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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Com ideia de dividir custos, escritórios compartilhados se espalham pelo Brasil; mensalidades variam de R$ 600 a R$ 850

Uma designer que senta ao lado de uma empresa de bike courriers. Um site de notícias que divide espaço com a filial de uma siderúrgica. Programadores que no intervalo da tarde tomam café com assessoras de imprensa. Essas são algumas das misturas que os escritórios compartilhados – o coworking – proporcionam.

Espaços que antes se restringiam aos maiores centros financeiros do Brasil, os escritórios compartilhados espalharam-se pelo país em 2011 e tornaram-se uma opção para autônomos que querem fugir do home office ou empresas que possuem uma estrutura mais compacta. O The Hub, rede mundial de coworking, recentemente abriu filial em Curitiba. Já há também locais do tipo em cidades do interior de São Paulo, como Campinas, que sedia o 2Work. A empresária Fernanda Trugilho, fundadora do Ponto de Contato, afirma que recebe uma quantidade considerável de propostas de abertura de franquia pelo Brasil afora.

Fernanda conta que quando abriu o espaço compartilhado, em 2008, a sensação nos primeiros meses era de “não vem ninguém na minha festa de aniversário”. Hoje, três anos depois, o feeling é “garçom, traz mais cadeiras porque lotou”.

Como funciona e quanto custa
A ideia do coworking surgiu nas proximidades do Vale do Silício. Três empresários do ramo de tecnologia abriram as portas do apartamento para pessoas que precisavam de um local para trabalhar. Daí surgia o primeiro escritório compartilhado, o Hat Factory.

O esquema de funcionamento é simples. Os coworkers optam por um plano que pode ser de horas ou mensal. Feito isso, eles podem passar a trabalhar nesses espaços que já contam com toda a infraestrutura corporativa necessária: internet, espaço para reunião, copa, serviços de impressão e todo o mobiliário. Para Luis Aurichio, do Clubwork, não precisar arcar com os custos iniciais é a principal vantagem do coworking. “Muitas empresas não chegam nem a nascer porque morrem no plano de negócios, por conta do investimento inicial. O escritório compartilhado resolve esse problema”, diz.

Outra vantagem que sempre está presente do discurso dos coworkers é o networking, as oportunidades de negócio que resultam da interação no dia a dia entre os usuários. No entanto, nem sempre a troca de experiências funciona. A designer Camila Aun frequentou um escritório compartihado por três meses e, depois desse período, decidiu partir para outros formatos. “Os usuários tinham um perfil muito diferente do meu, o que impedia que eu fizesse networking. Preferi ir para um escritório particular e dividir com outras pessoas que me rendem mais oportunidade de trabalho”, conta.

Focando no networking, o Ponto de Contato levou a ideia do entrosamento entre os frequentadores adiante. O escritório paulistano que se localiza na laje da descolada Galeria Ouro Fino promove, em todas as últimas quintas-feiras do mês, o evento “Ideias na Laje”, quando os coworkers tomam um drink e conversam entre si. O objetivo desses encontros é “trocar e reciclar ideias com pessoas em um momento muito parecido com o seu”.

Já o Bees Office, pensando no bem-estar dos seus usuários, disponibiliza às terças e quintas-feiras aulas de ioga que podem ser pagas à parte. O The Hub oferece descontos e cursos para seus frequentadores.

Para ver se vale a pena compartilhar, preparamos uma lista com os principais coworking do Brasil, o perfil de seus frequentadores, o que oferecem e os valores cobrados por eles -- que variam entre R$ 600 e R$ 850
Quanto custa trabalhar em escritórios compartilhados pelo Brasil


Erosão engole casa e ameaça outros imóveis e moradores de bairro de Luziânia (GO)

Uma casa foi engolida por uma erosão que ameaça as estruturas de outros imóveis e de uma ponte, no município de Luziânia (200 km de Goiânia), no entorno do Distrito Federal. Com cerca de dez metros de profundidade, o buraco está situado no encontro dos bairros Fumal e Centro.

No local, há uma canalização que concentra as águas das chuvas e o esgoto da região e desemboca num córrego. O declive do terreno agrava a situação.

Devido aos riscos de novos desabamentos, a Defesa Civil de Goiás cadastrou as famílias que ainda moram na região, que agora aguardam a transferência para outra área. Os moradores do local devem procurar ainda a Secretaria de Promoção Social do município.

Perto da cratera há uma casa que está isolada. Segundo o sargento Gilmar Alves Nunes, do Corpo de Bombeiros, a erosão está no local há quase uma década, e nos meses de chuva sempre aumenta o perigo para as famílias.

A previsão da prefeitura de Luziânia é de que as obras de canalização do córrego e construção de uma galeria pluvial devem ser iniciadas somente em abril do próximo ano, após o período chuvoso.

Com novas regras, Minha Casa, Minha Vida terá cota para idosos

O governo federal alterou os critérios para a inclusão de candidatos a beneficiários do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, prioridade da gestão da presidente Dilma Rousseff.

As mudanças foram publicadas nesta terça-feira (27) no "Diário Oficial" da União, em portaria assinada pelo ministro das Cidades, Mário Negromonte.

Entre as novas regras, deverá ser reservada, no mínimo, cota de 3% das unidades habitacionais para atendimento a idosos e a pessoas com deficiência --ou cuja família tenha pessoas com deficiência.

Em março de 2009, quando foi lançado, o programa já previa a priorização dos portadores de deficiência e dos idosos.

O governo anunciou que pretende investir R$ 125,7 bilhões até 2014 para a construção de 2 milhões de moradias no Minha Casa, Minha Vida. Em 2011, foram contratadas 354 unidades, segundo balanço divulgado por Dilma no início de dezembro.

O Minha Casa, Minha Vida foi lançado em março de 2009, na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a meta inicial de construir 1 milhão de moradias populares para diminuir o deficit habitacional.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Apesar de boas projeções no longo prazo, setor imobiliário terá 2012 desafiador

A maior parte das ações do setor de construção civil no Brasil se desvalorizou em 2011. A desaceleração da economia e os problemas enfrentados pelas incorporadoras imobiliárias - estouro de custos, redução na expectativa de lançamentos, queda na velocidade de vendas e maior alavancagem financeira - proporcionaram um ano difícil para o setor. E o cenário que se desenha para 2012 aponta para um novo período de entraves.

Apesar da perspectiva de crescimento no longo prazo, os analistas da Fator Corretora, Iago Whately e René Brandt, consideram que os desafios enfrentados pelas companhias este ano continuarão presentes no próximo calendário, e poderão se tornar ainda maiores.

Na opinião deles, o ambiente pode piorar se a expectativa de bom desempenho da economia brasileira não se confirmar, e se houver maiores restrições ao crédito e para o acesso ao mercado de capitais.

Os analistas do HSBC, Felipe Rodrigues e Leonardo Martins, também chamam a atenção para o impacto do crédito no mercado imobiliário. "As discussões acerca da disponibilidade de crédito devem continuar sendo o foco dos investidores, uma vez que a captação em contas de poupança não deve ser suficiente para sustentar a indústria até 2014", afirmam os especialistas em relatório.

Cautela
Por conta do panorama incerto, a Fator Corretora sugere menor exposição do investidor ao setor de construção civil, alertando para os casos em que a alavancagem financeira alcançou patamares desconfortáveis.

Os analistas afirmam que o nível de endividamento da maior parte das companhias do setor de construção civil no Brasil alcançou patamar desfavorável em 2011, mas na hipótese de deterioração no ambiente macroeconômico e consequente restrição de crédito, algumas companhias podem ter mais dificuldade em sustentar o elevado patamar de alavancagem financeira, em especial as menores, como CCDI - Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCIM3), Rodobens (RDNI3), Viver (VIVR3) e Tecnisa (TCSA3).

"Nesse ambiente, apostamos em retomada da atividade de fusões e aquisições, o que poderá influenciar significativamente o desempenho das ações das companhias envolvidas", avaliam os especialistas.

Baixa renda
Se a incerteza macroeconômica em 2012 pode prejudicar o desempenho de parte do setor, também tem chances de aumentar o prêmio com que as incorporadoras de baixa renda negociam, dada a alta probabilidade de estímulos governamentais à demanda imobiliária neste segmento, no caso de desaceleração da economia. Essa é a opinião dos analistas da Fator, que têm preferência pelos papéis da Direcional (DIRR3), MRV Engenharia (MRVE3), Rossi (RSID3) e PDG Realty (PDGR3) neste segmento.

Por outro lado, a equipe do HSBC aconselha o distaciamento de empresas focadas em unidades direcionadas ao segmento de baixa renda, em especial MRV (MRVE3) e Rossi (RSID3). Para Rodrigues e Martis, essas companhias devem continuar sob pressão pela combinação dos tetos de preços do programa Minha Casa, Minha Vida e a alta inflação de custos.

Na visão do banco, as ações de convicção mais forte são: PDG Realty, por conta da avaliação barata e da recuperação esperada nas margens; e Brasil Brokers (BBRK3) em virtude do grande desconto no P/L (preço sobre lucro) estimado para 2012, de 5,83 vezes.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Estudo aponta horário de trabalho flexível como garantia de bem-estar

A saúde e o bem-estar dos adultos, que passam boa parte de sua vida no trabalho, melhoram quando estes podem trabalhar em horários flexíveis, segundo um estudo publicado nesta terça-feira na revista "Journal of Health and Social Behavior".

Liderado por Phyllis Moen, do Departamento de Sociologia da Universidade de Minnesota, o estudo analisou mais de 600 funcionários de uma empresa de serviços que adotou um esquema de horários flexíveis.

