Uma obra feita de mar, areia e muitos milhões de dólares. Este é o The World, um arquipélago composto por mais de 300 ilhas artificiais nos moldes dos seis continentes, formando um gigantesco mapa-múndi de 232 km de costa. Exagero? Não em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde o extraordinário se torna meramente razoável.
The World, vai de vento em popa e as áreas correspondentes a São Paulo, Bahia e Brasília já foram vendidas para um grupo indiano
O projeto não é novo. Revelado em maio de 2003 pelo Sheikh Mohammed (atual primeiro-ministro e vice-presidente dos Emirados), o The World causou furor à época por levar ao extremo o conceito de construção artificial de arquipélagos. Hoje, 386 milhões de toneladas de rocha depois e a primeira fase já concluída, a obra continua a surpreender o mundo pela engenhosidade e ambição humanas, traduzidas para a realidade sob a tutela da gigante Nakheel - corporação imobiliária com 1.800 funcionários que hoje desenvolve outras obras de igual calibre, como a Palm Trilogy e o Dubai Waterfront, maior projeto de canais e ilhas já efetuado pela mão do homem.
The World, vai de vento em popa e as áreas correspondentes a São Paulo, Bahia e Brasília já foram vendidas para um grupo indiano
O projeto não é novo. Revelado em maio de 2003 pelo Sheikh Mohammed (atual primeiro-ministro e vice-presidente dos Emirados), o The World causou furor à época por levar ao extremo o conceito de construção artificial de arquipélagos. Hoje, 386 milhões de toneladas de rocha depois e a primeira fase já concluída, a obra continua a surpreender o mundo pela engenhosidade e ambição humanas, traduzidas para a realidade sob a tutela da gigante Nakheel - corporação imobiliária com 1.800 funcionários que hoje desenvolve outras obras de igual calibre, como a Palm Trilogy e o Dubai Waterfront, maior projeto de canais e ilhas já efetuado pela mão do homem.
No The World, a palavra de ordem é exclusividade. O proprietário de cada “país” poderá fazer do seu terreno um pedaço particular de paraíso, incrementando, a gosto, seja um campo de golfe, um condomínio paratoda a família, ou mesmo um castelo no estilo medieval. Os lotes dentro de cada continente estão à venda desde 2007 – o que vem atraindo uma enxurrada de endinheirados e celebridades, inclinados a disputar, no bolso, cada pedaço do ‘mundo’.
por sinal, já tem dono: o heptacampeão mundial de Fórmula 1 Michael Schumacher, presenteado pelo Sheikh com uma parte do “Ártico” – estimada em US$ 7 milhões. Especulou-se ainda que o cantor britânico Rod Stewart teria desembolsado US$ 33 milhões pelo espaço equivalente à sua terra natal, a Grã-Bretanha; boato que foi desmentido no mês passado com a compra do terreno de 11 acres por um grupo de 10 investidores irlandeses, encabeçados pelo famoso empreiteiro John O´Dolan, da O´Dolan International.(Confira outros exemplos aqui).
Localizado a 4km da costa de Dubai, esse mundo em miniatura atrai pelo paradoxo: longe da dura realidade em escala terrestre - onde a pobreza só aparece em revistas, livros e aparelhos televisivos -, o The World ao mesmo tempo mergulha nos avanços tecnológicos e se aproxima de um futuro reservado ainda a poucos mortais, como o sistema de posicionamento global para rastrear os iates dos moradores, ou mesmo os quatro hangares centrais, que, como mini-aeroportos, devem em breve encurtar as distâncias de um continente ao outro e do arquipélago até o emirado.
A um custo total estimado em US$ 14 bilhões, o arquipélago virou um dos ícones mais badalados de Dubai. Prova de tanta fama se pode sentir na procura - com mais de 70% das ilhas vendidas, o The World já anunciou suas próximas ofertas. Os preços variam entre US$ 15 milhões e US$ 50 milhões, embora um dos terrenos (ainda sem dono) esteja avaliado em inacreditáveis US$250 milhões. Para gente com tanto dinheiro, pelo visto, nem mesmo o mundo é o bastante.
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