Com US$ 250 bilhões de
ativos sob gestão no mundo, dos quais R$ 60 bilhões estão alocados no Brasil em
diversos setores, a Brookfield está agressiva na compra de terrenos para
levantar empreendimentos imobiliários nos Estados de São Paulo e Rio.
A gestora não descarta
adquirir terrenos de construtoras que passam por dificuldades financeiras neste
momento e até mesmo comprar obras em andamento que têm bancos privados como
credores.
Freitas não disse, contudo,
se há negociações em andamento nesse sentido. “Olhamos todas as oportunidades e
não descartamos olhar ativos estressados”, afirmou.
A Tegra, ex-Brookfield
Incorporações, tem neste momento 27 projetos imobiliários, que incluem obras em
andamento e as já lançadas, mas que ainda não foram iniciadas.
A gestora pode encerrar o
ano com 30 projetos. Nesta divisão de incorporações imobiliárias, a Tegra tem
R$ 3,5 bilhões já investidos e tem uma projeção de R$ 1,6 bilhão de VGV (Valor
Geral de Venda) para novos projetos já programados este ano, mas que pode
chegar até R$ 3 bilhões em 2019. A gestora atua neste segmento no Brasil desde
1978.
O executivo diz que a meta é
buscar consumidores com renda média de R$ 8 mil, interessados em
empreendimentos da Brookfield. Segundo ele, os distratos (rompimentos de
contratos) preocupam, mas a Tegra tem reduzido ano a ano.
Para este ano, os distratos
da companhia devem chegar a R$ 750 milhões, ante R$ 1 bilhão em 2016 e R$ 1,4
bilhão em 2015.
Segundo ele, a perspectiva
para o cenário econômico é de melhora, uma vez que o risco de cassação da chapa
Dilma/Temer foi descartada pelo TSE e a possibilidade de impeachment do
presidente Michel Temer é baixa. Diante disso, espera uma retomada da economia.
Em meio à recessão que se
abateu sobre o Brasil, a Brookfield tem sido uma das maiores compradoras de
ativos do País. Nos últimos meses, concluiu a compra do gasoduto NTS, que
pertencia à Petrobras, e a aquisição de 70% da Odebrecht Ambiental.
Freitas não acredita, no
entanto, em um movimento de consolidação no setor imobiliário. Egresso da
Cyrela, o executivo, presidente dessa divisão de negócios da Brookfield desde
2015, disse que a empresa também está analisando expandir na área de
loteamentos urbanos no Brasil.
Atualmente, esse setor está
sob a gestão de uma empresa da Brookfield chamada Tamboré, que poderá ser
integrada à Tegra.
As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo
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