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domingo, 22 de abril de 2012

Copacabana Palace põe à venda móveis que fizeram 'história'

Hotel mais famoso do Rio de Janeiro, o Copacabana Palace irá vender parte de seu mobiliário. Às vésperas de iniciar a segunda grande reforma de seu prédio principal desde a inauguração, em 1923, mesas de cabeceira, cômodas, sofás e luminárias serão postos à venda.

Com isso, 60 apartamentos e 90 banheiros do edifício ganharão nova decoração. A última grande intervenção no prédio principal ocorreu no final de 1994.

A previsão era de que as obras começassem em maio, mas elas foram adiadas para o final de junho para que o hotel receba delegações que virão à cidade para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que ocorrerá de 13 a 22 de junho.

Serão investidos R$ 30 milhões na reforma dos apartamentos. O lobby, considerado pequeno para os padrões atuais, será ampliado em 60%. Acessos a deficientes físicos serão remodelados.PORTAS ABERTAS

A fachada ganhará um toldo maior e a passagem de carros será alargada para comportar dois veículos por vez --hoje só cabe um.

O hotel não será fechado para obras. O prédio anexo, os dois restaurantes e a piscina continuam funcionando.

"É um hotel da década de 20, então tem muitas escadas, o que dificulta um pouco o trânsito de cadeirantes, por exemplo", afirmou a gerente-geral do Copacabana Palace, Andréa Natal.

"Nossa ideia é modernizá-lo sem tirar dele seu estilo clássico", disse.

Em 2005, houve uma obra no prédio anexo do Copa, como o hotel é chamado pelos seus frequentadores. Seus 96 quartos foram reformados.

Na ocasião, 589 itens do mobiliário foram vendidos em leilão realizado no salão nobre do hotel, por onde já passaram estrelas como Brigitte Bardot, Marilyn Monroe, Ava Gardner e Clark Gable.

Os móveis são, em sua maioria, de madeira maciça --mogno ou jacarandá--, em estilo inglês, mas o hotel ainda não definiu como será feita a venda --se por leilão ou em uma espécie de bazar.

Em 2005, diz Cláudia Fialho, diretora de Relações Públicas do hotel, muitos arrematantes eram de São Paulo. "Outros tantos eram da família Guinle, antiga proprietária", contou. O Copacabana Palace pertence à rede inglesa Orient Express, que tem 50 hotéis de luxo em 25 países.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Entenda como incêndios acontecem e veja como evitá-los

Incêndios acontecem, por mais que, muitas vezes, possam ser evitados. São cerca de dez mil casos em residências por ano no estado de São Paulo, de acordo com o tenente Marcos Palumbo, do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo. Por mais alarmante que este número possa parecer, ele vem diminuindo em relação às últimas décadas. “Isso representa apenas 8% das ocorrências que atendemos hoje”, revela o bombeiro. Segundo ele, esses dados foram reduzidos devido às legislações que obrigam a instalação dos equipamentos de proteção e equipamentos contra o incêndio.

Uma das principais causas deste tipo de acidente está relacionada a cabeamentos inadequados e ligações de fios clandestinos. Diversos equipamentos de alta potência ligados em um mesma tomada do tipo benjamim podem apresentar perigo, já que eles consomem muita energia ao mesmo tempo em um ponto que pode não ter a capacidade de suportar tamanha carga. “A cada dez anos é necessário fazer uma revisão da rede elétrica devido ao avanço da tecnologia de novos materiais que vão entrando no mercado”, orienta o tenente. Segundo ele, a residência dá indícios de que algo está errado quando existem problemas. “As lâmpadas podem diminuir um pouco a intensidade da luz”, afirma. Em um incêndio causado por motivos elétricos, não se deve jogar água para acalmá-lo, pois isso pode provocar um choque. “Utilize um extintor de pó, que é muito comum em prédios, ou de CO2”, aconselha o tenente Palumbo.
O Coronel do Corpo de Bombeiros Marcos Alcântara ressalta o risco de curtos circuitos em chuveiros, que podem acontecer se a bitola do fio estiver em desacordo com as especificações do aparelho. “A carga de energia pode provocar choque, com risco fatal, eis que o corpo molhado recebe a descarga do fio exposto sem a proteção já queimada”. O cheiro de fio ou borracha queimada precede o incêndio, de acordo com Alcântara.

Cozinha - Com tantos afazeres, muitas pessoas esquecem a panela no fogão, o que pode causar um grande acidente. Ao colocar muita água para ferver, ela pode borbulhar e transbordar, apagando o fogo. Se o cozinheiro não estiver atento, pode começar um vazamento de gás que pode gerar um incêndio.

Óleo quente que fica muito tempo sendo aquecido pode pegar fogo. “É fundamental que não se jogue água na panela quando estiver em chamas. Isso pode provocar um choque térmico que pode gerar uma explosão”, orienta Palumbo.

Vazamento de gás também faz parte das principais causas de incêndios. É preciso que estejam bem ajustados o regulador de pressão do botijão, a mangueira e a abraçadeira (peça que veda a mangueira e válvula de gás para que não ocorra escape). “A troca do equipamento deve ser feita a cada cinco anos”, diz o tenente.

Para testar se há vazamento no botijão, é preciso passar uma esponja com detergente ou sabão nas conexões do regulador de pressão e mangueira. Se criar uma bolha, é sinal de que existe um micro vazamento. Caso isso aconteça, aperte as conexões da abraçadeira e a válvula de regulador de pressão.

O cheiro do gás é muito forte, portanto é possível senti-lo rapidamente, caso esteja vazando. Caso isso aconteça, o coronel Alcântara dá as dicas: ande descalço para evitar atritos, desligue a chave geral e abra portas e janelas. “Quando o ambiente estiver respirável, verifique de onde vem o vazamento. Se não for encontrado, coloque o botijão em local externo e ventilado”, diz. Lembre-se de não acender nenhuma luz, pois assim poderá criar uma faísca e causar um incêndio.

O que fazer quando o fogo começa - Em caso de incêndio, é preciso ligar para os bombeiros no telefone 193. Calma é fundamental neste momento. Deve-se procurar o caminho mais próximo e sair agachado, pois assim é possível enxergar e respirar melhor. Todas as pessoas devem sair do ambiente. Faça uma máscara usando a própria roupa e deixe o imóvel.

Dicas para evitar a chama - Atenção é um fator muito importante para evitar um desastre. Algumas vezes é possível apagar o fogo antes que ele se alastre, mas em alguns casos a chama pode agir descontroladamente e devastar uma casa ou um prédio inteiro. Para evitar que isso aconteça, é preciso tomar alguns cuidados. Confira as dicas que o ZAP Imóveis preparou para manter sua residência segura:

- Nunca deixe a panela no fogão ligado sem que você possa observá-la. Se o seu equipamento tiver controlador de tempo, acione ele para evitar o esquecimento;

- Metais e papel alumínio nunca devem ser colocados dentro do micro-ondas;

- Mantenha longe do fogão materiais que possam pegar fogo facilmente, como papel toalha, alumínio e líquidos inflamáveis;

- Caso sinta cheiro de gás pela casa, não acenda a luz, pois, se houver vazamento, você poderá criar uma faísca e causar uma explosão;

- Compre botijões de gás somente através de distribuidoras oficiais;

- A fiação do imóvel deve ser mantida isolada e em bom estado;

- Não deixe velas acesas sem que você esteja por perto ou enquanto dorme;

- Ao utilizar líquidos inflamáveis, evite o vazamento. Caso isso ocorra, limpe bem o quanto antes;

- Escolha equipamentos como cobertores elétricos e aquecedores que tenham certificado de qualidade;

- Lembre-se de desligar o ferro de passar roupa sempre que não estiver por perto;

- Oriente crianças para que não se escondam em caso de incêndio antes que o acidente aconteça. A prevenção pode evitar que elas se escondam debaixo da cama ou armários durante a propagação da chama, o que dificulta a salvamento delas;

- Não sobrecarregue tomadas benjamins com muitos equipamentos potentes ao mesmo tempo.




Boca inaugura primeiro hotel temático de time de futebol do mundo

O Boca Juniors inaugurou na quinta-feira (19) em Buenos Aires o primeiro hotel temático de um time de futebol do mundo, que hospedará torcedores, turistas e também a equipe que atualmente é comandada pelo técnico Julio César Falcioni, de acordo com o gerente do estabelecimento, Pablo Veloso.

Durante a inauguração do hotel cinco estrelas, decorado nas cores do clube (azul e amarelo), Veloso comentou que o objetivo do projeto é que o visitante viva minuto a minuto a paixão pelo time, desde o momento em que entra no prédio, próximo ao estádio La Bombonera.

"A grande quantidade de sócios do Boca e o que o clube representa como marca no mundo e na Argentina motivou a criação do hotel", declarou o gerente, acrescentando que o edifício, de 17 andares, conta com dois andares reservados às concentrações do time.

"O quinto e o sexto andares foram projetados para que a equipe possa se concentrar antes das partidas", acrescentou.

Situado no bairro de Montserrat, a poucas quadras da praça de Maio, o hotel conta com 85 quartos, decorados com variadas referências à equipe.
Ao ambiente moderno e espaçoso das salas do hotel foram acrescentadas as combinações de cores azul e amarelo do Boca, que aparecem em todos os lugares, inclusive na entrada dos quartos, em cujas portas podem ser vistos imagens de ídolos eternos, como Diego Maradona, Martín Palermo e Juan Román Riquelme, entre outros.

Em cada canto do hotel há um televisor com transmissões esportivas, e cada quarto conta com um canal exclusivo do Boca Juniors, assim como diversos documentários sobre os melhores jogadores do time em toda sua história e sobre confrontos com o arquirrival River Plate.

O local conta ainda com uma piscina, academia e espaços para receber massagens, além do bar La Barra e o restaurante La Boca, e inclusive com sua própria "Bombonera", um salão para reuniões com capacidade para 400 pessoas.

Hospedar-se no hotel do Boca custará entre US$ 150 e US$ 600, dependendo da categoria do quarto e do pacote escolhido, no qual estão incluídos também excursões ao Museu da Paixão Boquense e fotografias no estádio La Bombonera
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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Dicas para solucionar as quatro maiores reclamações entre vizinhos relacionadas à garagem

Depois de um dia frenético de trabalho, você volta para a casa sonhando em chegar logo no seu lar, doce lar. Mas, quando está muito perto – na garagem de seu prédio – descobre que não vai ser tão fácil assim. O carro do vizinho ultrapassou o limite da vaga e acabou pegando boa parte da sua. Para piorar a situação, não há ninguém em casa para estacionar o dirigível corretamente. Este não é o único tipo de reclamação recorrente relacionada às garagens de condomínio. O uso da vaga como depósito de entulho; os veículos grandes, que ultrapassam o limite demarcado, e as bicicletas e motos que dividem espaço com o carro vizinho tiram muitas pessoas do sério. Confira as dicas da advogada Corina Maria, do departamento jurídico do Sindicado de Habitação (Secovi-Rio), do diretor do Easy Parking, Roberto Kreimer, e do portal Síndiconet.

Uso da vaga como depósito de entulhos – O regulamento interno pode incluir regra que permita ao morador guardar resíduos por um ou mais dias em vaga ociosa a ser determinada pelo condomínio. No entanto, deve haver um limite de tempo, pois desvirtua o uso da área comum previsto na convenção, além de ser perigoso para crianças e criar um visual bagunçado. O condomínio pode também destinar um lugar fora da garagem para guardar material.

Carros maiores do que as vagas (ou mais carros do que vagas) – Este problema é bastante recorrente, principalmente em prédios antigos, onde os limites de espaço são menores. Além disso, hoje, muitas caminhonetes são bem maiores que o tamanho padrão de uma vaga. O portal Síndiconet alerta que é preciso consultar a convenção e o regulamento do condomínio sobre o assunto: veja se existem normas sobre o tamanho do veículo que pode ser estacionado. É dever do novo condômino ou morador conhecer e aceitar a convenção e o regulamento do condomínio para o qual está se mudando – pelo menos até que a convenção seja modificada em assembleia, com o voto de 2/3 dos condôminos.

Uma das soluções seria redimensionar as vagas. Porém, não é conveniente que apenas algumas sejam alteradas: todas precisam ser redimensionadas. E, em prédios com pouco espaço, não há como executar tal mudança. Uma solução, neste caso, é avaliar a adoção, pelo condomínio, de sistemas que permitem o deslocamento lateral automatizado dos carros ou até mesmo o empilhamento dos automóveis, para um aproveitamento total das medidas do estacionamento (porque dispensa espaço para manobras e aproveita a altura do pé-direito da garagem).

Estacionamento fora da vaga – Que motivos poderiam levar alguém a estacionar fora da vaga? A pressa do morador em chegar em casa, a falta de domínio do motorista ou a má comunicação visual do espaço são algumas delas. Esse é um problema que, se não for combatido desde o princípio e seriamente, pode gerar uma prática que se torna uma das principais causas de atrito em condomínios. De acordo com Corina Maria da Costa, do Secovi-Rio, há vários casos de brigas de vizinhos na Justiça por causa dessa conduta.

Para evitar esse tipo de desconforto, o portal Síndiconet sugere ao condomínio realizar uma campanha de esclarecimento, com cartazes no elevador e no quadro de avisos da garagem, se houver. Além disso, se houver câmeras na garagem, pode-se orientar o porteiro ou zelador a interfonar imediatamente para a unidade relativa ao automóvel deixado fora da vaga, solicitando o estacionamento na vaga correta. É claro que isso só será feito se não for preciso deixar a portaria a descoberto para identificar o veículo. O porteiro pode solicitar a identificação ao zelador ou a um funcionário que esteja próximo ao local.

Uso da vaga para estacionar, além do carro, bicicletas e motos – O Secovi-Rio sugere que haja espaço específico para estacionar motos e bicicletas, por aumentar riscos de furto e por desvirtuar o uso da vaga previsto na convenção que, normalmente é o estacionamento de apenas um veículo.

Pequenas lojas usam espaço, segurança e movimento das grandes para lucrar

Elas contam com o movimento das grandes lojas, estacionamento e segurança. Mas são pequenas. Muitas, apenas um box. Ter uma empresa instalada dentro de outra muito maior, como hipermercados e megalojas, pode ser uma estratégia para se aproximar do público.

Para Alexsandra Barreto, dona da Hiper Ótica, o movimento é a principal vantagem de estar no espaço de um supermercado. "É muito mais fácil fidelizar o cliente, porque as pessoas não mudam de supermercado todo dia. A empresa está na galeria do supermercado Walmart na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, desde 1999.

No entanto, não basta apenas contar com o movimento alto. É preciso atender bem. "Se você pisar na bola com alguém, o boca a boca também pode destruir sua reputação com o público, que é sempre o mesmo."

Segurança e acesso ao estacionamento são os pontos fortes para Stéfano Choi, dono do box que abriga a Marina Bijoux, que fica no primeiro andar do supermercado Sonda no bairro Água Branca, na zona oeste de São Paulo.

"É o nosso diferencial. A pessoa pode deixar o carro no estacionamento e fazer as compras tranquilamente. Na rua, é perigoso tanto para o cliente quanto para o lojista", afirma.

Contratos podem prever condições e obrigações difíceis de cumprir

Essas facilidades têm um custo que pode ir além de valores financeiros e criar obrigações. O empreendedor deve estar atento às condições das grandes lojas para aceitar um estabelecimento no seu espaço. Os contratos podem, por exemplo, obrigar a empresa a abrir as portas em horários determinados, além de cumprir outras regras.

João Manuel Teves e a esposa Ana Maria, por exemplo, têm um box no primeiro andar do supermercado Sonda do bairro Água Branca e reclamam das obrigações que precisam cumprir.

"Minha família vive separada, porque a lojinha tem de estar sempre aberta e se formos contratar alguém não sobra nada. O horário é estendido, de 9h às 21h e, como o supermercado abre sábado, domingo e feriados, abrimos também."

Movimento alto não é o que garante sucesso

Há seis anos, Cristina Barrera abriu um quiosque de 12 metros quadrados para vender bolsas dentro do supermercado Sonda do bairro Água Branca, na zona oeste de São Paulo. O sucesso foi imediato.

Em pouco tempo, faturava R$ 24 mil, o equivalente à receita total dos outros oito boxes que mantinha em outros supermercados das redes Extra e Carrefour. Animada, fechou as oito lojinhas e, com o faturamento do quiosque na Água Branca, pagou R$ 74 mil de luvas em uma loja de 30 metros quadrados dentro de outra unidade do Sonda, no bairro Perdizes, em frente ao Shopping Bourbon, na mesma região.

