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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Andamento do “Minha Casa, Minha Vida”: 176 mil moradias contratadas em todo o Brasil

Até o dia 30 de novembro, a Caixa Econômica Federal recebeu 2.763 propostas de empreendimentos dentro do programa “Minha Casa, Minha Vida” em todo o Brasil, o que corresponde a 567 mil moradias. Desse total, 322.300 é para o público com renda de até três salários míninos; 138 mil de 3 a 6 SM e 106,7 mil de 6 a 10 SM.

Em contratações, os números já ultrapassam 176.379 residências, num valor superior a R$ 11,17 bilhões. São 102.585 moradias para 0 a 3 SM; 56.051 3 a 6 e 17.743 para 6 a 10 SM.

No Estado de São Paulo, 588 propostas de empreendimentos com 106.151 unidades e valor de R$ 8,4 bilhões foram recebidas para avaliação. Até o momento foram contratados 33.056 imóveis correspondendo a R$ 2,1 bilhões.

Na Região Metropolitana de São Paulo, 211 propostas de empreendimentos com 42.577 unidades e valor de R$ 3,2 bilhões foram recebidas para avaliação. Até o momento foram contratadas 9.946 unidades, correspondendo a R$ 766,9 milhões.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

CPFL ENERGIA ASSINA ACORDO COM CDHU PARA IMPLANTAR AQUECEDOR SOLAR EM MAIS DE 6 MIL RESIDÊNCIAS EM SP

A CPFL Energia assinou, na segunda-feira, 14 de dezembro, um protocolo de cooperação com a Secretaria de Habitação do Estado de São de Paulo, para a implantação de aquecedores solares em mais de 6 mil unidades da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), em 14 cidades localizadas na área de concessão das distribuidoras do grupo no estado. O projeto está orçado em R$ 20,7 milhões, cuja iniciativa faz parte dos programas de Eficiência Energética da empresa. O evento marcará também a conclusão das obras de instalação dos aquecedores para mais de mil moradores da Vila Esperança, de Campinas.

O protocolo será assinado no Café Filosófico da CPFL Cultura, em Campinas, com a presença do vice-presidente de Distribuição da CPFL Energia, Hélio Viana Pereira, e do secretário de Estado da Habitação e presidente da CDHU, Lair Krähenbühl, às 12h (Rua Jorge Figueiredo Correa, 1.632). Prefeitos e representantes das cidades beneficiadas também estarão presentes.

“Por meio dessa parceria com a CDHU, a CPFL Energia terá condições de auxiliar famílias de baixo poder aquisitivo a utilizarem a energia de forma consciente, ao mesmo tempo em que viabilizará a redução do consumo desnecessário e minimizará a sobrecarga do sistema elétrico”, diz Hélio Viana Pereira, vice-presidente de Distribuição da CPFL Energia.

O acordo será totalmente custeado pela CPFL Energia e executado a partir de janeiro de 2010, com previsão de término para dezembro do mesmo ano. O principal objetivo do convênio é modernizar e tornar mais eficiente o sistema de aquecimento de água mediante a instalação de aquecedores solares como forma de reduzir o consumo por chuveiros elétricos, que representam cerca de 25% a 35% da fatura mensal de energia elétrica.

Abaixo, as cidades beneficiadas com o programa:

Cidades Unidades atendidas Cidades Unidades atendidas
S.José Rio Preto 1440 Bauru 240
Ribeirão Preto 224 Araçatuba 608
Franca 192 Itu 784
Araraquara 320 Jundiaí 368
Americana 160 Indaiatuba 664
Piracicaba 951 Sorocaba 160
Marilia 320 Santos 260
Total Geral: 6.691 unidades

Entrega do projeto da Vila Esperança, em Campinas

Com investimentos de R$ 2,86 milhões, a CPFL Paulista entregará para o prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos, a conclusão das obras de instalação dos aquecedores solares para os moradores da Vila Esperança. O bairro foi criado há 10 anos para abrigar moradores de áreas de risco da cidade e conta com 1.104 unidades habitacionais. Todas as casas foram beneficiadas e a CPFL estima uma redução de 681 MW/h por ano (daria para abastecer a cidade de Cosmópolis por dois dias).

“Franquia imobiliária profissionaliza a empresa e alavanca crescimento”

“O sistema de franquias, especialmente na área imobiliária, apresenta vantagens que, com o tempo, se tornarão essenciais para o crescimento, no mercado, de empresas do gênero”. A colocação é de Maurício Junqueira, gerente geral da Franquia Imóveis,

Na ótica do executivo, “em um ramo no qual 47% dos clientes desistem da compra de um imóvel pela falta de estrutura, ou ainda pelo mau atendimento da empresa que procura para intermediar o negócio, é decisivo utilizar ferramentas como: gestão da loja, marketing cooperado, treinamento constante, colaboração entre os membros da rede, bom atendimento, suporte, marca conhecida e, sobretudo, a adoção de procedimentos para a manutenção e o crescimento da carteira de clientes”.

O procedimento elencado por Junqueira é, em resumo, o que a Franquia Imóveis oferece aos participantes da rede.

A rede gerenciada por Junqueira foi fundada em 2007 por um grupo de empresários com experiência de 30 anos no mercado. Por ora, reúne sete unidades na capital e Grande São Paulo. Até final deste dezembro (2009), segundo Junqueira, outras cinco imobiliárias integrarão a rede de franqueados, ampliando-a para os bairros: Vila Mascote, Mooca,Tatuapé e Vila Mariana, além do avanço para São José do Rio Preto, no interior paulista.

Balanço de resultados - De acordo com Junqueira, “como resultado das visitas ao site corporativo da Franquia Imóveis, cada um de seus franqueados atendeu, em média, 800 novos interessados por mês, fechando quase 100 imóveis durante um trimestre, com faturamento superior a 25 milhões de reais”.

“Em média, um franqueado da Franquia Imóveis fatura, por mês, entre 1 milhão e 2 milhões de reais, com o valor das comissões em torno de R$ 120 mil reais , com margem de 25% para o franqueado”, enfatiza Junqueira.

O executivo diz ainda que, “com baixo investimento (cerca de R$ 75 mil), o retorno do capital investido acontece entre 12 a 24 meses”.

Estrutura - Junqueira conta que a estrutura de negócios vem da Franchising Ventures, holding especializada neste segmento, que possui participação (total ou parcial) na Franquia Imóveis e em outras nove empresas, entre elas a Livraria Nobel; o Centro Britânico; Café Donuts e Zastras Brinquedos, que somam cerca de 450 unidades no país.

“Aderindo à rede, o franqueado recebe todo o know-how e a tecnologia necessários para a operação e gestão do seu próprio negócio no ramo imobiliário”, finaliza Maurício Junqueira.

Interessados em outras informações podem obtê-las em:
www.franquiaimoveis.com.br

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

EQUITY INTERNATIONAL INVESTE NA LÍDER DO MERCADO BRASILEIRO DE PRODUTOS FINANCEIRO-IMOBILIÁRIOS

A Brazilian Finance & Real Estate (BFRE), líder do mercado brasileiro de produtos financeiro-imobiliários, anunciou hoje o investimento de 8,5% em seu capital por parte da Equity International (EI), empresa americana focada em investimentos no setor imobiliário fora dos Estados Unidos. O acordo entre as empresas prevê que a EI tem a opção de adquirir uma participação adicional de 12,2% na BFRE, que é a holding controladora da Brazilian Mortgages, BM Sua Casa, Brazilian Securities e Brazilian Capital. Com esta operação, a EI se torna um parceiro estratégico da Ourinvest Real Estate e da administradora de fundos TPG-Axon na BFRE.

Desde a sua criação, em 1998, a BFRE tornou-se pioneira no setor financeiro-imobiliário brasileiro. Através de suas controladas, como BM Sua Casa - que atua no segmento de crédito habitacional em 17 estados brasileiros e é pioneira na oferta de crédito imobiliário com prazo de 30 anos no País - e Brazilian Capital, que através de um dos fundos sob sua gestão adquiriu neste ano o controle do Edifício Torre Eldorado, em São Paulo, e do Edifício Torre Almirante, no Rio de Janeiro, a companhia construiu um histórico de tradição, liderança e inovação no mercado local.

A Equity International, fundada em 1999 por Sam Zell e Gary Garrabrant, é conhecida como um dos principais investidores internacionais no setor. A companhia tem presença global e seus investimentos no Brasil cobrem todos os segmentos do setor imobiliário, incluindo imóveis voltados para a classe média e para a parcela da população que busca adquirir o primeiro imóvel, imóveis comerciais, corporativos e industriais, logística e centros de distribuição. O investimento na BFRE marca a entrada da EI no setor financeiro-imobiliário do Brasil. “Estamos orgulhosos por ter a Equity International como nosso parceiro estratégico”, disse Fábio Nogueira, diretor da BFRE. “Além de sua experiência no setor imobiliário e financeiro, a EI facilitará nosso acesso a fontes internacionais de recursos e ao mercado de capitais, o que trará um imenso valor para nossa organização.”

O rápido crescimento do setor imobiliário brasileiro, junto com a expansão do crédito e a queda das taxas de juros, indica que as oportunidades de desenvolvimento do setor financeiro-imobiliário no País são grandes no curto e no médio prazos. “Consideramos nosso investimento na BFRE uma decorrência natural de nosso interesse no dinâmico mercado imobiliário brasileiro”, disse Gary Garrabrant, CEO da Equity International. “Acompanhamos o desenvolvimento da BFRE nos últimos 10 anos e estamos otimistas ao nos associarmos ao fundo internacional TPG-Axon e aos parceiros locais de primeira linha responsáveis pela criação e consolidação da empresa líder do setor financeiro-imobiliário no Brasil.”

