de baixa renda, e outras para classe média

Em uma medida defendida por urbanistas e entidades de moradia desde a década de 1980, a Prefeitura vai investir R$ 400 milhões para desapropriar e reformar 50 prédios abandonados no centro de São Paulo. Andares hoje totalmente decadentes, ociosos e esquecidos vão dar lugar a apartamentos de R$ 40 mil a R$ 170 mil feitos pela Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab).

O decreto de utilidade pública será publicado pelo governo municipal em fevereiro - a intenção é tanto diminuir o déficit habitacional para a população de baixa renda quanto criar opções de moradia na região central para idosos e servidores públicos.

A Prefeitura queria ter anunciado a medida ontem, no aniversário da cidade, mas há detalhes jurídicos que ainda precisam ser estudados antes da assinatura do prefeito Gilberto Kassab (DEM).

O 50 endereços selecionados até agora foram eleitos com base em estudo inédito da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), feito a pedido da Cohab, que descobriu pelo menos 208 prédios desocupados no centro.

Todos os imóveis foram analisados, os donos, encontrados e as dívidas, procuradas no cadastro de inadimplentes da Prefeitura - em média, cada prédio deve R$ 100 mil de IPTU.

Estima-se que existem na cidade inteira cerca de 420 mil imóveis desocupados, entre casas e edifícios, e pelo menos um quinto poderia ser revitalizado e transformado em moradia. Só a Prefeitura tem 37 imóveis residenciais ociosos, que estão fechados e sem resultar em rendas para o município.

"Estamos concluindo as avaliações, justamente para saber a viabilidade da desapropriação e das reformas", diz o engenheiro Luiz Ricardo Pereira-Leite, presidente da Cohab. "Há muitas complicações para adaptar esses prédios antigos para a legislação atual, então ainda não sabemos o valor exato do projeto."

O plano é tratado como o maior projeto da história da companhia, por tentar reverter o fluxo de despovoamento que vem movendo nos últimos 25 anos o centro - reduzindo assim o tempo de deslocamento de moradores da periferia até o trabalho -, e por criar moradias para a população de baixa renda que trabalha no região e vive em cortiços e em ocupações.

De acordo com as análises concluídas até o momento pela Cohab, os prédios escolhidos terão de 50 a 280 unidades e a ideia é que cada apartamento atraia todas as faixas salariais dentre os 900 mil cadastrados na fila da Cohab. O financiamento poderá ser feito por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, que dá subsídio de R$ 52 mil para habitações destinadas a famílias que ganham até dez salários mínimos (R$ 4.650).

Fonte: O Estado de S. Paulo - SP

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Financiamento imobiliário com poupança fecha ano em R$ 34 bi e bate recorde

Os financiamentos imobiliários com recursos da caderneta de poupança atingiram R$ 34,017 bilhões em 2009, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). O desempenho superou o registrado no ano anterior (R$ 30,032 bilhões) em 13,3% e bateu novo recorde.

Em números absolutos, as contratações feitas pelos agentes do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) no ano corresponderam a 302.680 unidades --um aumento de 2,1% ante 2008 (quando o número chegou a 296.454 unidades).

O presidente da Abecip, Luiz Antonio França, atribuiu o novo recorde ao aumento de renda da população. "Os clientes das imobiliárias vão ganhando renda e decidem ir para um apartamento maior. Além disso, quem não tinha condições de comprar, passou a ter", disse.

Ele citou também a queda da taxa básica de juros, a Selic (em 8,75% ao ano), que aumentou a competitividade da poupança.

Ao todo, incluindo também os financiamentos com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), as operações de crédito imobiliário contratadas em 2009 chegam a R$ 49,6 bilhões, 22,6% a mais que no ano anterior.

Os dados da Abecip mostram uma alta de 46% nos valores financiados para aquisição, para R$ 20,16 bilhões, ao mesmo tempo em que os recursos para a construção somaram R$ 13,85 bilhões, em queda de 14,6%.

França ressaltou que o mercado secundário ganhou força no ano passado, já que as construtoras reduziram os lançamentos de novos empreendimentos em meio à crise. "As empresas não podiam fazer lançamentos, mas tinham volume em estoques e os colocaram à venda. Além disso, o mercado de usados também se movimentou."

Dezembro

Apenas em dezembro, os financiamentos atingiram R$ 3,82 bilhões, crescimento de 51% ante o mesmo mês de 2008. Na comparação com novembro, houve alta de 5,2%. O número de unidades financiadas ficou em 31.688, contra 25.462 mil no ano anterior.

Os dados da Abecip mostram ainda um aumento no valor médio financiado em 2009, para R$ 123 mil, ante R$ 100,5 mil em 2008. A porcentagem do financiamento em relação ao preço do imóvel subiu de 58,6% para 61,1%.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

GRUPO SANTANDER BRASIL DESTINOU R$ 3,7 BILHÕES PARA FINANCIAMENTO A CONSTRUÇÃO, DE JANEIRO A NOVEMBRO DE 2009

O mercado de construção de imóveis voltou a aquecer, com reflexos no financiamento a empreendimentos. O Grupo Santander Brasil, que reúne os bancos Santander e Real, destinou R$ 3,7 bilhões ao financiamento de incorporadoras, de janeiro a novembro de 2009. Com este resultado, o Grupo liderou os financiamentos imobiliários neste segmento no período, com 33,6% do mercado. O banco financia atualmente mais de 600 empreendimentos em todo o país, principalmente nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste, mas observa tendência de crescimento no Centro-Oeste.

Segundo Alda Lucia Rosselli, superintendente de Crédito Imobiliário - Pessoas Jurídicas da instituição, além da retomada dos projetos das incorporadoras brasileiras, há grande interesse de investidores internacionais no país.

O Grupo Santander Brasil atua em toda a cadeia de produção imobiliária, ou seja, desde o financiamento à construção até o crédito para os futuros moradores, o que gera vantagens tanto para os empresários quanto para os clientes finais. De janeiro a novembro, os financiamentos para pessoa física alcançaram 1,5 milhão.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

PRODUTO DA BASF AJUDA A CONSTRUIR O EDIFÍCIO MAIS ALTO DO MUNDO, EM DUBAI

Atingindo mais de 800 metros de altura em 160 andares, o Burj Dubai foi inagurado no dia 04 de janeiro.

O hiperplastificante da linha Glenium® aumenta a resistência inicial do concreto e contribui para a rapidez no processo construtivo.

O Burj Dubai deixou para trás o Centro Financeiro Internacional de Taiwan, com altura de 509 metros e 101 andares. Com um período total de construção de cinco anos e condições climáticas extremas, o Burj Dubai apresentou um desafio muito especial para garantir que as características do concreto fossem mantidas durante a construção.

Com o alto desempenho garantido pelo hiperplastificante da linha Glenium®, foi possível bombear o concreto até 600 metros de altura sem interrupção. As fundações e a super estrutura do Burj Dubai utilizaram 180.000 m3 de concreto com o aditivo. “A construção do edifício é um marco da engenharia. Para nós é um orgulho poder contribuir para o sucesso desse projeto”, disse Tilman Krauch, responsável pela divisão de Químicos para Construção da BASF globalmente.

O hiperplastificante à base de éteres policarboxílicos garante a preservação das características do concreto, e, durante o processo de bombeamento, impede a segregação do material apesar da alta pressão utilizada.

Nesta obra, foi possível manusear o concreto sem perder a qualidade devido à utilização do produto. Além disso, o hiperplastificante da linha Glenium® aumenta a resistência inicial do concreto. O aditivo da BASF também contribuiu para a rapidez no processo de construção. Com dois andares construídos por semana, a velocidade da obra ultrapassou o padrão de Dubai (que é de um andar por semana).