No entanto, a receita do quiosque na Água Branca, que tem custo fixo de R$ 2.500 -- sem contar com pró-labore de Cristina e do marido e as compras de reposição -- começou a cair em 2009 e só parou em meados de 2011.

De R$ 24 mil mensais, estacionou em R$ 8 mil. E a loja no Sonda de Perdizes, cujo custo fixo gira em torno de R$ 4 mil, sem a remuneração dos donos e a recomposição do estoque, fatura R$ 12 mil por mês.

"Estamos passando o ponto da loja no Sonda em Perdizes. Lá nunca atingimos o faturamento dos áureos tempos da Água Branca", afirma a comerciante que diz sobrar pouco mais de R$ 2.500 para ela e o marido, mensalmente, como resultado das duas operações.

Custo de abrir loja dentro de loja pode sair caro; saiba o que avaliar

Para quem abre um pequeno negócio dentro de um supermercado ou megaloja, aproveitar-se do movimento natural que esses grandes estabelecimentos provocam pode encurtar o tempo para o negócio formar seu público, segundo Marcos Irae, sócio-diretor da BG&H, empresa especializada em pontos comerciais.

"Na rua, o pequeno empreendedor tem de fazer esse fluxo. E são pelo menos três anos para o microempresário atrair uma clientela por conta própria", diz.

No entanto, a opção pode não sair barata. "O fato de o grande estar aproveitando um espaço não quer dizer que não irá cobrar por isso. Pior quando há um intermediário. Também é preciso ficar atento às luvas [taxa que dá direito ao uso do local] e ao valor do condomínio", diz.

Além do valor de locação cobrado pelas lojas, condomínio e IPTU, é possível encontrar contratos que preveem cobrança de taxa de uso do estacionamento ou até aqueles que cobram um percentual sobre o faturamento.

Geralmente renovado a cada quatro anos, o contrato precisa ser avaliado de forma detalhada, pois prevê ainda uma série de obrigações acessórias que o interessado terá de atender como horário de funcionamento e de entrada e saída de donos e funcionários, limpeza e organização de fachadas e vitrines, formas de atendimento e de entrega de mercadorias.

Custo não pode passar de 15% do faturamento

Ao pesar as vantagens em relação aos custos, Irae recomenda um cálculo. "A soma de todas as contas relacionadas à ocupação do imóvel -- aluguel, condomínio, IPTU e outras despesas cobradas pelo negócio maior -- deve girar entre 10% e 15% do faturamento estimado." Caso essa fatia seja maior, montar o negócio numa grande loja não compensa.

Segundo o especialista, é preciso fazer uma diferenciação entre as ofertas de locação dentro das lojas. Grandes marcas como por exemplo Telha Norte, Casa & Construção, Decathlon e Fnac, ao inserirem uma loja menor em sua área, em geral buscam agregar um serviço e por isso limitam os parceiros a áreas complementares, como alimentação, por exemplo. Em geral, esses contratos são realizados por franquias.

Já os grandes grupos de supermercados, como Carrefour, Walmart e Pão de Açúcar, ainda de acordo com Irae, têm encarado esse modelo como mais uma forma de ganhar dinheiro e, portanto, estão abertos a uma variedade maior de parceiros.

"Foram criadas unidades de negócios somente para administrar essas locações, que já representam fatia considerável do faturamento desses grupos. Os preços desses aluguéis estão em movimento de subida", diz Irae.

Avalie o melhor ponto dentro da galeria

É importante ainda escolher com cuidado o local dentro da loja ideal para montar o negócio. Nas praças de alimentação, o aluguel tende a ser mais baixo. Nos corredores principais do mercado ou em frente aos caixas, o valor costuma subir.

"Conforme o negócio, vale mais a pena pagar mais e estar em um ponto de alta visibilidade que ficar escondido nos fundos do negócio maior."

Segundo Edson Pereira Júnior, diretor de galerias e imóveis do GPA Malls & Properties, empresa do Grupo Pão de Açúcar responsável pela administração das locações dos espaços das redes Extra e Pão de Açúcar, o desenvolvimento desses centros comerciais hoje faz parte do negócio do grupo.

Quando a empresa define o lançamento de uma nova unidade, dispara uma pesquisa de vocação da região para entender os hábitos do consumidor local. "É esse estudo que baseia a escolha dos negócios que vão funcinar dentro da galeria. Desenhamos um mix de atividades complementares e convidamos comerciantes e redes de franquias que nos interessam."

Pereira Júnior diz que o valor dos aluguéis é fixado de acordo com os parâmetros do mercado, área da loja, metragem da fachada e também conforme o segmento do pequeno negócio. "Há empreendedores que conseguem pagar mais."

A rede de supermercados Walmart informou que a diretora da área que cuida das locações estava de férias e não havia outra pessoa para falar em nome da empresa. Já o supermercado Sonda não se manifestou até o fechamento da reportagem.

Interessados devem pesquisar sobre abertura de grande lojas

Para os interessados em estar nesses pontos, as oportunidades que surgem são escassas e o empreendedor tem de pesquisar. Além disso, no momento de oferta dos pontos pelos grandes empreendimentos, as redes franqueadoras costumam sair na frente.

As grandes lojas podem fechar com as redes franqueadoras contratos que preveem a parceria em mais de uma operação. "É o franqueador quem precisa correr atrás de um franqueado para assumir aquela loja. É menos dor de cabeça para a âncora, além de o modelo de negócio da franquia já ter sido testado", diz Marcelo Cherto, presidente do Grupo Cherto, que engloba consultoria em franshing e empresarial.

A dica do especialista para o empreendedor interessado é aprofundar-se na pesquisa com os demais negócios de pequeno porte instalados na loja âncora. Perguntar a eles qual o faturamento, como o consumidor se comporta, qual o tíquete médio das compras.

Perfil de lançamentos muda em bairros de São Paulo

O perfil dos lançamentos de imóveis vem mudando em bairros tradicionais de São Paulo nos últimos anos. De acordo com levantamento da imobiliária Lopes, no bairro do Brooklin (zona Sul) por exemplo, entre 2006 e 2008, 75% dos lançamentos eram de apartamentos de 4 dormitórios e apenas 1% era de um dormitório. Já entre 2009 e 2011, no mesmo bairro, 41% dos 3.563 apartamentos lançados tinham um dormitório e apenas 8% eram de 4 dormitórios.

Também na zona Sul, o bairro do Campo Belo apresenta números parecidos. Enquanto no triênio encerrado em 2008 só 3% dos apartamentos lançados tinham um dormitório, no período seguinte (encerrado em 2011), 42% eram de um dormitório. Os de quatro dormitórios, por sua vez, passaram de 72% para 22% no mesmo período.

“O perfil da família brasileira está mudando e alguns bairros tradicionais já estão sentindo essa mudança, deixando de ser redutos de famílias grandes para receber executivos jovens e solteiros, que querem morar perto de shoppings, restaurantes e principalmente do trabalho”, afirma a Lopes.

Outros bairros No Itaim Bibi, a diferença é ainda maior. Enquanto entre 2006 e 2008 não houve registro de unidades de um dormitório lançadas, entre 2009 e 2011 esse tipo de apartamento representou 33% das 683 unidades lançadas no bairro.

Já na Vila Olímpia, 26% das unidades lançadas entre 2006 e 2008 tinham um dormitório, número que saltou para 58% no período seguinte.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Governo de São Paulo entrega imóveis "alagados", sem Habite-se e com riscos aos moradores

Foi um sonho, que está virando pesadelo. Estamos muito desanimados”. O desabafo da dona de casa Luciana Ferreira do Nascimento, 36, resume o sentimento dos moradores do conjunto habitacional Brasilândia B34, no Jaraguá, zona norte de São Paulo, entregues pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) a 140 famílias em janeiro do ano passado.

Com pouco mais de um ano, os prédios acumulam vários problemas: rachaduras em colunas, infiltrações, falhas nos encanamentos que alagam os apartamentos, muros de arrimo que podem desabar a qualquer momento, barrancos completamente desprotegidos bem ao lado dos prédios, fiações expostas, falta de iluminação em áreas comuns, entre outros.

Em nota, a CDHU afirmou que são usados materiais de boa qualidade na construção dos prédios e que tomará providências para resolver os defeitos que apareceram nos imóveis.

Os moradores do condomínio Brasilândia B34 viviam em favelas da região, que, segundo a Prefeitura de São Paulo, estavam em áreas de risco. Cada apartamento custa R$ 67 mil e foram financiados em 300 parcelas mensais --ou cerca de 25 anos. Caso deixe de pagar três parcelas consecutivas, o morador perde o imóvel.

Apesar de novos, os blocos estão com a tinta gasta, pintura descascando e vários remendos de massa corrida, o que lhes dá aparência mais velha. Nenhum dos prédios têm o Habite-se, documento pelo qual a prefeitura atesta que a construção está em acordo com a legislação e, portanto, pode ser habitada sem riscos aos moradores.

A reportagem do UOL visitou dois residenciais --o Brasilândia B34 e o Pari A1/A2-- acompanhada do engenheiro urbanista Vagner Landi, que analisou a parte interna e externa das edificações.

Apartamento alaga sozinho

A moradora Fernanda Pereira, 25, que vive com o marido, paga R$ 93 de mensalidade pelo imóvel. Desde que mudou para o conjunto, não teve sossego: um problema no encanamento do prédio impede que a água utilizada pelas máquinas de lavar dos apartamentos que estão acima do seu escoe para o encanamento geral da rua. Resultado: a água acumulada volta pelo ralo da área de serviço do seu apartamento, alagando o imóvel.

“Fico o dia inteiro tirando água do apartamento. Tive que deixar um emprego porque a casa não podia ficar vazia”, reclama. Ela e o marido retiraram todos os móveis do apartamento, depois que perderam sofá e colchão. Segundo Fernanda, o problema existe desde que mudou-se, mas se agravou nos últimos meses. No apartamento que fica abaixo do de Fernanda, as falhas no encanamento causam goteiras, que provocaram a queda de parte do teto da lavanderia.

A síndica geral do condomínio, Anara Costa, 51, diz que tentou desentupir o cano mais de uma vez, mas que o problema, aparentemente, é na própria tubulação. Para o engenheiro, a falha é resultado de um “erro de projeto ou de construção da tubulação”. Landi notou também que os canos de água e esgoto são muito estreitos para a quantidade de apartamentos dos prédios.

“Tragédia anunciada”

Em frente de cada prédio do Brasilândia B34, há barrancos de, em média, cinco metros de altura, sustentados na base por muros de arrimo. No topo de cada barranco também há uma mureta de contenção. No ano passado, uma das muretas desmoronou, mas, por sorte, ninguém ficou ferido. Em seguida, a construtora enviou operários para realizar reparos.

Um engenheiro enviado pela CDHU para analisar o local em novembro constatou uma série de defeitos na obra que provocaram a queda, entre os quais “falta de compactação do aterro e de muros de arrimo adequados, que provocam rupturas no maciço da terra e abertura de trincas no concreto, por onde a água entra e encharca o solo.”

No laudo encaminhado à CDHU, o engenheiro diz que a “integridade física dos moradores está ameaçada” e cobrou providências para evitar o que chamou de “tragédia anunciada”. Ele criticou, ainda, as obras de reparo feitas após a queda do muro, que, segundo ele, consistiam em tirar a mureta de proteção e cobrir o local com sacos plásticos.

Já neste ano, nova s obras de reparo foram realizadas, mas os moradores continuam ameaçados. Segundo o engenheiro Vagner Landi, rachaduras nas colunas que sustentam as muretas de proteção indicam que novos desabamentos vão ocorrer. Além disso, os muros de arrimo que seguram o barranco estão cedendo e também podem desabar.

“Para resolver o problema tem que fazer talude, cortar o barranco em um ângulo de 45º e colocar grama para segurar a terra. Isso é regra básica de engenharia”, afirma. Segundo a síndica geral, sempre que chove desce lama dos barrancos para a entrada dos prédios. “O barranco vem junto. Fica tudo alagado.”

Telhas ameaçam crianças

Em dois blocos do condomínio, as telhas dos prédios estão completamente soltas, colocando em risco a vida das crianças que brincam nos playgrounds, que ficam exatamente abaixo das telhas soltas. Por todo o conjunto há fiações elétricas expostas. À noite, segundo os moradores, as áreas comuns do condomínio ficam totalmente às escuras, por não haver iluminação nos postes.

Em um apartamento no quarto andar do bloco C, uma rachadura de dois metros se estende do chão ao teto por uma coluna. “Rachadura em coluna é grave. Pode ser infiltração e chegar até as ferragens”, afirma Vagner Landi.

Para completar, os moradores ainda não têm as plantas (métrica, hidráulica e elétrica) dos imóveis e, até agora, as famílias não puderam instalar linhas telefônicas, em decorrência de falhas na construção, segundo aponta laudo da Telefônica.

Problemas também no Pari

A 13 km do Brasilândia B34, os moradores do conjunto Pari A1 e A2, inaugurados em maio de 2010, enfrentam problemas parecidos. Os apartamentos custam R$ 50 mil cada e também foram financiados por 25 anos --nesse caso, o governo pagou subsídio de R$ 20 mil a cada família. Segundo o síndico do prédio, Josemar Mota Salles, dos 160 apartamentos, 120 têm algum problema.


A moradora Maria Conceição Gomes, 53, enfrenta no seu apartamento o mesmo problema do apartamento de Fernanda, do conjunto Brasilândia B34: seu apartamento alaga todos os dias, desde que ela se mudou, em julho de 2010. Da mesma maneira que no imóvel de Fernanda, a água de outros apartamentos invade a casa de Maria pelo ralo da área de serviço.

“Faz dois anos que vivo assim. Já entrei em contato com a CDHU por 25 vezes, mas nada mudou”, reclama. O engenheiro Vagner Landi afirma que o problema é “fácil de resolver”. “Nos dois conjuntos tem que fazer a mesma coisa: abrir a parede no primeiro e segundo andar e verificar o que está acontecendo com o encanamento.”

Natural de Itabuna, na Bahia, Maria se mudou para São Paulo aos nove anos. Desde então, morou em um cortiço --como muitos moradores do residencial-- no Belenzinho. Ela abriu mão de uma disputa judicial de usucapião, na qual podia conquistar a propriedade de sua casa no cortiço, para ir ao prédio.

Imóveis incompletos

Os moradores do conjunto no Pari receberam os imóveis sem azulejos nas paredes do banheiro e da cozinha e sem pisos. Eles afirmam também que as esquadrias das janelas vieram enferrujadas. O manual do proprietário, elaborado pela própria CDHU, diz que é obrigação da empresa entregar o imóvel com pisos, azulejos, pintura, janelas, entre outros, em perfeitas condições.

A ausência de piso e azulejos provoca infiltrações e buracos nos tetos dos apartamentos, já que, com o tempo, a água acaba penetrando no concreto.

Em vários apartamentos há registro de goteiras no teto, que provocam manchas escuras na pintura. É o caso do imóvel da dona de casa Irineia da Silva, 27. “Sempre que chove, forma goteira. Já protocolei documentos na CDHU avisando, mas eles dizem que isso é uma ‘mancha estética’ que não oferece riscos.”

Segundo os moradores, falhas na rede elétrica impedem que as áreas comuns dos cinco primeiros andares de cada prédio tenham iluminação. “Já trocamos as lâmpadas várias vezes, mas elas não duram nem uma semana”, afirma a auxiliar de produção Doriane de Aguiar, 37, que é proprietária de um apartamento no qual parte do forro do teto da lavanderia caiu por problemas de infiltração.

Garagem sem entrada e saída

De todos os problemas, o mais curioso está no subsolo: o prédio tem uma garagem ampla, que está pronta, mas não pode ser utilizada porque não há qualquer acesso para carros. Os residentes e visitantes são obrigados a deixar seus carros na rua Canindé, onde é proibido estacionar durante o dia.

Sem uso, a garagem virou local de desova de objetos roubados e de lixo trazido por pessoas de fora do condomínio. Isso porque o muro que separa o prédio do conjunto vizinho, que fica praticamente aberto para a rua, é baixo, permitindo o acesso de pessoas de fora.


Por conta disso, o sindico diz que extintores, hidrantes e outros equipamentos do prédio são constantemente furtados, deixando a maioria dos andares desprotegidos de incêndios. “É muito fácil entrar aqui. Temos muitos problemas de vandalismo e roubo”, lamenta o síndico.

Segundo contrato, os imóveis têm garantia de cinco anos após a entrada dos moradores. Nesse período, problemas na construção dos apartamentos devem ser reparados pelas construtoras contratadas pela CDHU que executaram as obras.

Na avaliação do engenheiro Vagner Landi, tanto no residencial Brasilândia B34, quanto no Pari A1/A2, o governo entregou imóveis “sem condições de higiene e habitabilidade”. “Usaram materiais de péssima qualidade. A parte hidráulica e elétrica foi mal executada. Esses problemas não são culpa dos moradores”, afirmou.

Fonte: Guilherme Balza
UOL, em São Paulo

SAIBA MAIS SOBRE OS IMÓVEIS DA CDHU

Quem tem direito?
Os imóveis da CDHU são destinados a famílias com renda entre um e dez salários mínimos; 80% dos mutuários da CDHU possuem renda familiar de até três salários mínimos.

Quanto custa?
Os custos dos imóveis e as condições de pagamento dependem do programa adotado no atendimento às famílias e da localização do empreendimento.

Como é o financiamento?
Na maioria dos programas, o prazo de financiamento habitacional é de 300 meses, com prestações subsidiadas pelo governo do Estado e calculadas de acordo com a renda. Famílias com renda de até três salários, por exemplo, pagam 15% dos rendimentos de prestação.

Como conseguir?
As famílias são beneficiadas por meio de sorteio público ou são atendidos grupos alvos previamente definidos, como moradores de áreas de risco, favelas e cortiços. No caso do sorteio, quando há oferta de empreendimento no município, é publicado edital de abertura de inscrição.

Qual o tamanho?
Os imóveis da CDHU não seguem tamanhos padronizados. Na cidade São Paulo, a legislação limita o tamanho de habitações de interesse social a 50 m² de área construída. Em 2011, foi aprovada lei que permite o incremento de, no máximo, 30%. As unidades têm de um a três quartos, dependendo do tamanho da família.

Histórico da CDHU

A CDHU é uma empresa estatal vinculada à Secretaria de Habitação do Estado e cuja finalidade é executar programas habitacionais para famílias de baixa renda. A empresa teve outros nomes, como Cecap, Codespaulo e CDH, até receber a denominação atual em 1990.

O atual presidente da CDHU, o economista Antonio Carlos do Amaral Filho, chegou ao cargo após o governador Geraldo Alckmin pedir ao PP (Partido Progressista), sigla do deputado Paulo Maluf, que indicasse um nome para a presidência da estatal. A intenção do governador era trazer a legenda para a base do governo e ampliar o leque de alianças para as eleições deste ano.

A estatal tem um histórico de problemas relacionados à corrupção. Em maio de 2007, Polícia Civil e Ministério Público desmantelaram um esquema de fraudes em licitações, pagamento de propinas e superfaturamento na construção de casas em 22 municípios. Segundo o MP, o esquema desviou R$ 135 milhões dos cofres públicos entre 2001 e 2007, nas duas primeiras gestões de Alckmin.

Na época, 29 pessoas foram denunciadas e 17, presas, entre empresários, políticos e funcionários da estatal. Uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) foi aberta na Assembleia Legislativa no mesmo ano e encerrada dois anos depois, por decisão da base governista na Casa.

Em dezembro de 2009, o ex-presidente da CDHU Goro Hama, que chefiou a estatal durante a gestão Mário Covas, foi condenado à perda de direitos políticos por cinco anos e obrigado a ressarcir o Tesouro em R$ 512 mil por improbidade administrativa. Segundo o Ministério Público, Goro Hama teria privilegiado empresas em contratos firmados em 1996.

A CDHU também tem um histórico de contratos rejeitados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Entre 1998 e 2006, quase 400 contratos da CDHU foram julgados irregulares pelo TCE. O órgão também considerou irregulares seis contratos firmados entre a estatal e empreiteiras entre 2003 e 2009, que juntos somam R$ 25,6 milhões.

Gastos com habitação

Em 2011, o governo do Estado gastou R$ 1,6 bilhão em habitação, quase oito vezes menos do que em segurança pública (R$ 12,2 bilhões). Com relação aos investimentos --despesas empenhadas em obras ou na compra de equipamentos duráveis--, foram R$ 115 milhões para habitação e R$ 439 milhões para segurança pública.

Segundo a Secretaria da Habitação, que cita dados da Fundação Seade, o déficit habitacional no Estado era, em 2006, de 3,9 milhões de moradias, o que representava cerca de um terço dos domicílios do Estado.

sábado, 14 de abril de 2012

Confira os dez problemas mais comuns em condomínios

Os edifícios têm uma serie de assuntos que geram conflitos entre os condôminos. As especialistas Cristina Muccio Guidon e Evelyn Roberta Gasparetto, autoras do livro “Administrando Condomínios“, falam sobre esses principais problemas encontrados em condomínios e indicam soluções práticas para o bom convívio entre os moradores. Confira:

Brigas entre vizinhos: Problemas como barulho, animais, garagens, desrespeito aos horários, o síndico deve administrar respeitando o regulamento interno e a convenção do condomínio. Dessa forma estará amparado nas decisões a serem tomadas, bem como as eventuais punições a serem aplicadas.

Fundo de reserva: Muitos moradores têm dúvidas sobre o que é o fundo de reserva e sua utilização. A convenção do condomínio determina o percentual que costuma variar entre 5% a 10% do valor do condomínio, sendo recomendável mantê-lo em uma conta separada daquela utilizada para as despesas ordinárias. Sua utilização é para casos emergenciais e deve ser recomposto após a sua utilização e levado esse assunto para assembleia para conhecimento dos condôminos.

Omissão do conselho fiscal: O conselho fiscal, por uma situação política, pode prejudicar o síndico, ou seja, não assinar as pastas ou até esquecer-se de fazê-las, por não se importar muito com a situação, o que traz para o síndico uma responsabilidade ainda maior e isolada.

Reformas e o quorum necessário: Muitos condomínios sofrem com esta situação, pois é necessário cumprir os quoruns para as obras, no entanto, os moradores podem não colaborar e não comparecer em assembleias para esta resolução. Isso traz um retrocesso para o próprio condomínio, deixando o síndico de mãos atadas, adiando e atrasando as obras.

Redução de custos: Uma das maiores preocupações de quem mora em condomínios é o valor da taxa condominial. Para que o edifício possua uma quota justa e suficiente para honrar o pagamento dos compromissos mensais como salários, impostos, água, luz, materiais, é necessário que o síndico em conjunto com o conselho fiscal trabalhem visando reduzir custos com fornecedores, diminuir o desperdício dos consumos de água e luz e estejam atentos à necessidade de horas extras dos funcionários pois essa despesa onera consideravelmente a folha de pagamentos dos edifícios.

Prestação de contas: Muitos edifícios têm problemas com a apresentação das contas do condomínio. O síndico tem por obrigação prestar contas sobre sua gestão, devendo apresentar mensalmente aos moradores um demonstrativo claro e de fácil entendimento da movimentação financeira do condomínio, detalhando os recebimentos e pagamentos. Além disso, anualmente, essas contas devem ser aprovadas pelos condôminos.

Segurança: Os assaltos nos condomínios têm se tornado frequentes. O cuidado a ser tomado tem que ser prévio, na contratação de funcionários, ou então, na verificação das pessoas que a empresa terceirizada envia, e até mesmo com a própria empresa de segurança, de câmeras, portões e alarmes. Além disso, os moradores deveriam combinar um sinal, alguma posição de estacionar o carro que demonstre que aquela pessoa que entrou junto, não é um convidado e sim um assaltante.

Ninguém quer assumir como síndico: É difícil, já que na verdade, a responsabilidade é muito grande. Neste caso, melhor seria proporem a contratação de um síndico profissional.

O síndico não está cuidando do condomínio como deveria: Neste caso, o ideal é que seja formada uma comissão de moradores que, posteriormente à verificação dos problemas não resolvidos, organize uma reunião pedindo soluções. No entanto, em caso de negativa, melhor a destituição do síndico com a substituição por um outro profissional.

O síndico está fazendo obras sem consultar ninguém: Esta é uma atribuição do conselho fiscal. O morador que não fizer parte do conselho pode procurar um membro do conselho e solicitar explicações a respeito. A partir daí, todos podem ser reunir e verificar não só as obras, como os orçamentos, os pagamentos feitos, e se as mesmas estão contribuindo para o condomínio.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Ruídos amorosos podem gerar multa. Ou forçar construtoras a acharem solução acústica

Dia desses, por volta das 3h da madrugada, a artesã J. S. acordou de sobressalto. A gritaria, vinda do apartamento acima, não era um episódio isolado. Mas naquela quarta-feira o excesso de animação do vizinho ultrapassava os limites, com direito a gemidos incessantes pontuados pela batida da cama no chão. Diante da situação, J.S., que também é síndica do prédio, optou por não tomar qualquer atitude drástica. Gentilmente, conversando com jeitinho, conseguiu diminuir os decibéis dos encontros amorosos do vizinho garanhão.

Mas nem sempre é assim. Em São Paulo, a síndica Rejane Albuquerque, tenente licenciada da Aeronáutica, distribuiu nos apartamentos de seu condomínio uma circular pedindo para que os moradores procurem a portaria do prédio caso escutem “gemidos amorosos exagerados” antes das 8h ou após às 18h, de segunda a sexta. Os responsáveis podem ser multados em R$ 290 (ou uma taxa de condomínio). Exagero? O interessante é que Rejane confessa, agora, que, antes de assumir o condomínio, foi a protagonista de um constrangimento que espera evitar com tal medida:

“Digamos que eu me empolguei na hora “H” e, inesperadamente, fui interrompida pelo síndico, o subsíndico e dois conselheiros, que bateram à minha porta para reclamar do barulho. Depois disso, baixei a norma assim que assumi o condomínio.”

Há quem ache exagero. Mas não é o caso do síndico C. A. No prédio onde mora, os protagonistas são um casal recém-casado que se mudou recentemente.

“Eu comecei a me perguntar se o problema não seria a parede do meu apartamento, que é fina demais. Mas constatei que, mesmo da portaria, era possível ouvir o casal. De fato, incomoda. Mas fico envergonhado só de pensar em pedir aos pombinhos para que contenham a animação. A minha esperança é que a euforia pós-casamento termine logo”, brinca o síndico.

Há casos que, de tão inusitados, chegam a estampar as capas de jornais. Em Maringá, no Paraná, uma balconista foi presa por desacatar policiais que bateram à sua porta para checar uma denúncia de vizinho: que estaria se excedendo nos gemidos.

“Ela ficou nervosa com a chegada dos policiais e com a aglomeração de pessoas e acabou agindo de forma pouco respeitosa”, conta o jornalista Roberto Silva, que cobriu o caso.

Segundo o advogado Hamilton Quirino, especialista em direito imobiliário, tal problema tornou-se mais recorrente nos prédios novos, por conta da diminuição da espessura das paredes. Nesse último caso, diz, a construtora pode inclusive ser acionada para encontrar uma solução acústica quando as paredes são incapazes de preservar a intimidade dos vizinhos. Mas, na prática, não é o que acontece.

“As pessoas buscam orientação porque têm dificuldades de lidar com o assunto. Mas dificilmente um caso como esse chega à Justiça. Em geral, é marcada uma reunião com o casal, sempre de forma discreta, para evitar constrangimentos”, diz Quirino.

Para a sexóloga Regina Navarro Lins, a solução é apelar para paliativos como fechar portas e janelas, ligar o ar condicionado ou investir em proteção acústica para o quarto:

“Há casos em que realmente o barulho extrapola os limites do tolerável, mas isso é raro. A questão é que o sexo ainda é visto como um ato feio e sujo na nossa cultura. Dessa forma, os gritos de prazer geram desconforto. Mas, além do preconceito, ainda há outros motivos, como a inveja do prazer alheio.”

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Pressionado por Ministério Público, BB abre mão de sigilo que cerca dinheiro do Itaquerão

Pressionado pelo Ministério Público Federal em São Paulo, o Banco do Brasil decidiu abrir mão do sigilo bancário que cerca o financiamento do Itaquerão, futuro estádio do Corinhtians, junto ao BNDES. A operação tem a Odebrecht como tomadora do empréstimo e controladora da futura arena, por meio do Fundo de Investimento Imobiliário fechado.

A operação tem ainda a corretora BRL Trust como parceira da construtora na formação da Sociedade de Propósitos Específicos (SPE). As duas empresas terão controle total sobre as obras e as futuras receitas do estádio, incluindo naming rights (batismo do estádio).

O MPF quer saber detalhes dessa complicada operação envolvendo dinheiro público em um estádio privado.

O BB é o intermediário do financiamento estatal de R$ 400 milhões, que ainda está sendo negociado entre Odebrecht e BNDES. O estádio deve custar R$ 820 milhões. Títulos emitidos pela Prefeitura de São Paulo devem ser negociados no mercado para a captação de mais R$ 420 milhões.

A decisão do BB de abrir mão do sigilo do financiamento foi tomada com a concordância da Odebrecht, responsável pela engenharia financeira que vai trazer dinheiro para a construção e entrega da arena, em dezembro de 2013, a tempo de ser sede de abertura da Copa do Mundo, em meados de 2014.

“Conversamos com a nossa cliente e fomos autorizados a fornecer todas as informações necessárias ao Ministério Público Federal, em São Paulo” revelou uma fonte do Banco do Brasil que participou das últimas reuniões internas sobre a quebra espontânea do sigilo bancário.

O procurador da República José Roberto Pimenta, que pediu as informações ao BB, quer analisar os detalhes que cercam o financiamento do futuro campo do Corinthians, com dinheiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (R$ 400 milhões) e com a venda dos títulos de incentivo emitidos pela Prefeitura de São Paulo, os CIDS, no valor de ( R$ 420 milhões).

O BB negou os dados alegando sigilo bancário diante do primeiro pedido enviado pelo procurador, semana passada. O procurador ameaçou entrar com uma ação civil para obter os contratos e arriscou um segundo pedido formal ao banco.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Após revisão, Gafisa anuncia prejuízo de R$ 945 milhões em 2011

A Gafisa encerrou o quarto trimestre com prejuízo líquido de R$ 1,029 bilhão, ampliando resultado negativo de um ano antes em meio a uma série de ajustes ocorridos em grande parte na unidade de baixa renda Tenda.

A construtora e incorporadora já havia informado, no início do mês, quando divulgou o balanço preliminar e não auditado, que o quarto trimestre foi afetado, entre outros fatores, pelo reajuste de orçamento de custos de construção no valor de R$ 587 milhões, equivalente a 6% da base original de custos total.

Sob o peso do último trimestre, no fechado do ano passado a companhia apurou prejuízo de R$ 944,9 milhões, dado revisto ante perda de R$ 1,09 bilhão divulgada no início do mês.

O prejuízo em 2011, conforme já havia sido informado, foi decorrente principalmente de ajustes de R$ 889,5 milhões de reais, sendo 69% equivalente à Tenda --unidade voltada ao segmento econômico que, desde que foi adquirida pela companhia, vem impactando os resultados do grupo.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) anual ficou negativo em R$ 339 milhões, comparado ao número ajustado e positivo de R$ 579 milhões em 2010. A receita líquida em 2011 como um todo, enquanto isso, somou R$ 2,9 bilhões, queda de 14% ano a ano.

A companhia fechou o ano com dívida líquida de R$ 3,2 bilhões, aumento de 31% em 12 meses.

De outubro a dezembro, o Ebitda ajustado foi negativo em R$ 798,2 milhões, enquanto a receita líquida caiu 84%, para R$ 93,3 milhões.

No documento apresentado nesta terça-feira, a Gafisa reiterou que o último trimestre de 2011 foi "atípico em função dos impactos das mudanças estruturais, reconhecimento dos reajustes nas obras, cancelamentos e distratos de Tenda".

COMPROMETIMENTO

No demonstrativo, a Gafisa assinalou estar "totalmente comprometida em restabelecer a saúde da companhia e a confiança dos investidores".

"À medida que avançamos em 2012, continuaremos a implementar nossa estratégia e posicionamento da companhia para o crescimento... permanecemos confiantes que estamos no caminho certo e que vamos entregar melhoras importantes em todas as nossas métricas ao longo dos próximos anos", acrescentou.

Em teleconferência no início de abril, a empresa descartou ter de lidar com novos ajustes, que ficaram concentrados no quarto trimestre de 2011.

"Não esperamos que ajustes continuem atingindo os resultados em 2012", afirmou o presidente-executivo da Gafisa, Duílio Calciolari, na ocasião.

