Você sabia que o valor de um imóvel é afetado por vários
fatores? Localização, metragem, número de quartos e a situação da economia do
país são os mais comuns.
No entanto, há outros detalhes que também fazer
oscilar o preço dos imóveis. Livia Rigueiral, CEO do Homer, plataforma que
conecta corretores de todo o Brasil com uso de inteligência artificial, listou
quatro aspectos que contribuem na valorização e três que ajudam na
desvalorização na hora da venda de um imóvel. Confira:
– Vista livre: A entrada de iluminação natural e a vista
livre podem influenciar diretamente na avaliação da propriedade. Casas ou
apartamentos com janelas de frente para o prédio vizinho a uma distância
pequena valem menos do que uma unidade semelhante com uma boa vista, com circulação
de ar. Se as janelas forem voltadas para paisagens, como parques, praias ou
lagoas, a valorização será ainda mais acentuada.
– Segurança: Imóveis localizados em regiões mais seguras,
com baixos índices de criminalidade, são mais valorizados do que aqueles em
áreas perigosas. A valorização também ocorre em condomínios que investem em
segurança: um imóvel com porteiro 24 horas, portão eletrônico e câmeras de
monitoramento pode cobrar um preço mais elevado do que outro semelhante, mas em
um prédio sem portaria e monitoramento, onde os próprios moradores abrem o
portão com chaves.
– Espaços de lazer: Áreas de recreação, tanto dentro do
imóvel quanto no condomínio, são outro fator que podem aumentar o preço. Em
casas ou apartamentos maiores, são levados em conta varandas com churrasqueiras
e piscinas, espaços gourmet, quadras de esporte e playground. Tudo isso entra
na conta na hora de definir o preço final do imóvel.
– Mobilidade: Nas grandes cidades, a distância entre casa e
trabalho é geralmente maior. Por isso, a facilidade de acesso a transportes
públicos, como corredores de ônibus e estações de metrô, atrai compradores e
pode valorizar imóveis nessa faixa. Mesmo assim, o ideal é que os pontos de
embarque não sejam tão próximos, afinal a movimentação intensa na porta de casa
pode ser, na verdade, um incômodo.
Fatores que podem desvalorizar um imóvel:
– Estado de conservação: Manter o imóvel em um estado de
conservação ruim, com necessidade de muitas reformas, pode reduzir seu valor.
Afinal, o possível comprador irá descontar do preço do imóvel o valor que será
gasto com obras e dificilmente vai aceitar desembolsar o mesmo que pagaria em
uma propriedade em bom estado
– Espaços mal planejados: A metragem pode ser boa e o número
de quartos também. Talvez o apartamento tenha inclusive uma sala ampla e
quartos grandes. Mas, na cozinha, não cabem no mesmo cômodo, a geladeira e o
fogão. A área de serviço só tem espaço para o tanque e a máquina de lavar tem
que ficar dentro do banheiro. Este são apenas alguns exemplos que ajudam a
ilustrar como imóveis com espaços mal planejados podem comprometer o valor
final de venda.
– Garagem: Alugar uma garagem em capitais e grandes cidades
pode ultrapassar os R$ 300 mensais. Ninguém quer ter um gasto extra desses todo
mês ou ter que disputar uma vaga na rua, tarefa muitas vezes difícil, e que
ainda deixa os carros expostos. Por isso, imóveis sem garagem perdem valor em
relação a outros semelhantes com vagas para carros. Mesmo se houver vaga
disponível para alugar no próprio prédio, o imóvel sofrerá desvalorização.
Livia ressalta ainda que, como o processo de compra e venda
de um imóvel é complexo e ocorre, em média, apenas uma vez na vida das pessoas,
a presença de um corretor é indispensável para uma negociação segura.
Fonte: Mercado Imobiliário
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