Em setembro de 2009, a BFRE tinha um patrimônio líquido consolidado de R$ 491,4 milhões, ativos totais de R$ 1,4 bilhão e uma carteira de financiamentos de R$ 506 milhões concedidos pela Brazilian Mortgages para a construção de edifícios e também para as famílias adquirirem a casa própria. No mesmo período, a companhia havia estruturado Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) - dentre os quais os dos Shoppings Patio Higienópolis, Floripa Shopping, West Plaza e Parque Dom Pedro - com ativos superiores a R$ 4,4 bilhões, emitido R$ 3,3 bilhões em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) através da Brazilian Securities - líder do segmento de recebíveis residenciais - e administrava R$ 2,2 bilhões em fundos sob gestão da Brazilian Capital.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

COPA DO MUNDO 2014 E OLIMPÍADAS 2016 NO BRASIL MOVIMENTAM A CONSTRUÇÃO CIVIL

A proximidade dos eventos e as carências em infra-estrutura, que terão que ser supridas até a data dos jogos, prometem fazer da construção civil o motor da economia nos próximos cinco anos. Tecnologia construtiva que racionaliza tempo, Paredes Duplas, moderniza o setor e diminui tempo da obra

Definidas as 12 cidades que irão receber os jogos da Copa do Mundo e estimadas as cifras bilionárias dos projetos públicos para hospedar o Mundial e as Olimpíadas, o setor da construção civil tem todos os motivos para estar bastante otimista. De acordo com o governo federal e a Secretaria da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, respectivamente, a previsão é de que a Copa movimente cerca de R$ 60 bilhões e que os Jogos Olímpicos gere R$ 20 bilhões em investimentos.
Além da necessidade de melhorias na rede de transportes, as redes hoteleira, de energia elétrica e de comunicação terão que ser ampliadas para suportar os visitantes e não entrarem em colapso durante os eventos. Também haverá necessidade de reformas e a construção de novos locais para a realização das competições. Para as Olimpíadas, a demanda é de pelo menos 20 mil acomodações, segundo exigência do Comitê Olímpico Internacional (COB), que requer 43 mil quartos - a cidade do Rio conta com 23 mil atualmente.
O prazo estreito animou o setor da construção, especialmente os segmentos de pré-fabricados, que esperam aumentar as vendas. Os sistemas construtivos automatizados são o carro-chefe em cronogramas rígidos. Para Fabio Casagrande, engenheiro-diretor da Sudeste®, empresa especialista em Paredes Duplas, o momento é ideal para intensificar a competitividade e a produtividade do setor, estimulando a industrialização da construção civil. “Obras de grande porte requerem padronização e escala. Além do mais, o tempo é restrito para o sistema construtivo artesanal”.
O uso das Paredes Duplas dispensa acabamentos, como a massa fina, e reduz o tempo de construção pela metade. O sistema é todo automatizado e permite a projeção de peças 100% customizadas, com saídas para encanamento, instalações elétricas, portas e janelas.

Diante da escassez de tempo, a alternativa de um sistema lógico frente ao artesanal, com economia de materiais e agilidade de construção, pode ser a “deixa” para a modernização do setor da construção civil brasileiro.
Paredes Duplas Sudeste®
As paredes são desenhadas em uma fôrma por um sistema a laser, de forma automatizada, que permite a projeção de peças 100% personalizadas. Cada peça (parede ou laje) pode ter até 13,30 m x 3,20 m de comprimento e 37 cm de espessura e todas dispensam acabamentos, como massa fina.

Mais sobre a Sudeste
Presente no mercado da construção industrializada, de pré-fabricados, a Sudeste® traz, com exclusividade, o método construtivo das paredes duplas, uma tecnologia automatizada que está revolucionando a construção civil na Europa e Estados Unidos. As Paredes Duplas Sudeste® representam o que há de mais moderno e tecnológico na área de construção. Em uma planta de 50 mil m², na cidade de Nova Odessa, Região Metropolitana de Campinas, São Paulo, a primeira fábrica da América Latina das Paredes Duplas Sudeste® é totalmente controlada por tecnologia de ponta e programas de automação.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Em escala nacional, FGV medirá rentabilidade do mercado de imóveis

A Fundação Getúlio Vargas está elaborando a metodologia do Índice Brasileiro de Rentabilidade Imobiliária (Ibri), ferramenta que medirá o rendimento dos investimentos em imóveis, com abrangência nacional.

A metodologia, em fase piloto, foi apresentada pela FGV em painel que reuniu representantes de diferentes segmentos do mercado, incluindo a construção civil, representada por Sergio Watanabe, presidente do Sinduscon/SP, um dos debatedores no workshop, organizado também pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada (Abrapp).

Com a aplicação do Ibri, informa o Sinduscon, será possível comparar a rentabilidade do segmento imóveis em relação a outros ativos - a exemplo de determinada carteira de um fundo, e ao mercado como um todo.

Palestrando no workshop que apresentou o piloto do Ibri, o professor da FGV, Fernando Garcia, apresentou os cenários da Fundação para o longo prazo, projetando os períodos: 2009/2016 e 2016/2030. Entre os principais indicadores projetados, figuraram o crescimento econômico e os investimentos em imóveis, a renda de aluguéis e o retorno dos investimentos imobiliários.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

SFH. CONTRATO DE GAVETA

Precedente citado: REsp 783.389-RO, DJe 30/10/2008.
REsp 1.102.757-CE, Rel. Min. Massami Uyeda, julgado em 24/11/2009.

In casu, o ora recorrido ajuizou ação ordinária em face da ora recorrente, objetivando o reconhecimento do direito de transferir para seu nome, na qualidade de mutuário do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), o imóvel que adquiriu por meio de contrato de cessão de direitos e obrigações (contrato de gaveta) firmado com o mutuário originário, além da revisão das prestações pagas e do saldo devedor.

A ação foi julgada improcedente em primeiro grau, decisum que foi reformado na apelação. No REsp, a instituição financeira recorrente sustenta a violação de dispositivos de lei federal, na medida em que reconheceu a legitimidade ativa ad causam do recorrido, terceiro interessado, que celebrou contrato de cessão de direitos com o mutuário originário do contrato de financiamento habitacional, porém sem sua intervenção.

Nessa instância especial, entendeu-se que, a despeito de o recorrido atender o requisito legal temporal para a possível regularização, a transferência não pode ocorrer de forma automática, isso porque a cessão do mútuo hipotecário não pode dar-se contra a vontade do agente financeiro; a concordância desse depende de requerimento instruído pela prova de que, efetivamente, o cessionário atende às exigências do SFH.

Ressaltou-se que a Lei n. 8.004/1990 foi editada justamente para disciplinar essas transferências e, assim, não se revela coerente a inexigibilidade da anuência do agente financeiro na relação negocial firmada entre as partes, dispensando-se a qualificação do cessionário, segundo os critérios legais que regem o SFH que, a rigor, são exigidos do mutuário originário. Ademais, na hipótese, não se trata de prejudicar o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, porque não há, na legislação pertinente, qualquer disposição que impeça o mutuário de alienar o imóvel antes de quitar o mútuo, porquanto a lei apenas disciplina a forma de regularizar os contratos de cessão de direitos e obrigações enquanto persistir a dívida.

Assim, há que se reconhecer a ilegitimidade ativa do recorrido para buscar, em juízo, a transferência compulsória da titularidade do contrato de financiamento. Com esses fundamentos, a Turma deu provimento ao recurso.


Agressão entre condôminos não é de responsabilidade do condomínio

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o condomínio não responde pelos danos morais sofridos, em suas áreas comuns, por condômino, decorrente de lesão corporal provocada por outro condômino. A exceção acontece se o dever jurídico de agir e impedir a ocorrência do resultado estiver previsto na respectiva convenção condominial.

No caso, o condômino agredido ajuizou ação de compensação por danos morais contra o Condomínio do Edifício Morada do Sol, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), e o condômino agressor. No pedido inicial, ele alegou que, ao estacionar seu veículo na garagem do condomínio, foi agredido porque se recusou a oferecer transporte ao outro.

Em primeira instância, o pedido foi julgado improcedente. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, ao julgar a apelação, reconheceu a existência dos danos morais e a responsabilidade do condomínio por falha na prestação do serviço.

No STJ, o condomínio sustentou que o fato de ter vigilantes não caracteriza o dever de evitar o resultado de atos ilícitos. Já o agressor alegou que a existência da transação penal não implica em reconhecimento de culpa.

Ao decidir, a relatora, ministra Nancy Andrighi, destacou que a jurisprudência consolidada pela Segunda Seção do STJ, em matéria de responsabilidade civil dos condomínios por fatos ilícitos ocorridos nas áreas comuns do prédio, é no sentido de não reconhecer o dever de indenizar, salvo se, por intermédio da convenção condominial, os condôminos acordaram em socializar o prejuízo sofrido por um deles.

Segundo a ministra, muito embora o condomínio não tenha invocado a isenção de responsabilidade decorrente de convenção condominial, não se verifica sua conduta ilícita no evento que resultou lesões corporais no condômino. “Com efeito, o fato de haver vigilância nas áreas comuns, não implica em assunção de responsabilidade pela ocorrência de atos ilícitos praticados pelos seus condôminos”, afirmou.

Quanto ao recurso do agressor, não foi possível a análise da alegada divergência do acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro com julgados de outros Tribunais, porque o recorrente não demonstrou a similitude fática entre as hipóteses, elemento indispensável para a demonstração do dissídio jurisprudencial.

sábado, 5 de dezembro de 2009

LSF: “casas prontas em 45 dias, com custo até seis vezes menor”

Em janeiro próximo, após implantar as fundações, o Escritório de Arquitetura Santini & Rocha antecipa que construirá duas casas em 45 dias, utilizando o método Light Steel Frame (LSF), pouco difundido no Brasil. Em fase de projeto, as unidades serão construídas no município Xangri-lá, no litoral norte gaúcho.

De acordo com o arquiteto Vicente Brandão e Silva, um dos responsáveis pelos projetos que serão implantados por Santini & Rocha em Xangri-lá, “o sistema LSF (estruturas em aço leve) reduz em até seis vezes os custos e os prazos construtivos”.

“A previsão de duração desta obra, se fosse realizada num projeto de construção padrão, em alvenaria e concreto, duraria cerca de seis meses. As residências serão erguidas com estrutura metálica, sistema desenvolvido nos Estados Unidos, onde é utilizado em larga escala pela construção civil, há mais de um século”, diz Brandão e Silva.

O arquiteto aponta os diferenciais do sistema LSF, em relação à construção tradicional: "Não existe margem para o ajuste na obra, para o jeitinho, para a improvisação. O trabalho é regido pelo projeto, pela programação e compatibilização de todos os componentes que irão interagir para viabilizar a obra. O projeto funciona como base para uma série de elementos pré-fabricados, montados industrialmente, diminuindo o tempo de trabalho no canteiro e gerando aumento da velocidade do trabalho e o custo final", garante.

O arquiteto da Santini & Rocha diz que o LSF traz outras vantagens: "Todo este processo tem como objetivo final uma maior produtividade, menor desperdício e, acima de tudo, agregar tecnologia e ciência ao combate do enorme déficit habitacional no Brasil”.

Silva acrescenta que a estrutura em aço leve “tem durabilidade maior e resiste melhor à maresia do litoral. Suporta bem fortes ventos, proporciona uma acústica excelente e traz um ambiente agradável para as temperaturas extremas, tanto no verão quanto no inverno", conclui o arquiteto. Sediado há mais de três décadas na capital gaúcha e nacionalmente premiado, o Escritório Santini & Rocha, dirigido pelos arquitetos Henrique Rocha e Cícero Santini tem extenso portfólio de projetos, incluindo museus, estádios e indústrias. Endereço eletrônico:
www.santinierocha.com.br

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

STJ - Obrigação de pagamento de condomínio começa com o recebimento das chaves

A efetiva posse do imóvel, com a entrega das chaves, define o momento a partir do qual surge, para o condômino, a obrigação de efetuar o pagamento das despesas condominiais. Com esse entendimento, a Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu o pedido de um condômino para não pagar duas cotas condominiais relativas aos dois meses anteriores ao recebimento das chaves por ele.

No caso, o condomínio promoveu uma ação de cobrança objetivando receber despesas condominiais relativas aos meses de agosto e setembro de 1998, uma vez que o condômino seria o proprietário de uma unidade autônoma. Ocorre que ele só obteve a posse do imóvel em 4/10/1998, momento em que recebeu as chaves.

Assim, o condômino alegou junto ao STJ que a responsabilidade pelo pagamento dos encargos condominiais é de quem tem a posse, o uso e gozo do imóvel, independentemente do registro do título de propriedade no registro de imóveis, ou seja, “a posse é o elemento definidor da responsabilidade pelo pagamento das cotas condominiais”.

Ao decidir, o relator, ministro Luís Felipe Salomão, afirmou que, tendo em vista a data de entrega das chaves – 4/10/1998 - e que a partir de então o titular do imóvel passou a honrar com a sua cota das despesas do condômino, não há que se falar em cobrança relativa aos meses anteriores à efetiva posse do imóvel.

Caixa bate recorde no crédito imobiliário com R$ 39 bi no ano

O financiamento habitacional da Caixa Econômica Federal bateu novo recorde ao emprestar R$ 39,3 bilhões neste ano até novembro, quase o dobro (93%) do registrado no mesmo período em 2008, beneficiando 756.507 famílias, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela instituição financeira.

Os empréstimos com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) registraram crescimento de 46%, chegando a R$ 14,9 bilhões no período, valor suficiente para atender 245.229 famílias.

Já com recursos próprios foram contabilizados 412.327 contratos, totalizando R$ 20,3 bilhões, com expansão de 134% e 119%, respectivamente.

No Estado de São Paulo, 150.634 unidades foram financiadas pela Caixa até novembro, superando os R$ 10 bilhões, ante R$ 6,54 bilhões em todo o ano passado.

O programa Minha Casa, Minha Vida recebeu em todo o país, até o último dia 30, 2.763 propostas de empreendimentos com 567 mil moradias. Desse total, 322.300 imóveis são para famílias com renda de até três salários mínimos.

A meta do programa federal é construir um milhão de moradias para famílias com renda de até dez salários mínimos, sendo 400 mil para a faixa que recebe até três salários mínimos e concentra a maior parte do deficit habitacional do país.

Fonte: Folha Online

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Governo de Dubai não garante dívida da Dubai World, e credores serão afetados

O governo de Dubai não vai garantir a dívida da Dubai World, e os credores serão afetados no curto prazo pela reestruturação do conglomerado, disse o diretor-geral do departamento de Finanças do emirado nesta segunda-feira.

Abdulrahman al-Saleh acrescentou que a reação do mercado ao anúncio, feito semana passada, sobre os problemas de dívida do Dubai World foi exagerada e não é condizente com a realidade.

"Eu acho que os bancos não estão em uma posição em que necessitem mais liquidez extra do banco central", disse ele à TV Dubai.

"Os credores precisam tomar parte da responsabilidade pela decisão de emprestar às empresas. Eles acham que o Dubai World é parte do governo, o que não é correto."
Fonte: Reuters

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Dubai tem investimento de empresas e celebridades; entenda a moratória

Os principais países afetados pela recente crise econômica passaram por um novo susto com o anúncio de que a Dubai World, o braço de investimentos do emirado de Dubai --um dos sete que compõem os EAU (Emirados Árabes Unidos)--, vai adiar por seis meses o pagamento de dívidas.

As dívidas da Dubai World totalizam US$ 59 bilhões; o adiamento solicitado deixa o pagamento para maio de 2010. O pedido de prazo também se aplica para as dívidas da Nakheel, uma companhia do setor imobiliário e subsidiária da Dubai World.

A dívida total de Dubai está estimada em US$ 80 bilhões em 2008, entre eles US$ 70 bilhões correspondentes a companhias públicas. O emirado deve pagar US$ 13 bilhões em 2010 e US$ 19,5 bilhões em 2011.

No últimos anos, Dubai elaborou planos ambiciosos para o setor imobiliário na expectativa de se tornar um polo turístico no Oriente Médio. A crise global, no entanto, afetou todos os setores de Dubai, onde depois de seis anos de rápido crescimento, a economia despencou desde meados de 2008 e o mercado imobiliário foi fortemente atingido, com queda nos preços dos imóveis.

Os mercados financeiros foram afetados pelo anúncio, mas não foram os únicos: o jogador de futebol David Beckham, hoje no Los Angeles Galaxy, e o ator Brad Pitt estariam entre as celebridades com investimentos ligados ao setor imobiliário de Dubai, segundo o diário "Times of India".

Projetos e construções

O Emirado de Dubai construiu seu sucesso em vários projetos imobiliários e turísticos. Entre eles está Burj Dubai, que deve ser inaugurada no dia 4 de janeiro. Trata-se da torre mais alta do mundo, com mais de 800 metros.

A torre de 160 andares, em construção desde 2004 por um custo avaliado em US$ 1 bilhão, constitui o elemento central de um gigantesco projeto de novo bairro de US$ 20 bilhões, o Downtown Burj Dubai, que inclui o Dubai Mall, o maior shopping center do mundo, segundo seus promotores.

No segundo semestre de 2008, o Emirado, cujas ambições pareciam então sem limite, anunciava novos projetos gigantescos, entre eles uma nova cidade, Jumeirah Gardens, de quase US$ 90 bilhões, e uma torre de 1 km de altura, a Nakheel Harbour and Tower, em torno de um centro empresarial de US$ 28 bilhões.

O Emirado também lançou a construção de três ilhas artificiais em forma de palmeira.

A única já terminada, Palm Jumeirah, tem milhares de apartamentos, mansões e hoteis de luxo, entre os quais o Atlantis-The Palm. Desde sua inauguração, em novembro de 2008, o estabelecimento de mais de 1.500 quartos se tornou uma atração turística, da mesma forma que o famoso Burj Al Arab, em forma de vela, apresentado como o único hotel sete estrelas do mundo.

Outro projeto é o The World, um conjunto de 300 ilhas artificiais ao largo de Dubai.

A inauguração de Dubailand --uma Disney em grande escala orçada em US$ 64 bilhões-- também foi adiada. O Dubai Festival City tem 20 mil apartamentos, 50 mil escritórios, 3.500 quartos de hotel, 100 restaurantes e dois shopping centers.

Dubai também tem o Mall of Emirates, inaugurado em 2005 e famoso por contar com a maior pista de esqui coberta do mundo, a Ski Dubai. O Mall of Arabia, apresentado como o maior shopping center do mundo com cerca de um milhão de metros quadrados, deve ser inaugurado em 2016.

Dubai

Dubai é o segundo emirado mais populoso dos EAU formado em 1971 e o segundo maior, com 3.900 quilômetros quadrados.

O emirado foi um porto importante para a região no início do século 20. Em 1966 foi descoberta a reserva petrolífera de Fateh, a cerca de 75 quilômetros a leste de Dubai. As reservas de petróleo de Dubai, no entanto, correspondem a cerca de apenas 5% das reservas do emirado vizinho, Abu Dhabi.

EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA

Dois operários ficaram presos ao cinto de segurança, depois da queda de um andaime em Florianópolis, nesta sexta-feira. Eles trabalhavam na construção de um prédio no bairro Trindade. Segundo o jornal "Diário Catarinense", os trabalhadores conseguiram se agarrar a uma janela e alguns colegas que estavam dentro do prédio abriram o vidro para que os dois entrassem. Eles se salvaram da queda de uma altura de cerca de 15 metros

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Construtoras do País São as Mais Lucrativas

O setor de construção civil vive realmente seu auge, depois da preocupação com a crise econômica mundial, que poderia ter afetado os negócios das empresas do ramo, mas que saíram ilesas do período de turbulência, tanto que se destacaram em termos de lucratividade, prova o ranking da Economatica, que aponta o Brasil com 12 das 20 construtoras de capital aberto mais lucrativas da América Latina e Estados Unidos, neste terceiro trimestre do ano. Quem lidera a pesquisa é a empresa brasileira Cyrela Realty, que teve lucro líquido de US$ 148,531 milhões no período.

Em 2º lugar vem a americana NVR, com US$ 72,127 milhões. As outras brasileiras da lista são PDG Realty (US$ 63,942 milhões), Agra Incorporadora, MRV, Gafisa, Rossi Residencial, Brookfield, Even, Eztec, Inpar, Tecnisa e Direcional.

Uma das que figura na listagem, a incorporadora e construtora InPar anunciou a entrega do Prime Medical Center, um complexo médico-hospitalar de 17 andares com mais de 20 mil metros quadrados de área, no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo. Segundo Álvaro Simões, presidente da InPar, é o primeiro empreendimento hospitalar da companhia, com aporte de R$ 60 milhões. Oito andares serão ocupados pelo Hospital Sírio-Libanês, que terá Unidade Avançada com atendimento previsto para 2010.

Ainda na área de grandes imóveis, ontem a Herzog Imóveis Comerciais e Industriais anunciou ter sido escolhida para vender o imóvel localizado em Boituva (SP), da Henkel, de adesivos, selantes, tratamento de superfícies e cosmética capilar. A empresa diz que o imóvel tem mais de 47 mil m².

Cyrela é Construtora que Mais Lucra na América Latina e EUA

A construtora e incorporadora Cyrela Realty é a empresa mais lucrativa do setor entre as companhias semelhantes da América Latina e Estados Unidos, de acordo com levantamento da consultoria Economática.

Para a pesquisa, que considera somente as empresas de capital, a Economática listou as companhias de construção de edifícios residenciais e de empreendimentos imobiliários e destacou as 20 mais lucrativas no terceiro trimestre de 2009.

A Cyrela registrou lucro de US$ 148,5 milhões. Em seguida vem a NVR (US$ 72,1 milhões), dos EUA. Entre as 20 mais lucrativas, há 12 empresas brasileiras, quatro mexicanas, três americanas e uma peruana.

Na análise da margem liquida das 20 mais lucrativas, a Agra Incorporadora tem o melhor desempenho, com 62,54%. As oito primeiras da lista são brasileiras.

A Economática informou que, para calcular os lucros em dólares, foram divididos os resultados do trimestre pelo dólar de 30 de setembro. No Brasil foi utilizada a cotação do dólar para venda.

Folha de São Paulo

Câmara de SP aprova em 1º turno aumento de 60% do IPTU proposto por Kassab

Os vereadores de São Paulo aprovaram nesta quarta-feira (25), em primeiro turno, o projeto de lei do prefeito Gilberto Kassab que aumenta em até 60% do valor do IPTU (Imposto Predial Territoral Urbano) a partir de 2010. Alterações no texto e inclusão de emendas só poderão ser aprovadas em segunda votação, sem data prevista.

Foram 36 votos a favor, 17 contra e uma abstenção. Se aprovado em segundo turno - o que deverá ocorrer, já que a maioria dos vereadores compõe a base governista -, o texto voltará para o gabinete do prefeito para sanção. Cerca de 1,7 milhão de residências e unidades comerciais sofrerão aumento, caso o projeto original seja aprovado.

O IPTU é calculado com base no valor venal de cada imóvel. Para obter esse dado é necessário considerar diversas variáveis, como o valor do metro quadrado na quadra em que está o imóvel, a finalidade do imóvel - se é residencial, comercial, estacionamento, entre outros -, o tamanho e o padrão da construção, a idade, a largura e a profundidade do terreno, o número de pavimentos, entre outros fatores.

Em seu projeto, Kassab propôs a correção de dois valores determinantes no cálculo do IPTU: o valor do metro quadrado do terreno e os valores aplicados para o metro quadrado construído. Para atualizar os valores do metro quadrado dos terrenos, o prefeito atualizou a Planta Genérica de Valores (PGV), que contém o preço do metro quadrado de quase todos os quarteirões de São Paulo (exceto em alguns bairros da periferia extrema).

Desde 2001, quando houve a última correção, os valores da PGV foram reajustados anualmente com base na inflação. Kassab argumenta que foi necessário fazer a correção porque os valores do metro quadrado que atualmente são considerados para o cálculo do IPTU estão desatualizados.

A oposição na Câmara quer fazer mudanças nas alíquotas do imposto para que a prefeitura não tenha aumento na arrecadação por meio do aumento IPTU. Já a base governista pretende somente fazer mudanças pontuais nos valores da PGV.

Metro quadrado valorizado
O valor do metro quadrado valorizou mais em bairros afastados que passaram por alguma melhoria de infraestrutura ou em regiões centrais revitalizadas. Na rua Lagoa da Tocha, no Grajaú, extremo sul da capital, o metro quadrado valorizou 1.076%, saltando de R$ 16,83 em 2001 para R$ 198 neste ano, segundo a avaliação da prefeitura. Foi inaugurada na região, em abril de 2008, a estação Grajaú da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos)

Na avenida Nazaré, no Ipiranga, que fica próximo da estação de metrô Alto do Ipiranga, inaugurada em junho de 2007, o metro quadrado valorizou, em média, 130% (de R$ 320 para R$ 700). O crescimento médio do metro quadrado na avenida Paulista, o mais caro da capital, foi de 50%, passando, em média, de R$ 6.000 para R$ 9.000. Já na rua Barão de Ladário, no Brás, a valorização foi de 688% (de R$ 202 para R$ 1.594).

Valor de construção
Já a proposta da prefeitura de alteração do metro quadrado construído baseia-se na atualização da tabela que contém os preços do metro quadrado por tipo de construção. Quanto mais luxuosa for a construção, maior é o valor do metro quadrado na tabela. Nessa tabela, o valor do metro quadrado é maior em imóveis comerciais, em comparação com residenciais, e em imóveis verticais, se comparados aos horizontais

Em média, o metro quadrado construído de imóveis residenciais será reajustado em 20% em relação aos valores do ano passado. Para os imóveis comerciais, o reajuste ficará em torno de 15% e 20%. Quanto mais valorizado o imóvel, menor será o reajuste.

Além disso, no projeto de Kassab, foi criada uma nova categoria para abrigar imóveis muito luxuosos, tanto comerciais, quanto residenciais. A proposta estabelece ainda "travas" que limitam o aumento a 60% em imóveis comerciais ou terrenos sem construção e em 40% a imóveis residenciais.

Isenções
A proposta da prefeitura elevou o limite de isenção de imóveis construídos de baixo padrão. Pelo projeto, imóveis em construção com valor venal de até R$ 37 mil não estão sujeitos ao pagamento do IPTU. Atualmente, a isenção vale para imóveis de até R$ 24.496. Em residências prontas, a isenção, atualmente para imóveis até R$ 61.240, será estendida para imóveis avaliados em até R$ 92,5 mil.

Hoje, os imóveis avaliados entre R$ 61.240 e R$ 122.480 recebem um desconto de R$ 24.496 no valor a ser considerado no cálculo do IPTU. O projeto da prefeitura aumenta o desconto para R$ 37 mil em imóveis entre R$ 92,5 mil e R$ 185 mil.

De acordo com a Secretaria de Finanças, o número de isenções aumentará de 861 mil para 1,04 milhão e de descontos de 398 mil para 478 mil. Ainda assim, a arrecadação da prefeitura com o IPTU deverá subir, caso a nova proposta seja aprovada, de R$ 3,2 milhões em 2009 para R$ 3,94 milhões em 2010 (crescimento de 18,8%), segundo dados da secretaria.

Fonte: Uol Notícias

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

"Vim para ficar pelo menos 40 anos"

Em sua primeira entrevista a uma publicação brasileira, o polêmico empreendedor espanhol Enrique Bañuelos fala sobre seus planos de investimento de longo prazo no Brasil e se defende das acusações de que teria sido o responsável pelo estouro da bolha imobiliária da Espanha

Por que o senhor escolheu o Brasil para investir?
Faz três ou quatro anos que analiso o Brasil. Acho que é preciso primeiro estudar o local e conhecer suas particularidades. No ano passado consideramos que havia uma oportunidade magnífica. A crise foi um complemento que ajudou a reduzir preços, mas eu investiria aqui de qualquer forma. A grande virtude do Brasil é seu mercado, uma população de quase 200 milhões de habitantes predominantemente urbana, um ótimo capital humano e boas companhias. Além disso, há estabilidade econômica e política e não há nenhum tipo de conflito religioso ou nacionalista. Acho que isso tudo faz do Brasil, hoje, o país mais importante do mundo para os negócios, onde existem mais oportunidades.

Quais são seus planos para o mercado brasileiro?
Sempre começo os negócios em um país pelo mercado imobiliário, no qual tenho mais experiência. Pelo setor de imóveis é possível conhecer a economia, seu sistema financeiro, as autoridades e as necessidades da população. Depois disso, partimos para outros negócios, mas sempre com um parceiro local. Os mercados são muito diferentes em cada parte do mundo, por isso é importante encontrar a pessoa certa. Demos sorte de a Agra estar em busca de um parceiro também. Então, pude entregar a eles uma estratégia, aportar capital e fazer alianças internacionais com parceiros estrangeiros que conheço há tempos. No ano que vem queremos estar entre as três primeiras do mercado.

Quais são seus próximos alvos?
A Veremonte Participações, minha empresa de investimentos no Brasil, acaba de assinar um acordo com o grupo francês Accor para o desenvolvimento de 4 880 quartos de hotéis. Serão hotéis urbanos e econômicos que levarão as bandeiras Ibis e Formule 1. Além disso, fechamos uma parceria com o grupo Jumeirah, dos Emirados Árabes, para construir 1 000 quartos de hotel de cinco e seis estrelas no Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos. O Jumeirah é proprietário, entre outros, do Burj al Arab, de Dubai. Com isso, a Veremonte se tornará dona do maior grupo hoteleiro do país.

Em quais outras áreas de negócios o senhor tem interesse?
Vamos investir em shopping centers, alimentação, energia, infraestrutura, meio ambiente e financiamento imobiliário. Já estamos negociando a entrada no setor de saúde, com o aporte de muito dinheiro, mas ainda não posso dar mais detalhes sobre isso. Vamos investir 2 bilhões de reais em 2010 no Brasil.

O senhor não faz parte da diretoria executiva e do conselho de administração da Agre. Por quê?
Tenho investimentos em muitas áreas de negócios em diversos países. Se tivesse de controlar tudo, não controlaria absolutamente nada. Acredito que a gestão tem de ser local. Da minha parte trago, além do capital, o conhecimento e a experiência internacional que adquiri ao longo dos anos. Ajudo a traçar a estratégia, a analisar possíveis alvos de aquisição. Quero ajudar a empresa a consolidar outras companhias do setor e fazer com que ela dure muito tempo. Não me interessa ser apenas um investidor institucional. Colocar dinheiro em um negócio e, depois de 24 meses, recolher os benefícios é muito chato.

Sua incorporadora espanhola, a Astroc, transformou-se na grande responsável pelo estouro da bolha imobiliária da Espanha. Por quê?
Em dez anos transformei minha pequena empresa em uma companhia privada importante de Valência. Em 2005 ela já valia 1 bilhão de dólares e tinha participações no banco Sabadell e na empresa de energia Union Fenosa. Era uma empresa regional importante, 100% privada. Mas eu queria uma companhia nacional. Decidi abrir o capital. Não por dinheiro. O que minha empresa valia era mais do que eu precisava. Queria crescer. O IPO que fiz foi todo secundário, porque não precisava de dinheiro para investir na companhia, e apenas investidores institucionais compraram as ações --- investidores que tinham toda a informação para fazer o que estavam fazendo. Minha desgraça foi o êxito da empresa. As ações subiram 1 000%. Fiquei assustado porque, claramente, o valor delas era irreal. Passei a vender mais ações na tentativa de segurar o preço. Por um acordo com o órgão regulador local, eu poderia vender 49% dos papéis da empresa. Não foi suficiente. As ações tornaram-se alvo de especuladores e passaram a cair muito. Mas é importante dizer que quem comprou as ações a 9 dólares, no IPO, e quis vendê-las quando estavam valendo 90, ganhou muito dinheiro.

Há acusações de fraudes nesse processo. O senhor comprou imóveis da Astroc por meio de outra empresa sua para valorizar as ações da incorporadora...
Quando há uma crise, quem perde dinheiro tenta encontrar problemas e culpados. Eu fui mais investigado do que um óvni. Fizeram uma radiografia completa minha e dos meus negócios. Não existe nenhum documento que diga que fiz algo errado. Tenho uma declaração do Instituto de Contabilidade, Auditoria e Contas espanhol que atesta que minha administração foi totalmente correta. O que aconteceu foi o seguinte. Tenho uma fundação, também chamada Astroc. Quando a incorporadora era privada, tudo ficava junto. Tenho dois palácios e um castelo na Espanha usados pela fundação, que pagava à incorporadora um aluguel irrisório. Quando decidi abrir o capital na bolsa de valo-res, esses imóveis permaneceram na empresa, mas a CVM local me disse que eu não poderia manter a fundação dentro de uma companhia aberta. Isso tudo está no prospecto do IPO. Os imóveis permaneceram na Astroc, já não havia mais tempo para retirálos. Depois do IPO, comprei esses palácios e o castelo, por um valor alto, para entregá-los à fundação. Esse é o meu "crime".

Qual sua situação hoje na Justiça espanhola?
Existe apenas um processo aberto contra mim, por um advogado que já fez o mesmo com outras empresas. O processo foi analisado pelo juiz Baltazar Garzón (o mesmo que mandou prender o ex-ditador chileno Augusto Pinochet) e arquivado depois de três dias. O advogado recorreu e ele foi reaberto. Não foi julgado e nunca fui condenado. Não há nenhum processo aberto por órgãos de governo, por associações de defesa do consumidor, do mercado acionário.

Algumas pessoas dizem que o senhor se afastou da gestão e do conselho de suas empresas no Brasil e fora daqui para facilitar as negociações com bancos e ter acesso a crédito. É verdade?
De forma alguma. Os bancos conhecem nosso grupo perfeitamente e não têm desconfiança nenhuma. Conversei com todos. Mas houve muita fofoca. Muita gente na Espanha se incomodou em ver um homem se tornar um dos 100 mais ricos do mundo tendo saído de uma família pobre. Quando os problemas aconteceram, fui muito atacado. Mas não nos falta crédito. Tenho parceiros importantes em bancos, fundos de investimento, companhias abertas e family offices.

