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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Projetos de arquitetura ajustam temperaturas

Um ambiente eficientemente climatizado, com baixo consumo de energia, começa nos projetos de arquitetura e engenharia. Em um país com alto grau de insolação, como o Brasil, as soluções vão desde a distribuição cardinal adequada de cômodos e janelas, para que determinados ambientes, como salas de estar e de reunião, não recebam o sol da tarde, até o emprego de materiais que reduzem a absorção de calor, como vidros especiais, e a instalação de sistemas inteligentes e automatizados de climatização e refrigeração.
 
"Os ambientes de permanência prolongada não podem ser voltados para o poente, só aqueles de curta permanência, como banheiro, área de serviço, cozinha, escadas, hall de serviço e de acesso", diz o arquiteto Thales de Azevedo, da baiana Prodenge - Projetos de Engenharia de Instalações. Quando isso não é possível, pode-se fazer uma proteção passiva para sombrear a fachada, como brises (do francês brise-soleil, quebra-sol), painéis na forma de lâminas colocados nas aberturas dos edifícios para reduzir a incidência direta dos raios do sol.
 
Outra solução, segundo Azevedo, é a construção da parede com blocos vazados preenchidos com flocos de isopor. "O material isolante diminui a transmitância térmica, melhorando o conforto térmico do ambiente, para que não se tenha que utilizar tanto o ar-condicionado", diz o arquiteto. Segundo ele, a técnica proporciona redução de 20% da carga térmica da parede voltada para o poente.
O uso de vidros de controle solar também ajuda a afastar o calor. O ClimaGuard, da Guardian, fabricante mundial de vidros e espelhos, chega a reduzir em até 64% a entrada de calor, proporcionando economia de energia, especialmente em imóveis voltados para o poente, de 35 kWh por metro quadrado de janela, segundo Lamartiny Gomes, gerente de produtos residenciais da empresa.
 
Fabricado em quatro espessuras diferentes e quatro opções de cor, o produto é composto por uma camada de metais nobres, como prata e zircônio, que filtra os raios ultravioletas e infravermelhos e contribui para o controle da luminosidade excessiva.
 
"A especificação do vidro adequado é fundamental para que o consumo de ar-condicionado não pese muito", diz o arquiteto Afonso Walace, diretor da mineira Dávila Arquitetura, que utilizou vidros refletivos da Guardian no edifício Ômega, em Brasília. O projeto conta também com recurso que favorece a ventilação cruzada.
 
Os sistemas de ar-condicionado também evoluíram e permitem menor consumo de energia, com funcionamento automatizado. Além de novas edificações, que já nascem com sistemas inteligentes de iluminação e climatização, os novos equipamentos são utilizados também em reformas para tornar prédios antigos mais eficientes e sustentáveis. Segundo Ademar Liza, diretor de refrigeração da Johnson Controls Building Efficiency, a economia de energia depende do grau de intervenção que o cliente se dispõe a fazer. "Você pode trocar o equipamento de ar-condicionado por sistemas mais modernos que consomem menos energia, automatizar esse sistema e depois automatizar a própria rede de energia", explica.
 
Fonte: Valor Econômico, por Gleise de Castro

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Construtora lança apartamento de 18 m² por R$ 270 mil; tendência é o aperto

A onda de lançamentos de microapartamentos, que teve início há alguns anos, continua forte no mercado imobiliário brasileiro.
 
As construtoras Setin e Patrimar lançaram recentemente imóveis com 18 m² de área, um a menos do que o apartamento de 19 m² que foi apresentado pela Vitacon ao mercado no ano passado.
 
Os apartamentos são vendidos como studios, que nada mais são do que uma versão moderna das antigas quitinetes, com quarto, sala e cozinha concentrados num só ambiente.
 
A Setin lançou, no fim de setembro, o projeto Downtown São Luís, no centro de São Paulo. O prédio tem 218 unidades, com metragens que variam de 18 m² a 42 m².
 
O preço médio do metro quadrado é de R$ 15 mil, o que faz o imóvel de 18 m², classificado pela empresa como "o menor do país", custar cerca de R$ 270 mil. O prédio tem, entre as áreas comuns, uma lavanderia coletiva.

 
 
Belo Horizonte também tem imóvel de 18 m²

Apesar de a Setin se apresentar como criadora do menor apartamento do Brasil, pelo menos outra construtora tem um projeto parecido.
 