Outro desafio foi a condição climática do local. Na cidade, as temperaturas podem variar entre 10ºC, no inverno, e 50ºC, no verão, e a diferença entre o dia e a noite pode facilmente atingir os 20ºC. A linha Glenium® e o conhecimento da equipe BASF garantiram a altíssima qualidade do concreto, mesmo nestas condições.

Para completar as dificuldades, a grande altura do Burj Dubai exerce uma pressão extrema na estrutura do concreto. Para prevenir o colapso do arranha-céu, o Glenium® proporcionou ao concreto resistência à compressão superior a 80 MPa, permitindo maior vida útil do concreto e garantindo sua durabilidade.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Fundo imobiliário mira universidades

Com a expectativa de um crescimento ainda maior da renda do brasileiro, o setor de educação vem atraindo cada vez mais a atenção de investidores dispostos a aplicar no segmento. Gestores e administradores de fundos imobiliários, por exemplo, estão de olho nos imóveis que abrigam principalmente universidades. O mais novo fundo a mirar essa área é o Educacional, que pretende captar R$ 200 milhões e pretende atrair investidores de varejo.

O fundo tem como foco a compra de imóveis de instituições privadas de ensino para, em seguida, fechar um contrato de aluguel de longo prazo com ela. Para diversificar os riscos, há um limite de 25% do patrimônio para aplicação em um único empreendimento e em único locador, segundo informações contidas no prospecto da oferta.

A carteira tem como administrador o Banco Ourinvest e a gestão ficará a encargo da Claritas Administração de Recursos e da Credit Suisse DTVM. O valor total da emissão será de R$ 200 milhões, sendo que cada cota terá preço de R$ 1 mil. A aplicação mínima, no entanto, é de R$ 30 mil. A taxa de distribuição é de 1% do valor investido pelo cotista. Essa taxa é deduzida do valor investido no momento da integralização das cotas. Isso quer dizer que quem quiser aplicar R$ 30 mil terá de pagar R$ 300 no momento da compra.

Dado o tamanho da operação, é provável que os imóveis selecionados estejam concentrados nas principais cidades do país. Além disso, provavelmente terão como foco as quatro empresas de capital aberto do setor: Anhanguera Educacional, Estácio Participações, Kroton Educacional e Sistema Educacional Brasileiro (SEB).

O prazo para reservar as cotas do fundo termina no dia 12 de julho, segundo o prospecto, mas poderá se encerrar antes se o total da emissão for atingido. Já a taxa de administração é de 1,75% ao ano. Há a cobrança de 20% a título de performance sobre o que exceder a variação do IPCA mais 8%.

Este é o segundo fundo imobiliário no mercado com foco em educação. O primeiro foi o Anhanguera Educacional, uma carteira de R$ 38 milhões destinada à compra de um imóvel localizado na Rodovia Régis Bittencourt, em Taboão da Serra (SP).

A isenção sobre os rendimentos confere um atrativo a mais para a pessoa física interessada em buscar ganhos diferenciados neste momento de juros baixos. Os rendimentos distribuídos pelos fundos imobiliários não pagam IR. Mas isso só vale se o investidor não tiver mais de 10% das cotas do fundo.

Os fundos imobiliários são fechados, ou seja, não há resgate das cotas. Se quiser deixar a aplicação, o investidor deve vender suas cotas a terceiros no mercado secundário. Nesse caso, a falta de liquidez pode ser um entrave.

ECONOMIA: VÁLVULA ECONOÁGUA REDUZ 40% DO VALOR DA CONTA DE ÁGUA

Estabelecimentos comerciais, empresas, residências e condomínios podem contar com um novo sistema na busca pela economia: a Econoágua, uma válvula bloqueadora de ar com mecanismo capaz de reduzir 40% do valor da conta de água mensal. A peça é lançamento da linha de produtos da Wurth do Brasil, multinacional alemã especializada em peças de fixação, ferramentas e produtos químicos.

