A Prefeitura de São Paulo anunciou na tarde desta sexta-feira que aplicou uma multa de R$ 1,5 milhão à administração do shopping Pátio Higienópolis, no centro de São Paulo, e deu 15 dias para que o estabelecimento apresente nova documentação referente às vagas de garagem exigidas pela prefeitura.
Na manhã desta sexta-feira, as secretarias de Transportes e de Coordenação das Subprefeituras fizeram uma vistoria no local. A vistoria foi determinada pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD) após a Folha revelar que uma ex-diretora diz ter pagado propina para conseguir a liberação da obra de expansão do empreendimento.
Após a vistoria, a prefeitura deu um prazo de até as 16h para que os documentos fossem entregues. O shopping enviou o material necessário, mas a prefeitura julgou que as informações eram insuficientes e resolveu multar o estabelecimento.
Procurado pela reportagem, o shopping ainda não se manifestou sobre a multa. A resposta será acrescentada a este texto assim que o estabelecimento enviar o posicionamento.
Por volta das 16h, o movimento no shopping era normal e, segundo os lojistas, não havia determinação da direção para que as lojas fechassem. Clientes e funcionários temiam que o estabelecimento fosse lacrado pela prefeitura.
VAGAS
Para conseguir autorização para realizar obras de ampliação, a CET exigiu, em 2008, que o shopping tivesse 1.994 vagas de estacionamento. Os quatro andares de garagem, no entanto, comportam 1.524.
Para atender a exigência, o empreendimento apresentou à CET, em agosto daquele ano, um contrato com a empresa Riti (atual Estapar) para a reserva de 470 vagas em duas de suas garagens, nas ruas Itacolomi, a 1 km do shopping, e Maranhão, a 350 metros.
Daniela Gonzalez, ex-diretora da BGE, empresa do grupo Brookfield que administra shoppings, afirma que o contrato é falso e que foi paga propina para que a CET aceitasse o documento.
Na versão de Daniela, a propina, no valor de R$ 133 mil, foi paga a Hussain Aref Saab, ex-diretor do setor de aprovação de prédios, para que ele intermediasse o assunto.
A Estapar --que comprou a Riti Estacionamentos em dezembro de 2010-- negou que o contrato seja falso e afirmou que as vagas estão disponíveis aos clientes.
Mas a BGE, que administrava o shopping, deu uma versão diferente. Informou que as vagas não estão sendo mais usadas porque não são mais necessárias, já que as obras terminaram.
A CET afirma que o shopping precisa, sim, manter essas vagas para atender às exigências legais.
Pelo contrato, as garagens deveriam estar disponíveis de segunda a domingo das 9h às 23h. O estacionamento da rua Itacolomi não funciona nesse horário --aos sábados fecha às 19h e só abre aos domingos para clientes do laboratório Fleury, vizinho.
A Folha esteve nos dois estacionamentos ontem e os funcionários disseram que não há nem nunca houve nenhuma vaga disponibilizada para o shopping. Funcionários dos estacionamentos até estranharam a informação de que haveria convênio com o shopping.
Na manhã desta sexta-feira, as secretarias de Transportes e de Coordenação das Subprefeituras fizeram uma vistoria no local. A vistoria foi determinada pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD) após a Folha revelar que uma ex-diretora diz ter pagado propina para conseguir a liberação da obra de expansão do empreendimento.
Após a vistoria, a prefeitura deu um prazo de até as 16h para que os documentos fossem entregues. O shopping enviou o material necessário, mas a prefeitura julgou que as informações eram insuficientes e resolveu multar o estabelecimento.
Procurado pela reportagem, o shopping ainda não se manifestou sobre a multa. A resposta será acrescentada a este texto assim que o estabelecimento enviar o posicionamento.
Por volta das 16h, o movimento no shopping era normal e, segundo os lojistas, não havia determinação da direção para que as lojas fechassem. Clientes e funcionários temiam que o estabelecimento fosse lacrado pela prefeitura.
VAGAS
Para conseguir autorização para realizar obras de ampliação, a CET exigiu, em 2008, que o shopping tivesse 1.994 vagas de estacionamento. Os quatro andares de garagem, no entanto, comportam 1.524.
Para atender a exigência, o empreendimento apresentou à CET, em agosto daquele ano, um contrato com a empresa Riti (atual Estapar) para a reserva de 470 vagas em duas de suas garagens, nas ruas Itacolomi, a 1 km do shopping, e Maranhão, a 350 metros.
Daniela Gonzalez, ex-diretora da BGE, empresa do grupo Brookfield que administra shoppings, afirma que o contrato é falso e que foi paga propina para que a CET aceitasse o documento.
Na versão de Daniela, a propina, no valor de R$ 133 mil, foi paga a Hussain Aref Saab, ex-diretor do setor de aprovação de prédios, para que ele intermediasse o assunto.
A Estapar --que comprou a Riti Estacionamentos em dezembro de 2010-- negou que o contrato seja falso e afirmou que as vagas estão disponíveis aos clientes.
Mas a BGE, que administrava o shopping, deu uma versão diferente. Informou que as vagas não estão sendo mais usadas porque não são mais necessárias, já que as obras terminaram.
A CET afirma que o shopping precisa, sim, manter essas vagas para atender às exigências legais.
Pelo contrato, as garagens deveriam estar disponíveis de segunda a domingo das 9h às 23h. O estacionamento da rua Itacolomi não funciona nesse horário --aos sábados fecha às 19h e só abre aos domingos para clientes do laboratório Fleury, vizinho.
A Folha esteve nos dois estacionamentos ontem e os funcionários disseram que não há nem nunca houve nenhuma vaga disponibilizada para o shopping. Funcionários dos estacionamentos até estranharam a informação de que haveria convênio com o shopping.
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