"Os adultos passam boa parte de seu tempo acordados seguindo ritmos institucionalizados em torno do início e do fim do dia e da semana de trabalho". Estas regras e ritmos constituem "jaulas do tempo" tidas como estabelecidas e imutáveis, e são "andaimes invisíveis que confinam a experiência humana dentro e fora do emprego", informou o artigo na revista oficial da Associação Sociológica dos Estados Unidos.

"Nosso estudo mostrou que ao deixar de considerar como produtividade o tempo passado no escritório, enfatizando os resultados reais, cria-se um ambiente de trabalho que promove o comportamento saudável e o bem-estar", disse Moen.

"As iniciativas que abrem caminho aos horários flexíveis encorajam os empregados a se cuidarem mais", acrescentou.

Esta iniciativa de horário flexível estudada pela equipe de Moen começou em 2005 na sede da empresa Best Buy em Richfield, Minnesota, com o propósito de focar os empregados e gerentes mais nos resultados mensuráveis e menos em onde e em quanto tempo se completava a tarefa.

Dessa maneira, se permitiu que os empregados mudassem rotineiramente o lugar e o tempo de trabalho, segundo suas necessidades individuais e as responsabilidades de sua posição, sem a necessidade de permissão ou notificação de um supervisor.

Uma das conclusões principais do estudo é que o esquema de horário flexível permitiu que os empregados descansassem mais, quando a maioria deles disse que dormia uma média de 52 minutos a mais na noite anterior ao trabalho.

Os empregados se sentiram menos obrigados a trabalhar quando estavam doentes e foram mais propensos a consultar um médico quando era necessário, embora estivessem ocupados.

"A iniciativa de trabalho flexível aumentou nos empregados seu sentido de controle do horário e reduziu os conflitos entre trabalho e família, o qual por sua vez resultou em um descanso melhor, níveis mais altos de energia e um sentido de controle da vida pessoal que diminuiu o cansaço emocional e o estresse psicológico", avaliou o estudo.

sábado, 12 de novembro de 2011

Bolha Imobiliária: pequeno poupador que se cuide

Segundo João da Rocha Lima, coordenador do Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, o aumento nos preços de imóveis neste ano está descolado da realidade de custos e indica início de bolha imobiliária. A entrevista foi publicada em 12/08/11 no jornal Folha de São Paulo. Vale acrescentar que tanto o jornal quanto o entrevistado tem uma posição conservadora em relação a essa questão. Opiniões desse tipo podem gerar preocupações que esfriam o mercado, e isso provavelmente não interessa a nenhum dos dois.

O que se viu nas grandes cidades do país nos últimos anos foi o preço do metro quadrado multiplicado por 4, 5, 6… até 10! Segundo o professor “Você pode explicar a formação de preços por questões especulativas ou por razões estruturais. Neste momento, há identificação de que alguns preços estão fugindo de sua explicação estrutural”.

O aumento do preço de imóveis acumulado nos últimos anos não foi acompanhado pelo crescimento da renda. Os apartamentos estão menores para suprir a demanda pelo mesmo valor de unidade.

“O produto preferencial que era um produto de 150 m², agora é um produto de 100 m². O custo do metro quadrado cresce e a renda não, a única forma é entregar para as pessoas menos metros quadrados”, considera.

Ainda segundo Lima, não há o risco de uma crise como a norte-americana, no sentido dos bancos quebrarem com créditos podres: “No Brasil, o crédito imobiliário é algo muito contido e é extremamente responsável”.

Quem deve ficar com a perda são os pequenos especuladores, que colocam sua poupança no imóvel. São Paulo já registra o terceiro mês consecutivo com retração nas vendas de usados. Quem estiver comprando lançamento para revender com lucro no curto prazo deve “colocar as barbas de molho”.

