Pode parecer tarefa simples pintar uma casa ou parte dela,
porém, é preciso ter muito cuidado e seguir passos essenciais para alcançar um
resultado positivo e não precisar refazer o serviço posteriormente, gerando
mais gastos e prejuízos. Para começar, na hora de escolher a tinta, é
fundamental verificar na plataforma digital www.tintadequalidade.com.br,
desenvolvida pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (ABRAFATI),
se a marca que procura pertence a uma empresa que está qualificada pelo
Programa Setorial da Qualidade (PSQ) – Tintas Imobiliárias. Tintas qualificadas
e listadas nessa plataforma digital têm a garantia de cumprirem o que está
definido nas normas técnicas em relação a aspectos como poder de cobertura,
resistência à limpeza e rendimento.
Anne Costa, coordenadora técnica da ABRAFATI, reforça que a
plataforma é uma ferramenta de defesa do consumidor. “É preciso que a tinta
atenda às especificações determinadas pelas normas técnicas, para garantir
padrões mínimos de qualidade. Usar um produto de qualidade e adequado para o
acabamento desejado é essencial para que os resultados esperados sejam
atingidos, garantindo a satisfação do consumidor”. A tinta a ser utilizada
dependerá da superfície que será pintada (alvenaria, metal ou madeira) e de
qual ambiente do imóvel receberá a aplicação (área externa ou interna). Anne dá
dicas sobre os produtos indicados em cada caso. Confira:
Alvenaria (paredes, tetos) – devem ser usadas tintas látex,
que são classificadas em quatro níveis (Econômica, Standard, Premium e Super
Premium), de acordo com o seu desempenho em relação a requisitos como poder de
cobertura, resistência à limpeza e rendimento. Deve ser destacado que, em
função de sua maior resistência às intempéries (chuva, ventos etc.), em
ambientes externos devem ser aplicadas apenas tintas Standard, Premium ou Super
Premium. Para ambientes internos, podem ser utilizadas tintas das quatro
categorias.
Metal – nessas superfícies, a recomendação é usar esmaltes
sintéticos Standard ou Premium, assim como tintas a óleo.
Madeira – é sempre recomendado o uso de vernizes, stains,
esmaltes ou tintas a óleo, que evitam rachaduras e trincas e protegem a madeira
de envelhecimento precoce, desbotamento e deterioração, repelindo a água e
combatendo a formação de fungos, além de manter o ambiente agradável. Madeiras
em áreas externas, expostas à ação do sol, chuva e maresia, devem receber
atenção especial, com vernizes com filtro solar e esmaltes Premium.
A especialista destaca que, para obter um bom resultado na
pintura, não basta usar uma tinta com qualidade reconhecida e adequada à
superfície. É preciso ter atenção a outros dois aspectos: a preparação da
superfície a ser pintada e a utilização das técnicas corretas para aplicação
das tintas e dos produtos complementares. “Na preparação da superfície a ser
pintada, é preciso fazer uma limpeza completa, que remova qualquer material que
possa interferir na pintura. A superfície precisa estar firme, uniforme (sem buracos
ou rachaduras), seca e sem poeira, gordura, graxa, sabão ou mofo. Antes de
pintar, é preciso verificar e corrigir imperfeições na parede, com argamassa ou
massa corrida. Em caso de reboco novo, é preciso aguardar 28 dias no mínimo
para a sua secagem, antes da pintura”, explica.
Já no que se refere à aplicação da tinta, é essencial
conhecer as técnicas corretas e contar com as ferramentas mais indicadas para a
atividade, além de seguir as instruções do fabricante, contidas na embalagem,
em relação a aspectos como a diluição ou o intervalo mínimo entre demãos. “A
contratação de um profissional qualificado para fazer a pintura ajuda a obter
bons resultados”, destaca.
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