Moradores da capital paulista consultam órgão antes de comprar imóveis
O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura de São Paulo, virou fonte de informação também para o mercado imobiliário. Com medo de comprar imóveis ou terrenos em locais onde existe histórico de alagamentos, moradores da capital paulista e construtoras consultam o órgão antes de fechar o negócio.
"O CGE é uma fonte de consulta para as pessoas que procuram imóveis na cidade, para comprar, ou mesmo para alugar. É para que as pessoas saibam se na rua tem histórico de alagamentos. Essas consultas são corriqueiras ao longo do ano", diz o engenheiro Hassan Mohamad Barakat, que trabalha no centro de monitoramento.
As notificações sobre pontos de alagamento são repassadas por funcionários da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que monitoram as ruas e avenidas da capital paulista, e ficam registradas no site do CGE. Eles priorizam as vias que mais causam impacto no trânsito. Por causa disso, a maior parte dos pontos de alagamento registrados está dentro do chamado centro expandido.
O vice-presidente de Imobiliário do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), Odair Senra, admite que as empresas consultam o órgão antes de adquirir terrenos para empreendimentos. "O SindusCon orienta seus associados que eles não só consultem a Prefeitura, como façam, quando forem visitar o local, um questionamento sobre o histórico do lugar. Evidentemente, com essas chuvas intensas, esse cuidado tem que ser maior", afirma.
Segundo Senra, a Prefeitura é apenas uma das fontes a serem consultadas. "O melhor para as informações são os vizinhos, porque eles sofrem o problema na pele e não esquecem", afirma. Ele diz que o profissional da área imobiliária precisa se colocar no lugar do cliente e ser o mais informado que puder sobre o local do empreendimento. "O comprador do imóvel é implacável, procura saber das coisas o máximo possível."
A bancária Priscila Casari, de 26 anos, descobriu por acaso que a rua onde pretendia comprar um apartamento alagava. Interessada no negócio, ela chegou a dar um cheque caução pelo imóvel na Vila Leopoldina, na Zona Oeste de São Paulo. "A gente foi lá no dia do lançamento. Minha mãe quis fechar na hora, ela tinha se apaixonado pelo apartamento", contou a bancária.
Uma semana depois, a mãe decidiu mostrar o apartamento para a avó e a tia de Priscila. Ao chegar ao endereço, em um dia de muita chuva em São Paulo, a rua estava toda alagada. "Era em um dia que tinha chovido muito e não dava nem para chegar ao estande porque tinha mais de um metro de altura de água", contou. Ela desistiu do negócio e pegou o cheque de volta.
Para evitar surpresas desse tipo, o engenheiro Hassan Barakat indica, além do próprio CGE, consultas na subprefeitura da região e conversas com os vizinhos mais antigos do bairro.
Atraso nas obras
Os dados sobre chuvas do CGE também servem de base para justificar atrasos nas obras, segundo Barakat. "Qualquer tipo de obra que é feita na cidade de São Paulo precisa emitir cronograma. E nem sempre eles [construtores] conseguem cumprir o cronograma por causa das chuvas", afirma o engenheiro.
O vice-presidente da SindusCon-SP concorda que os números da chuva são necessários para uma justificativa ao cliente. "É um motivo de força maior o eventual atraso. Quem está em fundação, não consegue [realizar a obra]. É quase imprevisível uma quantidade de chuva dessas."
O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura de São Paulo, virou fonte de informação também para o mercado imobiliário. Com medo de comprar imóveis ou terrenos em locais onde existe histórico de alagamentos, moradores da capital paulista e construtoras consultam o órgão antes de fechar o negócio.
"O CGE é uma fonte de consulta para as pessoas que procuram imóveis na cidade, para comprar, ou mesmo para alugar. É para que as pessoas saibam se na rua tem histórico de alagamentos. Essas consultas são corriqueiras ao longo do ano", diz o engenheiro Hassan Mohamad Barakat, que trabalha no centro de monitoramento.
As notificações sobre pontos de alagamento são repassadas por funcionários da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que monitoram as ruas e avenidas da capital paulista, e ficam registradas no site do CGE. Eles priorizam as vias que mais causam impacto no trânsito. Por causa disso, a maior parte dos pontos de alagamento registrados está dentro do chamado centro expandido.
O vice-presidente de Imobiliário do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), Odair Senra, admite que as empresas consultam o órgão antes de adquirir terrenos para empreendimentos. "O SindusCon orienta seus associados que eles não só consultem a Prefeitura, como façam, quando forem visitar o local, um questionamento sobre o histórico do lugar. Evidentemente, com essas chuvas intensas, esse cuidado tem que ser maior", afirma.
Segundo Senra, a Prefeitura é apenas uma das fontes a serem consultadas. "O melhor para as informações são os vizinhos, porque eles sofrem o problema na pele e não esquecem", afirma. Ele diz que o profissional da área imobiliária precisa se colocar no lugar do cliente e ser o mais informado que puder sobre o local do empreendimento. "O comprador do imóvel é implacável, procura saber das coisas o máximo possível."
A bancária Priscila Casari, de 26 anos, descobriu por acaso que a rua onde pretendia comprar um apartamento alagava. Interessada no negócio, ela chegou a dar um cheque caução pelo imóvel na Vila Leopoldina, na Zona Oeste de São Paulo. "A gente foi lá no dia do lançamento. Minha mãe quis fechar na hora, ela tinha se apaixonado pelo apartamento", contou a bancária.
Uma semana depois, a mãe decidiu mostrar o apartamento para a avó e a tia de Priscila. Ao chegar ao endereço, em um dia de muita chuva em São Paulo, a rua estava toda alagada. "Era em um dia que tinha chovido muito e não dava nem para chegar ao estande porque tinha mais de um metro de altura de água", contou. Ela desistiu do negócio e pegou o cheque de volta.
Para evitar surpresas desse tipo, o engenheiro Hassan Barakat indica, além do próprio CGE, consultas na subprefeitura da região e conversas com os vizinhos mais antigos do bairro.
Atraso nas obras
Os dados sobre chuvas do CGE também servem de base para justificar atrasos nas obras, segundo Barakat. "Qualquer tipo de obra que é feita na cidade de São Paulo precisa emitir cronograma. E nem sempre eles [construtores] conseguem cumprir o cronograma por causa das chuvas", afirma o engenheiro.
O vice-presidente da SindusCon-SP concorda que os números da chuva são necessários para uma justificativa ao cliente. "É um motivo de força maior o eventual atraso. Quem está em fundação, não consegue [realizar a obra]. É quase imprevisível uma quantidade de chuva dessas."
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