domingo, 16 de outubro de 2011

Pequenos empresários lucram com escritórios virtuais e coletivos

O mercado corporativo cria novos espaços para trabalhar mais e gastar menos. Pequenos empresários podem agora escolher entre um escritório coletivo – também chamado de coworking – ou um escritório virtual.
No escritório virtual, o inquilino aluga o endereço comercial, telefone, internet, secretária e correio – e não precisa nem ir ao local. Ele recebe os recados todos os dias, onde estiver, por e-mail ou telefone.
O modelo caiu como uma luva para o consultor Gustavo Quezada: “99% do meu contato com o meu cliente se dá no local onde ele vai operar, então eu preciso ir até ele (o escritório), pouquíssimas vezes”, diz ele.
O escritório virtual foi aberto em 1995 pelos empresários André e Rodrigo Kielblock. Eles investiram R$ 50 mil para reformar o espaço e montar a infraestrutura, que é compartilhada por todos os clientes.
“Existe um rateio, na verdade, de todas as despesas, e com isso a empresa consegue ter por um custo muito baixo toda a infraestrutura de um escritório convencional”, explica André.
O valor do aluguel do escritório virtual é a partir de R$ 190 por mês. A tecnologia favorece a redução de custos com ganhos de eficiência: graças a um software de gerenciamento, uma secretária presta serviço para 50 inquilinos. Cada um deles tem um número de telefone exclusivo. Ao receber uma ligação, o sistema mostra na tela o que a atendente deve dizer.
Mas quem precisa de um espaço também pode alugar uma sala por mês a partir de R$ 980, e ainda contar com a mesma infraestrutura.
Foi o que fez Wanderson Oliveira, que trabalha com tecnologia de informática. Ele queria transferir a empresa de Belo Horizonte para São Paulo, e se surpreendeu com a agilidade da operação.
“O que chamou a atenção da gente é a praticidade desse tipo de contratação. No mesmo dia que nós assinamos o contrato, nós já tínhamos todo o escritório já mobiliado, já uma infraestrutura com internet, com telefone, com sala de reunião, com atendimento profissional, e trouxe um grande benefício para a gente”, diz Oliveira.
Para alugar uma sala, o escritório virtual não exige fiador ou qualquer outra garantia. Evandro Vinha começou com uma pequena sala. Depois, contratou funcionários e alugou outra sala ao lado. Mas a empresa dele continuou crescendo, precisou de mais espaço, e ele não gastou muita sola de sapato em procurar. Ao lado, alugou, na hora, uma terceira sala.
“Eu não paro de trabalhar, estou sempre focado na minha atividade real do meu negócio, e não estou me preocupando com a administração do escritório em si”, diz Vinha.
As vantagens conquistam mercado, e o escritório virtual já tem 400 clientes.
“Eu acredito nesse mercado porque ele alia a necessidade das empresas na redução de custos e também ele pode focar na sua atividade principal, não se preocupando mais com os custos de infraestrutura, e tudo o mais”, diz Rodrigo Kielblock.
Em outro escritório, todos os inquilinos ficam numa mesma sala, de 200 metros quadrados. No local, as pessoas pagam pelo tempo que usam, e usam quando querem. O modelo, conhecido nos Estados Unidos como coworking, é também chamado de escritório coletivo ou compartilhado. O negócio pertence aos empresários Fernanda Trugilho e André Martins.
“O coworking tem como premissa a flexibilidade. Então as pessoas pagam por hora. Você escolhe quantas horas vai utilizar, e paga por essas horas. Você não tem problema de pagar por uma estrutura que fique ociosa. Se você for viajar, tirar férias, ou mesmo viajar a trabalho, ou ficar fora do escritório por um período, você não paga”, explica Fernanda.
O escritório coletivo surgiu em 2008, com um investimento de R$ 80 mil. Depois, o espaço foi ampliado, e hoje tem 70 inquilinos, que compartilham cadeiras, mesas, internet, telefone, armários, cafezinho e ainda tem uma área externa para reuniões.
No escritório coletivo, os inquilinos são pequenos empresários, que só pagam pelo tempo que usam e, com isso, acabam economizando. O plano mínimo de R$ 100 é para dez horas de uso por mês. Há pacotes de até 500 horas por mês, por R$ 1,5 mil.
“Se eu fosse locar um escritório próprio eu ia ter um custo de no mínimo R$ 2 mil. Aqui eu pago menos da metade, varia um pouquinho, mas ficou menos da metade”, diz a inquilina Alessandra Bueno.
A possibilidade de relacionamento também atrai gente, e o movimento no escritório compartilhado cresce a taxas de 200% ao ano. Os empresários já pensam em abrir franquia do negócio.
“Agora eu digo que de uma tendência já passou a ser uma realidade. Tem diversos espaços como esse, compartilhados, pelo Brasil. Pelo mundo são mais de 700, então é um negócio de futuro, nós mesmos estamos montando um processo de franquia. Então, até o final de 2011 teremos algumas franquias pelo Brasil, é um negócio que já deu certo”, diz Fernanda.
Fonte: PEGN

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Itaquerão está com 10,65% das obras construídas, afirma empreiteira

A construção do estádio do Corinthians, em Itaquera, está com 10,65% dos trabalhos concluídos, informa a empreiteira Odebrecht, responsável pelos trabalhos, que foram iniciados no último dia 30 de maio.

As obras estão na fase de terraplanagem e fundação (colocação de estacas e blocos de apoio sobre os quais ficam os pilares de sustentação das arquibancadas). Atualmente, 430 funcionários operam um maquinário de 115 equipamentos no local.

Tendo aval da entidade máxima do futebol para entregar a obra em fevereiro de 2014, quatro meses antes do início da Copa do Mundo no Brasil, a Odebrecht tem adotado esse prazo como oficial. Ainda assim, a construtora espera que a conclusão se dê em dezembro de 2013.

Em visita ao terreno em Itaquera na semana passada, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, afirmou que as obras estão 43 dias adiantadas em relação ao cronograma oficial. Para ele, o Itaquerão poderá ser oficialmente entregue setembro de 2013.

O orçamento total para a construção do estádio é de R$ 820 milhões - R$ 400 milhões serão levantados com empréstimo do BNDES, sendo o restante proveniente dos incentivos fiscais concedidos pela prefeitura de São Paulo. Caso esses recursos não sejam suficientes para o preço final, outra fonte seria a antecipação de receitas, como às associadas a patrocínio.

