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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Cohousing x Coliving: Como essas comunidades influenciam no mercado


As mudanças comportamentais da população se refletem nos novos tipos de demandas que chegam ao mercado imobiliário. Prova disso é a demanda crescente que tem solicitado empreendimentos do tipo cohousing e coliving.

“Esse segmento do coliving foi bastante procurado e teremos uma amostragem maior quando o mercado voltar com mais força. O mais importante, no fim das contas, é que as pessoas não buscam hoje apenas o tijolo na hora de comprar o apartamento.

Toda a parte referente aos serviços e como elas vão morar no dia a dia, ganha uma relevância muito grande”, afirma Alexandre Lafer Frankel, coordenador dos Novos Empreendedores do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). 

Os dois novos modelos no mercado têm aspectos semelhantes. O cohousing, de acordo com Frankel, é um tipo de empreendimento que traz o conceito de república, onde pessoas alugam o imóvel, que é, geralmente, menor, e compartilham como se fosse um espaço de convivência. Além disso, existe uma administração conjunta dividida entre os moradores e pode-se considerar um aspecto familiar. 

Já o coliving é um tipo de empreendimento que consiste em um prédio multifamiliar que tem como conceito a promoção de um encontro em uma série de áreas de convivência. “Ele já é uma versão mais evoluída do que a gente conhece como prédios tradicionais no quesito sociabilidade”, explica o coordenador dos Novos Empreendedores do Secovi-SP. 

A diferença principal com relação aos empreendimentos convencionais que já possuem áreas de convivência, é que no caso do coliving, essas áreas não são de uso exclusivo justamente para gerar convivência entre os moradores do empreendimento. Ou seja, a área de lazer que possui churrasqueira também não será exclusiva. Esses empreendimentos também têm espaços como coworking, que proporciona mais interação.
 
Projeto e Sistema Construtivo

Do ponto de vista de concepção, o cohousing não é um tipo de empreendimento que necessita de alterações de layout ou especificações de sistemas construtivos. A sua construção é igual a uma obra de empreendimento comum, sendo que a alteração do modelo se dá de acordo com a sua forma de utilização. Ou seja, as adaptações que são feitas, do ponto de vista de como o imóvel será utilizado, é que devem classificá-lo como cohousing. 

Já no caso do coliving, além de ser pensado em projeto, onde deve-se considerar as áreas de convivência, geralmente, localizadas no térreo dos empreendimentos, é preciso pensar no sistema construtivo que será executado, no caso de alvenaria estrutural pode se restringir a realização. “Por termos uma compartimentação maior, principalmente, no térreo, temos uma restrição com alvenaria estrutural. Porque a alvenaria tem que chegar até a fundação, então, ela dificulta bastante a concepção do coliving”, explica Frankel.

Fonte: Carla Rocha/Agência Visia

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