Corrida pelo luxo atrai R$ 500 mi em investimentos a São Paulo

A abertura do novo shopping JK Iguatemi, inicialmente prevista para 19 de abril e adiada para maio, marca o acirramento da disputa pelas grifes de luxo no país, mercado que vai atrair quase R$ 500 milhões em investimentos apenas na capital paulista.

De um lado estão R$ 322,3 milhões investidos pelo grupo Iguatemi, com 189 lojas e 20 marcas internacionais que chegam ao país, entre elas nove de luxo. De outro, o shopping Cidade Jardim, controlado pela JHSF, que investe R$ 160 milhões na ampliação para dez novas grifes.

A previsão do mercado de luxo é crescer entre 12% e 15% neste ano e superar o resultado de 2011, quando movimentou cerca de US$ 10 bilhões (R$ 18 bilhões) e expandiu 11,5% em relação a 2010.

O gasto médio dos consumidores, que representam 1,2% da população, é de R$ 3.500 por compra.

"Quanto mais marcas novas e únicas, maior é a garantia de ter mais pessoas no shopping. Além de clientes cativos, outros querem novidades", diz Silvio Passarelli, do programa de Gestão do Luxo da Faap.

Na lista das marcas que chegam ao país e abrem sua primeira loja no JK estão as francesas Lanvin (feminina e acessórios), Goyard (malas e bolsas) e Van Cleef & Arpels (joias), a italiana Panerai (relógios) e as suíças Jaeger-LeCoultre e IWC (relógios masculinos de luxo), entre outras.

Daslu, TopShop, Zara e Zara Home e Livraria da Vila terão espaços com mais de 1.000 metros quadrados -serão as "âncoras".

"As clientes estão esperando essa nova loja. Vai atender quem mora na região e o público de Morumbi, Jardins e Itaim", diz Patrícia Cavalcanti, diretora de marketing da Daslu, que ficará no piso térreo e ocupará um espaço entre a Chanel e a Louboutin.

EM EXPANSÃO

No Cidade Jardim, estarão a suíça Tag Heuer (relógios), as francesas Balmain (roupas), Cartier (joias) e Christian Dior (de prêt-à-porter a acessórios) e a italiana Miu Miu (sapatos, bolsas e acessórios), entre outras.

"Nossa expansão já estava prevista para 2013. Com a vontade da Louis Vuitton de crescer, antecipamos para acomodar outras marcas", diz Ana Auriemo de Magalhães, diretora do JHSF.

O grupo JHFS também lança em 2013 um outlet, o Catarina Fashion, em São Roque (66 km de SP), para "escoar" a produção de marcas internacionais. São 120 lojas, investimento de R$ 80 milhões.

Justiça de SP mantém decisão que suspende abertura do JK Iguatemi

Desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiram nesta terça-feira que o shopping JK Iguatemi, no Itaim Bibi (zona oeste de São Paulo), não pode abrir as portas antes de concluir a construção de um viaduto para desafogar o trânsito da região.

A avaliação foi unânime, votada por três desembargadores, e confirma a liminar (decisão provisória) concedida em março ao Ministério Público do Estado, que ingressou com uma ação para impedir o funcionamento no novo shopping.

Na ação, a Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo pediu que o shopping fosse impedido de abrir porque faltam obras para amenizar o impacto do trânsito no local e a falta de segurança aos pedestres. Cerca de 30 mil pessoas são esperadas por dia no novo empreendimento.

Na semana passada, a direção do empreendimento informou, por meio de sua assessoria, que uma nova data será agendada para a abertura ao público. A inauguração do novo JK estava marcada inicialmente para o próximo dia 19.

No dia 18 deste mês, estava prevista uma inauguração para convidados, entre eles representantes das várias marcas estrangeiras que estão desembarcando pela primeira vez ao Brasil.

Diante da incerteza da abertura, muitos executivos estrangeiros não sabiam se compravam ou não passagem para a vinda ao Brasil e assumiam o compromisso. Lojistas receberam comunicado informando que nos próximos 30 dias seria agendada nova abertura.

Procurado, o shopping ainda não informou que atitude deverá tomar diante da decisão do TJ.

Para funcionar, o empreendimento deverá apresentar à Justiça um termo de recebimento expedido pela Secretaria Municipal de Transporte, um certificado de conclusão das obras, licença de funcionamento e atestado de vistoria final do Corpo de Bombeiros.

Se descumprida a decisão, o estabelecimento terá de pagar multa de R$ 500 mil por dia.

O shopping JK fez um seguro-fiança de R$ 84 milhões (dobro do valor das obras que ainda estão previstas para serem concluídas). Dessa forma, se a companhia não entregar as obras até 2014, a Prefeitura de São Paulo poderia resgatar o dinheiro e realizar as obras necessárias.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Dilma prepara ampliação do Minha Casa, Minha Vida

A seis meses das eleições municipais, o governo federal deve lançar na quinta-feira a ampliação do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida 2. A presidente Dilma Rousseff deve assinar contratos com municípios de até 50 mil habitantes. São esperados convênios com 2.600 prefeitos.

No final do ano passado, o governo pediu que as prefeituras se cadastrassem. Segundo o Planalto, o programa auxilia municípios no desenvolvimento de ações de acesso à moradia digna, em áreas urbanas, voltadas ao atendimento de famílias com renda até R$ 1.600.

O valor do governo federal foi unificado em todas regiões brasileiras e aumentou para R$ 25 mil por unidade habitacional. Cada moradia deverá ter, no mínimo, 36 metros quadrados de área útil e acessibilidade.

O Minha Casa Minha Vida 2 faz parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e terá investimentos até 2014 de R$ 72,5 bilhões. A meta do governo prevê a contratação de um total de dois milhões de moradias.

sábado, 7 de abril de 2012

Itaquerão terá banheiro aclimatado, campo subterrâneo e teto igual ao de Wembley

O arquiteto que projetou o Itaquerão é um otimista quanto à superação de todos os obstáculos que ainda atrapalham o fluxo geral dos trabalhos e a captação de R$ 820 milhões para a conclusão da obra, que vai servir para abrir a Copa do Mundo de 2014.

Anibal Coutinho não esconde seu orgulho ao falar de cada detalhes do estádio e se mostra otimista quanto aos problemas. "Tudo está indo muito bem e estamos dentro do cronograma programado”, anuncia.

Um dos detalhes que chamam atenção é o ar condicionado nos 70 mil metros quadrados de área construída, incluindo os banheiros. Mais que isso: após a Copa de 2014, os jogadores farão aquecimento em um campo de grama sintética (1/3 do tamanho oficial) e os ocupantes de 500 assentos VIP poderão assistir ao trabalho físico, descendo por um elevador até o subsolo.

A arena, que terá uma cobertura leve a 52 metros de altura em relação ao gramado (como em Wembley, em Londres), consumirá muita energia. Mas o criador da obra diz ter tomado todos os cuidados ambientais.

“O estádio é sustentável. A arena vai captar energia solar por membrana fotovoltaica de dois milímetros”, explica Coutinho.

Essas placas serão instaladas na cobertura pelos lados leste e oeste, pelas laterais do gramado.

Para suportar a alta demanda energética, o prédio será equipado também com estrutura para uso de energia a gás e eólica (ventos). Aliás, os gasodutos da Petrobras passam pelo terreno e deverão ser desviados nos próximos meses.

O Itaquerão, segundo Coutinho, terá outros marcos de modernidade: a iluminação contratada será de 4 mil lux, o dobro daquilo que se viu na Copa do Mundo da África do Sul. “Teremos luz diurna mesmo em jogos realizados à noite”, anima-se o arquiteto.

Mas o impacto maior poderá ser notado mesmo à distância: o pé direito da obra empinará a construção com imponência jamais vista na Zona Leste de São Paulo.

“Teremos a mesma altura do estádio de Wembley, em Londres, grandioso”, explica, entre sorrisos, o arquiteto carioca que pilota o escritório Coutinho Diegues Cordeiro .

Itaquerão x Maracanã

“A arena Corinthians terá o dobro da altura do Maracanã”, calcula. Outra diferença entre o que está sendo construído em Itaquera e a obra do Maracanã é a curvatura das arquibancadas. No Rio de Janeiro, há uma curva que distancia os torcedores um pouco mais do gramado. “Em Itaquera os torcedores ficarão em posição mais vertical”, explica o arquiteto.