Nesse montante, não é considerada a instalação da arquibancada provisória de 20 mil lugares (necessária para expandir a capacidade para 68 mil lugares e possibilitar que o estádio receba o jogo de abertura da Copa). Os assentos temporários serão arcados pelo governo estadual.

'Mentor' do Itaquerão quer erguer arena com cara de EUA: "será a antítese do Engenhão"

Economista renomado, Luis Paulo Rosenberg é o principal responsável por viabilizar o estádio Itaquerão, provável palco da abertura da Copa do Mundo de 2014. Braço direito do presidente Andrés Sanchez, o diretor de marketing diz dedicar 40% da sua agenda aos interesses do Corinthians e fala em erguer o estádio mais moderno do mundo.

“Desde o projeto até a construção, fizemos tudo da forma como (pausa para pensar)... Como uma Microsoft faria”, definiu, em entrevista exclusiva ao UOL Esporte. “Será um estádio para eventos, não para sentar lá e só ver o jogo. É muito norte-americano.”

Sobrou até para o Engenhão, que virou exemplo de como não se deve fazer um estádio, na concepção de Rosenberg. “O modelo que pra mim serve como antítese do nosso é o Engenhão. Isso aí é século passado.”

O cartola definiu como “oba-oba” as dúvidas em relação ao tempo em que o estádio será erguido. “Hoje é mais difícil fazer um shopping do que um estádio, principalmente o nosso”, decretou.

Sobre as questões pendentes, como o empréstimo junto ao BNDES e a retirada dos dutos da Petrobrás no terreno da futura arena, o economista demonstra tranquilidade e afirma que tudo estará resolvido até o final do ano, embora não tenha apresentado argumentos ou fatos convincentes para defender sua tese.

Na última quarta-feira, Rosenberg recebeu a reportagem do UOL Esporte em seu escritório, um casarão de 140 anos na região do Pacaembu. Abriu mão do terno e gravata para utilizar uma camisa do seu time do coração e falou praticamente durante uma hora, antes de sair às pressas para um almoço com o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, a quem considera seu “mestre”.

Além de falar sobre o estádio, o dirigente corintiano defendeu a rivalidade sadia entre os clubes e justificou as frases provocativas que frequentemente adota.

Confira os principais assuntos tratados por Rosenberg:

- O PROJETO DO ITAQUERÃO

“Nosso estádio é sem dúvida é o mais moderno do mundo, porque incorpora tudo o que a Fifa quer, e os padrões são muito mais exigentes hoje do que foram na Copa da África. É o único estádio no Brasil feito a partir do marketing. Nasceu de uma pesquisa de consumidor, e a partir disso ficou estabelecido o número de camarotes, de cadeiras vips, de numeradas, de balcões de venda de alimento, de lojas... É muito legal nesse aspecto, é muito norte-americano.”

- A ABERTURA DA COPA

“Em outubro vai ser oficializado, será o preto no banco, e temos um diálogo contínuo com a Fifa. Será um estádio para eventos, não só um lugar onde você senta e vê o jogo. Não vamos fazer um novo Engenhão de jeito nenhum, não quero isso daí, é século passado. O nosso será uma máquina de fazer dinheiro. A Fifa sabe apreciar isso. Não é possível que o centro econômico da América Latina [São Paulo] não terá a abertura ou fechamento da Copa, então estamos tranquilos quanto a isso."

- BNDES, DUTOS, SELO VERDE

“Não existe nenhum desafio tecnológico. Os dutos não carregam combustível, só óleo, e ficam a um metro e meio de profundidade. Então não tem erro. A questão de quanto custa e quem paga é porque envolve uma empresa pública de capital aberto [Petrobrás] e um clube privado. Se fosse o governo, já estaria resolvido."

“Somos muito criteriosos, em busca do menor preço, da sustentabilidade. Brigo por cada centavo. Minha unidade de compra é um ‘Kaká’, que vale 80 milhões. Se economizo 4 milhões, por exemplo, é 5% do Kaká, a perna esquerda dele. É uma operação financeira complicada, um projeto com amortização de 40 milhões e 40 milhões de juros todo ano no começo.”

“Somos uma entidade privada e não posso ir ao BNDES pegar dinheiro. Temos de montar uma engenharia financeira com uma instituição no meio para criar um fundo imobiliário. Ela fica com a concessão do estádio como garantia, aí eu pago ele, ele paga o BNDES, e eu recebo o dinheiro de volta do excedente. Aqui nesse escritório 80% das operações financeiras que realizamos foram mais simples do que essa. O BNDES tem a linha disponível, está lá o dinheiro esperando para o estádio da cidade de São Paulo na Copa, mas tem as regras dele."

“O meu projeto já foi feito pensando no selo verde, ao contrário dos outros. Fiz o projeto certo e só preciso da autenticação quando estiver fazendo a construção.”