A Patrimar Engenharia lançou em julho, em Belo Horizonte (MG), o Manhattan Square, com 150 apartamentos cujas áreas variam de 18 m² a 119 m².
 
A empresa não divulga o preço do metro quadrado. O prédio tem áreas comuns com serviços pagos por uso, entre eles o de massagem, manutenção e limpeza.
 
Há pouco mais de um ano, a Vitacon, especializada em imóveis pequenos, lançou na Vila Olímpia, em São Paulo, um empreendimento com apartamentos que, até então, eram considerados os menores do país.
 
Os imóveis têm apenas um metro quadrado de área a mais do que os lançamentos recentes da Setin e da Patrimar, e foram vendidos por preços a partir de R$ 266 mil.

Tendência deve continuar nos próximos anos

Os lançamentos de imóveis de pouca metragem devem continuar nas grandes regiões metropolitanas, diz o professor João da Rocha Lima, coordenador do Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).
 
"Os custos de terrenos e construção dos imóveis vêm crescendo acima da renda do público para os quais eles são dirigidos. A única forma de o mercado se adequar a essa realidade é oferecendo esse formato", afirma.
 
Rocha Lima cita o exemplo de um consumidor que tinha condições de comprar um imóvel de padrão nos bairros de Paraíso e Vila Mariana, em São Paulo, em 2005. Hoje, diz ele, esse mesmo consumidor só vai conseguir comprar um imóvel de padrão semelhante no ABC Paulista.
 
"Ou o consumidor mora no lugar em que gostaria, mas em um apartamento menor, ou mora longe e perde qualidade de vida por causa do deslocamento."
 
Não é por acaso, diz o especialista, que as empresas que vendem quitinetes investem em design, arquitetura e serviços extras. "É uma tentativa do mercado de ressaltar a qualidade, para superar o problema do tamanho."

Fonte: Aiana Freitas / UOL

Por R$ 50 mil, empresa pode contornar falta de água com poço

Companhia especializada na construção de poços artesianos diz que procura por serviço cresceu 90% em relação ao ano passado

 
Muitas empresas estão tendo seus negócios prejudicados pelos cortes no fornecimento de água no estado de São Paulo. Para minimizar essas perdas, alguns empresários estão investindo na construção de poços artesianos para abastecer suas instalações. As obras demoram de 60 a 90 dias e custam cerca de R$ 50 mil. Confira a seguir o que é preciso fazer para recorrer a esta opção.
 
É possível encontrar água em qualquer terreno, mas não se pode determinar a quantidade e nem a qualidade do recurso, afirma Flávia Maia, gerente ambiental da São Paulo Poços Artesianos. “Nós realizamos um estudo prévio do solo que ajuda a estimar estas variáveis. Mas acontece de não acharmos a água necessária para atender a demanda do cliente, não é algo totalmente exato”, explica.
 
Após a realização deste estudo, que leva em torno de 15 dias, é preciso obter uma licença de perfuração junto ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), órgão do governo estadual responsável pela gestão dos recursos hídricos do estado de São Paulo. Se o pedido for aprovado, o documento sai em até dois meses. Uma vez emitida a licença, a empresa leva mais 15 dias para realizar a obra e montar a estrutura para a retirada da água. Um pacote incluindo todas estas etapas sai por cerca de R$ 50 mil.
 
“São poucas as restrições para a obra. Nós trabalhamos com o poço tubular profundo, que pega água a pelo menos 60 metros abaixo da terra. Acima deste nível é área explorada pela Sabesp, então é ilegal. Além disso, o futuro poço não pode estar em uma região com solo contaminado. Caso esteja, será preciso obter primeiro um parecer técnico da Cetesb, e o processo também fica um pouco mais demorado”, esclarece.
 
Depois de construído o poço, será necessário fazer uma manutenção periódica das instalações a cada seis ou doze meses. Cada procedimento custa de R$ 2,5 e R$ 3,5 mil. Além disso, caso a água seja usada para consumo humano (tanto para beber quanto para saneamento), é preciso passar por um monitoramento periódico da Vigilância Sanitária, a um custo adicional de R$ 1,5 mil por mês.
 
