Muitos estádios brasileiros, construídos principalmente
entre os anos 1960 e 1970, foram projetados para suportar uma torcida menos
vibrante. As estruturas acabaram concebidas com carga estática de 5 kN/m2. Com
a chegada dos torcedores organizados, e o uso dos estádios para shows de
música, as estruturas passaram a sofrer maior impacto de cargas dinâmicas. Com
isso, as construções começaram a apresentar problemas de vibrações excessivas,
exigindo adaptações. A solução para a maioria foi instalar assentos e reduzir a
capacidade dos complexos esportivos.
Isso ocorreu não só no Brasil como em outros países. É o
caso, por exemplo, do Westfalenstadion, na Alemanha. A arena, que pertence ao
Borussia Dortmund – clube que tem a torcida mais empolgada do mundo, segundo
pesquisas – precisou ter sua capacidade reduzida de 80.100 para 65.718 lugares.
Houve também estádios que recorreram a novas tecnologias de amortecimento, como
o Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi). Engenheiros contratados para fazer análise
de carga da edificação decidiram aplicar as normas inglesas para estádios,
adotadas em 1996. Foram a partir delas que as arenas pararam de tremer durante
os gritos de gol ou na execução das olas.
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