- A RIVALIDADE COM PALMEIRAS E SÃO PAULO

“Parte da nossa doutrina é aguçar a rivalidade, por isso toda vez eu faço uma gracinha com ‘bambi’, ‘panetone’ etc. O São Paulo precisa de mim, eu preciso dele. Posso dar uma sugestão, um conselho, me juntar a eles. Estamos no mesmo barco, nosso inimigo é a mediocridade e a safadeza no futebol, não é o São Paulo nem o Palmeiras, esses são meus adversários na hora do jogo e com quem quero manter relações amistosas enquanto instituição."

“O fato de eu estar sempre brincando é muito mais para desarmar, dizer ‘vem, me chama de gambá, de galinha’, para trazer o clima de brincadeira e não jogar a gente dentro do rio, caramba.”

Nota da Redação: Ao afirmar “jogar a gente no rio”, Rosenberg se referiu ao torcedor do Corinthians encontrado morto no rio Tietê no dia do clássico contra o Palmeiras.

“Quanto mais forte o São Paulo, mais forte eu sou. Quando alguém me diz que o São Paulo conseguiu aumentar o valor do seu patrocínio, eu vibro. Subiu a barra, e como a minha é a mais alta vai me empurrar pra cima.”

“Sinto que a nova geração, por causa dos títulos recentes, tem maior birra maior com o São Paulo do que com o Palmeiras. Eu acho difícil o Palmeiras perder o trono de ser o nosso grande rival, pelo fato de ter nascido dentro do próprio Corinthians.”

- RELAÇÃO ABALADA COM O SÃO PAULO?

“Olha, eu converso mais com o marketing do São Paulo do que com o do Palmeiras, pelo fato de estar na mesma faixa econômica e de ter interesses comuns grandes.”

- CORINTHIANS RELIGIÃO E AMANTE ARGENTINA

“Tenho um defeito de nascença: não gosto de futebol. Desde pequeno eu nunca fui ver um jogo de futebol que não seja do Corinthians. Ir ao estádio é inadmissível para mim. O Corinthians está muito mais perto de religião do que de esporte.”

“O Corinthians é que nem amante argentina, de dia detona o seu cartão de crédito, bate em você, briga com os filhos do casamento, e à noite é uma felicidade incomparável.”

- ELOGIOS A ANDRÉS SANCHEZ

“Trabalhar com o Andrés é uma experiência fantástica. Em toda minha vida, consegui ter dois chefes, o Andrés e o Delfim [Netto]. São duas pessoas extremamente lúcidas, rápidas no raciocínio e com uma capacidade de delegar absoluta, então é muito legal. São estilos totalmente opostos. O do Andrés é semelhante ao do Lula. Tem talento para aceitar pessoas de formações diversas e assumir as loucuras dos auxiliares. O Delfim é uma concepção analítica.”

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Dossiê detalha irregularidades de construtoras no interior de SP

A pelo menos 30 metros de altura, sem cinto de segurança ou capacete, um operário se equilibra no topo de um prédio em obras no Jardim Nova Aliança, área nobre da zona sul de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).

Em uma obra vizinha, o pintor, também sem proteção, se equilibra na ponta da tábua estreita que está solta no alto do andaime. Em Franca, operários sem registro em carteira erguem casas financiadas pelo programa federal "Minha Casa, Minha Vida".

A sequência de irregularidades em obras convive à margem da euforia da construção civil.

Só em Ribeirão, ao menos cem obras de médio e grande porte estão em curso. Atuam na cidade em torno de 20 mil operários Ðconsiderados só os com registro em carteira.

A Folha teve acesso a uma espécie de dossiê do Ministério Público do Trabalho que reúne 415 multas por falhas em obras de 89 construtoras ou empresas terceirizadas em fiscalizações em 2010 e 2011.
As autuações foram aplicadas em blitze das regionais de Ribeirão (junto com Vigilância Sanitária) e de Franca.

O SindusCon, sindicato que representa as construtoras, diz que as falhas são pontuais e que as empresas têm investido nos funcionários.

A Folha também flagrou em seis obras riscos de acidentes por falta de equipamentos de segurança.


Órgãos de fiscalização dizem que o boom do setor impulsionou o número de irregularidades, mas que é a terceirização que mais desencadeia os problemas.

"Uma mesma obra tem às vezes pedreiros de dezenas de pequenas empreiteiras. O operário nem sabe mais quem é o patrão", diz o procurador Élisson Miessa dos Santos.

Mas há casos como o da construtora MRV, em Franca, onde se achou até operários sem registro em carteira, uma situação mais comum com pequenas empreiteiras.

Entre médias e grandes construtoras, como Pereira Alvim, OAS, Jábali Aude, Copema e Pagano, as multas concentraram-se mais na falta de proteção coletiva.

Os alojamentos também têm falhas. São 30 em Ribeirão, segundo Carlos Miranda, do sindicato dos empregados.

Segundo Germano Serafim Oliveira, chefe da fiscalização da Gerência Regional do Trabalho, um terço das autuações mensais do órgão ocorre na construção civil.

Mas o número de fiscais nessa área é pequeno: três ou quatro servidores, para atuar em 35 cidades de abrangência. Oliveira diz que o ideal seriam seis ou sete.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Com "Terapia do Apartamento", transforme seu lar em oito semanas

Nem todos conseguem colocar os pés em casa e suspirar "lar doce lar". Os motivos são muitos: prioridades, interesse, e, principalmente, falta de bom gosto. Mas isso não precisa ser um grande problema, como explica "Terapia de Apartamento".

Não há uma regra para deslumbrar todos os olhos. Afinal, cada um tem o seu gosto. Mas a obra do design Maxwell Gillingham-Ryan apresenta propostas para tornar sua residência um ambiente confortável e que você queira ficar, curtir e sempre cuidar.

Para o autor e "terapeuta de apartamentos", as visitas às diversas residências o levaram a constatar dois problemas básicos. "O maior deles era a estimulação excessiva. Muitas vezes isso vinha na forma de muita bagunça ou muito tempo assistindo à TV ou outra mídia."

"O outro problema comum", continua o especialista, "era a falta de ritmo na vida diária. Muitas crianças não jantavam em família, não tinham horário para dormir nem tomavam café da manhã antes de ir para a escola".

Embora os lares considerados saudáveis não fossem exatamente iguais, o especialista notou que, no geral, eles eram silenciosos e organizados, e os objetos de um determinado espaço não invadiam o dos outros.

De acordo com o livro, é possível reorganizar o apartamento em oito semanas. Mas antes mesmo de comprar e trocar objetos, o especialista sugere o exercício de entender o espaço e dos acessórios realmente necessários na sua vida.

Leia dez dicas.

*
Quando você analisar o seu ambiente, tenha em mente as regras a seguir ao considerar a distribuição dos móveis:

1. Os móveis ficam mais funcionais quanto centralizados no meio do cômodo.
2. Sofás e camas ficam mais funcionais quanto têm uma mesinha e um abajur de cada lado.
3. Os tapetes devem ser grandes o suficiente para quase encostar nos pés dos móveis ou ficar debaixo deles, exatamente entre os pés da frente e os de trás.
4. Mantenha um bom fluxo no ambiente deixando espaço suficiente para que a energia flua entre os móveis em todas as direções.
5. Os pés das camas devem ficar voltados para a porta do cômodo.
6. Os aparelhos de TV e outros aparelhos eletrônicos devem ficar encostados na parede menos visível da sala, quando vista da porta de entrada.
7. Desencoste o sofá da parede sempre que possível.
8. Não bloqueie as janelas.
9. A sala de estar deve ter no mínimo três assentos separados.
10. Procure não bloquear os cantos.

"Terapia de Apartamento"
Autor: Maxwell Gillingham-Ryan
Editora: Pensamento
Páginas: 292
Quanto: R$ 27,12
Onde comprar: Pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha

Alta de preços em 2011 indica formação de bolha imobiliária, diz professor da Poli-USP

O aumento nos preços de imóveis neste ano está descolado da realidade de custos e indica início de bolha imobiliária. Essa é a constatação de João da Rocha Lima, coordenador do Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

"Você pode explicar a formação de preços por questões especulativas ou por razões estruturais. Neste momento, há identificação de que alguns preços estão fugindo de sua explicação estrutural", afirma Lima.

Até o final de 2010, a alta de preços de residenciais se explicava pelo aumento nos custos de produção: terrenos, produtos e custos de outorga onerosa. Neste ano não há aumento de custos que justifique a valorização do metro quadrado e nem crescimento da demanda.

Para o professor, o mercado residencial pode ter sobrevalorização de 15% a 20% em relação ao valor justo.

LIMITE
O aumento do preço de imóveis acumulado nos últimos anos não foi acompanhado pelo crescimento da renda. Os apartamentos estão menores para suprir a demanda pelo mesmo valor de unidade.

"O produto preferencial que era um produto de 150 m², agora é um produto de 100 m². O custo do metro quadrado cresce e a renda não, a única forma é entregar para as pessoas menos metros quadrados", considera.

Mas não há o risco de uma crise como a norte-americana, quem deve ficar com a perda são os pequenos especuladores, que colocam sua poupança no imóvel.

"No Brasil, o crédito imobiliário é algo muito contido e é extremamente responsável", afirma Lima.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Segurança residencial avança com fechaduras digitais


As fechaduras digitais são um item de segurança eletrônica comum em estabelecimentos comerciais, mas o uso deste tipo de dispositivo em residências ainda não é popular no Brasil. Este tipo de fechadura substitui as tradicionais chaves por senhas, leitura de impressões digitais e cartões. Poucas pessoas sabem que esta mesma tecnologia que é usada em lojas e escritório pode ser aplicada em suas casas para controlar a entrada e saída de pessoas.

