O Corinthians sofreu nesta quinta-feira um grande revés para a construção do seu estádio no bairro de Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. A construtora Odebrecht decidiu não aceitar a Serpal como participante do projeto e divulgou internamente que o orçamento da obra ficará um pouco acima de R$ 1 bilhão, com possibilidade de reajustes, caso surjam problemas a partir da segunda fase da terraplanagem. Assim, aumentam as dúvidas sobre se o Itaquerão estará apto a receber a abertura da Copa do Mundo de 2014.
“Os conselheiros do Corinthians vão levar um susto enorme. Isso parece um incêndio, seguido por dilúvio”, comparou uma fonte ao UOL Esporte. A informação foi recebida pelo diretor de marketing Luis Paulo Rosemberg, na hora do almoço, “e o ambiente ficou muito ruim. A proposta da Odebrecht não ajuda ninguém”, disse um executivo que participa dessa negociação entre bancos, construtoras e o Corinthians.
Após o almoço, Rolemberg negou que tivesse conversado sobre a obra por telefone:
"Ainda estamos negociando para baixar o preço. Não recebi telefonema sobre o valor final da arena", disse o diretor de marketing corintiano.
“Pela proposta da Odebrecht”, explicou a fonte, “o preço final pode subir se algum problema não previsto surgir. A empresa bancaria o empréstimo junto ao BNDES (de R$ 400 milhões), usaria o limite de R$ 420 milhões de isenção concedido pela Prefeitura e o Corinthians ainda teria de arrumar mais R$ 300 milhões para fechar a conta acima de R$ 1 bilhão”.
O Corinthians contava com a participação da Serpal para diminuir o valor das obras para algo em torno de R$ 700 milhões. O drama da engenharia financeira teve um efeito explosivo nas relações dos principais interessados na obra. O BNDES e o Banco do Brasil não aceitam o Corinthians como garantia.
Um especialista em finanças explicou que o plano de captação de dinheiro no mercado, montado pela Odebrecht, previa o funcionamento de um " fundo imobiliário de risco casado com alta rentabilidade" . As cotas desse fundo seriam vendidas no mercado e a construtora garantiria o fluxo de capital, caso o Corinthians tivesse algum problema de caixa. O pacote montado incluia, além da renda gerada pelo clube, nos próximos seis anos, a negociação dos certificados de isenção de impostos, emitidos pela Prefeitura.
"O BNDES só aceita garantias reais. Desde o primeiro encontro, era sabido que o Corinthians não teria como garantir o empréstimo", contou o especialista em finanças. "A negociação continua e o tempo também vai passando", concluiu a fonte.
A dificuldade aumenta ainda mais para o clube paulista que teria de arcar com uma dívida de R$700 milhões e a renda para isso viria da exploração comercial total da nova arena, incluindo aluguel da praçca para lançamentos de produtos de bom preço no mercado, como carros e outros bens duráveis. Mas o protocolo do BNDES é claro: "serão aceitas apenas garantias reais" e não virtuais ou futuras.
"Nada que é do Corinthians pode ser aceito como garantia. Rendas futuras, marketing, e direitos sobre o nome comercial da nova arena (naming rights) não significam nada para o sistema financeiro”, garantiu outra fonte sob a condição de seu nome ser mantido sob sigilo.
O protocolo de empréstimo do BNDES estabelece que, se a empresa contratante estiver na Bolsa de Valores com ações no primeiro mercado, a garantia real será de 100 % do valor emprestado. Se a empresa contratante não estiver na Bovespa, a garantia exigida chega a 130% do valor total da operação.
“Os conselheiros do Corinthians vão levar um susto enorme. Isso parece um incêndio, seguido por dilúvio”, comparou uma fonte ao UOL Esporte. A informação foi recebida pelo diretor de marketing Luis Paulo Rosemberg, na hora do almoço, “e o ambiente ficou muito ruim. A proposta da Odebrecht não ajuda ninguém”, disse um executivo que participa dessa negociação entre bancos, construtoras e o Corinthians.
Após o almoço, Rolemberg negou que tivesse conversado sobre a obra por telefone:
"Ainda estamos negociando para baixar o preço. Não recebi telefonema sobre o valor final da arena", disse o diretor de marketing corintiano.
“Pela proposta da Odebrecht”, explicou a fonte, “o preço final pode subir se algum problema não previsto surgir. A empresa bancaria o empréstimo junto ao BNDES (de R$ 400 milhões), usaria o limite de R$ 420 milhões de isenção concedido pela Prefeitura e o Corinthians ainda teria de arrumar mais R$ 300 milhões para fechar a conta acima de R$ 1 bilhão”.
O Corinthians contava com a participação da Serpal para diminuir o valor das obras para algo em torno de R$ 700 milhões. O drama da engenharia financeira teve um efeito explosivo nas relações dos principais interessados na obra. O BNDES e o Banco do Brasil não aceitam o Corinthians como garantia.
Um especialista em finanças explicou que o plano de captação de dinheiro no mercado, montado pela Odebrecht, previa o funcionamento de um " fundo imobiliário de risco casado com alta rentabilidade" . As cotas desse fundo seriam vendidas no mercado e a construtora garantiria o fluxo de capital, caso o Corinthians tivesse algum problema de caixa. O pacote montado incluia, além da renda gerada pelo clube, nos próximos seis anos, a negociação dos certificados de isenção de impostos, emitidos pela Prefeitura.
"O BNDES só aceita garantias reais. Desde o primeiro encontro, era sabido que o Corinthians não teria como garantir o empréstimo", contou o especialista em finanças. "A negociação continua e o tempo também vai passando", concluiu a fonte.
A dificuldade aumenta ainda mais para o clube paulista que teria de arcar com uma dívida de R$700 milhões e a renda para isso viria da exploração comercial total da nova arena, incluindo aluguel da praçca para lançamentos de produtos de bom preço no mercado, como carros e outros bens duráveis. Mas o protocolo do BNDES é claro: "serão aceitas apenas garantias reais" e não virtuais ou futuras.
"Nada que é do Corinthians pode ser aceito como garantia. Rendas futuras, marketing, e direitos sobre o nome comercial da nova arena (naming rights) não significam nada para o sistema financeiro”, garantiu outra fonte sob a condição de seu nome ser mantido sob sigilo.
O protocolo de empréstimo do BNDES estabelece que, se a empresa contratante estiver na Bolsa de Valores com ações no primeiro mercado, a garantia real será de 100 % do valor emprestado. Se a empresa contratante não estiver na Bovespa, a garantia exigida chega a 130% do valor total da operação.
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