As paredes de um garimpo desativado emprestam um conceito
totalmente exótico para um empreendimento inédito que entrou em funcionamento, no município de Ametista do Sul (RS). O Belvedere Mina está localizado
às margens da ERS-591, em frente ao pórtico de saída da cidade em direção a
Planalto. Tem mais de 900 metros quadrados de área construída, contando com
garimpo em atividade, indústria de lapidação, duas lojas de pedras preciosas,
hotel e restaurante subterrâneo.
Ao conhecer o ambiente do restaurante, o visitante já vai se
encantar. Com móveis personalizados, as mesas têm um desenho confeccionado em
pedras, trabalho realizado pelos próprios funcionários. Fonte de água, luminárias
temáticas para proporcionar uma iluminação mais instrospectiva são alguns dos
elementos que compõem o local. “Queremos oferecer ao turista um ambiente único,
com uma boa comida, vinhos importados, um lugar diferente, aproveitando o
máximo possível das características naturais da furna, como a temperatura
constante, entre 17º e 19º graus”, explica um dos proprietários, Jucemar
Cadena.
O local, que começou a ser construído em janeiro de 2016 e
está praticamente concluído tem capacidade para acomodar 200 pessoas. Na área
externa, que tem uma bela vista para o vale, mais 100 lugares. No hotel são 19
quartos, com 44 vagas, inclusive, acomodações coletivas, para facilitar a
hospedagem de excursões. Cozinha industrial, móveis novos, tudo à disposição do
visitante. “No total, o investimento em
recursos da família ultrapassa R$ 2 milhões”, revela.
Liberação
Em virtude da localização, para começar a operar, o
Belvedere Mina precisou de uma liberação do Departamento Autônomo de Estradas
de Rodagem (Daer). “Quando começamos a obra, seguimos a legislação municipal,
pelo local estar incluído no perímetro urbano. Após, o Daer informou que havia
a questão da faixa de domínio. Procuramos o departamento e, dentro da
legislação, a direção está analisando como resolver o caso, que prevê a
municipalização do trecho. Como é um ano eleitoral, a medida deve ocorrer só
depois. Mas nesta semana, uma decisão judicial liberou a operação e já estamos
abertos para a Expopedras”, detalha Cadena.
Com a abertura de todos os setores, o complexo mantém 36
postos de trabalho, inicialmente. “O garimpo bem localizado e a vocação
turística do município nos incentivaram a investir no segmento. Queremos somar,
atrair mais visitantes para o nosso município. Aqui está o esforço de toda a família”,
finalizou o empresário.
Fonte: Márcia Sarmento, Folha do Noroeste
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