A redução expressiva é possível porque a válvula impede a entrada de ar da rede de abastecimento e o retorno da água da tubulação - quando acontece falta de água ou manutenção. Além disso, diminui a vazão de água, evitando a alta pressão, um dos fatores responsáveis por danificar as bóias das caixas d’água e torneiras.

A válvula Econoágua é um recurso acessível que garante economia em curto prazo. “Este produto é uma inovação tecnológica. Em pouco tempo, o usuário tem o retorno do valor investido no equipamento e o resultado pode ser comprovado na conta de água mensal”, explica Bruno Chagas, engenheiro de Produtos da Divisão Construção Civil da Wurth.

A praticidade é outra característica do lançamento da Wurth. Para instalação não é preciso nenhuma ferramenta específica, é necessário apenas uma chave de boca (fixa, inglesa ou grifo) para deslocar o cano localizado após o hidrômetro que, portanto, já pertencente à residência ou estabelecimento. Também não é necessário nenhum tipo de acessório, uma vez que a válvula já vem com dois anéis de vedação. O próprio consumidor pode fazer a montagem, mas em caso de dúvida ou se o encanamento não estiver em boas condições, basta procurar a ajuda de um encanador ou pedreiro com conhecimentos em hidráulica.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Tecnisa estrutura-se para crescer

Ele ainda guarda em um papel sulfite amarelado os cálculos atuariais feitos a mão para calcular o retorno dos seus primeiros projetos imobiliários. Apesar da aparência jovem, Meyer Nigri, presidente da Tecnisa, está entre os empresários que mais conhece o mercado. Mas ainda é capaz de se surpreender com o setor. "Nunca imaginei receber um currículo de auxiliar de pedreiro e mestre de obras pela internet", diz Nigri, de volta, oficialmente, ao comando da empresa que fundou há 32 anos.

O empresário prepara a companhia para um novo estágio. Depois de lançar R$ 1,5 bilhão (US$ 872,1 milhões) em 2008 e chegar mais perto das grandes, a Tecnisa desacelerou mais que a maioria dos concorrentes e colocou no mercado cerca de R$ 500 milhões (US$ 290,7 milhões) em novos imóveis no ano passado. "Sabemos que ainda estamos na segunda divisão, mas estamos nos esforçando para ir para o pelotão de frente", disse Meyer ao Valor em sua primeira entrevista após reassumir a presidência.

Para 2010, a Tecnisa pretende dar um salto importante e lançar R$ 2 bilhões (US$ 1,16 bilhão). Ainda assim, fica longe do primeiro grupo - Cyrela PDG Realty, MRV, Gafisa e Rossi trabalham com números entre R$ 3 bilhões (US$ 1,74 bilhão) e R$ 5 bilhões (US$ 2,9 bilhões) este ano. Para engordar o caixa, a Tecnisa partiu para o mercado de dívida - captou R$ 300 milhões (US$ 174,4 milhões) em debêntures, além de R$ 60 milhões (US$ 34,9 milhões) para capital de giro com a Caixa Econômica Federal. "Será dinheiro suficiente para lançarmos R$ 2 bilhões (US$ 1,16 bilhão) este ano e R$ 2,5 bilhões (US$ 1,45 bilhão) em 2011", afirma Nigri.

A companhia foi uma das últimas a aderir ao sedutor apelo da baixa renda, mas não vai criar uma marca específica para o segmento econômico - como a Cyrela ou a Rossi - nem ser tão agressiva nesse segmento, como os concorrentes. O objetivo da Tecnisa é fazer mais lançamentos econômicos - 50% dos lançamentos de 2010 devem ficar abaixo de R$ 250 mil (US$ 145,3 mil) - mas não vai fazer imóveis populares, que custem menos de R$ 100 mil (US$ 58,1 mil). "O mercado agora acha que só tem espaço para a baixa renda", diz Nigri. "Nossa estratégia é diluir o risco é estar em todos os mercados.".

