A escassez de recursos e a preocupação com o consumo
excessivo e com o meio ambiente têm feito com que as pessoas se preocupem em
compartilhar bens já existentes, se utilizando assim da economia colaborativa
ou compartilhada, que já faz parte da rotina de muitas pessoas. Cerca de 80%
dos brasileiros concordam que o consumo colaborativo torna a vida mais fácil e
funcional e 68% se imaginam participando de práticas nesse sentido em no máximo
dois anos, é o que revela a pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao
Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)
em todas as capitais do país. Esta tendência vem chegando também aos
condomínios, um exemplo disso são as lavanderias compartilhadas.
Com impacto positivo no consumo de água e de energia, as
lavanderias coletivas, também reduzem o número de máquinas necessárias para
atender a demanda dos condomínios, uma vez que suas atividades são otimizadas.
Além disso funcionam como áreas de conveniências e troca de experiência de
moradores. “Este modelo de serviço
proporciona aos condôminos uma redução no orçamento doméstico e contribui muito
para o meio ambiente, já que os equipamentos de lavar e secar são especialmente
projetados para terem um alto desempenho e baixo consumo, podendo reduzir em
60% o gasto de água”, explica Nicolas Lopez, diretor da Laundromat, que atua em
mais de 200 condomínios com lavanderias coletivas.
A especialista em gestão predial, professora do Curso de
Administração de Condomínio e Síndico Profissional da EPD e autora do livro
“Revolucionando o Condomínio”, Rosely Schwartz, conta que os novos
empreendimentos já estão nascendo com esta proposta de partilhar recursos. “Na
Europa e nos EUA a prática de dividir esses equipamentos já é antiga. No Brasil
vem sendo adotada cada vez mais em função da redução dos espaços das áreas
privativas”. Ela também ensina que para
viabilizar a implantação dessa área nos condomínios antigos, o síndico deverá
convocar uma assembleia especifica e contar com a aprovação de 50% + 1, da
totalidade da massa condominial.
No caso de precisar construir essa área, é fundamental a
aprovação de um projeto, inclusive pela Prefeitura e o quórum de 2/3, da
totalidade da massa condominial. Além da assembleia aprovar o projeto para os
condomínios antigos, os condôminos deverão estabelecer o critério para o uso,
determinando se será sem custo para todos ou se será cobrado apenas dos que
utilizarem.
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