O maior jardim vertical do mundo fica em Sidney, na Austrália. O projeto “One Central Park”, do arquiteto francês Jean Nouvel, vencedor do Pritzker em 2008, foi inaugurado no início do ano e é composto por duas torres marcadas por terraços em balanço. Os edifícios abrigam nada menos que 624 apartamentos, sendo 38 deles luxuosas penthouses de cobertura.
Criado em colaboração com o artista botânico também francês Patrick Blanc, considerado o inventor do conceito de jardins verticais, o exuberante tapete verde cobre 50% da fachada, combinando 190 espécies nativas e 160 tipos de plantas exóticas, numa interessante relação entre paisagismo e arquitetura. O jardim vertical ajudará não só a neutralizar as emissões de carbono na cidade, mas também a diminuir a temperatura interna nos apartamentos do edifício.
As torres, uma com 116 metros de altura e a outra com 64,5 metros, fazem parte de um complexo de uso misto que inclui, além de residências, lojas, cafés, restaurantes e unidades corporativas.
Outro destaque está no prédio mais alto, onde foi projetada uma grande laje em balanço que serve às unidades de cobertura. Neste jardim flutuante exclusivo, uma sala de jantar ao ar livre, jacuzzis e espreguiçadeiras, entre outros mimos, podem ser apreciados por poucos privilegiados.
Abaixo dela foi instalado um tipo de painel de espelhos motorizados, que captam a luz solar e os raios, direcionando-os aos jardins circundantes, a fim de incentivar o crescimento mais rápido das plantas. Ao anoitecer, esse painel se transforma numa grande instalação de arte feita com luzes LED — material que, além do baixo impacto, oferece longa duração — feita por outro francês, o artista Yann Kersalé.
REDE VAI RECICLAR ÁGUA
A sustentabilidade esteve presente em todas as etapas do projeto: 93% de todos os resíduos da obra já foram reciclados, fazendo do “One Central Park" um dos maiores projetos de reciclagem da Austrália. Outro elemento-chave do empreendimento é a rede de reciclagem hídrica, com reaproveitamento de água de chuva, de esgoto e de irrigação das paredes verdes, por exemplo.
Graças ao projeto, os moradores vão usar entre 40% e 50% menos água potável, economizando dinheiro e preciosas reservas de água para consumo.
A construção — nas proximidades de um parque de 64 mil metros quadrados — foi inspirada nas Montanhas Azuis, região localizada nas imediações de Sydney. O site oficial do complexo o caracteriza como um misto de “casa na árvore gigante” e “torre high-tech com proporções épicas”.
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