Por conta do histórico antes da abertura de capital, ainda é tida pelo mercado como uma empresa de atuação na média e alta renda e muito concentrada em São Paulo. A Tecnisa - e Meyer, pessoalmente - rechaça a afirmação e trabalha para divulgar a sua estratégia de expansão geográfica. Além de São Paulo, está em cidades como Brasília, Curitiba e Fortaleza.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

PROGRAMAS DE MORADIA POPULAR RECEBEM R$ 3 BILHÕES


O governo federal anunciou nesta terça-feira (12) a liberação de R$ 3 bilhões para ações de moradia popular do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sendo R$1 bilhão exclusivamente para o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida em municípios com menos de 50 mil habitantes. Os recursos são do Orçamento Geral da União e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Com os recursos do “Minha Casa, Minha Vida”, que serão repassados a estados e prefeituras, a previsão é construir 74 mil habitações para famílias com renda de até R$1.395. Segundo o ministro das Cidades, Márcio Fortes, duas mil propostas foram selecionadas, num total de 2.014 municípios atendidos. Cidades vítimas de calamidade pública, com as atingidas pelas enchentes em Santa Catarina, tiveram prioridade na seleção.

O Nordeste é a região que mais receberá recursos dessa fase do programa: R$ 540 milhões, seguido pelas regiões Norte e Sudeste, com R$ 161 milhões cada. Os estados do Sul receberão R$ 76,2 milhões, e os do Centro-Oeste, R$ 60 milhões.
Os contratos garantirão subsídio de até R$ 16 mil no valor dos imóveis, com contrapartida de valor simbólico pelos beneficiários. Estados e municípios têm até o dia 31 de março para assinar os contratos com as instituições financeiras.
Até o fim de dezembro de 2009, o número de contratos assinados no “Minha Casa, Minha Vida” era de 250 mil, um quarto da meta prevista no lançamento do programa, de um milhão de casas. Fortes disse que pelo menos 600 mil contratos estão habilitados para obtenção do financiamento de acordo com os critérios o programa.
Já o programa Pró-Moradia vai receber R$ 2 bilhões para financiamento de 54 projetos em 13 estados. O dinheiro deve ser aplicado em ações de urbanização de assentamentos precários e áreas de risco, construção de casas populares e desenvolvimento institucional.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Na Água Espraiada, favela cresce ao lado de área preparada para remoção

Região assiste a novo inchaço de ocupações, perto de onde Prefeitura vai retirar 40 mil pessoas, para obra de túnel

A poucos metros de prédios neoclássicos gigantescos em construção à beira da Avenida Jornalista Roberto Marinho, na zona sul de São Paulo, o trabalho daqueles cinco homens de bermuda e camiseta regata parece até de formiguinha. Eles carregam tijolos, puxam tábuas, se equilibram em cima de muros, pulam pequenos vãos. Enquanto os carros passam impacientes às margens do Córrego Água Espraiada e os espigões sobem da noite para o dia ao seu redor, os homens constroem lentamente suas casas de reboco aparente, sem nenhuma pressa.

Eles não são os únicos, diga-se. No trecho da avenida que corta os bairros do Brooklin Novo, Brooklin e Campo Belo é possível flagrar a construção de casas em pelo menos quatro terrenos, aumentando o número de moradias que se espremem nas pequenas favelas já existentes ao longo da via. Cenas de homens levando tábuas e tijolos podem ser vistas a apenas um quilômetro do ponto na Roberto Marinho onde a Prefeitura promete fazer a maior remoção de favelas da história da capital paulista - 40 mil moradores serão retirados para a construção de um túnel de 2,8 quilômetros que vai chegar à Rodovia dos Imigrantes. Apesar da grandiosidade do projeto, que já está em curso, as favelas ao longo da avenida continuam a inchar, sem a interferência do poder público municipal.

As novas construções irregulares na Roberto Marinho ficam dentro do perímetro da Operação Urbana Água Espraiada, que - pelo menos no papel - contempla a futura urbanização das favelas da área. "O pessoal vai tendo filhos, os filhos saem de casa, e aí precisam morar sozinhos, né?", diz Antônio, um marceneiro que há 12 anos mora na avenida.

