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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Fundo imobiliário mira universidades

Com a expectativa de um crescimento ainda maior da renda do brasileiro, o setor de educação vem atraindo cada vez mais a atenção de investidores dispostos a aplicar no segmento. Gestores e administradores de fundos imobiliários, por exemplo, estão de olho nos imóveis que abrigam principalmente universidades. O mais novo fundo a mirar essa área é o Educacional, que pretende captar R$ 200 milhões e pretende atrair investidores de varejo.

O fundo tem como foco a compra de imóveis de instituições privadas de ensino para, em seguida, fechar um contrato de aluguel de longo prazo com ela. Para diversificar os riscos, há um limite de 25% do patrimônio para aplicação em um único empreendimento e em único locador, segundo informações contidas no prospecto da oferta.

A carteira tem como administrador o Banco Ourinvest e a gestão ficará a encargo da Claritas Administração de Recursos e da Credit Suisse DTVM. O valor total da emissão será de R$ 200 milhões, sendo que cada cota terá preço de R$ 1 mil. A aplicação mínima, no entanto, é de R$ 30 mil. A taxa de distribuição é de 1% do valor investido pelo cotista. Essa taxa é deduzida do valor investido no momento da integralização das cotas. Isso quer dizer que quem quiser aplicar R$ 30 mil terá de pagar R$ 300 no momento da compra.

Dado o tamanho da operação, é provável que os imóveis selecionados estejam concentrados nas principais cidades do país. Além disso, provavelmente terão como foco as quatro empresas de capital aberto do setor: Anhanguera Educacional, Estácio Participações, Kroton Educacional e Sistema Educacional Brasileiro (SEB).

O prazo para reservar as cotas do fundo termina no dia 12 de julho, segundo o prospecto, mas poderá se encerrar antes se o total da emissão for atingido. Já a taxa de administração é de 1,75% ao ano. Há a cobrança de 20% a título de performance sobre o que exceder a variação do IPCA mais 8%.

Este é o segundo fundo imobiliário no mercado com foco em educação. O primeiro foi o Anhanguera Educacional, uma carteira de R$ 38 milhões destinada à compra de um imóvel localizado na Rodovia Régis Bittencourt, em Taboão da Serra (SP).

A isenção sobre os rendimentos confere um atrativo a mais para a pessoa física interessada em buscar ganhos diferenciados neste momento de juros baixos. Os rendimentos distribuídos pelos fundos imobiliários não pagam IR. Mas isso só vale se o investidor não tiver mais de 10% das cotas do fundo.

Os fundos imobiliários são fechados, ou seja, não há resgate das cotas. Se quiser deixar a aplicação, o investidor deve vender suas cotas a terceiros no mercado secundário. Nesse caso, a falta de liquidez pode ser um entrave.

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