“A procura pelos nossos serviços cresceu cerca de 90% em relação ao ano passado por causa da falta de chuvas. Hoje, nossos maiores clientes são os condomínios, mas também tivemos um aumento de 50% na procura por parte de empresas, especialmente as que usam água para processos industriais, como as do setor de bioquímica e laboratórios”, afirma Flávia.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Aplicações ligadas ao mercado imobiliário crescem 44,3% em setembro

A Cetip, maior depositária de títulos privados de renda fixa da América Latina e maior câmara de ativos privados do País, com mais de cinco trilhões em ativos e derivativos em estoque, anunciou ontem que o estoque de instrumentos financeiros vinculados ao setor imobiliário nacional atingiu o patamar de R$ 262 bilhões no final de setembro.
O montante corresponde à soma dos estoques de Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI) depositados na Cetip e revela um crescimento de 44,3% em relação ao apurado no mesmo período do ano passado.
O mercado aponta, como os principais motivos para esse crescimento, a isenção do imposto de renda para pessoas físicas e a garantia pelo Fundo Garantidor de Crédito para aplicações de até R$ 250 mil. Aos poucos, esses títulos vão ocupando o lugar do CDB, que vem demonstrando uma tendência de queda.
 
É importante lembrar que o volume desses títulos ainda gira em torno de apenas 10% do total da indústria de Fundos de Investimento no Brasil. Mas, a julgar por essa trajetória de crescimento, a tendência é de que o investimento em crédito imobiliário assuma um papel cada vez mais relevante.
Fonte:  Paulo Fabbriani - InfoMoney

domingo, 26 de outubro de 2014

Seca leva condomínios a vetar uso de piscina em São Paulo

São Paulo - A crise hídrica de São Paulo já leva condomínios a adotar medidas restritivas no uso das áreas comuns como forma de amenizar ou postergar a falta d'água. Piscinas fechadas durante a semana, churrasqueiras e salões de festas vetados por tempo indeterminado e até racionamento interno implementado pelo síndico são práticas hoje aceitas por moradores que temem um mal ainda maior: a torneira seca.
 
Obras para possibilitar a captação da água da chuva, da máquina de lavar ou mesmo de poços artesianos também fazem parte da lista de medidas cogitadas para assegurar o abastecimento dos prédios da capital. Segundo levantamento recente feito pela administradora de condomínios Lello, 37% dos paulistanos vivem em apartamentos - quase 4 milhões de pessoas.
 
As ações têm sido discutidas em reuniões extras de condomínio agendadas geralmente após ao menos um dia de interrupção no fornecimento de água pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Mas mesmo quem ainda não sofreu com a falta d'água começa a se planejar para evitar que isso aconteça.
 
Com 400 apartamentos, espalhados em quatro torres, o Condomínio Cores da Barra, que fica na Barra Funda, zona oeste da capital, já vetou o uso da piscina de segunda a sexta-feira. De acordo com o síndico, Fabio Arra, o processo de limpeza e manutenção da piscina, que tem 300 mil litros de água, consome, em média, 20 mil litros.
 
"Ao permitir a utilização somente aos fins de semana, vamos reduzir isso pela metade ou até menos. É uma questão de bom senso e também de segurança, já que não estamos repondo o nível. Com a piscina mais baixa, há risco para os usuários e para os equipamentos", diz.
 
Na próxima reunião de condomínio, marcada para esta segunda-feira, 27, Arra também pretende propor a possibilidade de perfurar um poço no terreno para buscar água do lençol freático. Essa medida, no entanto, vai depender de autorização do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), órgão estadual responsável pelas licenças. O procedimento dura, em média, três meses e pode custar R$ 10 mil.
 
Para a gerente de produtos da Lello, Raquel Tomasini, as medidas ajudam os condomínios a economizar. Mas, segundo a especialista, o principal desafio é conscientizar o morador da necessidade de consumir água com critério. "Quem mora em prédio costuma sentir menos a falta d'água porque, geralmente, os reservatórios são grandes", afirma.
 
Os cerca de 1,5 mil moradores do Condomínio Chácara das Flores, na zona leste, resolveram agir por conta própria. Sem outras opções de economia, eles adotaram um racionamento interno. Os registros dos 363 apartamentos são desligados diariamente, das 13 às 17 horas. O rodízio foi iniciado há pouco mais de uma semana, e a expectativa é de que o resultado venha na conta do próximo mês.

Festas

Em tempos de seca, o uso das áreas comuns do Condomínio Platinum, que fica na região do Jardim Guedala, zona sul, também ficou restrito. A síndica Maria Flora Fernandez vetou o aluguel do salão de festas e da churrasqueira. Com 60 apartamentos, o prédio de alto padrão também deve "perder" a piscina em pouco tempo. É que desde o agravamento da seca, o condomínio não tem reposto a água. "Quem usa já percebe a diferença. A piscina está mais baixa", diz Flora.
 