A frase resume em poucas palavras a situação habitacional da capital. De acordo com levantamento feito com base no banco de dados da Secretaria Municipal da Habitação (Sehab), o número de favelas caiu no ano passado pela primeira vez na história. Os motivos passam pela falta de novos terrenos para a criação de ocupações e pela desapropriação de favelas - em 2008 eram 1.641 e atualmente são 1.636. Ainda assim, a população favelada continua a crescer em um ritmo quase duas vezes superior à da média paulistana. Hoje, segundo a Sehab, há cerca de 1,3 milhão de pessoas em favelas, número que cresce 3,7% ao ano.

"Eu já morei na Arábia (favela em Parada de Taipas, zona oeste). Aí desapropriaram lá e meu marido conseguiu uns trabalhos perto da zona sul. Então, compramos esta casa", diz a vendedora de doces Maria dos Santos Penteado, que há menos de três meses mora em uma favela da Roberto Marinho. "A gente não tem folga no orçamento para alugar em outro lugar melhor, e mesmo para comprar fora de favela. Às vezes (o dinheiro), não é suficiente nem para as despesas."

Segundo moradores do Campo Belo, também cresce o número de pessoas que estão se instalando gradativamente no interior das muretas centrais de proteção da avenida, coladas ao córrego. As ocupações contrastam com o número de espigões de alto padrão que surgiram na área - nos últimos sete anos, os bairros às margens do córrego valorizaram até 80%. E o otimismo do mercado imobiliário não parece ter fim. De acordo com o Secovi (sindicato da habitação), o complexo de túnel vai garantir melhorias urbanísticas e ambientais, capazes de criar mais um eixo de desenvolvimento para a cidade.
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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Erro em projeto de construção civil pode virar crime

Conforme abordagem do Projeto de Lei (PL) 5716/09 - em análise pela Câmara Federal, os erros em projetos ou na execução de obras civis que colocam em risco a vida ou o patrimônio das pessoas serão tipificados como crime.

A proposta, do deputado Maurício Rands (PT-PE), prevê pena de reclusão de um a quatro anos, além de multa. Se a Justiça considerar que o crime foi somente culposo, a pena cai para detenção de seis meses a um ano.

Atualmente, os donos de construtoras ou os engenheiros responsáveis só respondem criminalmente se acontecer um desabamento. Em casos menos graves, mesmo quando há a interdição da edificação, os eventuais processos só podem ser acolhidos na área civil.

Na defesa do PL proposto, Maurício Rands destaca que tragédias causadas por erros cometidos na construção civil já se tornaram um problema nacional, “sendo injusto que os responsáveis não respondam criminalmente”.

Como exemplos, Rands cita eventos ocorridos na Região Metropolitana do Recife, PE, considerada pelo deputado como um caso “alarmante". O deputado menciona que, entre 1977 e 2004, mais de 30 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas por conta dos desabamentos de 12 edifícios.

O PL 5716/09 está em fase de análise pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Cartilha do BNDES apresenta linhas de financiamento voltadas à construção civil

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) lançou a Cartilha de Apoio à Construção Civil, que apresenta as linhas de financiamento do banco voltadas ao setor. O objetivo é facilitar e ampliar o acesso a esses produtos.

Endereço para o Arquivo da Cartilha
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/cartilha/CartilhaConstrucaoCivil.pdf

O documento apresenta as mais recentes linhas de crédito lançadas, como o Cartão BNDES, o BNDES Finame (Financiamento de Máquinas e Equipamentos), o PEC (Programa Especial de Crédito), e o Programa de Apoio à Aquisição de Bens de Capital Usados.

Além disso, expõe os dados de como operar o financiamento por meio do banco e divulga o Programa BNDES Contrução Civil, dividido em subprogramas: o BNDES Qualidade Construção (dedicado aos fabricantes de materiais e sistemas construtivos) e o BNDES Construção Industrializada (direcionada aos itens financiáveis, como máquinas, equipamentos, obras civis, capacitação gerencial e capital de giro).

Dubai inaugura maior arranha-céu do mundo

Edifício de 160 andares mede mais de 800 metros de altura e pode ser visto a 95 km de distância.

Repórter da BBC em Dubai - O prédio mais alto do mundo, Burj Dubai - que em árabe quer dizer Torre Dubai - será aberto nesta segunda-feira em Dubai.

A inauguração ocorre pouco depois de o emirado pedir moratória e de ter que recorrer a um empréstimo de US$ 10 bilhões do emirado vizinho Abu Dhabi para pagar suas dívidas.

Com mais de 800 metros de altura, o edifício de 160 andares ultrapassa em centenas de metros o prédio que vinha sendo o mais alto do mundo, o Taipei 101, em Taiwan, que mede 508 metros de altura.

O prédio é duas vezes mais alto que o Empire State, em Nova York, é possível vê-lo a uma distância de 95 quilômetros e o exterior é coberto com cerca de 28 mil painéis de vidro, que brilham ao sol do deserto em torno de Dubai.

O desenho do edifício trouxe desafios técnicos e logísticos sem precedentes, não apenas por conta de sua altura, mas também porque Dubai é suscetível a fortes ventos e está perto de uma falha geológica.

Os ventos no emirado chegam a 50 km por hora, e no topo do prédio a velocidade pode ser três vezes mais alta.

"Você encontra as soluções para o problema, mas sempre se pergunta se elas vão realmente funcionar", disse à BBC Mohamed Ali Alabbar, diretor da Emaar, a empresa responsável pela construção.

"Fomos atingidos por raios duas vezes, houve um grande terremoto no ano passado originado no Irã, e tivemos todos os tipos de vento atingindo o prédio durante a construção. Os resultados foram bons e eu cumprimento os arquitetos e profissionais que ajudaram a construí-lo."

Poder do leste

Nas últimas duas décadas, houve um aumento da construção de arranha-céus na Ásia e Oriente Médio, onde se localizam hoje quatro dos cinco edifícios mais altos do mundo.

Cidade vista do andar 124 da torre, que projeta sua sombra à direita. Ahmed Jadallah /Reuters


"Isso se deve à confiança", afirma Andrew Charlesworth da consultoria imobiliária Jones Lang LaSalle. "Muitas dessas economias emergentes se veem como importantes jogadores mundiais e querem demonstrar que são capazes de desenvolver este tipo de projeto."

"A riqueza do mundo está se mudando do Ocidente para o Oriente e as economias emergentes querem destacar suas expectativas para o futuro em termos de como elas vão se posicionar globalmente."

Elefante branco?

Dubai é uma cidade de superlativos, onde tudo é maior e mais arrojado. Nos últimos anos, a cidade atraiu a atenção internacional com ilhas artificiais, edifícios giratórios e um hotel sete estrelas.

Mas como muitos dos outros prédios mais altos do mundo do passado, Burj Dubai foi planejado e construído durante os anos de crescimento econômico, e foi concluído durante a crise global do mercado de crédito - o Empire State foi concluído durante a Grande Depressão dos anos 30 e as Torres Petronas, na Malásia, durante a crise asiática dos anos 90.

Muitos questionaram se o novo edifício seria um elefante branco, mas Ali Alabbar, presidente da empresa responsável pela construção, afirma que 90% do prédio já foram vendidos e que a construtora já obteve mais de 10% de lucro.

A maioria dos imóveis foi vendida ainda na planta, antes da crise no mercado imobiliário, e os compradores já pagaram 80% do valor, com os 20% restantes a serem pagos na ocupação.

Para os investidores, o resultado de seu empreendimento ainda é incerto. No auge de sua avaliação, os imóveis valiam até 5.000 dirhams (cerca de R$ 2.365) por metro quadrado, mas com a crise, o preço chegou a cair 50% e pode cair outros 30%, segundo o analista imobiliário do banco de investimentos USB Saud Masud.