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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Entidades viram imobiliárias com verba do Minha Casa

Entidades que fazem a gestão de R$ 238,2 milhões do Programa Minha Casa Minha Vida em São Paulo passaram a funcionar como imobiliárias em bairros da periferia. Do funcionário de plantão que mostra a área de lazer dos novos empreendimentos ao site com a simulação de um apartamento decorado, movimentos de moradia liderados por filiados ao PT oferecem, somente para associados que pagam suas mensalidades, 4 mil imóveis adquiridos com incentivos fiscais do governo federal a partir de R$ 3 mil, pagos em até 10 anos.
 
 
Ontem o Estado revelou que líderes comunitários petistas da capital usam critérios políticos para gerir a maior parte do recurso repassado pelo programa federal a entidades para a construção de casas populares. Onze das 12 entidades que tiveram projetos aprovados pelo Ministério das Cidades em setembro são dirigidas por filiados ao partido.
 
 
Você quer morar na zona leste? Ou tem interesse em adquirir uma unidade residencial no centro da capital? Seja qual for a escolha, a página oficial do Fórum dos Cortiços e Sem Teto de São Paulo traz opções de plantas e ilustrações dos imóveis com direito à simulação de modelo decorado.
 
 
Em maio, as últimas unidades do Projeto 22 de Março foram praticamente leiloadas pela associação, que manteve plantão telefônico para atender os interessados. Quando elas se esgotaram, o site tratou de encaminhar o visitante para outro empreendimento na Liberdade, região central. E, para não perder o cliente, o anúncio deste mês avisa que a localização do novo conjunto é bem próxima, no mesmo bairro.
 
 
Na página, também é possível conferir fotos e vídeos do Projeto São Francisco do Lageado, já em obras com recursos do Ministério das Cidades. Até agora, foram liberados R$ 14,8 milhões para o empreendimento, que terá quatro blocos interligados e um total de 252 unidades. Quando prontos, os apartamentos terão dois quartos, sala, cozinha, banheiro e varanda.
 
 
Pela internet, os associados da entidade ainda ficam por dentro das últimas ações do fórum, como reuniões com o prefeito Fernando Haddad (PT) e protestos pelo direito de moradia digna em São Paulo. Um link específico ainda atualiza os últimos feitos da líder do movimento, Verônica Kroll, que já foi candidata a vereadora pelo PT.
 
 
"Aqui não existe critério político. Nossos selecionados também passam por uma seleção feita pela Caixa Econômica Federal", argumenta o chileno Manuel Burgos, assistente social que faz a triagem dos beneficiados dos empreendimentos sob responsabilidade do Fórum dos Cortiços. A entidade, com sede na Rua Bento Freitas, no centro, cobra R$ 25 de mensalidade e R$ 40 de taxa de adesão.
 
 
Vitórias
 
 
Blogs com fotos, plantas e perspectivas dos futuros empreendimentos são comuns a quase todas as associações. O objetivo é mostrar ao associado vitórias obtidas pelo movimento e a cara das futuras moradias.
 
 
No blog Condomínio Barra do Jacaré, sob o comando da Associação dos Trabalhadores do Conjunto Residencial Vale das Flores, da zona norte de São Paulo, há links para álbum de fotos, com imagens do terreno onde será erguido o residencial de 592 unidades.
 
 
As características das plantas também são relatadas em detalhes, assim como estacionamento e área de lazer.

 
As famílias selecionadas para morar no Condomínio Dom José 1 e 2, na região do Capão Redondo, zona sul, também podem acompanhar dados do projeto por meio de blogs. Desenvolvidas pelas associações Moradores do Jardim Comercial e Adjacências e Amigos do Conjunto Modelar, as ferramentas ainda ajudam os associados a organizar toda a papelada necessária para o cadastro final.
 
 
Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo

domingo, 29 de setembro de 2013

Veja como o aluguel muda de uma quadra para a outra em NY

Veja como, em Nova York, uma mesma rua pode ter preços muito diferentes. Os exemplos abaixo são de alguns dos mais movimentados distritos comerciais de Manhattan:

Quinta Avenida

O lado leste da Quinta Avenida, entre as ruas 49 e 59, tem os valores mais altos de locação comercial da cidade, com preços iniciais de até US$ 39 mil por metro quadrado, de acordo com estimativas da divisão de varejo da Elliman.

O lado ensolarado começa com a Saks Fifth Avenue e a catedral de St. Patrick, dois locais muito visitados por turistas, e se estende rumo ao norte com loja após loja: Cartier, De Beers, Tiffany, F.A.O. Schwarz e Apple.

O lado oeste da Quinta Avenida, embora ainda desejável, tem aluguéis da ordem de US$ 34 mil por metro quadrado, porque "instituições, igrejas, clubes" interrompem a marcha de loja após loja ao longo da avenida, o formato preferido pelos varejistas, diz Trump.

Nos últimos anos, a calçada oeste se tornou um ímã para marcas de produtos de massa como Uniqlo, Abercrombie & Fitch e H&M, todas as quais abriram lojas vistosas nesse trecho.