Cobertura e gramado do Itaquerão

Sobre os custos da construção da arena luxuosa e margem de lucro da construtora, Coutinho usa um raciocínio bem simples:

“A Odebrecht fez um contrato de gestão e construção a preço fechado, com margem de lucro também estabelecida. Tudo está no contrato. Claro que o corte de custos faz parte do processo de ganho, desde que não comprometa a qualidade do projeto, claro”.

Na opinião do arquiteto, os ajustes feitos na escolha de materiais para a estrutura da cobertura, por exemplo, fazem parte desse esforço da construtora. “O projeto não sofre perda de qualidade com ajustes financeiros. Isso faz parte da eficiência de qualquer gestor de obra moderna”, conclui Coutinho.

A estrutura da cobertura foi calculada pela Odebrecht com a consultoria da contratada alemã Solbeck, responsável pelos testes em túnel de vento, realizados na Europa.

Coberturas de estádios internacionais que tem o melhor padrão Fifa pode custar até 20% do orçamento total.

“Em Itaquera esse preço deve ficar bem abaixo disso”, defendeu-se o arquiteto. “A escolha de materiais mais leves e mais baratos pode reduzir os custos naturalmente; é uma cobertura simples, com se fosse um telhado feito com estrutura de madeira, tesoura de sustentação, etc.”

A cobertura da nova arena terá isolamento térmico na parte superior, junto à membrana transparente. Os ajustes feitos na Alemanha impedirão que essa estrutura leve alce voo com as rajadas de vento de Itaquera.

Na opinião otimista do arquiteto, o gramado ocupa um lugar de destaque na lista de componentes do novo estádio. “A arena terá gramado semelhante aos dos melhores estádios do mundo”, empolga-se Coutinho.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Adiado de novo, shopping JK terá desfalques na abertura

Mesmo que consiga escapar da liminar que prevê uma multa diária de R$ 500 mil, o shopping JK Iguatemi, no Itaim Bibi (zona oeste), não deve abrir as portas funcionando a todo vapor.

Se inaugurar em maio, como esperam os lojistas, ficarão de fora unidades como a gigante francesa de cosméticos Sephora, que prepara sua primeira loja brasileira no JK.

Algumas lojas não estão prontas ou ainda esperam liberação de mercadorias.

Segundo levantamento da reportagem, a Sephora e a Diesel, de roupas, só devem abrir as portas em junho. Já o Studio W Cabeleireiros e a Christian Louboutin, dos famosos sapatos de solado vermelho, só abrem as portas em agosto.

Para desespero dos lojistas, o shopping cancelou a inauguração prevista para o próximo dia 19 e só vai divulgar oficialmente a nova data depois da decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Os desembargadores dirão se o empreendimento vai poder abrir ao público antes de concluir a construção de um viaduto necessário para desafogar o trânsito da região --o que está apenas em fase de projeto.

A decisão dos magistrados está prevista para o dia 10 de abril, mas, diante da incerteza da votação, a abertura foi adiada. É pelo menos a terceira vez que isso acontece. Se dependesse das primeiras previsões, a cidade teria o novo shopping desde setembro do ano passado.

Se de um lado lojas aguardadas como a Sephora já não estariam ali para os primeiros visitantes, de outro aquelas que se prepararam para estar prontas desde o primeiro minuto estão passando por saias justas.

É o caso da rede de "fast fashion" londrina Topshop, que desembarca no país assim que o JK abrir. Como eles pensavam que a inauguração seria no dia 19, vão receber os contêineres de roupas que encheriam a megaloja de 1.000 m² já na semana que vem. A marca também teve de cancelar os eventos de abertura e o encontro de apresentação à imprensa, marcado para dia 17.

O shopping terá 189 lojas, além de oito restaurantes e mais 14 opções na praça de alimentação.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Será que reformas sempre valorizam os imóveis? Como avaliar o retorno?

Reformar um imóvel não é uma tarefa fácil. É preciso muito planejamento, disposição, tempo e, o mais importante, dinheiro. Ao decidir reforma a residência, o proprietário ainda tem de avaliar se esse investimento vai permitir que o imóvel se valorize, ou seja, se na hora da venda, ele conseguirá o retorno de pelo menos parte de tal desembolso.

O diretor de condomínios da Habitacional Administradora, Marcio Bagnato, explica que, na hora da venda, os compradores levam em consideração, principalmente, o estado em que o imóvel se encontra.

“Dependendo do estado de conservação, o vendedor pode conseguir uma valorização de até 10%”, diz Bagnato.

Na prática, se no mesmo prédio houver duas unidades à venda, na faixa dos R$ 600 mil, mas uma delas estiver mais bem cuidada, o vendedor consegue vender por até R$ 60 mil a mais, em média.

O especialista explica que os itens que mais valorizam o imóvel são aqueles que conferem uma aparência melhor a ele. O piso e a pintura, ainda mais se houver textura, serão diferenciais.

O padrão do imóvel

Ter armários embutidos também pode fazer diferença na hora da venda.

“Pode ser um fator de decisão de compra”, diz a diretora da Lello Imóveis, Roseli Hernandes. Apesar desses investimentos no seu imóvel serem positivos, é preciso tomar alguns cuidados.

De acordo com os especialistas, as reformas devem estar alinhadas com o padrão do imóvel. Ou seja, se você decidir colocar um piso extremamente caro em um apartamento de classe média, dificilmente conseguira recuperar esse valor.

Quanto mais alto o padrão do imóvel, será mais fácil recuperar o investimento, pois os consumidores de alta renda costumam prestar mais atenção aos detalhes e podem pagar mais pela diferença. Mas isso nem sempre é regra.

Roseli afirma que os consumidores de alta renda muitas vezes querem reformar eles mesmos o imóvel que compram, logo, não vão valorizar a reforma feita pelo atual proprietário.

Mas, como regra geral, é sempre interessante manter o imóvel atualizado e conservado, e investimentos nesse sentido sempre caminharão no sentido de valorizar o imóvel.

Por outro lado, os especialistas explicam que os tipos de reformas que nem sempre ajudam a valorizar o imóvel são aqueles relacionados à manutenção, ou seja, tubulação e fiação. Se você, portanto, decidir investir na troca de tubulação, não espere grandes retornos por isso.

As áreas comuns

Pensando nas áreas comuns do prédio, a lógica é a mesma, ou seja, apesar dos desembolsos, vale a pena manter o prédio atualizado para que seja valorizado na hora da venda. Mas lembre-se: qualquer reforma deve estar de acordo com o padrão do imóvel.

Um sistema de segurança atual, uma fachada limpa e bonita e um jardim bem cuidado são os principais elementos em que vale a pena investir, de acordo com Bagnato. “É o cartão de visita de qualquer condomínio”, diz o especialista.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Real Madrid terá resort e estádio aberto nos Emirados Árabes


Um complexo turístico e um parque temático nos Emirados Árabes sob a marca de um dos clubes de futebol mais ricos e gloriosos do mundo. O Real Madrid anunciou na capital espanhola o lançamento de um resort de luxo na ilha de Al Marjan, no emirado de Ras Al Khaimah. O empreendimento será aberto no começo de 2015.

Batizado de Real Madrid Resort Island, o projeto terá um hotel cinco estrelas com 450 quartos, 400 apartamentos e um museu do clube. Uma das principais atrações será o primeiro estádio de futebol com uma das laterais abertas para o mar, com capacidade para 10 mil espectadores.

“Será um centro turístico esportivo de altíssimo nível que terá 50 hectares e no qual o turismo e o esporte seduzirão milhões de pessoas que buscam uma oferta de lazer de qualidade”, acentua Florentino Pérez, presidente do clube.

Brookfield inicia obras de shopping em Santo André

A região do Grande ABC ganhará mais um polo comercial. Localizado no terreno da antiga Cidade Pirelli, o Atrium Shopping Santo André já está em construção. Ao todo serão 70 mil m2 de área construída, cinco pisos, 350 lojas e salas de cinema. De acordo com a incorporadora Brookfield, a previsão de inauguração é para abril de 2013. O novo complexo também atenderá moradores de Mauá e da zona leste de São Paulo.

O shopping também fará parte do conjunto multiuso Brookfield Century Plaza, projeto que contempla torres residenciais, comerciais e hotéis. O futuro espaço deve estar pronto em 2014. Os investimentos são de 350 milhões. De acordo com a empresa, o empreendimento irá representar quase 30% dos lançamentos no Estado de São Paulo.