Mas, apesar de impopulares, as medidas adotadas até agora têm o apoio dos condôminos, garante a síndica. "Havia três festas marcadas. Fiquei preocupada, mas todos entenderam os motivos e não reclamaram", afirma Flora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Estudos reafirmam o potencial da hotelaria no Brasil

Independentemente do enfoque pelo qual seja analisado, o certo é que o setor hoteleiro brasileiro projeta uma verdadeira revolução em seu posicionamento como indústria de hospitalidade na próxima década. A participação dos brasileiros no crescimento do setor será fundamental em todos os sentidos, seja como investidores, seja como usuários, ou ambos.
Outro dia, resgatei um trabalho feito pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil e pela Hotel Invest em dezembro de 2012 chamado "Estudo Placar Hoteleiro". O estudo projetava a atividade nas cidades sedes da Copa do Mundo do Brasil em 2014, a taxa de ocupação dos hotéis e o crescimento da demanda e da oferta esperado entre 2012 e 2015 e comparava os preços das diárias hoteleiras para o período anterior e durante as duas copas do mundo anteriores à do Brasil - Alemanha e África do Sul.
Com base nesse interessante material, considerando o crescimento médio anual projetado para o período 12-15 nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo e projetando esse mesmo crescimento anual médio para os dez anos seguintes, teremos como resultado uma oferta anual necessária de aproximados 4 mil novas unidades hoteleiras para nivelar a taxa de ocupação em média anual de 70% no período.
No módulo hoteleiro atual, que tem por base um volume de unidades próximo de 160 por hotel, seriam necessários investimentos que colocassem de pé nas duas cidades 24 hotéis novos todos os anos para um nivelamento de ocupação da ordem de 70%.
A demanda doméstica pode - e vai! - variar ao sabor do crescimento econômico que for verificado nos próximos anos. É sempre importante lembrar que é o turista brasileiro que vem liderando o chamado turismo de negócios.
Já a demanda internacional, essa vem crescendo em níveis constantes, e a tendência é passarmos por um período de maior aceleração por dois motivos fundamentais:
(i)               o sucesso da receptividade dos estrangeiros durante a copa do mundo de 2014, e muito provável a repetição do nível de satisfação durante os jogos olímpicos de 2016;
(ii)              o crescimento da atividade de exploração de óleo e gás, relacionado com a recuperação, embora lenta e gradual, dos índices de crescimento da economia internacional.
O Estado da Flórida - US vem recebendo aproximadamente 90 milhões de turistas por ano, grande parte, pelo menos a metade desse volume, devido aos parques temáticos Disney. O Brasil deve receber em 2014 algo próximo de 6 milhões de turistas internacionais, ou seja, pouco menos de 7% do que todo o estado da Flórida.
Mas não é só na base de hotéis econômicos que a hotelaria funciona no Brasil. Considerando que apenas um terço da oferta hoteleira está ligada a redes hoteleiras internacionais, responsáveis pela maior parte das reservas de turistas estrangeiros, apenas 13% da oferta de quartos em São Paulo, e apenas 25% da oferta de quartos no Rio de Janeiro, são considerados como hotéis de Luxo para padrões brasileiros. Para os padrões internacionais, esses números são ainda menores.
Independentemente do enfoque pelo qual seja analisado, o certo é que o setor hoteleiro brasileiro projeta uma verdadeira revolução em seu posicionamento como indústria de hospitalidade na próxima década. A participação dos brasileiros no crescimento do setor será fundamental em todos os sentidos, seja como investidores, seja como usuários, ou ambos.
Fonte: Paulo Fabbriani

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Imobiliária faz evento sobre regras para brasileiro comprar imóvel nos EUA

A imobiliária Vitoria Realty promove em São Paulo, nestas quarta e quinta-feiras (22 e 23), um evento com informações para brasileiros que queiram investir em casas e apartamentos em Miami e Orlando, nos Estados Unidos.
 
A empresa, que vende imóveis nos EUA, diz que seus corretores tirarão dúvidas sobre tributação, declaração da compra no Imposto de Renda, financiamento por bancos americanos e documentos necessários para a compra, entre outros temas.
 
Quem quiser participar do evento, que será realizado no escritório da empresa em Moema, na zona sul de São Paulo, precisa fazer um cadastro prévio pela internet  (http://zip.net/bppZfM).
 
Nesse site, que é um canal de Fale Conosco, o interessado deve informar que quer participar das palestras e dizer em qual dia.
 
A participação é gratuita, mas o número de vagas é limitado: 50 pessoas em cada dia.
 
"Os brasileiros ocuparam a terceira posição entre os estrangeiros que mais compraram imóveis no Estado da Flórida em 2013, com 7% das negociações", disse a CEO da Vitoria Realty, Edna Batini.
 
Segundo ela, o público brasileiro que investe na Flórida se concentra em três perfis: os que compram casas para depois alugar e gerar renda extra; os que querem uma casa para passar as férias; e os que planejam se mudar para Orlando e Miami.

Comprar imóveis no exterior tem riscos

Especialistas advertem que é preciso se informar bem antes de comprar um imóvel nos EUA, pois pode haver prejuízo. Muitos não sabem, por exemplo, que, se o imóvel for comprado para locação, 30% da renda bruta fica nos EUA.
 
O economista Samy Dana, professor da FGV-SP, alerta ainda que, se o consumidor quiser financiar o imóvel, ele poderá ser surpreendido com a alta do dólar ao longo do tempo.
 
"Se ele vive no Brasil, tem renda em reais e faz o pagamento em dólar, fica sujeito ao risco cambial. E nada garante que o imóvel vai se valorizar ao longo dos anos para compensar esse gasto", diz.
 
Vitoria Realty: como investir em imóveis nos EUA

domingo, 19 de outubro de 2014

Maior jardim vertical do mundo é australiano

 
O maior jardim vertical do mundo fica em Sidney, na Austrália. O projeto “One Central Park”, do arquiteto francês Jean Nouvel, vencedor do Pritzker em 2008, foi inaugurado no início do ano e é composto por duas torres marcadas por terraços em balanço. Os edifícios abrigam nada menos que 624 apartamentos, sendo 38 deles luxuosas penthouses de cobertura.
 
Criado em colaboração com o artista botânico também francês Patrick Blanc, considerado o inventor do conceito de jardins verticais, o exuberante tapete verde cobre 50% da fachada, combinando 190 espécies nativas e 160 tipos de plantas exóticas, numa interessante relação entre paisagismo e arquitetura. O jardim vertical ajudará não só a neutralizar as emissões de carbono na cidade, mas também a diminuir a temperatura interna nos apartamentos do edifício.
 
As torres, uma com 116 metros de altura e a outra com 64,5 metros, fazem parte de um complexo de uso misto que inclui, além de residências, lojas, cafés, restaurantes e unidades corporativas.
 
Outro destaque está no prédio mais alto, onde foi projetada uma grande laje em balanço que serve às unidades de cobertura. Neste jardim flutuante exclusivo, uma sala de jantar ao ar livre, jacuzzis e espreguiçadeiras, entre outros mimos, podem ser apreciados por poucos privilegiados.
 
Abaixo dela foi instalado um tipo de painel de espelhos motorizados, que captam a luz solar e os raios, direcionando-os aos jardins circundantes, a fim de incentivar o crescimento mais rápido das plantas. Ao anoitecer, esse painel se transforma numa grande instalação de arte feita com luzes LED — material que, além do baixo impacto, oferece longa duração — feita por outro francês, o artista Yann Kersalé.
 
REDE VAI RECICLAR ÁGUA
 
A sustentabilidade esteve presente em todas as etapas do projeto: 93% de todos os resíduos da obra já foram reciclados, fazendo do “One Central Park" um dos maiores projetos de reciclagem da Austrália. Outro elemento-chave do empreendimento é a rede de reciclagem hídrica, com reaproveitamento de água de chuva, de esgoto e de irrigação das paredes verdes, por exemplo.
 
Graças ao projeto, os moradores vão usar entre 40% e 50% menos água potável, economizando dinheiro e preciosas reservas de água para consumo.
A construção — nas proximidades de um parque de 64 mil metros quadrados — foi inspirada nas Montanhas Azuis, região localizada nas imediações de Sydney. O site oficial do complexo o caracteriza como um misto de “casa na árvore gigante” e “torre high-tech com proporções épicas”.

sábado, 18 de outubro de 2014

Qual é a cara de uma boa área comum?

