As sucessivas quedas na taxa básica de juros, a Selic, em
2019, fizeram com que os bancos iniciassem uma clara disputa pelo cliente,
gerando um cenário de ofertas cada vez mais atrativas em crédito imobiliário.
Sensível às instabilidades econômicas e ao crescente desemprego, o setor foi
bastante afetado pela crise dos últimos anos e, agora, volta a respirar. Mas o
que vem pela frente? Teremos uma nova ascensão na compra e venda de imóveis,
como em meados dos anos 2000, ou ainda são necessários muito mais esforços na
economia?
Costuma-se dizer que o mercado imobiliário é cíclico. Ele é
o primeiro a sentir o impacto de recessões econômicas e, também, o último a se
recuperar. Isso porque a compra de um imóvel costuma ser o maior investimento
de grande parte das pessoas. E, naturalmente, se a população não sente
segurança e confiança nas ações econômicas, ela tende a ser mais conservadora
nos gastos.
Em 2016, houve grande oscilação nos preços e condições
comerciais dos imóveis. O mercado entende que depois de bater no fundo do poço,
os valores iniciam um novo ciclo de retomada. Já é possível observar um
crescimento do setor, com lançamentos tendo uma velocidade de venda maior,
construtoras comprando terrenos e os próprios consumidores retomando as
compras. Novamente percebemos o movimento da gangorra: juros baixos, mercado
imobiliário em alta!
Segundo o Secovi-SP, sindicato que representa o setor de
habitação, a quantidade de imóveis comercializados em junho deste ano ficou
176% acima do resultado do mesmo mês no ano passado. Tudo isso é bastante
animador para investidores, empresários e, principalmente, para quem sonha em
conquistar o imóvel próprio.
Além disso, comprar um imóvel é um ótimo investimento para o
comprador final. Com oferta de crédito maior a juros menores, o mercado
imobiliário se torna mais atrativo que o financeiro, por exemplo, com riscos
mais calculados e retornos maiores. No mundo dos investimentos, geralmente, os
maiores ganhos estão atrelados aos maiores riscos. Entretanto, a aplicação em
imóveis está associada a uma maior segurança e solidez. São diversas as
oportunidades de ganhos. Como exemplo, podemos citar a crescente oportunidade
de investimentos em studios com o objetivo de locação short stay.
Outra vantagem do cenário atual e das perspectivas positivas
para o mercado é que essa é a oportunidade que muitos esperavam para sair do
aluguel. Com juros equilibrados, o financiamento de um imóvel pode ter parcelas
com valores parecidos com o aluguel.
A mais recente redução da taxa Selic, para 4,5% ao ano,
anunciada pelo Copom (Comitê de Política Monetária) em dezembro do ano passado,
pode representar um ótimo impulso para a economia em 2020. Com juros baixos e
inflação controlada, os bancos continuarão a criar condições baratas e
competitivas para atrair o comprador.
Porém, é válido lembrar que o comprador não precisa esperar
novos cortes nos juros, uma vez que é possível fazer a portabilidade da dívida
entre bancos para financiamentos já contratados. Além de outras alternativas
mais sofisticadas como o consórcio já contemplado de imóveis, como opção para
troca de dívida, sem juros e com prazo reduzido. Em suma, 2020 parece bastante
promissor.
Informações: www.ymk.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário