Para quem abre um pequeno negócio dentro de um supermercado ou megaloja, aproveitar-se do movimento natural que esses grandes estabelecimentos provocam pode encurtar o tempo para o negócio formar seu público, segundo Marcos Irae, sócio-diretor da BG&H, empresa especializada em pontos comerciais.
"Na rua, o pequeno empreendedor tem de fazer esse fluxo. E são pelo menos três anos para o microempresário atrair uma clientela por conta própria", diz.
No entanto, a opção pode não sair barata. "O fato de o grande estar aproveitando um espaço não quer dizer que não irá cobrar por isso. Pior quando há um intermediário. Também é preciso ficar atento às luvas [taxa que dá direito ao uso do local] e ao valor do condomínio", diz.
Além do valor de locação cobrado pelas lojas, condomínio e IPTU, é possível encontrar contratos que preveem cobrança de taxa de uso do estacionamento ou até aqueles que cobram um percentual sobre o faturamento.
Geralmente renovado a cada quatro anos, o contrato precisa ser avaliado de forma detalhada, pois prevê ainda uma série de obrigações acessórias que o interessado terá de atender como horário de funcionamento e de entrada e saída de donos e funcionários, limpeza e organização de fachadas e vitrines, formas de atendimento e de entrega de mercadorias.
Custo não pode passar de 15% do faturamento
Ao pesar as vantagens em relação aos custos, Irae recomenda um cálculo. "A soma de todas as contas relacionadas à ocupação do imóvel -- aluguel, condomínio, IPTU e outras despesas cobradas pelo negócio maior -- deve girar entre 10% e 15% do faturamento estimado." Caso essa fatia seja maior, montar o negócio numa grande loja não compensa.
Segundo o especialista, é preciso fazer uma diferenciação entre as ofertas de locação dentro das lojas. Grandes marcas como por exemplo Telha Norte, Casa & Construção, Decathlon e Fnac, ao inserirem uma loja menor em sua área, em geral buscam agregar um serviço e por isso limitam os parceiros a áreas complementares, como alimentação, por exemplo. Em geral, esses contratos são realizados por franquias.
Já os grandes grupos de supermercados, como Carrefour, Walmart e Pão de Açúcar, ainda de acordo com Irae, têm encarado esse modelo como mais uma forma de ganhar dinheiro e, portanto, estão abertos a uma variedade maior de parceiros.
"Foram criadas unidades de negócios somente para administrar essas locações, que já representam fatia considerável do faturamento desses grupos. Os preços desses aluguéis estão em movimento de subida", diz Irae.
Avalie o melhor ponto dentro da galeria
É importante ainda escolher com cuidado o local dentro da loja ideal para montar o negócio. Nas praças de alimentação, o aluguel tende a ser mais baixo. Nos corredores principais do mercado ou em frente aos caixas, o valor costuma subir.
"Conforme o negócio, vale mais a pena pagar mais e estar em um ponto de alta visibilidade que ficar escondido nos fundos do negócio maior."
Segundo Edson Pereira Júnior, diretor de galerias e imóveis do GPA Malls & Properties, empresa do Grupo Pão de Açúcar responsável pela administração das locações dos espaços das redes Extra e Pão de Açúcar, o desenvolvimento desses centros comerciais hoje faz parte do negócio do grupo.
Quando a empresa define o lançamento de uma nova unidade, dispara uma pesquisa de vocação da região para entender os hábitos do consumidor local. "É esse estudo que baseia a escolha dos negócios que vão funcinar dentro da galeria. Desenhamos um mix de atividades complementares e convidamos comerciantes e redes de franquias que nos interessam."
Pereira Júnior diz que o valor dos aluguéis é fixado de acordo com os parâmetros do mercado, área da loja, metragem da fachada e também conforme o segmento do pequeno negócio. "Há empreendedores que conseguem pagar mais."
A rede de supermercados Walmart informou que a diretora da área que cuida das locações estava de férias e não havia outra pessoa para falar em nome da empresa. Já o supermercado Sonda não se manifestou até o fechamento da reportagem.
Interessados devem pesquisar sobre abertura de grande lojas
Para os interessados em estar nesses pontos, as oportunidades que surgem são escassas e o empreendedor tem de pesquisar. Além disso, no momento de oferta dos pontos pelos grandes empreendimentos, as redes franqueadoras costumam sair na frente.
As grandes lojas podem fechar com as redes franqueadoras contratos que preveem a parceria em mais de uma operação. "É o franqueador quem precisa correr atrás de um franqueado para assumir aquela loja. É menos dor de cabeça para a âncora, além de o modelo de negócio da franquia já ter sido testado", diz Marcelo Cherto, presidente do Grupo Cherto, que engloba consultoria em franshing e empresarial.
A dica do especialista para o empreendedor interessado é aprofundar-se na pesquisa com os demais negócios de pequeno porte instalados na loja âncora. Perguntar a eles qual o faturamento, como o consumidor se comporta, qual o tíquete médio das compras.
"Na rua, o pequeno empreendedor tem de fazer esse fluxo. E são pelo menos três anos para o microempresário atrair uma clientela por conta própria", diz.
No entanto, a opção pode não sair barata. "O fato de o grande estar aproveitando um espaço não quer dizer que não irá cobrar por isso. Pior quando há um intermediário. Também é preciso ficar atento às luvas [taxa que dá direito ao uso do local] e ao valor do condomínio", diz.
Além do valor de locação cobrado pelas lojas, condomínio e IPTU, é possível encontrar contratos que preveem cobrança de taxa de uso do estacionamento ou até aqueles que cobram um percentual sobre o faturamento.
Geralmente renovado a cada quatro anos, o contrato precisa ser avaliado de forma detalhada, pois prevê ainda uma série de obrigações acessórias que o interessado terá de atender como horário de funcionamento e de entrada e saída de donos e funcionários, limpeza e organização de fachadas e vitrines, formas de atendimento e de entrega de mercadorias.
Custo não pode passar de 15% do faturamento
Ao pesar as vantagens em relação aos custos, Irae recomenda um cálculo. "A soma de todas as contas relacionadas à ocupação do imóvel -- aluguel, condomínio, IPTU e outras despesas cobradas pelo negócio maior -- deve girar entre 10% e 15% do faturamento estimado." Caso essa fatia seja maior, montar o negócio numa grande loja não compensa.
Segundo o especialista, é preciso fazer uma diferenciação entre as ofertas de locação dentro das lojas. Grandes marcas como por exemplo Telha Norte, Casa & Construção, Decathlon e Fnac, ao inserirem uma loja menor em sua área, em geral buscam agregar um serviço e por isso limitam os parceiros a áreas complementares, como alimentação, por exemplo. Em geral, esses contratos são realizados por franquias.
Já os grandes grupos de supermercados, como Carrefour, Walmart e Pão de Açúcar, ainda de acordo com Irae, têm encarado esse modelo como mais uma forma de ganhar dinheiro e, portanto, estão abertos a uma variedade maior de parceiros.
"Foram criadas unidades de negócios somente para administrar essas locações, que já representam fatia considerável do faturamento desses grupos. Os preços desses aluguéis estão em movimento de subida", diz Irae.
Avalie o melhor ponto dentro da galeria
É importante ainda escolher com cuidado o local dentro da loja ideal para montar o negócio. Nas praças de alimentação, o aluguel tende a ser mais baixo. Nos corredores principais do mercado ou em frente aos caixas, o valor costuma subir.
"Conforme o negócio, vale mais a pena pagar mais e estar em um ponto de alta visibilidade que ficar escondido nos fundos do negócio maior."
Segundo Edson Pereira Júnior, diretor de galerias e imóveis do GPA Malls & Properties, empresa do Grupo Pão de Açúcar responsável pela administração das locações dos espaços das redes Extra e Pão de Açúcar, o desenvolvimento desses centros comerciais hoje faz parte do negócio do grupo.
Quando a empresa define o lançamento de uma nova unidade, dispara uma pesquisa de vocação da região para entender os hábitos do consumidor local. "É esse estudo que baseia a escolha dos negócios que vão funcinar dentro da galeria. Desenhamos um mix de atividades complementares e convidamos comerciantes e redes de franquias que nos interessam."
Pereira Júnior diz que o valor dos aluguéis é fixado de acordo com os parâmetros do mercado, área da loja, metragem da fachada e também conforme o segmento do pequeno negócio. "Há empreendedores que conseguem pagar mais."
A rede de supermercados Walmart informou que a diretora da área que cuida das locações estava de férias e não havia outra pessoa para falar em nome da empresa. Já o supermercado Sonda não se manifestou até o fechamento da reportagem.
Interessados devem pesquisar sobre abertura de grande lojas
Para os interessados em estar nesses pontos, as oportunidades que surgem são escassas e o empreendedor tem de pesquisar. Além disso, no momento de oferta dos pontos pelos grandes empreendimentos, as redes franqueadoras costumam sair na frente.
As grandes lojas podem fechar com as redes franqueadoras contratos que preveem a parceria em mais de uma operação. "É o franqueador quem precisa correr atrás de um franqueado para assumir aquela loja. É menos dor de cabeça para a âncora, além de o modelo de negócio da franquia já ter sido testado", diz Marcelo Cherto, presidente do Grupo Cherto, que engloba consultoria em franshing e empresarial.
A dica do especialista para o empreendedor interessado é aprofundar-se na pesquisa com os demais negócios de pequeno porte instalados na loja âncora. Perguntar a eles qual o faturamento, como o consumidor se comporta, qual o tíquete médio das compras.
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