"Recebemos muitos turistas na Quinta Avenida", diz Meyer, da Uniqlo. "Como basicamente uma companhia embrionária nos Estados Unidos, pensamos que era importante estabelecer uma loja âncora aqui para beneficiar também as lojas nos subúrbios".

Os aluguéis caem substancialmente na porção sul da Quinta Avenida, para cerca de US$ 11 mil por metro quadrado entre as ruas 42 e 49, onde marcas famosas em shopping centers, como a Ann Taylor e Sephora, operam lojas. O aluguel cai a US$ 4,7 mil por metro quadrado entre as duas 34 e 42, onde o Bryant Park interrompe a paisagem do varejo, mas a Lord e Taylor e o Empire State Building ajudam a atrair turistas para essa área mais ao sul.

Avenida Madison

A Madison tem reputação como polo comercial de alta costura, mas os aluguéis lá são inferiores aos da Quinta Avenida. Das duas 57 a 72, o lado oeste da avenida tem preços da ordem de US$ 14,5 mil por metro quadrado, e o lado leste de cerca de US$ 15,5 mil por metro quadrado.

"As pessoas vão à Madison pelo luxo, mas não é uma via de alto tráfego", disse Susan Kurland, vice-presidente executiva Imobiliário de Nova York.

Em um exemplo de como uma loja só pode mudar um padrão, o lado oeste da Madison "sempre teve inquilinos chochos" até que a Barneys New York abrisse uma loja na calçada oeste na esquina da Madison com a rua 61, diz Consolo. Agora, os varejistas estão igualmente interessados nos dois lados da avenida, se bem que o lado leste ainda obtenha ligeiro ágio - uma vez mais por causa do sol.

"Os estilistas todos optam pela Madison porque a escala, depois que você passa da 61, é muito mais fácil de digerir", diz Consolo. Chanel, Jimmy Choo, Hermès e Prada têm lojas na Madison, e duas grandes unidades da Ralph Lauren se encaram através da avenida no quarteirão da rua 72, onde termina o trecho sul de lojas de moda elegantes.

Rua 34

É onde as cadeias de lojas de massa se instalam para ver e serem vistas, graças ao tráfego de turistas na Macy's, Penn Station, Madison Square Garden e Empire State Building.

A H&M acaba de anunciar que vai abrir uma loja de 5,7 mil metros quadrados na esquina sudoeste da 34 com a Broadway, na diagonal de sua loja atual. O preço solicitado pelo novo espaço da H&M era de US$ 13,5 mil por metro quadrado. No segundo trimestre de 2012, o espaço comercial da área estava sendo alugado por US$ 6 mil por metro quadrado, de acordo com o Conselho Imobiliário de Nova York.

"A rua 34 recebe turistas, mas é considerada uma verdadeira rua comercial; as pessoas vão lá para fazer compras, e não por outras razões, e as lojas faturam vigorosamente", diz Kurland.

Rua 57

Atravesse a rua e o aluguel dobra.

O lado norte da rua 57, entre a Quinta Avenida e a Park Avenue, sai por US$ 22 mil o metro quadrado. O lado sul tem aluguéis de metade desse valor, principalmente porque não abriga muitas lojas famosas. O lado norte, no entanto, traz uma galeria do luxo que inclui Louis Vuitton, Chanel, Dior, Saint Laurent e Bergdorf's.

Primeira, Segunda e Terceira avenidas, norte de Manhattan

A Terceira Avenida está renascendo. "Quando o mercado desabou, a Terceira Avenida, na altura das ruas 60 e começo das 70, estava em moderada alta", diz Kurland. E agora os preços estão de novo subindo lentamente para a marca dos US$ 2,8 mil por metro quadrado.

Isso se deve em parte à Bloomingdale's --quanto mais perto dela, mais alto o aluguel, diz Trump--, e em parte à construção de uma nova linha de metrô na Segunda Avenida, a um quarteirão. Lá, diz Consolo, os aluguéis caíram para cerca de US$ 830 por metro quadrado.

Bleecker Street

Entre as ruas Bank e Christopher, os quarteirões de lojas da Bleecker ainda perturbam aqueles que desejam manter a reputação do West Village como território de Bob Dylan. Começando há 10 anos, "venho alugando espaços nos melhores quarteirões da Bleecker, para Ralph e outros", diz Consolo, falando de Ralph Lauren. "No começo os aluguéis eram da ordem de US$ 830 por metro quadrado, e agora chegaram a US$ 6,7 mil".

Os varejistas gostam do jeito europeu e da escala pequena da Bleecker, e do fato de que, "se você é grande, você se destaca".

Meatpacking District

O bairro, no passado popular, vem enfrentando uma queda. Os aluguéis ainda assim eram da ordem de US$ 4,1 mil por metro quadrado no segundo trimestre de 2013, cerca de 3,4% acima da média do primeiro trimestre, de acordo com o Conselho Imobiliário de Nova York.

Em Manhattan, lado da rua em que bate o sol custa mais caro

Em Nova York, tudo tem preço --mesmo o sol. Com a alta geral nos aluguéis em Manhattan, o varejo luta pelos melhores locais e paga ágio por áreas como a metade leste da Quinta Avenida --a parte mais ensolarada da rua.
 
O mais dispendioso espaço de varejo de Nova York, a porção nobre da Quinta Avenida., é o segundo mais caro do mundo, atrás da Lan Kwai Fong, em Hong Kong, deixando para trás o Champs-Elysées em Paris e a New Bond Street em Londres, segundo a divisão de varejo da Douglas Elliman Real Estate, que compilou a maior parte das estatísticas usadas para este artigo.
 
A Elliman recentemente intermediou contratos para a Orogold Cosmetics na esquina da rua 57 e Park Avenue, e para lojas da joalheria Buccelatti, Armani Junior e Perrin Paris 1893, uma marca de acessórios de couro, na avenida Madison.
 
"Parece pretensioso, mas há Nova York e há o resto do mundo, e é por isso que todos desejam estar aqui", diz Faith Hope Consolo, corretora de imóveis na Elliman.
 
De acordo com os dados mais recentes do Conselho Imobiliário de Nova York, o preço médio solicitado por metro quadrado de espaço de varejo em Manhattan foi de US$ 1.276 no segundo trimestre de 2013, 5,4% acima da marca do quarto trimestre do ano anterior.
 
 
Caminhe pela Quinta Avenida ou faça compras na rua 57, e as razões para as variações nos preços de locação do varejo parecerão um mistério conhecido apenas dos varejistas e dos incorporadores de imóveis. O sol é um fator importante. Os consumidores em geral escolhem o lado ensolarado da rua. E a luz natural ajuda a destacar os produtos em exibição.
 
O transporte é outro fator. O tráfego de pedestres será maior em ruas nas quais existam saídas do metrô.
E o elenco de lojas em torno de um local pode ser o fator mais significativo. "Os vizinhos são muito importantes", diz Larry Meyer, vice-presidente das operações norte-americanas da Uniqlo, uma cadeia de varejo de roupas japonesa.
 
A cadeia abriu uma loja de 8,1 mil metros quadrados na esquina da Quinta Avenida com a rua 53 dois anos atrás, e suas vizinhas são lojas da Zara e da Hollister. Os varejistas adotam abordagem não intuitiva e preferem estabelecer suas lojas bem ao lado dos concorrentes, de modo a atrair os compradores que estejam visitando a loja vizinha.
 
"Existem muitas nuances, e meio quarteirão de diferença pode literalmente resultar em aluguel duas vezes mais alto", diz o incorporador imobiliário Donald Trump, cuja Trump Tower fica na Quinta Avenida com rua 56, e que tem imóveis alugados para varejo em toda a cidade.
 
E agora que a recessão acabou, os aluguéis do varejo em geral começaram a subir, o que aponta para mudanças em alguns dos mais conhecidos quarteirões e ruas de Manhattan.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Justiça veta abertura de shopping na avenida Paulista, em São Paulo

 
Uma das áreas que já foi e pretende voltar a ser símbolo de São Paulo, o terreno da antiga mansão Matarazzo, na avenida Paulista, está envolvido em novo imbróglio.
 
A Promotoria de Habitação e Urbanismo conseguiu na Justiça uma liminar proibindo a abertura do shopping e de uma torre comercial com 21 andares que estão sendo construídos no local pela Cyrela Commercial Properties (CCP).
 
O juiz Murillo D'Avila Vianna Cotrim, da 5.ª Vara de Fazenda Pública, acolheu parcialmente uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público (MP) e determinou que a Cyrela faça um relatório de impacto de vizinhança e de tráfego, e execute obras para amenizar os efeitos no entorno do empreendimento, previsto para ser inaugurado em novembro de 2014, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
 
A decisão também proíbe a Prefeitura de São Paulo de emitir a licença de funcionamento ao shopping antes da conclusão das obras mitigadoras.
 
Neste caso, a multa é de R$ 20 mil por dia. Em nota, a Cyrela e a administração municipal afirmaram que o processo do shopping está de acordo com a lei.
Para a Promotoria, contudo, ele foi aprovado com base em dois decretos da década de 1990 que não exigiam estudo de impacto para imóveis inferiores a 60 mil metros quadrados (a obra tem 51,6 mil m²).
 
Mas o Plano Diretor aprovado em 2002, e vigente até hoje, diz o MP, revogou a medida no caso dos grandes geradores de impacto.
 
Na liminar, o juiz foi taxativo ao dizer que o shopping Cidade São Paulo e a Torre Matarazzo, nomes dos dois projetos, provocam "inequívoco impacto no trânsito e infraestrutura urbana local, enquadrando-se como empreendimento gerador de impacto de vizinhança".
 
Lançado em agosto e em construção há pouco mais de um ano, o empreendimento terá um shopping com cinco pavimentos para 170 lojas, dois teatros, seis cinemas, 13 andares com 694 escritórios e um estacionamento de sete níveis no subsolo com 1.557 vagas. A campanha publicitária na TV diz que o shopping será o "novo marco" da cidade.
 
Sem outorga
 
A ação do MP cobra ainda na Justiça o pagamento de R$ 116,9 milhões de outorga onerosa (contrapartida financeira paga à Prefeitura para construir acima do limite permitido por lei).
 
Segundo a Promotoria, a Cyrela se valeu de um processo que a família Matarazzo, antiga proprietária do imóvel, havia protocolado na Prefeitura na década de 1990, quando a contrapartida não era exigida, para aprovar um projeto totalmente modificado em 2010 sem pagar a outorga onerosa.
 
Autora da ação, a promotora Stela Tinoke Kuba, que em 2011 barrou a inauguração do shopping JK Iguatemi, no Itaim-Bibi, zona sul da capital, pela não entrega de obras de compensação pela WTorre, pediu ainda a anulação do alvará de construção e a demolição das obras já executadas, mas a liminar não tratou desse item da ação.
 

Dentro lei

Cyrela Commercial Properties (CCP) afirmou em nota que seu megaempreendimento na Avenida Paulista seguiu "rigorosamente" a lei e que "adotará todas as providências cabíveis" para reverter a decisão judicial, da qual disse ainda não ter sido intimada.
 
"A empresa destaca que acompanhou o inquérito civil que precedeu a ação judicial, tendo se surpreendido com a notícia de ajuizamento da demanda, na medida em que naquela esclareceu que o empreendimento foi aprovado junto à Prefeitura de São Paulo rigorosamente dentro dos termos da legislação", disse a Cyrela.
 
Segundo a empresa, foram observadas "as diretrizes urbanísticas e ambientais, razão pela qual, até mesmo, não é exigível, por expressa previsão legal, a elaboração do relatório de impacto de vizinhança pretendido pelo Ministério Público". "Certa de que o empreendimento está sendo construído dentro da mais pura regularidade, a empresa adotará todas as providências cabíveis para a preservação de seus direitos", disse.
 
Administração. Também em nota, a Prefeitura informou que "segue a legislação vigente e trabalha de acordo com os dispositivos legais no que tange aprovação e licenciamento na cidade". A administração municipal afirmou que, segundo o Plano Diretor e os artigos 242 e 244 da Lei 13.885, de 2004, "as regras da legislação vigente no período do protocolo (do pedido de alvará) são consideradas no momento da análise".
 
Segundo a Prefeitura, o Decreto 34.713, de 1994, "exige o relatório de impacto de vizinhança quando a edificação tem mais de 60 mil m² de área construída computável". O empreendimento tem 51,6 mil m².
 
A Prefeitura disse que a Cyrela obteve permissão da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para iniciar as obras mitigadoras exigidas, como o alargamento das Ruas Pamplona e São Carlos do Pinhal e a instalação de placas e semáforos. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

CONCRETAGEM CASA CONCRETO PVC

Conheça o primeiro motel sustentável do Brasil


O Vitara Motel é o primeiro motel sustentável do Brasil, que vai esquentar os momentos dos casais mais sustentáveis. Construído na região metropolitana de São Paulo, o empreendimento que caiu nas graças dos casais ecologicamente corretos possui quartos com sistema de energia solar e eficiência energética, móveis de madeira reflorestada, e, ainda, estrutura adaptada para receber portadores de necessidades especiais.

No Vitara, as piscinas, hidromassagens e duchas dos quartos são aquecidas com os raios solares, e a estrutura foi projetada para gastar o mínimo de eletricidade, assim como as lâmpadas utilizadas em todo o motel. Fora isso, os pisos têm certificação ecológica, e muitos móveis também são construídos com madeira certificada. O estabelecimento fica na Rodovia Régis Bittencourt, km 271, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.
 
Os ambientes que vão esquentar os momentos dos casais foram inspirados em cenários da natureza selvagem, e há cinco tipos de suítes: um deles, levando a acessibilidade bem a sério, conta com estrutura adaptada para cadeirantes. A suíte mais cara é um espaço para festas. O cardápio do motel também é bem completo, com diversas opções de pratos, lanches e bebidas, além de promoções oferecidas pela casa.
 
Idealizado com base nos fundamentos da economia verde, o estabelecimento faz a reciclagem de todo o lixo produzido pelos hóspedes. Além disso, a seleção dos funcionários foi feita de forma consciente, a fim de diminuir as emissões de carbono: a maioria dos contratados do Vitara mora naquela região – assim, além de diminuir o uso de carros e ônibus, os funcionários também não precisam enfrentar o trânsito na hora de ir para o trabalho.
 
O Vitara foi inaugurado em 2010, no dia dos namorados. Idealizado pelo grupo “Uau eu sou vip”, o empreendimento demandou um ano de planejamento e um investimento total da ordem de três milhões de reais.
 
Fonte: Dicas Verdes

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Haddad promulga lei que libera alvará sem Habite-se

O prefeito Fernando Haddad sancionou nesta segunda-feira, 16, uma lei que vai facilitar a obtenção de alvará de funcionamento e pode retirar da irregularidade mais de 1,6 milhão de estabelecimentos. Pelas novas regras, locais de até 1,5 mil metros quadrados poderão tirar a licença definitiva sem apresentar o Habite-se e imóveis até 5 mil m² poderão conseguir alvará condicionado, com prazo de dois anos para regularização.
 

"O que nós queremos é dar ao empreendedor condições de se regularizar, desde que atenda aos critérios de segurança da cidade", disse o prefeito Haddad. Entre outros documentos, o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), para os locais de reunião, e o atestado de responsável técnico continuarão sendo exigidos. Hoje, muitos estabelecimentos ficam em imóveis alugados nos quais os proprietários não têm interesse ou condições de conseguir o Habite-se (que atesta que a construção segue as normas da legislação municipal).


A estimativa da Prefeitura de prováveis beneficiados pela não exigência do documento é feita com base na diferença entre o número de alvarás de funcionamento concedidos, cerca de 380 mil, e os mais de 2 milhões de CNPJs da cidade. Nessa estatística devem entrar ainda muitos donos de pequenos comércios na periferia da cidade e os donos de casas noturnas.


Também serão beneficiados empreendedores com negócios em prédios antigos do centro, construídos com especificações diferentes das atuais. De acordo com o projeto de lei, não entram na conta terrenos em áreas de manancial e invasões de áreas públicas.


A acessibilidade, também devidamente atestada por responsável técnico, é outra exigência para se conseguir o alvará. "Muitos não faziam acessibilidade porque isso não dava a garantia de licença de funcionamento. Como é um pré-requisito, acredito que vão investir, pois o valor é baixo", afirma o secretário municipal das Subprefeituras, Chico Macena.


Ele ressalta que documentos específicos relativos à segurança continuarão sendo exigidos. "Nas atividades que exigem outras licenças, nós continuaremos pedindo. Por exemplo: um posto de gasolina necessita de laudo ambiental e dos bombeiros", exemplificou. "Já locais de alimentação são fiscalizados pela Vigilância Sanitária, cujas licenças também continuarão sendo exigidas."


Macena afirma que não se trata de anistia e o processo para a obtenção do Habite-se continua correndo. "Todos os imóveis que se encontram irregulares terão seu processo, seja administrativo ou judicial, correndo em paralelo. Se houver decisão de demolição, por exemplo, será demolido", disse.


Site

O processo para a retirada de alvará continuará sendo feito pelo site da Prefeitura. Trata-se de um procedimento em que, depois de anexados os documentos requisitados, a licença é expedida na hora, de acordo com Macena. Ele afirma que a checagem se o material apresentado corresponde à realidade do estabelecimento é feita por amostragem pelos agentes vistores.


A lei entra em vigor 60 dias após ser regulamentada. O projeto é de autoria dos vereadores Ricardo Nunes (PMDB), George Hato (PMDB), Rubens Calvo (PMDB) e Nelo Rodolfo (PMDB).
 
Fonte: O Estado de S. Paulo

domingo, 15 de setembro de 2013

Como foi que um arranha-céus 'derreteu' um carro?

Como foi que um arranha-céus 'derreteu' um carro?

Um arranha-céus em Londres, conhecido como "Walkie-Talkie" devido ao seu design peculiar, foi o responsável por derreter partes de um carro com o calor gerado pelo reflexo do sol em suas janelas.

Como isso aconteceu?

É como atear fogo com um refletor parabólico.

"É uma questão de reflexo. Se um prédio é curvilíneo e tem várias janelas planas, que funcionam como espelhos, os reflexos se convergem em um ponto, focando e concentrando a luz," diz Chris Shepherd, do Instituto de Física de Londres.

O edifício de 37 andares, ainda em construção, é de fato um prédio curvilíneo. Seu design, que já foi comparado à um copo de cerveja cheio, já provocou controvérsias antes.

O carro, um Jaguar, estava estacionado em uma rua próxima ao prédio, exatamente no ponto atingido por um foco de luzes refletidas.

O carro não foi o único que sofreu estrago. Houve também relatos de um banco de bicicleta derretido, de tecido queimado e de uma pintura empolada.

A empresa Land Securities, responsável pela construção do arranha-céus em parceria com o Canary Wharf Group, diz que está procurando uma solução para o problema, e que tomou a medida de emergência de fechar os estacionamentos localizados onde a luz é refletida.

Eles disseram que o problema é um fenômeno causado pela posição atual do sol. Acredita-se que o sol permaneça nessa posição por duas horas por dia e que possa causar problemas pelas próximas duas ou três semanas.

Precedentes
Mas quão comum é um arranha-céus causar danos dessa forma?

O crítico de arquitetura Jonathan Glancey diz que o caso tem precedentes.

Em 2003, a abertura do Walt Disney Concert Hall em Los Angeles, projeto assinado pelo famoso arquiteto Frank Gehry, causou um problema parecido.

"O edifício estava coberto por painéis de aço inoxidável da cabeça aos pés, que refletiam os raios do sol nas calçadas onde as pessoas estavam. A temperatura chegou a 60ºC."

"Pessoas que moravam próxima ao local, reclamaram que precisavam colocar o ar condicionado no máximo para diminuir o calor", disse Glancey.

O brilho ofuscante também afetou motoristas que passavam pelo edifício.

Depois que sensores identificaram os painéis como causa do problema, eles foram cobertos por areia para acabar com o reflexo dos raios do sol.

De acordo com Shepherd, há muitas outras, pouco conhecidas, armadilhas causadas por projetos arquitetônicos.

"O shopping center Eden, em High Wycombe, na Inglaterra, tem uma série de janelas curvilíneas que concentram o reflexo da luz em um ponto. Se você passar por esse ponto, consegue sentir o calor," disse ele.

Gerador de energia
Em outros casos, o design da construção tem como objetivo usar o reflexo do sol para o aquecimento.

Fornos solares usam espelhos para absorver a luz do sol e criar altas temperaturas, normalmente com fim industrial. O maior desses fornos está em Odeillo, na França.

A temperatura gerada por esses fornos pode chegar a 3.500ºC, e o calor é usado para testar vários materiais, gerar eletricidade e energia solar.

Shepherd diz que o mesmo princípio também é usado em telescópios refletores. Um espelho curvo coleta a luz e a reflete em um ponto específico.

A física é a mesma para som e luz, diz ele. "O efeito do espelho curvo pode ser usado para focar sons, ou o inverso, como por exemplo quando uma caixa de som em um anfiteatro projeta o som para uma plateia.

'Walkie Talkie'
Em relação ao arranha-céus e o carro, Shepherd diz que o fato do carro ser preto - uma cor que absorve bem a luz - ajudou no estrago causado pela concentração de luz.

Ele diz que as únicas partes que parecem ter sofrido danos foram as plásticas, o que é significativo, já que o plástico tem um ponto de fusão mais baixo que o metal do corpo do carro.

Alguns plásticos, como o PVC, podem derreter a uma temperatura de 100º C, mas podem amolecer antes disso. Um termômetro mostrou que temperatura no "ponto quente", onde o carro estava estacionado, era de 91,3ºC.

Sobre o "Walkie-Talkie", Shepherd acredita que a construtora pode aplicar algumas soluções.

"Eles podem pintar as janelas para reduzir o reflexo, o que pode ser uma solução barata. A desvantagem é que pode diminuir a quantidade de luz que entra no prédio."

"Outra solução seria desalinhar a armação das janelas em cerca de um milímetro, mas isso seria muito caro," diz Shepherd.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Empresa aérea deve dar nome ao estádio do Corinthians

Emirates Arena ou Arena Emirates. Assim deverá se chamar pelos próximos 20 anos o novo estádio corintiano, que está sendo construído no bairro de Itaquera, na zona leste de São Paulo. Em troca, a companhia aérea com sede nos Emirados Árabes Unidos vai depositar nos cofres do Corinthians a quantia de R$ 450 milhões - isso equivale a uma renda anual para o clube de R$ 22,5 milhões.
 
O contrato ainda não foi assinado. E depende de um "sim" dos comandantes da empresa dos Emirados Árabes Unidos. A diretoria do Corinthians já demonstrou estar satisfeita com os números apresentados. A decisão está nas mãos dos xeques, que comandam a companhia aérea. Entre os envolvidos, poucos acreditam que o negócio não seja fechado. Assim, a Emirates dará nome ao estádio.
 
O valor que está sendo fechado com a Emirates é pelo menos R$ 50 milhões a mais do que o próprio Corinthians calculava receber quando começou a estudar a possibilidade de uma empresa dar seu nome para o estádio. Isso tem a ver com a concorrência pelos naming rights do Itaquerão. Ambev e Zurich Seguros também estavam no páreo, de acordo com informações do mercado.
 
A Emirates está desenvolvendo uma política agressiva de marketing no Brasil não só por ter um voo diário entre São Paulo e Dubai, mas porque tem planos ambiciosos no País num curto espaço de tempo. Pesou ainda na opção pela empresa, além do dinheiro oferecido, sua experiência na área. A companhia aérea tem acordo de sucesso com o Arsenal, dando seu nome ao estádio do clube na Inglaterra.
 
Escolhido para ser a sede de São Paulo dos jogos da Copa de 2014, incluindo a abertura da competição, o estádio do Corinthians tem previsão de ficar pronto em dezembro deste ano. O local terá capacidade para 48 mil torcedores, sendo que esse número será aumentado para 65 mil durante a realização do Mundial no ano que vem, com a colocação de arquibancadas provisórias.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Governo transforma hotel de luxo em cadeia para que mensaleiros cumpram pena

 
O Diário Oficial da União divulgou a desapropriação do hotel Lunik Garden Spa & Resort, que funciona na cidade de Lapão Roliço, São Paulo que será transformado em presídio de segurança máxima.

 No referido estabelecimento prisional, os condenados pelo escâdalo que ficou conhecido por “Mensalão” cumprirão as penas em regime fechado.

 Segundo o ministro da justiça, José Eduardo Cardozo, “a iniciativa faz parte de um projeto que tem por objetivo garantir mais dignidade aos brasileiros que cumprem pena. A dignidade da pessoa humana é um princípio constitucional”, afirmou.

Questionado o motivo pelo qual o projeto somente será iniciado quando os mensaleiros forem conduzidos à prisão, Eduardo explicou que “foi uma grande coincidência. Já pensamos nisso há muito tempo, mas só agora foi possível viabilizar”.

O ministro lembrou que as cadeias brasileiras estão entre as piores do mundo. “Essa situação foi inclusive constatada pelo presidente do Supremo (Tribunal Federal). Está na hora de mudar essa triste realidade”, concluiu.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Arranha-céu de Londres que danificou Jaguar recebe cobertura temporária

 
Uma tela temporária cobre desde esta quarta-feira (4) o arranha-céu de Londres que nos últimos dias provocou danos em veículos e comércios pelos raios solares que refletem em suas vidraças.
O particular desenho côncavo da fachada do edifício de 37 andares, na fase final de sua construção, faz com que a luz se concentre em alguns pontos de ruas divisórias e provocou um pequeno incêndio em uma barbearia, além de derreter o espelho retrovisor de um Jaguar que estava estacionado próximo ao local, entre outros problemas.
A construtora Land Securities, que constrói o arranha-céu apelidado de "Walkie Talkie", se comprometeu a ressarcir os consertos necessários, assim como a avaliar de novo seu projeto arquitetônico para evitar que continue ocorrendo esses problemas.
 
 "Entramos em contato com os comerciantes da zona para informar sobre as medidas que serão tomadas e contamos com seus comentários para decidir o curso de ação necessária", assinalou um porta-voz da companhia.
 
 A empresa disse que falou com Martin Lindsay, o motorista de um Jaguar que afirmou que os reflexos do arranha-céu danificaram seu automóvel, e afirmou que "como gesto de boa vontade" cobrirá "os custos da reparação".
Como medida provisória, além disso, a Land Securities construiu uma grande tela temporária para evitar que os raios do sol continuem refletindo nas vidraças do arranha-céu.

Como foi que um arranha-céus 'derreteu' um carro?
É como atear fogo com um refletor parabólico.
"É uma questão de reflexo. Se um prédio é curvilíneo e tem várias janelas planas, que funcionam como espelhos, os reflexos se convergem em um ponto, focando e concentrando a luz," diz Chris Shepherd, do Instituto de Física de Londres.
O edifício de 37 andares, ainda em construção, é de fato um prédio curvilíneo. Seu design, que já foi comparado à um copo de cerveja cheio, já provocou controvérsias antes.
O carro, um Jaguar, estava estacionado em uma rua próxima ao prédio, exatamente no ponto atingido por um foco de luzes refletidas.
O carro não foi o único que sofreu estrago. Houve também relatos de um banco de bicicleta derretido, de tecido queimado e de uma pintura empolada.
A empresa Land Securities, responsável pela construção do arranha-céus em parceria com o Canary Wharf Group, diz que está procurando uma solução para o problema, e que tomou a medida de emergência de fechar os estacionamentos localizados onde a luz é refletida.
Eles disseram que o problema é um fenômeno causado pela posição atual do sol. Acredita-se que o sol permaneça nessa posição por duas horas por dia e que possa causar problemas pelas próximas duas ou três semanas.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Eike deve vender Hotel Glória para grupo suíço por R$ 225 milhões

O histórico Hotel Glória, que está sendo reformado pela REX, empresa do segmento imobiliário de Eike Batista, pode ser vendido para o fundo suíço Acron. Foi assinado um contrato de exclusividade para a compra do empreendimento no valor de R$ 225 milhões. 
A operação está sendo coordenada pelo Bradesco BBI. Procurada, a REX diz que não vai comentar o assunto.  
 
O Hotel Glória foi comprado em 2008 por Eike Batista. Com vista para a baía de Guanabara, ele fica de frente para o Aterro do Flamengo.  
Diante da crise que atinge os seus negócios, o empresário está se desfazendo de participações em suas empresas, assim como colocando à venda outros ativos, como o Hotel Glória, que teve a inauguração adiada diversas vezes.  
Com apenas 26% da obra concluída, a estimativa é que a inauguração de um dos hotéis mais tradicionais do Rio ocorra apenas em maio de 2015, segundo informações do Portal da Transparência.  
A última previsão da REX, empresa do grupo EBX responsável pelo empreendimento, era que a inauguração oficial ocorreria no segundo semestre de 2014. Antes, estimava a entrega em abril de 2014.  
Para reformar o hotel, o grupo contratou financiamento de R$ 190,6 milhões do BNDES por meio do programa ProCopa Turismo.
 
Fonte: Folha de São Paulo

Cenário favorece negociação de aluguéis

O cenário de perda de fôlego dos preços de venda de imóveis usados na cidade de São Paulo favorece a negociação do aluguel.
 
"O aluguel acompanha a trajetória do valor de venda do imóvel", diz Valter Police, planejador financeiro.
 
Além disso, se a expectativa é que os preços dos imóveis subam menos no futuro, isso também freia o valor do contrato de locação, acrescenta do economista.
 
 
"Tem uma parte do valor do aluguel que é especulação. O dono já embute no preço da locação atual sua expectativa de aumento do valor do imóvel", afirma.
Em junho deste ano, os descontos nos aluguéis na capital paulista chegaram a 10% em média, de acordo com o último relatório divulgado pelo Creci-SP (Conselho Regional dos Corretores).
 
COMO NEGOCIAR
 
O primeiro passo para o sucesso em uma negociação para baixar o aluguel é colher algumas informações previamente, dizem especialistas.
 
"Ajuda na negociação saber, por exemplo, se há mais imóveis similares ao do seu interesse vagos nos quarteirões próximos e quais os preços cobrados pelo aluguel deles", diz Moira Toledo, diretora de locação da Aabic (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo).
 
MESMO PRÉDIO
 
"Se no mesmo prédio houver unidades vagas, melhor. É possível tentar baixar os preços por comparação com valores da concorrência."
 
Esses dados podem ser encontrados em sites de vendas de casas e apartamentos, com imobiliárias e até mesmo diretamente nos prédios, com porteiros e zeladores.
"Para os donos, ter um imóvel vago é pior que deixar dinheiro aplicado sem rendimento, pois há custos fixos, como condomínio", diz Police, consultor financeiro.
 
O futuro inquilino também precisa observar atentamente o interior dos imóveis -ver o estado de pisos e azulejos e se há armários, aquecedor e box, por exemplo.
 
Se as condições gerais forem inferiores às de outros imóveis do mercado, isso pode se refletir em desconto. Além disso, vale propor melhorias e modernizações, para, em contrapartida, ter um abatimento no aluguel.

 
RENOVAÇÃO
 
Quem já é inquilino e está para renovar o contrato também deve barganhar.

 
A sugestão nesse caso é usar a favor argumentos como o fato de ser um pagador pontual e conservar o local.
 
"Para o dono, um inquilino que não dá trabalho vale muito", diz Moira, da Aabic.
 
 
Fonte: Viviam Nunes / UOL

domingo, 1 de setembro de 2013

Hotéis usam letra que mistura H com M no nome para fugir de veto a motéis em SP

A 27ª letra do alfabeto da língua portuguesa nasceu em São Paulo. É filha do H com o M. Leva um pouco a cara do pai e se parece outro tanto com a mãe, dependendo do ângulo.
 
Seu habitat natural é o letreiro de hotéis dos bairros mais centrais, onde motéis são proibidos pela lei de zoneamento. A atividade é restrita a áreas de predominância industrial ou de proteção (tipo beira de estrada), além de vias como as marginais ou a rodovia Raposo Tavares.
 
"É um truque comum e só paulistano. Usam uma letra indefinida, com a ponte que liga as duas pernas do H meio curvadinha, para avisar o cliente que ali ele vai achar condições parecidas com as dos motéis", diz o antropólogo Nelson Antione.
 
A São Paulo visitou dez estabelecimentos que ostentavam em seu letreiro um H com cara de M. Todos disseram se tratar de um H e ponto.
 
 
"Foi erro do letreiro", Wagner Souza, gerente do Gramado, em Santa Cecília, que aparece na foto acima. "Na porta mostra que é um H mesmo, você pode ver. Aqui é hotel."
 
"É hotel aqui. Só hotel. Você está vendo maldade", disse a gerente do Beija-Flor, na rua Rui Barbosa, na Bela Vista, que não quis ser identificada. Mas o local tem em seu cardápio de preços períodos de 24 (R$ 80), 12 (R$ 50) e duas horas (R$ 35).
 
Já o Foulard cobra R$ 30 por uma estada de duas horas numa ruela de Santana, zona norte. "É só para o cara que vem tirar uma soneca", garante o dono, Manuel Castro.
 
 
O Stela Novo, na rua Augusta, não se envergonha de alugar por período para outro fim. "O pessoal às vezes quer namorar um pouquinho, rapidinho", diz a atendente que pede para não ter o nome revelado.
 
O colunista da Folha Antonio Prata versou sobre o tema no último domingo. Não chegou a conclusão, mas confessou uma inclinação a pensar que "trata-se de um motel envergonhado". Ou pura maldade de quem vê uma letra que nem existe.
 
Fonte: Chicco Felitti / Folha de São Paulo