Especialistas do mercado imobiliário paulistano contam como desenvolvem os itens de lazer nos novos empreendimentos
 
Nem sempre belas ilustrações dos itens de lazer nos materiais de venda dos lançamentos se traduzem em espaços efetivamente funcionais para os moradores. Com restrições impostas pelos terrenos, pelos tipos de produtos e até pela legislação, os incorporadores consideram os desejos dos potenciais moradores e as necessidades de uso como parâmetros para o desenvolvimento dos condomínios.
 
O salão de festas e a academia, por exemplo, são essenciais em todos os novos edifícios da capital e, com características distintas, não podem entrar em conflito nos projetos. Segundo profissionais do mercado, eles costumam ser dispostos de forma que não tenham comunicação ou acesso diretos entre si – o que nem sempre é fácil de se obter, já que ambos muitas vezes ocupam áreas no térreo, no interior da torre.
 
A setorização dos itens é uma estratégia comum para se organizar os usos, segundo a arquiteta e gerente de desenvolvimento de produtos da incorporadora You, Inc, Thaís Todescato Fornazari. “Ela é muito importante. A academia tem de ficar próxima da piscina e dos banheiros”, explica. A regra de agregação valeria também para os itens dedicados às crianças e para os espaços socais.
 
A característica dos itens, por outro lado, impõe medidas. Na opinião de Thaís, um bom salão de festas tem de oferecer aos condôminos, além de infraestrutura de banheiros, uma copa equipada com geladeira, fogão e micro-ondas. “E é interessante ter uma pequena praça externa, além de integração com o espaço gourmet, que deve ter estrutura para ser usado de forma independente”, diz. Já a proximidade do salão com a churrasqueira comum e com a entrada principal do empreendimento são bastante desejáveis.
 
As áreas para exercício físico ganharam espaço nos últimos anos, especialmente nos condomínios de uso adulto. Os novos edifícios têm, como regra, equipamentos multifuncionais para musculação, aparelhos para abdominais e, eventualmente, materiais para a prática de yoga, mas muitos parecem pecar pela falta de esteiras rolantes e de bicicletas ergométricas.
 
Alguns profissionais, como a arquiteta Patrícia Anastassiadis, responsável por todos os projetos da AlfaMDL, desenvolvem áreas de fitness só com o apoio de empresas especializadas. Ela diz também que o espaço da academia depende muito do projeto. “Se eu tiver um empreendimento com um fitness muito grande, vou ter de tirar espaço das demais áreas no térreo.”
 
Outros itens dedicados aos exercícios físicos e que merecem atenção são as quadras. A gerente de projetos da Kallas, Gabriela Sayd, diz que os espaços para a prática de tênis e squash não podem ser desenvolvidos fora das dimensões oficiais.
 
No entanto, as quadras poliesportivas acabam sofrendo as consequências de falta de espaço nos terrenos e, por isso, muitas vezes não têm padrões – na falta de uma área adequada, até as miniquadras são uma opção. Gabriela acredita que espaços com 30 metros por 20 metros já sejam muito bem adequados para o uso recreativo. “Além disso, a quadra tem de estar afastada das unidades por causa do barulho e, se for coberta, ter um pé-direito de, pelo menos 8 m.”
 
Espécie de moda no mercado, as piscinas de raia cobertas, próprias para treino, devem ter 25 metros de comprimento para serem confortáveis, na opinião do gerente de incorporação da Huma. Felipe De Gerone. Além das aberturas para a entrada de luz, ele ainda considera essencial uma área com acesso externo, dotada de espreguiçadeiras, para que as pessoas possam tomar sol.
 
As piscinas recreativas são também importantes e, na avaliação de profissionais do mercado, devem ficar isoladas do espaço destinado aos treinos e das piscinas para crianças.
 
Entre as atrações de lazer, as incorporadoras devem manter a sensação de espaço. O gerente de engenharia e incorporação da WZarzur, Rogério Atala, diz que, em corredores, pelo menos 1,20 metro são necessários para garantir o conforto dos usuários. “Na parte externa, não há uma regra específica, mas temos de tomar cuidado para não criar labirintos. É bom, por exemplo, que o salão de jogos fique perto da quadra e do playground”, diz Atala. Praças de convívio são também essenciais, segundo os especialistas.
 
