A instalação de cerâmica nos imóveis contratados ainda na gestão do ex-presidente Lula dentro do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) custará ao governo entre R$ 1.000 e R$ 2.000 por residência, segundo estimativa inicial da Caixa Econômica Federal, e poderá consumir um total de até R$ 837 milhões.
José Urbano Duarte, vice-presidente de governo do banco estatal, explica, porém, que o valor total da medida dependerá de um inventário que a Caixa está fazendo nos imóveis já entregues.
Responsável pelas obras destinadas às famílias que, na época, ganhavam até R$ 1.395, a Caixa aguarda o levantamento para definir a solução para o problema.
Dependendo da situação do imóvel, a decisão pode ser diferente e, com isso, custar mais ou menos para a União que é quem banca a construção dessas unidades para serem distribuídas a custo praticamente zero às famílias de baixa renda.
Conforme antecipou a Folha na sexta-feira, os 418.969 imóveis contratados para essa faixa de renda entre 2009 e 2010 só têm cerâmica nas áreas molhadas, como banheiro e cozinha.
Por determinação da presidente Dilma, agora eles terão o revestimento em todos os cômodos, como já ocorre com os imóveis da segunda etapa do programa.
O vice-presidente da Caixa argumenta que a mudança é importante para essas famílias e defende que a cerâmica "ajudará a manter por mais tempo a qualidade do imóvel que elas receberam".
LEVANTAMENTO
A Caixa já fez o levantamento em unidades que ainda estão sendo construídas (cerca de 60 mil), caso mais fácil de resolver porque basta um aditivo ao contrato.
Para os imóveis já habitados, uma saída em estudo é distribuir um "vale-cerâmica" para que os próprios moradores providenciem a colocação de cerâmica. Há ainda a possibilidade de entregar um "kit-cerâmica".
CONTA PRÓPRIA
Antes de definir, porém, o governo quer saber quantas famílias já fizeram o serviço por conta própria depois que receberam o imóvel.
Nesse caso, segundo a Folha apurou, há uma proposta para que esses beneficiários do MCMV sejam excluídos da medida.
Fonte: Folha de São Paulo
Sheila D'Amorim e Valdo Cruz
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