O maior interesse dos bancos pelo financiamento imobiliário, que pode fidelizar o cliente por mais de três décadas, possibilitou o crescimento do setor e deve se manter como motor nos próximos anos se não houver deterioração de variáveis macroeconômicas como emprego, juros, inflação e renda.
As duas principais fontes de financiamento do segmento são o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e a caderneta de poupança, totalizando R$ 135,7 bilhões no acumulado de 2013 até novembro, superando o montante registrado em todo o ano anterior (R$ 121,0 bilhões).
Com o ritmo de expansão atual desse segmento do crédito, o presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), Octavio de Lazari Junior, projeta que esses recursos serão suficientes até o final de 2015, quando outras fontes devem ganhar fôlego, como o CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e a LCI (Letra de Crédito Imobiliário).
As dívidas de vários contratos de financiamento imobiliário são transformadas em um papel no mercado de capitais.
Para o banco, há a vantagem de receber logo o dinheiro, sem ter de esperar até o último pagamento do tomador do empréstimo.
Para o investidor pessoa física, é uma boa alternativa de aplicação, já que tanto CRI quanto LCI são isentos de IR.
A taxa de retorno varia caso a caso e deve ser comparada com outras opções de renda fixa, como os títulos do Tesouro Direto.
Para Ricardo Magalhães, gerente da Cetip, empresa responsável pelo registro desses títulos, essas aplicações tendem a ganhar mais espaço no momento em que a Bolsa de Valores não apresenta bons resultados.
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