ITEM A ITEM
 
Academia
O fitness deve estar na porção mais reservada das áreas comuns, próximo da piscina e dos banheiros, mas distante dos espaços destinados a eventos
 
Salão de festas
De preferência, o salão de festas deve estar localizado perto da entrada do condomínio para evitar a circulação de visitantes na área comum. Banheiros e uma copa são itens essenciais, e uma área externa para os visitantes é sempre bem-vinda. Além disso, é conveniente que ele fique ligado ou próximo do espaço gourmet
 
Espaço Gourmet
Ainda que fiquem ao lado do salão de festas ou muito próximos a ele, o espaço gourmet e a área de churrasqueira devem contar com total infraestrutura para funcionarem de forma totalmente independente. Nesse quesito, destacam-se acessos autônomos e banheiros exclusivos
 
Piscinas
Uma piscina para treino e uma recreativa são sempre interessantes, assim como as piscinas infantis no caso de empreendimentos perfil familiar. Além disso, áreas para banho de sol não podem ser esquecidas
 
Quadra
O condomínio deve ter espaços para o lazer das crianças, como as quadras poliesportivas. Mesmo pequenas, especialmente quando estão próximas do salão de jogos e do playground, elas evitam que a garotada passe a usar espaços inadequados
 
Fonte: Gustavo Coltri 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Imobiliária online recebe nova rodada de investimento de R$ 5 milhões

A Properati, serviço online de oferta e busca de imóveis, acaba de anunciar uma nova rodada de investimento de dois fundos europeus, NEVEQ II e NXTP. O novo aporte de R$ 5 milhões é destinado para a expansão da empresa e na melhoria do serviços mobile. 
 
Presente no país desde março, a empresa de origem argentina firmou parcerias com construtoras como Tecnisa, Gafisa, Cyrela, Brookfield, Vitacon e Rossi. Hoje conta com 200 mil acessos mensais e uma base de 530 mil imóveis cadastrados, sendo 400 mil apenas no Brasil. Até o fim do ano, eles esperam um faturamento de R$ 300 mil. 
O diferencial da empresa, comandada no Brasil por Renato Orfaly, é uma uma base de dados com a navegação de cada usuário, o que permite oferecer imóveis de forma mais personalizada. "Quem cadastra seus imóveis recebe os contatos das pessoas que realmente demonstraram interesse em seus imóveis. Isso facilita e agiliza as negociações tanto para quem vende quanto para quem compra”, destaca Orfaly.
Esta é o primeiro aporte feito pelo grupo NEVEQ II o serviço. Ele se junta a outros investidores, como Eastpoint Ventures, Patagonia Ventures, GroupArgent, Gravlax Ventures e NXTPLabs.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Governo cria registro único de compra e venda de imóvel

O Ministério da Fazenda explicou que a Medida Provisória 656, publicada nesta quarta-feira, 8, no Diário Oficial, criou a concentração dos atos de matrícula para imóveis.
 
Segundo Paulo Rogério Caffarelli, secretário-executivo da pasta, todas as informações de compra e venda de um imóvel terão um registro único, semelhante ao Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam).
 
Com a medida, o Ministério espera aumentar a segurança jurídica dos negócios, desburocratizar as operações de compra e venda e a facilitar a concessão de crédito.
 
Letra Imobiliária Garantida
 
A MP 656 criou também a Letra Imobiliária Garantida (LIG), um instrumento que será emitido exclusivamente por instituição financeira sob forma escritural.
 
A LIG é um título de crédito nominativo, transferível e de livre negociação. Ela estará vinculada à carteira de garantias, que pode conter créditos imobiliários e títulos de emissão do Tesouro Nacional, instrumentos derivativos e outros ativos.
 
Caffarelli explicou que o instrumento beneficia o investidor que não quer correr o risco banco, já que, em caso de falência da instituição emissora, os ativos estão apartados do patrimônio da instituição.
 
"Há ainda a isenção de IR sobre os rendimentos para pessoas físicas residentes no Brasil e para pessoas físicas e jurídicas estrangeiras."

Copa do Mundo eleva vendas de apenas 25% dos shoppings brasileiros

Terminada a Copa do Mundo de Futebol de 2014, o balanço geral indica que para o setor de shopping os ganhos foram modestos ou não existiram. A pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência aponta que apenas 25% dos shoppings tiveram incremento em suas vendas. Para os demais, o resultado foi igual ou inferior ao faturamento no mesmo período de 2013. Os shoppings instalados próximos aos estádios foram os mais beneficiados: 51% dos localizados a uma distância de até 15 minutos de algum estádio utilizado durante a competição registraram vendas melhores do que as do ano passado.  
 
 
O faturamento menor em alguns shoppings foi motivado pela redução de fluxo dos clientes habituais, principalmente nos dias de jogos. Entre os empreendimentos localizados mais distantes das arenas, 75% declaram ter observado redução no fluxo médio de clientes, confirmando a expectativa pré-Copa, quando 62% esperavam esse declínio. Nos shoppings localizados a até 15 minutos de distância das arenas, o impacto foi menor: 36% informam que o fluxo dos clientes regulares ficou menor em junho/julho.
 
 
Na primeira semana do evento, o fluxo nos shoppings instalados nas cidades-sede foi ligeiramente superior à média anual. Nesse período, o volume de pessoas aumentou 1,5% em relação a seu histórico anual e 11% em comparação com os shoppings das outras cidades do país.

Nas três semanas seguintes (entre 16 de junho e 6 de julho), a localização não foi determinante, pois o fluxo manteve-se 5% abaixo da média anual para todos os empreendimentos.

Já na última semana do evento, o fluxo nos shoppings das cidades-sede teve pequeno aumento (7%) acima da média dos demais, apesar de continuar abaixo da média anual.
 
 
O fluxo de clientes no período foi quantificado pelo indicador semanal Índice de Atividade Comercial em Shopping, parceria do IBOPE Inteligência com a Mais Fluxo, com o indicador semanal Índice da Atividade Comercial em Shopping. Esse índice apresenta a quantidade média de pessoas que circulou nos principais shoppings do país, comparando as cidades-sede com as demais.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Taxa de ocupação de novos shoppings pouco cresce em 2014

A dificuldade enfrentada pelos empreendedores de shoppings em 2013 para atrair lojistas para os novos shoppings ainda é uma realidade. Na média geral, a taxa de ocupação dos shoppings inaugurados apresenta um crescimento pouco expressivo: vai de 50% em dezembro de 2013 para 57% em junho de 2014, segundo o levantamento do IBOPE Inteligência.  Em número de lojas, esse crescimento representa adicional de 370 lojas inauguradas em 36 shoppings.

Pouco mais de um terço dos shoppings inaugurados no ano passado (39%) apresentam taxa de ocupação inferior a 50%, ou seja, esses shoppings ainda operam com metade da Área Bruta Locável (ABL) desocupada. Na maior parte dos casos, as áreas vagas são aquelas destinadas às lojas satélites e ao cinema.

 
 
Os shoppings que ainda registram as menores taxas de ocupação são aqueles localizados em cidades de pequeno e médio porte (menos de 1 milhão de habitantes). Nessas localidades, a taxa média de ocupação é de 50%. Já nos grandes mercados, a taxa média de ocupação dos novos empreendimentos é de 70%.
 
“O aspecto mais preocupante é que muitos dos shoppings novos estão localizados em mercados que apresentam baixo potencial de consumo ou estão sobreofertados”, diz o coordenador de pesquisa na área de shoppings do IBOPE Inteligência, Fabio Caldas. Isso pode ser constatado pelo Índice de Produtividade das cidades, métrica que relaciona demanda (potencial de consumo das famílias) e oferta instalada, calculado pelo IBOPE Inteligência.

De acordo com esse índice, mercados com índice 100 são considerados “equilibrados”, onde a oferta de shoppings instalados é suficiente para atender à demanda existente. Cidades com índice entre 99 e 80 são “áreas concorridas”, mas que podem ainda ter espaço para novos empreendimentos, dependendo de sua localização e do seu posicionamento. Abaixo de 80 estão os mercados de “alto risco”, que dificilmente comportariam um novo empreendimento.

Dos 36 shoppings analisados pelo Atlas de Shopping, do IBOPE Inteligência, 53% estão localizados em cidades cujo Índice de Produtividade antes da instalação do shopping era inferior a 80. “Não é coincidência, portanto, que justamente nesses municípios estejam os shoppings com as menores taxas de ocupação: cerca de 49%, em média”, comenta Caldas. 
 
 
Segundo o executivo, mesmo com uma redução significativa das atuais taxas de vacância, o desempenho de vendas de muitos desses empreendimentos ainda deve permanecer abaixo das expectativas. “Esses valores indicam claramente que muitos shoppings terão curvas de maturação muito longas, muitas acima de cinco anos, antes que os resultados apareçam”, finaliza.