O senhor tem planos de vender suas participações em empresas brasileiras no futuro?
Não. Vim para ficar, tenho planos de longo prazo, de pelo menos 40 anos. Uma prova disso é que a Veremonte Participações é uma empresa 100% brasileira, que paga seus impostos aqui e investe aqui. Comprei um apartamento aqui porque vou passar muitos dias por ano no Brasil. E vou abrir a Fundação Veremonte. Quero que uma parte dos lucros que minha companhia gerar no Brasil se transforme em benefício para a população.

Como o senhor vê o mercado imobiliário brasileiro e seus concorrentes?
O mercado vive um momento muito bom. Há uma grande oportunidade, as pessoas querem comprar casas e o crédito para o setor está aumentando. Vejo ótimas empresas no setor. O senhor João Rossi, da Rossi Incorporadora, é um príncipe imobiliário a quem admiro muito. Também tenho muito respeito pela Cyrela. É um modelo de êxito dos anos 80 e 90 e acho que um dia deveria haver uma cátedra universitária em nome do senhor Elie Horn. Se isso acontecer, nós vamos apoiar. O senhor perdeu seu pai aos 9 anos e teve uma infância muito dura.

Qual a receita para sair de uma situação tão difícil e se tornar um dos homens mais ricos do mundo?
Há uma frase em inglês que traduz bem como eu agi durante toda a vida: "If you need, I have". Ou seja "Se você precisa, eu tenho". E, se não tiver, vou encontrar e entregar o que você precisa. Para fazer isso é preciso ter conhecimento de pessoas, criatividade e senso de observação. Mas não existem fórmulas mágicas. Acho que o mais importante é minha força de vontade.

Fonte: Exame Negócios

Vagas de garagem causam dor de cabeça aos moradores

Atualmente cada prédio tem a sua regra e gera discussão. Pessoas precisam se informar antes de comprar ou alugar um imóvel.

Em São Paulo, onde há 27 mil edifícios, o problema com o direito a vaga se multiplica. Muitos são com vagas contadinhas. Quando sobra uma, ela é disputada. O gráfico Manoel Forniele tinha direito a três. Uma delas alugou para a vizinha: “É um dinheirinho a mais”.

O especialista em direito imobiliário, Márcio Rachkorsky, lembra que o Código Civil também permite o aluguel para pessoas que não são moradoras do prédio. Por questão de segurança, ele sugere que o condomínio discuta o assunto, em uma assembleia.

“A grande dica é não permitir a venda e a locação para terceiros, só usa a vaga de garagem, quem efetivamente mora no condomínio”, diz Márcio Rachkorsky.

Existem dois tipos de garagem: autônoma e indeterminada. Na primeira opção, o dono do imóvel tem a escritura, paga IPTU e pode vender a vaga. A indeterminada permite que o morador alugue a garagem, mas ele não pode vender, porque ela faz parte do apartamento.

Na vaga da garagem, o morador só pode parar o carro. Mesmo que não tenha veículo para estacionar, não deve colocar, por exemplo, móveis, eletrodoméstico e transformar o espaço em um depósito. Cada condomínio define regras e tem um regimento interno para punir quem desrespeita essas regras.

Um prédio quase multou um morador que lotou a vaga de bugigangas. “Carrinho de bebê, caixas, coisas que não cabiam na casa dele”, diz a síndica Luciana Sanches.

Depois de muita conversa, o morador retirou tudo. Lugar de moto é na vaga de moto. Não pode ficar junto com o carro, na mesma vaga. A única exceção é para as bicicletas, porque por enquanto não existe um bicicletário.

No prédio, foram construídos vários quartinhos na garagem. É um cantinho para colocar a bagunça e deixar as vagas livres para os carros. Em outro condomínio, a saída para evitar discussões foi contratar manobristas.

Antes de alugar ou principalmente comprar um imóvel não esqueça de olhar a garagem. A vaga pode se transformar num problemão, difícil de administrar.

“Você realiza o sonho da casa própria, compra o apartamento lindo e quando vai ver o carro não cabe na sua vaga”, destaca o advogado Márcio Rachkorsky.

Colocar móveis e objetos nas vagas de garagem também desvalorizam o empreendimento. O prédio tem seguro e quando a seguradora faz a vistoria, presta atenção a esse tipo de uso inadequado.

Investidores querem garantia de rentabilidade em flats

Garantia de rentabilidade mínima. Esse é o nome da figura contratual criada pelo grupo de investidores de um condomínio de hotelaria, que o mercado também chama de flat, para dividir com a operadora hoteleira os riscos desse tipo de empreendimento. "Senti que havia chegado ao meu limite ao receber da administradora, em março, somente R$ 67 para cada uma das três unidades de R$ 150 mil que havia adquirido há um ano", conta o gestor do Blue Tree Convention Plaza, no Ibirapuera, Evaldo Silva. "Me reuni com os outros investidores e decidimos que, se a operadora não nos garantisse uma renda mínima por unidade, iríamos procurar outro grupo para administrar o empreendimento."

A estratégia deu certo. Um aditivo contratual foi assinado no fim do mês passado, garantindo que cada proprietário receberá pelo menos R$ 800 por unidade. "Descobri, depois de uma primeira decepção com uma unidade no Meliá Confort Jardins, que é ilusão pensar que o investimento pode dar um bom retorno no primeiro ano", afirma o advogado Sérgio Protta, que adquiriu há um mês uma unidade no Blue Tree Ibirapuera - desta vez, para ele mesmo morar.

O estouro na oferta de quartos - que dobrou nos últimos quatro anos, atingindo 30 mil leitos - frustrou os investidores que entraram por último nesse mercado, de olho na alta rentabilidade da década de 90.
Enquanto isso, o setor hoteleiro se queixa do que chama de "concorrência desleal", já que os flats são registrados como empreendimentos residenciais e oferecem, muitas vezes, os mesmos serviços vendidos aos hóspedes e ao público externo pelos hotéis. "O que a hotelaria quer é que sejam equalizadas as condições dos hotéis e operadoras de flats. Assim, a hotelaria convencional não sai perdendo", afirma o presidente da seção São Paulo da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Nelson Baeta Neves. Ele explica que não é contra os flats, mas não aceita dois pesos e duas medidas. "O que vemos é um mercado desregulamentado".

O diretor-geral da Accor Hotels e presidente do Fórum de Operadores de Hotéis do Brasil (FOHB), Roland Bonadona, diz que o objetivo é regulamentar o setor hoteleiro por meio da Câmara de Legislação do Ministério do Turismo.

"Queremos justiça com o que foi feito de boa-fé, e é importante para a economia, e regulamentar o futuro", afirma. "Temos de ter harmonia na lei, assim ela poderá ser única para hotéis clássicos e condomínios hoteleiros."

A rede Accor trabalha com as duas modalidades de hospedagem. Segundo Bonadona, o setor cresce cerca de 5% ao ano. "As taxas de ocupação não são tão ruins se você oferece um bom serviço."
No fim de setembro, o ministro do Turismo, Walfredo dos Mares Guia, se comprometeu, na abertura do Congresso da ABIH, a solucionar a lacuna na legislação do setor.

A imobiliária de flats em SP Rarus Flats é outro exemplo de administradora que trabalha para garantir aos investidores do mercado de flats a rgarantia de entabilidade.

Fonte: O Estado de São Paulo

Em área nobre, São Paulo ganha seu 50º shopping

Centro de compras abre as portas na Vila Olímpia, perto da Daslu e do Cidade Jardim

SÃO PAULO - Região já bem abastecida de lojas e bem servida da capital paulista, a Vila Olímpia ganha hoje um shopping com 6 andares, 187 lojas, 1.587 vagas para carros e 34 opções de lanchonetes, cafés e restaurantes - que ocupam o quarto andar inteiro do prédio. O Shopping Vila Olímpia (Rua Olimpíadas, 360) não é o maior de São Paulo nem o mais chique, mas também está longe de ser apenas mais um. O 50º shopping da cidade surge com uma oferta de serviços e atendimento diferenciados.

"O negócio foi montado com foco na receptividade e no entretenimento do cliente", diz Rogerio Miola, superintendente do empreendimento, que é uma parceria entre as incorporadoras Multiplan, Brookfield e Helfer.

Alguns problemas comuns aos concorrentes tentaram ser resolvidos no projeto, entre eles a tão conhecida fila de estacionamento. O Vila Olímpia implementou um sistema com painéis que informam aos motoristas quantas vagas estão disponíveis por andar. Em cada piso, nos momentos de decisão de direção, duas outras telas orientam quantas vagas estão livres para direita e para a esquerda. Uma vez nos corredores, a cada quatro vagas, luzes verdes ou vermelhas indicam se há ou não espaços livres para estacionar.

O conhecido decorador Sig Bergamin tentou solucionar outra questão incômoda, a da praça de alimentação, geralmente muito barulhenta. "Não coloquei todas as mesas jogadas no centro, mas criei vários ambientes. Além disso, usei madeira no piso e no forro do teto, o que ajuda muito na acústica", conta Bergamin. Parte dos móveis ainda é estofada, aumentando o conforto dos frequentadores.

Nos outros andares, o chão é de granilite. A madeira foi aplicada apenas para compor os lounges, que são poucos. "Usei cinza e cromado para dar um ar hi-tech de fábrica. Saí do dourado, do mármore e das misturebas que ambientes assim geralmente têm", explica Bergamin.

Outro ponto forte é o entretenimento. Na praça de alimentação, foi montada a Villa Bowling, inspirada nas melhores casas americanas de boliche. Ela abriga seis pistas, equipadas com bolas importadas e desenhadas pelo estúdio de design Pininfarina, o mesmo dos carros Ferrari. Grandes telões e uma iluminação especial indireta, que vem das pistas, dão um clima quase de balada. Há também um restaurante.

No ano que vem, abre um cinema com sete salas do Grupo Severiano Ribeiro/Kinoplex. O Vila Olímpia receberá as primeiras salas VIP da marca. Duas delas especiais, com cem lugares e poltronas de couro reclináveis com apoio para os pés. Também estão programadas a abertura de um teatro com 600 lugares e a inauguração de uma filial da carioca Garcia&Rodrigues, com sede no Leblon, zona sul do Rio. Lá, a casa é um mix de café, restaurante, adega e doceira. E tem muitos clientes famosos, como a atriz Carolina Ferraz, entre outros globais.

Números

50 é a quantidade de shoppings na cidade
187 lojas variadas abrem no Vila Olímpia, nenhuma é de grife internacional
1.587 vagas de estacionamento que, no novo shopping, serão informatizadas, com sistema especial para evitar filas
34 lanchonetes, restaurantes e cafés

domingo, 22 de novembro de 2009

Operação Urbana Restringe Escritórios na Vila Olímpia

A mudança de perfil da Vila Olímpia não depende apenas dos incorporadores. Mecanismos da Operação Urbana Faria Lima, plano de melhorias urbanísticas definido pela prefeitura para um perímetro que inclui o bairro, cerceiam o surgimento de novos prédios de escritórios.

A operação definiu estoques de área adicional de construção para seus trechos. Esses estoques são adquiridos pelos incorporadores para edificar além do patamar básico estabelecido pelas diretrizes do Plano Diretor e da Lei de Zoneamento, que restringem o potencial de aproveitamento dos lotes.

Sem esses metros quadrados extras, comprados por meio de títulos denominados Cepacs, leiloados pela prefeitura, o custo de um projeto imobiliário torna-se impraticável.

Custo inviável
“Os terrenos, na Vila Olímpia, são caros. Os Cepacs permitem um aproveitamento melhor do lote. Sem eles, o custo de um edifício comercial dobra”, dimensiona Fabio Romano, diretor de incorporações da Yuny, que investe na região.

No setor da rua Olimpíadas, onde se concentram os empreendimentos comerciais no bairro, não há mais estoque disponível de metros quadrados para uso não residencial.

A Secretaria Municipal de Planejamento diz que não devem ser emitidos mais títulos para aquela área, e os que são negociados no paralelo têm seus preços inflacionados devido à escassez da oferta.

O mercado de escritórios da Vila Olímpia, contudo, ainda deverá ser alimentado por alguns anos com a conclusão de projetos já aprovados. “Muitos ainda não saíram do papel”, diz Milena Morales, gerente de pesquisa de mercado da consultoria Cushman & Wakefield.

Estoque disponível
Para erguer residenciais, a disponibilidade de metros quadrados adicionais ainda é grande. No trecho da Olimpíadas, apenas 1,09% do estoque foi consumido, segundo dados da Emurb de 7 de outubro.

“Faltam apartamentos de até 80 m2 para pessoas de 35, 40 anos, casais jovens que trabalham na região”, caracteriza Adalberto Bueno Netto. “Esses imóveis devem surgir em vias como [av. Doutor] Cardoso de Melo, Quatá, Casa do Ator e Alvorada”, diz. E “devem se valorizar com a presença do shopping”, avalia Morales.

Folha de São Paulo - Imóveis - 22/11/09

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Veja quem são os dez maiores devedores de IPTU em SP

Lista tem clube, shoppings, hospital, faculdades e até empresa da própria Prefeitura

Os dez maiores devedores de IPTU da Prefeitura de São Paulo têm débitos que somam R$ 507 milhões. Entre eles estão clubes, shoppings, hospitais, faculdades e até a SPTuris, empresa que tem a própria Prefeitura como acionista majoritária (veja lista abaixo). Essa dívida chega perto do montante de R$ 650 milhões que a Prefeitura vai arrecadar a mais caso a proposta de aumento de IPTU seja aprovada pela Câmara dos Vereadores.

A Prefeitura tenta receber os atrasados em disputas judiciais que se arrastam por vários anos. Em alguns casos, os devedores não reconhecem a dívida, como é o caso dos Correios, que alegam isenção fiscal na justiça. Em outros, as empresas negociaram e pagam os débitos em parcelas, como é o caso da SPTuris.

A lista de todos os devedores de IPTU da cidade foi elaborada em junho deste ano pela Procuradoria Geral do Município (PGM). De lá para cá, algumas situações mudaram, como é o caso da Fundação Cásper Líbero, que recebeu imunidade da área ocupada pela fundação para o ano de 2005. Mas a cobrança na justiça continua.

O documento da PGM serviu de base para os trabalhos da CPI do IPTU da Câmara dos Vereadores. O relatório da CPI será fechado em dezembro e vai sugerir mudanças ao Executivo para tentar resolver o problema dos inadimplentes. O vereador Antonio Donato (PT), relator da CPI fala de uma das sugestões.

- Há falhas de procedimento de cobrança de IPTU. É para estas falhas que vamos sugerir mudanças, como a integração de sistemas. O sistema de dados não integrado abre espaço para contestação judicial, um problema que atravessa várias gestões.

O vereador completa que a proposta do prefeito Gilberto Kassab, de aumentar em até 40% o IPTU de imóveis residenciais e em até 60% de imóveis comerciais, pode gerar ainda mais contestações na justiça. Isso também aumentaria o tamanho do calote. Questionada, a Secretaria Municipal de Finanças não esclareceu o total da dívida do IPTU no município. Informou que a inadimplência em 2009 está em 10,5%. Em 2004, chegou a 18%.

A Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) informou que aderiu ao programa de parcelamento de impostos da Prefeitura e está em dia com as parcelas.

A SPTuris disse que renegociou a dívida do IPTU em junho de 2006 e parcelou por meio do PPI (Programa de Parcelamento Incentivado), da Prefeitura. O parcelamento foi em pouco mais de 300 vezes. Desde a renegociação, a SPTuris voltou a pagar o que a Prefeitura cobra anualmente de IPTU, cerca de R$ 2 milhões.

O Shopping Eldorado informou que paga o IPTU regularmente, em âmbito judicial, desde 2002, quando foi aplicado o aumento progressivo da taxa.

Os Correios disseram que por força do Decreto-Lei 509/69 são equiparados à Fazenda Pública, portanto, gozam de imunidade tributária recíproca.

O Shopping Interlagos disse que contesta na justiça a cobrança de IPTU por ter verificado “inconsistências no lançamento do tributo”. Por estar discutindo na justiça, os depósitos estão sendo feitos em juízo. Para o shopping, por este motivo ele não deveria constar como devedor no relatório da procuradoria.

O Jockey Club, o Hospital Santa Catarina, o Palmeiras foram procurados pela reportagem, mas não responderam até o momento da publicação da notícia. A Fundação Cásper Líbero e a Associação Nóbrega de Educação e Assistência Social não atenderam às ligações.

Os maiores devedores segundo relatório da PGM

1. Jockey Club - R$ 147 milhões
2. Associação Nóbrega de Educação e Assistência Social - R$ 91 milhões
3. Shopping Interlagos - R$ 54 milhões
4. Ceagesp - R$ 47 milhões
5. Correios - R$ 46 milhões
6. Hospital Santa Catarina - R$ 29 milhões
7. SPTuris - R$ 28 milhões
8. Palmeiras - R$ 24 milhões
9. Fundação Cásper Líbero - R$ 21 milhões
10. Shopping Eldorado - R$ 20 milhões

Fonte: R7.com

domingo, 15 de novembro de 2009

Espanhois Investem na Zona Leste

A Procupisa, empresa da multinacional espanhola Cupa Group, fechou parceria com a Onoda Engenharia para incorporar cerca de mil apartamentos na capital e no interior de São Paulo em 2010. O primeiro projeto, lançado terça-feira passada no bairro Anália Franco, na zona leste, é o Pasión Residence, com 47 unidades de 164 m², três suítes e preço de cerca de R$ 1 milhão.

O grupo também planeja investir em imóveis econômicos que se enquadrem no programa Minha Casa, Minha Vida.

Folha de São Paulo

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Preço Médio de Imóveis com Dois Dormitórios Cai 22% em São Paulo

Valor da unidade é próximo ao limite do MCMV (Minha Casa Minha Vida) para a região metropolitana da capital paulista.

Responsáveis por 47,7% do total dos R$ 1,3 bilhão comercializados no mercado imobiliário da cidade de São Paulo durante o mês de setembro, os imóveis de dois dormitórios apresentaram preço médio de R$ 137 mil, com redução de 22,6% em relação às unidades do mesmo segmento, comercializadas no início de 2009.

A informação, referente a imóveis novos, é do Sindicato da Habitação (Secovi/SP), divulgando pesquisa mensal do seu Departamento de Economia e Estatística.

“Relevante é que o valor médio de venda das moradias desse nicho está muito próximo do limite para se enquadrar no Programa “Minha Casa Minha Vida”, observa o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci.

O limite ao qual se refere Petrucci é de R$ 130 mil e vale para imóveis localizados nas Regiões Metropolitanas (RMs) de São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.

De acordo com a Empresa Brasileira de Estudos sobre Patrimônio (Embraesp) e conforme reproduzido pelo Secovi/SP, os lançamentos residenciais de setembro atingiram o maior volume mensal no ano, com 4.286 unidades. O número é 25% superior ao verificado em agosto (3.430 moradias) e 81% em relação a setembro de 2008 (2.368 imóveis).

Fonte: Portal Imovelweb

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

"Como economizar na reforma"

1. Dentro da lei
Muita gente não sabe, mas iniciar uma reforma sem aprovação legal pode gerar problemas. A Prefeitura tem toda autonomia para paralisar a obra ou até mesmo demoli-la, caso a situação não se regularize. Para evitar transtornos como esses é preciso que você solicite um alvará de aprovação, de acordo com o tipo de reforma que for realizar. As reformas que incluem ampliação ou diminuição da área existente, ou ainda do volume construído, também necessitam de permissão legal para serem executadas. Já as alterações superficiais, como troca de pisos ou pinturas, dispensam qualquer tipo de regularização. Essas são consideradas reparos e não reformas.

2. Profissional Responsável
Não desperdice tempo e dinheiro. A responsabilidade é muito grande e requer um trabalho profissional. Procure um arquiteto ou engenheiro para fazer o projeto. Ele saberá aproveitar ao máximo a construção já existente e indicará soluções a baixo custo.

3. Cronograma e Pagamento
O contrato da mão de obra deve prever um cronograma físico/financeiro de forma que os pagamentos sejam feitos por fases concluídas. O último acerto só deve ser feito na entrega da obra

4. Planejamento
Depois do projeto bem definido, o profissional responsável deverá apresentar um cronograma que abranja todas as atividades a serem realizadas e data-limite para compra de cada material. Para isso, o trabalho de pesquisa de preços é muito importante. O cumprimento do cronograma é fundamental para que a obra não encareça. O custo é baseado também no tempo que os trabalhos serão feitos.

5. Mão de obra
O responsável pela obra deve indicar um profissional de confiança para ficar tempo integral no local. Ele deverá coordenar os demais, receber e controlar o uso dos materiais.

6. Cuidados com a quebra de paredes
O estudo das alvenarias a serem demolidas é fundamental. Se por ali passarem encanamentos, será preciso gastar mais com a realocação das tubulações. Se as paredes exigirem reforços estruturais, os gastos também aumentarão.

7. Reaproveitamento de entulho
Antes de se desfazer do entulho, analise se o material não poderá ser reaproveitado em outro local da obra, gerando economia de material.

8. Instalações Elétricas e Hidraúlicas
As instalações elétricas e hidráulicas devem ser revistas. Um serviço malfeito de hidráulica e elétrica pode ser muito dispendioso. A revisão deve ser feita durante a fase da quebra das paredes. Muitas vezes são necessários apenas pequenos reparos.

9. Materiais
Com a lista de materiais em mãos, vale negociar as quantidades totais para obter maiores descontos. Produtos de boa qualidade podem ser encontrados com valores acessíveis. Comprar em ponta de estoque é uma boa saída.

A reconstrução de uma carreira - Engenharia

O crescimento da economia deu novo fôlego aos cursos de engenharia. A maioria dos que se formam hoje já sai da faculdade trabalhando ou com promessa de emprego

A engenharia é assim: vai bem quando o país vai bem. As associações de classe da profissão estimam que seus filiados estejam envolvidos na produção de mais da metade da riqueza nacional. Como a economia brasileira cresce consistentemente desde o lançamento do Plano Real, a carreira segue uma trajetória semelhante. Tanto que a engenharia voltou à segunda posição entre as profissões mais procuradas do Brasil. Apenas nos últimos cinco anos, dobrou o número de engenheiros que se formam anualmente. As 1 200 faculdades que oferecem formação na área receberam, no ano passado, 300 000 novos alunos e graduaram 30 000 profissionais. A grande maioria deles já chegou ao mercado empregada ou com promessa de contratação. E a grande maioria delas também. No que antes era considerado um reduto masculino, as mulheres vêm ganhando espaço. Hoje, elas compõem 14% dos engenheiros em atividade no país. Nos anos 70, eram menos de 4%. Em alguns ramos, a demanda por engenheiros é tamanha que supera a atual capacidade das universidades de graduá-los. Sobram vagas, por exemplo, para formados nos setores naval e de minas. "Se o Brasil voltar a crescer 5% ao ano, a oferta de trabalho para engenheiros triplicará", afirma Marcos Túlio de Melo, presidente do Conselho Federal de Engenharia.

Nos anos 80, o equipamento obrigatório de um engenheiro era composto de calculadora científica, prancheta e régua-tê, que já foi o símbolo da profissão e hoje poucos estudantes sabem como usar. Os computadores aposentaram tais aparatos, com vantagens evidentes. "Os softwares atuais reduziram a um quinto o tempo que eu levava para concluir um projeto", diz Catão Ribeiro, de 57 anos, que assina a Ponte Estaiada Octavio Frias de Oliveira, o novo cartão-postal de São Paulo. O progresso tecnológico aumentou a necessidade de o engenheiro manter-se atualizado. Em alguns campos, os conhecimentos se tornam obsoletos em um prazo não superior a seis anos. Isso quer dizer que, ao longo da vida útil, um profissional precisará rever o que aprendeu na faculdade de seis a sete vezes. Há outros requisitos. Como na maioria das profissões, passou-se a exigir que os engenheiros sejam fluentes em línguas estrangeiras, aspecto fundamental para os que trabalham em multinacionais. Hoje, um modelo de carro é desenvolvido simultaneamente por unidades de uma montadora em diversos países. Só participa dessas equipes quem domina, ao menos, o inglês. O mercado também dá preferência a quem se comunica com desenvoltura e tem habilidade para manter amplas teias de relacionamento - sinais que denotam um profissional com capacidade de liderança.

Quem ingressa em engenharia tem, ainda, a possibilidade de enveredar por outros caminhos. Na década de 80 e na primeira metade da de 90, por exemplo, muitos engenheiros foram absorvidos pelo mercado financeiro. Deram-se bem porque sua formação privilegia a objetividade, a lógica, a visão estratégica e a perseguição de resultados. Essas características fazem com que não só bancos mas também empresas de setores não financeiros recrutem executivos na engenharia. Por todos os motivos elencados, os engenheiros estão entre os profissionais mais bem pagos e cobiçados do país (em geral, trocam de emprego três vezes durante a carreira, quase sempre em curva ascendente). Quem chega a cargos de chefia pode contar com remunerações que variam de 15 000 a 30 000 reais. Engenharia foi o segundo curso universitário aberto no Brasil, três anos depois do de medicina. O pioneiro data de 1811 e formava profissionais para o Exército. Hoje, há cursos para formar engenheiros em 92 especializações - e emprego para quase todos eles.
Fonte: Veja.com

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Prédios de luxo exigem ficha limpa em São Paulo

Pedir o atestado de antecedente criminal na hora de contratar um funcionário está virando praxe em condomínios paulistas de alto padrão, que consideram o documento um meio de combater a violência. Em alguns edifícios, a norma é ainda mais severa e se estende a babás, faxineiras e motoristas que trabalham para moradores dos apartamentos. No interior do Estado, chega-se ao extremo de prestadores de serviços também terem de apresentar o tal documento, acompanhado do RG, para conseguir entrar em condomínios de luxo.

A orientação para adotar a nova conduta parte do Secovi, o sindicato das empresas do setor imobiliário. "As informações que os bandidos conseguem sobre a rotina e as brechas na segurança de alguns edifícios são passadas por pessoas que trabalham no prédio e algumas vezes até por moradores mais desavisados", diz Hubert Gebara, vice-presidente da Administração Imobiliária e Condomínio da entidade.

Mesmo depois de investir em seguranças vestidos de preto, guaritas blindadas, cercas elétricas e equipamentos eletrônicos de última geração, os prédios não se livraram da ameaça dos arrastões. Pior: neste ano, sentiram o perigo mais próximo. Enquanto em 2007 foram contabilizados sete casos de roubos a condomínios e cinco em 2008, agora já são 36 em todo o Estado, segundo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

A explosão dos números chegou a levar a Secretaria da Segurança Pública a criar, em agosto, uma divisão especializada nesse tipo de crime. Para isso, a antiga Delegacia de Furtos do Deic passou a cuidar dos roubos em condomínios e residências. "Foi um ajuste causado pela mudança da criminalidade", diz Antonio Carlos Heib, titular da delegacia.

"Cada vez que acontece um assalto, os síndicos apertam ainda mais as normas de segurança", diz Roberto Piernikarz, proprietário da BBZ, administradora de condomínios de alto padrão. "O antecedente criminal é só mais uma cautela. E, do ponto de vista jurídico, não tem problema, pois é uma informação pública." A cautela, em muitos casos, é norma expressa na convenção do edifício. "Cada um tem de escolher como quer viver. É isso que define o regulamento do prédio", diz Ivan Lencek, consultor em Segurança.

Nos Jardins, região nobre da zona sul de São Paulo e potencial alvo de arrastões, um edifício residencial com heliponto investiu tanto na segurança que dentro dos apartamentos há alarmes camuflados e prontos para disparar com a abertura de uma gaveta. Em prédios como esse, com cerca de 30 famílias, as normas de segurança se ajustam conforme a necessidade. "Como são poucos os moradores fica fácil mudar a lei interna", diz Piernikarz, da BBZ.

A segurança é tão importante que os moradores não se opõem a aderir a mais uma cautela como a de pedir o antecedente criminal, mesmo que seja para sua cozinheira de anos. Os funcionários ficam de mãos atadas. Mesmo que não concordem com a medida, acabam levando o documento - ou são automaticamente eliminados da concorrência à vaga.

Mas há também quem não se importe, e até veja a situação com bons olhos. É o caso do pernambucano Cícero Manuel da Silva, de 35 anos. Em São Paulo desde os 19 anos, hoje é faxineiro de um prédio de classe média alta nos Jardins, que não exigiu o antecedente criminal no momento da contratação. Dos sete registros que tem na carteira, dois deles, porém, são de empresas que pediram o documento. "Achei bom por ser uma segurança até para os funcionários. É bom saber quem são seus colegas de trabalho", diz Silva. "A gente passa mais tempo trabalhando do que em casa."

Rotatividade

O condomínio de luxo Quinta da Baronesa, em Bragança, no interior de São Paulo, conhecido por abrigar banqueiros e corredores de Fórmula 1, tem mais de cem casas, muitas em construção. E a rotatividade de pessoas virou um problema de segurança. Para contê-la, foi aprovado pela associação de moradores que fosse pedido a todos os prestadores de serviço o antecedente criminal.

Constrangedor? "As pessoas já estão acostumadas a ter de mostrar RG na hora de entrar num edifício. Até em prédios residenciais fotografam e cadastram os visitantes", diz Márcio Rachkorsky, assessor jurídico de condomínios. "Adotada em alguns prédios, a revista é uma alternativa bem pior."

Para o tapeceiro Zoé Ribeiro, de 58 anos, há medidas mais constrangedoras. "Não me importo em apresentar o antecedente criminal. Fico mal com a estupidez de alguns porteiros. Às vezes, eles me tratam como se eu não fosse gente."

Na Quinta da Baronesa, além de mostrar o documento, todas as informações ali contidas são checadas antes da liberação da entrada do prestador de serviço. A segurança verifica se o funcionário que carrega o crachá é o sujeito da foto e do antecedente criminal apresentado. A cada seis meses, todos os funcionários e prestadores de serviço são obrigados a renovar o documento. "Na hora da contratação, o funcionário já tem de mostrar RG e a carteira de trabalho", diz Rachkorsky. "O antecedente é só mais um documento".


Fonte: Agência Estado

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Construtora terá de devolver parcelas pagas pelo comprador por atraso em obra

A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou o recurso com o qual uma construtora tentava reverter acórdão de segunda instância que a condenou a devolver todas as parcelas já pagas por um comprador e sua mulher, devido ao atraso na conclusão das obras de suas unidades comerciais.

No caso, os compradores ajuizaram ação de rescisão de contrato de promessa de compra e venda contra a construtora, pedindo a desconstituição do negócio e a devolução de todas as parcelas pagas, acrescidas de juros e multa, atualizadas monetariamente, bem como perdas e danos.

Em primeira instância, o pedido foi julgado procedente. A construtora apelou da sentença. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) deu parcial provimento somente para afastar da condenação a imposição da multa prevista no artigo 35 da Lei n. 4.591/64, que dispõe sobre condomínio em edificações e as incorporações imobiliárias.

Inconformada, a construtora recorreu ao STJ sustentando que a decisão violou o artigo 1.092 do antigo Código Civil, já que, tendo os compradores entendido que a construtora não iria cumprir o contrato dentro do prazo previsto, deveriam ter consignado as prestações seguintes em vez de simplesmente suspender o pagamento das parcelas. Por isso, não se poderia exigir o adimplemento contratual da construtora, pois os compradores não cumpriram a parte deles.

Ao decidir, o relator, ministro Aldir Passarinho Junior, destacou que ficou patente, no exame procedido pelas instâncias ordinárias, que efetivamente o atraso que já se configurava era claro em revelar a inadimplência da construtora, de sorte que o agir dos compradores na cessação do pagamento era medida defensiva, para evitar prejuízo maior, até porque a suspensão se deu não antes da paralisação das obras, mas quando do retardo reinicio das obras, cinco meses além do final do prazo que a própria construtora previra para o prosseguimento.

Comerciais - Dos Novos Escritórios, 73% São Classe A

Espaços considerados classe A representaram 73% do total de escritórios entregues na cidade de São Paulo em 2009, até o terceiro trimestre. Os dados são de uma pesquisa da consultoria especializada CB Richard Ellis.

Apenas um empreendimento responde por 59% do volume total de novos espaços, o edifício WT JK, localizado na sub-região da marginal Pinheiros.

A quantidade de espaços vagos (taxa de vacância) cresceu na cidade em relação a 2008, o que ocorreu, na percepção dos analistas da consultoria, devido a cortes de custos das empresas com a crise econômica mundial.

No terceiro trimestre, porém, a tendência de alta não se verificou -a taxa de vacância caiu 0,6 ponto percentual em relação a junho e chegou aos 6,5%.

