A decisão do Governo de São Paulo de bancar a finalização do Itaquerão, patrocinando a instalação e desmontagem de 20 mil assentos, foi tomada sem o aval do governador Geraldo Alckmin. O autor da promessa de garantir os custos de cerca de R$ 70 milhões foi o secretário estadual de planejamento Emanoel Fernandes, que também chefia o comitê estadual da Copa, no Estado.
“Quando fomos ao Rio de Janeiro (11/07) e a Odebrecht ofereceu as garantias financeiras para o estádio, percebemos que os assentos removíveis não estavam nesse orçamento. A Odebrecht só dá garantias para 48 mil lugares. Daí, oferecemos essa possibilidade, mas nem cheguei a falar com o governador e nem sabemos como fazer esse investimento”, disse Fernandes a UOL Esporte.
O curioso é que nem a Odebrecht, nem o Corinthians, em sua nota oficial que celebrou o acordo com a construtora, avisou que o orçamento “fechado” de R$ 820 milhões cobria apenas os 48 mil lugares e não os 65 mil exigidos para abertura da Copa-2014. As partes omitiram a participação do governo estadual, assim como a Prefeitura de São Paulo, que está ligada ao empreendimento por ter concedido R$ 420 milhões na forma de incentivos fiscais.
A reportagem entrevistou Gilmar Tadeu Ribeiro, secretário municipal para a Copa do Mundo, dois dias depois da reunião em que foram apresentadas ao Comitê Organizador as garantias financeiras do Itaquerão. No encontro com os cartolas, no Rio de Janeiro, o Comitê Paulista detalhou como seria a construção do estádio e incluiu nessa apresentação a informação de que o Estado bancaria os 20 mil lugares.
Mesmo ciente da participação do Estado, Gilmar Tadeu Ribeiro respeitou o fato de que a gestão Alckmin não havia feito a divulgação do investimento e omitiu o projeto na entrevista. O Estado diz que vai investir em uma obra removível para se livrar do enquadramento legal de usar dinheiro público em obra privada.
O secretário Emanoel Fernandes chegou a dizer que pode recorrer até mesmo a um “tipo de patrocínio para viabilizar o investimento nas cadeiras do estádio do Corinthians”. Em entrevista coletiva, o governador Geraldo Alckmin também relativizou o problema.
“Eu quero reiterar o que tenho dito. Não terá um dinheiro do Governo do Estado de São Paulo em estádio privado. A abertura é importante para São Paulo e para o Brasil. O evento da abertura da Copa você monta e desmonta”, disse Geraldo Alckmin, em entrevista coletiva.
O discurso montado pelo Governo foi ecoado também na seguinte direção: “o Corinthians nunca quis abrir a Copa do Mundo em São Paulo. Como foi uma exigência do governo do Estado, nada mais justo que o clube fosse beneficiado com uma ajuda oficial”, revelou um executivo, na condição de anonimato. “A nação corintiana queria, a opinião pública queria abrir a Copa. Por isso, o governo se sentiu na obrigação de ajudar”, finalizou a fonte.
O custo de R$ 70 milhões, fornecido por uma pessoa ligada às obras, confere com as cotações feitas pelo secretário Fernandes, com uma pequenas diferença: o secretário não orçou o desmonte da estrutura, que corresponde a cerca de R$ 25 milhões.
“Quando fomos ao Rio de Janeiro (11/07) e a Odebrecht ofereceu as garantias financeiras para o estádio, percebemos que os assentos removíveis não estavam nesse orçamento. A Odebrecht só dá garantias para 48 mil lugares. Daí, oferecemos essa possibilidade, mas nem cheguei a falar com o governador e nem sabemos como fazer esse investimento”, disse Fernandes a UOL Esporte.
O curioso é que nem a Odebrecht, nem o Corinthians, em sua nota oficial que celebrou o acordo com a construtora, avisou que o orçamento “fechado” de R$ 820 milhões cobria apenas os 48 mil lugares e não os 65 mil exigidos para abertura da Copa-2014. As partes omitiram a participação do governo estadual, assim como a Prefeitura de São Paulo, que está ligada ao empreendimento por ter concedido R$ 420 milhões na forma de incentivos fiscais.
A reportagem entrevistou Gilmar Tadeu Ribeiro, secretário municipal para a Copa do Mundo, dois dias depois da reunião em que foram apresentadas ao Comitê Organizador as garantias financeiras do Itaquerão. No encontro com os cartolas, no Rio de Janeiro, o Comitê Paulista detalhou como seria a construção do estádio e incluiu nessa apresentação a informação de que o Estado bancaria os 20 mil lugares.
Mesmo ciente da participação do Estado, Gilmar Tadeu Ribeiro respeitou o fato de que a gestão Alckmin não havia feito a divulgação do investimento e omitiu o projeto na entrevista. O Estado diz que vai investir em uma obra removível para se livrar do enquadramento legal de usar dinheiro público em obra privada.
O secretário Emanoel Fernandes chegou a dizer que pode recorrer até mesmo a um “tipo de patrocínio para viabilizar o investimento nas cadeiras do estádio do Corinthians”. Em entrevista coletiva, o governador Geraldo Alckmin também relativizou o problema.
“Eu quero reiterar o que tenho dito. Não terá um dinheiro do Governo do Estado de São Paulo em estádio privado. A abertura é importante para São Paulo e para o Brasil. O evento da abertura da Copa você monta e desmonta”, disse Geraldo Alckmin, em entrevista coletiva.
O discurso montado pelo Governo foi ecoado também na seguinte direção: “o Corinthians nunca quis abrir a Copa do Mundo em São Paulo. Como foi uma exigência do governo do Estado, nada mais justo que o clube fosse beneficiado com uma ajuda oficial”, revelou um executivo, na condição de anonimato. “A nação corintiana queria, a opinião pública queria abrir a Copa. Por isso, o governo se sentiu na obrigação de ajudar”, finalizou a fonte.
O custo de R$ 70 milhões, fornecido por uma pessoa ligada às obras, confere com as cotações feitas pelo secretário Fernandes, com uma pequenas diferença: o secretário não orçou o desmonte da estrutura, que corresponde a cerca de R$ 25 milhões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário