Na prática, a terceirização funciona assim: uma empresa
precisa colocar uma nova fábrica ou um centro de distribuição, ou mesmo um
escritório, em operação e, em vez de comprar o terreno e construir as
instalações arcando com todos os custos e riscos, que não são do seu negócio
principal, procura um parceiro especializado que possua empreendimentos prontos
ou que possa construir áreas otimizadas para as atividades de sua empresa. Caso
sua operação necessite de uma infraestrutura específica, esse parceiro consegue
construir o prédio de acordo com as necessidades do negócio e alugá-lo à
empresa interessada.
Geralmente, essa operação customizada se torna uma boa
alternativa porque oferece uma série de vantagens operacionais e financeiras ao
locatário. Recurso imobilizado na obra, gestão de inúmeros fornecedores,
burocracias para aprovação e expertise no desenvolvimento dos projetos são
apenas algumas das razões que têm feito as empresas optarem pela terceirização
de soluções imobiliárias (veja quadro).
Foi o caso da John Deere, fabricante de máquinas e
equipamentos agrícolas, que terceirizou a construção do seu Centro de
Distribuição, de Treinamento e de Inovação em Campinas (SP). O centro tem cerca
de 77 000 metros quadrados e está instalado no Parque Corporativo Bresco
Viracopos, vizinho ao aeroporto e muito próximo às rodovias Anhanguera e
Bandeirantes. O diretor de Operações de Peças da John Deere para a América do
Sul, Ilson Eckert, lembra que o investidor especializado em soluções
imobiliárias para o mercado corporativo, a Bresco, assumiu desde a concepção
até a execução da obra. “O resultado foi uma expansão completamente integrada e
operacional, sem interrupções nos serviços aos nossos concessionários e
clientes”, afirma o executivo.
De acordo com Maurício Geoffroy, diretor Comercial e de
Marketing da Bresco, empresa que atua no mercado de terceirização imobiliária,
referência na locação de galpões e escritórios e cuja equipe já realizou mais
de 60 operações que superam 2 milhões de metros quadrados de área construída,
esse mercado vem se consolidando e crescendo nos últimos anos. “E deve crescer
ainda mais, pois, nesse período de retomada da economia, é uma excelente
alternativa para quem precisa expandir suas operações e não deseja imobilizar
grandes volumes de capital em imóveis”, comenta. O executivo aponta ainda que,
com os valores de locação em baixa, essa opção fica ainda mais atrativa para as
empresas.
O que os especialistas afirmam – e as pesquisas comprovam –
é que ainda há bastante espaço para crescimento dessa modalidade no mercado
brasileiro. De acordo com a pesquisa Global Corporate Real Estate, realizada
pela JLL Consultoria Imobiliária, há pouco mais de quatro anos, cerca de 56%
das empresas na América Latina ainda administravam suas atividades imobiliárias
internamente, contra uma média global de 25%.
O estudo conclui que, apesar da recente saída do momento de
retração econômica, as companhias já vêm investindo na expansão de suas
atividades e isso exige um foco maior na ampliação de suas estruturas. Por
isso, a recomendação para que as companhias busquem as melhores soluções com os
investidores do ramo.
Por fim, o diretor Paulo Casoni, da JLL, ressalta que é
preciso cautela na escolha do parceiro investidor, mas confia no crescimento do
modelo nos próximos anos.
Antes de terceirizar, é preciso escolher parceiros
investidores que:
● tenham flexibilidade e agilidade na hora de realizar
contratos e montar estruturas;
● contem com equipe de especialistas que deem suporte ao
desenvolvimento do projeto;
● desenvolvam projetos sustentáveis que respeitem o meio
ambiente e as comunidades do entorno e que proporcionem bem-estar aos usuários;
● comprovem solidez de mercado, estrutura acionária de
credibilidade e time com experiência que vislumbre qualidade dos imóveis e
relações perenes.
Fonte: Abril Branded Content, Exame
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