Fonte: Folha de São Paulo

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Multiplan lança shopping em São Caetano

Empreendimento contará com 242 lojas em 84,3 mil metros quadrados

A Multiplan, líder no setor de shopping center no Brasil, anunciou a construção de um shopping na cidade de São Caetano do Sul, região metropolitana de São Paulo. O lançamento oficial do Park Shopping São Caetano deve acontecer no dia 18 de novembro.

Segundo a empresa, o novo shopping contará com 242 lojas, em 84,3 mil metros quadrados de área construída e 38,9 mil metros quadrados de área bruta locável. O empreendimento reunirá compras, serviços e entretenimento no mesmo local, com seis salas de cinema e praça de alimentação com 25 opções. O investimento na construção será de 260 milhões de reais.

“Este será o shopping mais completo e moderno do ABC, uma região que tem 1,6 milhão de habitantes”, afirma Jose Isaac Peres, presidente da Multiplan. “O objetivo maior foi valorizar os lojistas, transmitindo aos consumidores uma experiência agradável e segura, fazendo a integração de todos os espaços da forma mais simples e direta possível”, explica o arquiteto responsável pelo projeto, Paulo Baruki.

De acordo com a Multiplan, o empreendimento já nasce com áreas para uma futura expansão, com um terceiro piso de 15,5 mil metros quadrados, e a construção de quatro torres comerciais com 36,3 mil metros quadrados de área privativa.

Fonte: Portal Exame

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Nova lei dá mais poderes a dono de imóvel

Juízes terão mais facilidades para determinar a desocupação de um imóvel; retomada hoje leva em média 14 meses

Políticos dizem que o objetivo de nova legislação é reduzir o número de imóveis fechados por causa das normas atuais

Os proprietários de imóveis terão mais facilidade para despejar o locatário, segundo projeto aprovado no Senado.
As mudanças feitas na chamada Lei do Inquilinato dão mais segurança aos proprietários na hora de alugar o imóvel.
O texto permite a realização de contratos sem fiador ou multa. Contudo, nos casos de falta de pagamento, poderá haver despejo sumário do locatário. Foram estabelecidas também novas regras para uso de fiador e definido o responsável pelo aluguel quando um casal se separa -no caso, a pessoa que seguir morando no imóvel.
O projeto foi apresentado pelo deputado José Carlos Araújo (PDT-BA) em 2007, sob a justificativa de que era preciso adequar legislação de 1991 às mudanças determinadas pelo Código Civil de 2002.
Como já havia sido aprovado em comissões da Câmara, em 5 de maio, e do Senado, ontem, sem a necessidade de passar pelo plenário, o projeto de lei vai ser submetido à sanção do presidente da República.
O texto aprovado estabelece novas situações em que o juiz poderá conceder liminar (sentença provisória) determinando o despejo: necessidades de reparação urgente no imóvel, estabelecidas por autoridades pública; quando o inquilino não apresentar novas garantias em até 30 dias após notificação; um mês após fim do contrato quando o proprietário informar o inquilino não residencial de que não pretende renová-lo.
Além disso, a lei autoriza o uso de despejo sumário. Isso poderá estar previsto em contratos que exijam menos formalidades, como a existência de fiador ou de seguro. Nesses casos, quando o fiador não pagar o aluguel, poderá ser despejado imediatamente. Hoje, a retomada de um imóvel leva em média 14 meses.
Hoje, quando o inquilino atrasa o pagamento por mais de dez dias, o dono do imóvel tem de entrar com duas ações na Justiça (uma de execução da dívida e outra de despejo) para tentar desocupar o imóvel, caso não chegue a um acordo. Agora, diz Gilvan João da Silva, diretor do Secovi-DF, o procedimento será mais rápido: bastará comprovar na Justiça o atraso para conseguir o despejo.

Comprovação de renda
Ao mesmo tempo em que autoriza a dispensa de fiador, a nova lei endurece as regras nos contratos em que ele é usado. Agora o proprietário poderá pedir uma nova comprovação de renda do fiador no momento da renovação de contrato.
O proprietário poderá também exigir um novo fiador caso aquele que estiver no contrato se encontre em regime de recuperação judicial -isso vale para empresas que estão em dificuldade financeira.
Pelo projeto aprovado, o dono do imóvel pode não renovar o contrato com o atual locatário caso receba uma oferta melhor. Quando um casal se separa, o responsável pelo pagamento do aluguel é aquele que continua morando no imóvel.
Ainda no que se refere ao fiador, outra mudança importante é que ele poderá desistir de participar do contrato. Nesse caso, o locatário terá de encontrar um novo fiador em 120 dias.
"Pela atual legislação, o fiador tem de cumprir o contrato até o fim. Isso é péssimo, principalmente quando há desentendimentos com o locador", afirmou o deputado José Carlos Araújo (PDT-BA), que é o autor do projeto.

Segurança
Ele concorda que o objetivo da proposta é dar mais segurança aos proprietários. "A gente vê reclamação de todos os cantos. Um conhecido meu tem 80 apartamentos fechados porque não confia na lei. Agora, isso vai mudar", disse Araújo.
O projeto foi relatado pela senadora Ideli Salvatti (PT-SC) no Senado. "Nosso objetivo é facilitar o aluguel de imóveis. Hoje em dia, há 3 milhões de imóveis desocupados. Os proprietários não se sentem seguros para alugar", disse. Há 7 milhões de contratos no país.
Outra mudança refere-se ao pagamento de multa no caso de devolução do imóvel. "Durante o prazo estipulado para duração do contrato, não poderá o locador reaver o imóvel alugado", determina a lei. "O locatário, todavia, poderá devolvê-lo, pagando a multa pactuada, proporcionalmente ao período de cumprimento do contrato, ou, na sua falta, a que for judicialmente estipulada", diz a lei.

Fonte: Adriano Ceolin da Sucursal de Brasília

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Contra a crise, o alto padrão

José Auriemo Neto, da JHSF, revela como o mercado de imóveis mais caros acabou não sendo afetado pela crise

Aos poucos, o mundo vai remontando as peças no jogo da economia pós-crise. E para o Brasil, especificamente, as perspectivas são boas, visto que o País não chegou a entrar na festa da “bolha imobiliária” que atacou os países de Primeiro Mundo e fez explodir o mercado financeiro americano. Não por prudência, mas por falta de crédito fácil e de um sistema financeiro altamente regulamentado.

Há perigo de formação de uma bolha brasileira? “Difícil”, diz José Auriemo Neto, da JHSF. Se o programa de governo “Minha Casa, Minha Vida” resultar no dobro do endividamento imobiliário que o Brasil tem hoje, chegaremos a 5% do PIB. Só para lembrar: quando a crise estourou, a Espanha tinha 40% do seu PIB comprometido com o financiamento de imóveis e EUA, 70%.

Auriemo, no entanto, não navega por essas bandas. Depois de ter passado por uma fase de construção, a empresa hoje investe quase que exclusivamente em produtos de alto padrão, calçada por um IPO feito há quatro anos. Seus acionistas, aliás, nos últimos sete meses, passaram de 500 para mais de 5 mil. “Este é o tamanho do interesse por investir no setor imobiliário”, ressalta.

Aqui vão trechos da sua entrevista:

Depois da crise, o investidor ficou mais exigente, ou menos?
Eles sempre são exigentes. Hoje as características de um investimento são analisadas com um cuidado e aprofundamento muito maiores. Se um determinado perfil ou objetivo está claro, há uma pesquisa bem mais detalhada de qualidade dos investimentos. Falo aqui especificamente da área imobiliária, pois as outras não conheço.

Normalmente o investidor imobiliário pensa no longo e médio prazos. O brasileiro tem cultura para ver isso, uma coisa de tijolo, não de papel?
Cada vez mais o investidor age dessa forma, sente-se melhor se está associado a uma atividade produtiva. Ele vê a obra crescendo, as pessoas andando pelo shopping, há uma relação direta, enfim, com o que está acontecendo.

De que modo seu mercado foi afetado pela crise?
Nessas situações há sempre uma primeira reação, que é uma crise de entendimento. Esta teve uma abrangência global, não estavam definidos quais impactos viriam, no Brasil, no mundo. À medida que o pessoal do setor imobiliário foi retomando a confiança no mercado geral - financeiro - o Brasil foi se descolando da crise e o setor de alto padrão foi pelo mesmo caminho.

Tem exemplos concretos?
Desde o nosso IPO, em 2007, lançamos R$ 2,8 bilhões em nossos produtos. Vendemos até agora R$ 2,1 bilhões. Ou seja, 73% de todos os produtos lançados. E todos se valorizaram muito acima de qualquer perspectiva.

Esta valorização não é um reflexo da escassez de terrenos bons, principalmente em São Paulo e no Rio?
Em parte é, de fato. Mas também existe a vontade de se ter algo concreto nesta crise financeira. O imóvel não desaparece de um dia para outro, como acontece às vezes com as aplicações em papel.

Vocês estão concentrados em produtos de luxo. Qual é o motivo dessa opção?
Não chamo o nosso foco de luxo. Temos um segmento de residências de alto padrão, que se estende também aos prédios de escritórios e shopping centers. Quando se fala em escritório corporativo, por exemplo, luxo não se encaixa. Falamos então em alto padrão.

Por que vocês abandonaram a área da construção?
Percebemos que, se a empresa tiver foco maior na pesquisa, em produto, em desenvolvimento imobiliário, teremos uma construção com foco melhor. E por esse caminho, com o mercado de construção se desenvolvendo, você consegue hoje suporte adequado e boas parcerias com os construtores.

O que é mais difícil, lidar com cliente de alto padrão ou de padrão médio?
Lidar com qualquer tipo de cliente traz desafios. A empresa precisa estar estruturada e fazer treinamento para atender adequadamente a todos. Este é um fato fundamental - que as empresas reservem um investimento grande para treinamento de qualidade.Há diferentes nichos e as equipes precisam ser formadas, também, de modo diferente.

Esses imóveis de alto padrão aparecem cada vez mais no formato de bunkers, por causa da segurança. É uma exigência do segmento?
É difícil dizer, aí, o que é causa e o que é consequência. É um fenômeno ligado a grandes cidades. Em Nova York também ocorre coisa parecida. Mas nosso índices de violência estão melhorando, temos pesquisas em que não vemos piora. Pesquisas relativas principalmente à cidade de São Paulo.

No Rio, vocês não entraram por quê?
A gente decide atuar baseado na chance de desenvolver algo com uma qualidade que nos permita ficar à vontade. Não encontramos isso, ainda, no Rio. Terreno bem localizado, de fácil acesso...

Como funcionam as associações que vocês fizeram com marcas de alto padrão, como Daslu e Fasano?
Do Fasano, somos sócios. A Daslu é uma relação em que eles vieram ancorar o Cidade Jardim, além de um plano de ancoragem da marca em dois novos shoppings. Não é uma associação, é uma relação de empreendimento lojista.

Onde serão os dois novos shoppings com essa marca?
Ainda não temos uma definição sobre isso.

Vocês compraram a Hermès. Existe alguma outra marca na mira?
A marca tem um plano de crescimento. As vendas no Brasil estão inacreditáveis. Esses negócios, Daslu, Fasano, Hermes, foram feitos porque tinham uma grande sinergia com o nosso core business.

Fonte: Sonia Racy