Quatro anos depois de ter
comprado um dos terrenos mais cobiçados – e enroscados – de São Paulo, a CCP,
braço do grupo Cyrela que desenvolve prédios corporativos e galpões logísticos,
lança nesta terça-feira, 13, o shopping Cidade São Paulo, no coração da Avenida
Paulista.
O empreendimento, que
começou a ser construído há cerca de um ano em um terreno que pertenceu à
família Matarazzo, tem inauguração prevista para novembro do ano que vem. Nesta
terça-feira, a companhia começa uma campanha publicitária em emissoras de TV aberta
e em veículos impressos para apresentar o projeto aos paulistanos e,
principalmente, aos lojistas. A empresária Viviane Senna e o maestro João
Carlos Martins vão estrelar os comerciais.
Na semana passada, a CCP
comprou a fatia de 50% que a CCDI, da Camargo Corrêa, detinha no
empreendimento. As empresas não divulgaram valores, mas estimativas de mercado
apontam que a CCP teria desembolsado cerca de R$ 250 milhões pela participação.
O lançamento do shopping
coincide com um momento de incerteza no setor de consumo. No primeiro semestre
do ano, as vendas dos shopping centers no Brasil cresceram 8% – ritmo inferior
ao registrado nos dois anos anteriores, segundo levantamento da Associação
Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Apesar disso, no mercado, a
expectativa é de que os lojistas recebam bem o projeto da CCP por causa de sua
localização privilegiada. Não
tem como dar errado,
diz José Roberto Voso, diretor de shopping centers da empresa. Só
pela calçada do shopping passam mais de 900 mil pessoas por dia.
O empreendimento é o mais
emblemático entre os shoppings da empresa – que tem quatro em operação e outros
quatro em construção. O Cidade São Paulo levou quatro anos para ser aprovado na
Prefeitura de São Paulo – o dobro do tempo para um empreendimento do tipo. No
meio do caminho, o terreno virou alvo de uma disputa jurídica com a família
Matarazzo, que reclamava de atraso no pagamento. O imbróglio foi resolvido no
início deste ano.
O Cidade São Paulo exigiu
investimentos de R$ 400 milhões. Por ter apenas 18 mil metros quadrados de área
(um shopping médio tem cerca de 40 mil), a CCP decidiu não trabalhar com
lojas-âncora, para priorizar a variedade. O shopping tem espaço para 170 lojas.
Até agora, só o contrato com o Cinemark foi assinado. A expectativa é de que o
Cidade São Paulo tenha uma receita de R$ 45 milhões em três anos. Vai
ser o mais rentável por metro quadrado, diz Voso. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo.
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