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quarta-feira, 21 de junho de 2017

Brookfield aposta em mercado imobiliário brasileiro

Com US$ 250 bilhões de ativos sob gestão no mundo, dos quais R$ 60 bilhões estão alocados no Brasil em diversos setores, a Brookfield está agressiva na compra de terrenos para levantar empreendimentos imobiliários nos Estados de São Paulo e Rio.

A gestora não descarta adquirir terrenos de construtoras que passam por dificuldades financeiras neste momento e até mesmo comprar obras em andamento que têm bancos privados como credores.

Freitas não disse, contudo, se há negociações em andamento nesse sentido. “Olhamos todas as oportunidades e não descartamos olhar ativos estressados”, afirmou.

A Tegra, ex-Brookfield Incorporações, tem neste momento 27 projetos imobiliários, que incluem obras em andamento e as já lançadas, mas que ainda não foram iniciadas.

A gestora pode encerrar o ano com 30 projetos. Nesta divisão de incorporações imobiliárias, a Tegra tem R$ 3,5 bilhões já investidos e tem uma projeção de R$ 1,6 bilhão de VGV (Valor Geral de Venda) para novos projetos já programados este ano, mas que pode chegar até R$ 3 bilhões em 2019. A gestora atua neste segmento no Brasil desde 1978.

O executivo diz que a meta é buscar consumidores com renda média de R$ 8 mil, interessados em empreendimentos da Brookfield. Segundo ele, os distratos (rompimentos de contratos) preocupam, mas a Tegra tem reduzido ano a ano.

Para este ano, os distratos da companhia devem chegar a R$ 750 milhões, ante R$ 1 bilhão em 2016 e R$ 1,4 bilhão em 2015.

Segundo ele, a perspectiva para o cenário econômico é de melhora, uma vez que o risco de cassação da chapa Dilma/Temer foi descartada pelo TSE e a possibilidade de impeachment do presidente Michel Temer é baixa. Diante disso, espera uma retomada da economia.

Em meio à recessão que se abateu sobre o Brasil, a Brookfield tem sido uma das maiores compradoras de ativos do País. Nos últimos meses, concluiu a compra do gasoduto NTS, que pertencia à Petrobras, e a aquisição de 70% da Odebrecht Ambiental.

Freitas não acredita, no entanto, em um movimento de consolidação no setor imobiliário. Egresso da Cyrela, o executivo, presidente dessa divisão de negócios da Brookfield desde 2015, disse que a empresa também está analisando expandir na área de loteamentos urbanos no Brasil.

Atualmente, esse setor está sob a gestão de uma empresa da Brookfield chamada Tamboré, que poderá ser integrada à Tegra.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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