Os dados colhidos em 2010 pela Associação Brasileira das Empresas de Sistemas de Segurança Eletrônica (ABRESE) indicam que 90% do consumo de equipamentos de controle de acesso pelo uso de cartões, número de identificação pessoal e equipamentos biométricos (impressão digital, íris, voz, palma da mão e facial) é originário do setor não-residencial.

Segundo Siegfried Jorge, gerente de marketing e produtos da YALE La Fonte, empresa fabricante de fechaduras digitais, o produto surgiu no Brasil há 11 anos, mas apenas nos últimos três tem se tornado mais procurado. Ele ressalta que os modelos para residências são feitos para atender menor número de usuários, ao contrário dos instalados em escritórios, por exemplo.

"O modelo ideal depende do tipo de controle de acesso desejado, do fluxo de pessoas e da necessidade de integração com outros sistemas. Em geral, os modelos para aplicação residencial são de baixo fluxo, ou seja, não precisam atender a um grande número de usuários, além de também exigirem baixa integração com outros sistemas", explica.



Existem basicamente dois tipos de fechaduras digitais, as de sobrepor sem maçaneta e as que são embutidas com maçaneta e substituem as fechaduras mecânicas. O modelo YDM3109 de embutir da Yale, representado à esquerda na imagem acima, custa R$ 1.920,00. A fechadura de sobrepor à direita, modelo YDR2108, também da Yale, tem preço sugerido em R$ 1.030,00.



De acordo com Siegfried Jorge, a fechadura digital de sobrepor é aplicada em conjunto com uma fechadura mecânica convencional e funciona como uma fechadura auxiliar. No caso de portas do tipo pivotante, ela atua em conjunto com os puxadores. Já as de embutir com maçaneta substituem totalmente as fechaduras mecânicas comuns.

Os dois tipos controlam a abertura das portas a partir de sistemas eletrônicos como a leitura de impressões digitais (biometria), senha numérica, chave digital (i-button), cartão digital ou ainda chave mecânica. Os modelos mais modernos são os que utilizam a biometria e mais de um sistema de identificação combinados, ou seja, para abrir a porta é preciso usar um cartão de segurança e uma senha ou a impressão digital e uma senha.

Algumas fechaduras digitais contam ainda com uma tecnologia conhecida como senha falsa para evitar que pessoas ou câmeras de monitoramento gravem as senhas dos moradores ao acompanhar a digitação. O gerente de marketing e produtos da YALE La Fonte menciona alguns cuidados que os usuários de fechaduras digitais devem ter.

"Os modelos acionados por cartões ou chaves eletrônicas devem ser utilizados com o mesmo cuidado que uma fechadura mecânica, pois qualquer um que estiver com o cartão ou chave eletrônica poderá abrir a porta. A vantagem é que o cartão ou chave eletrônica não podem ser copiados, além de poderem ser descadastrados em caso de perda ou roubo", argumenta Siegfried. Ele também cita que as fechaduras por leitura biométrica só podem ser abertas por pessoas cujas digitais foram previamente cadastradas na memória da fechadura.

Outros mecanismos destes equipamentos são teclado em touch-screen, guia sonoro que identifica e confirma cada operação feita na fechadura digital e facilita o uso dela por pessoas portadoras de deficiência, alertas que disparam caso o equipamento sofra uma tentativa de violação e função antipânico, que promove a abertura rápida da porta em emergências.

Nem todos os modelos de fechaduras digitais podem ser integrados com sistemas de alarme. Para Siegfried Jorge, o equipamento é capaz de garantir a segurança da casa sozinho, mas de acordo com a necessidade do cliente pode ser ligado a alarmes ou com sistemas de automação residencial.




quinta-feira, 21 de julho de 2011

Promessa de R$ 70 mi do Estado para Itaquerão foi feita às pressas

A decisão do Governo de São Paulo de bancar a finalização do Itaquerão, patrocinando a instalação e desmontagem de 20 mil assentos, foi tomada sem o aval do governador Geraldo Alckmin. O autor da promessa de garantir os custos de cerca de R$ 70 milhões foi o secretário estadual de planejamento Emanoel Fernandes, que também chefia o comitê estadual da Copa, no Estado.

“Quando fomos ao Rio de Janeiro (11/07) e a Odebrecht ofereceu as garantias financeiras para o estádio, percebemos que os assentos removíveis não estavam nesse orçamento. A Odebrecht só dá garantias para 48 mil lugares. Daí, oferecemos essa possibilidade, mas nem cheguei a falar com o governador e nem sabemos como fazer esse investimento”, disse Fernandes a UOL Esporte.

O curioso é que nem a Odebrecht, nem o Corinthians, em sua nota oficial que celebrou o acordo com a construtora, avisou que o orçamento “fechado” de R$ 820 milhões cobria apenas os 48 mil lugares e não os 65 mil exigidos para abertura da Copa-2014. As partes omitiram a participação do governo estadual, assim como a Prefeitura de São Paulo, que está ligada ao empreendimento por ter concedido R$ 420 milhões na forma de incentivos fiscais.

A reportagem entrevistou Gilmar Tadeu Ribeiro, secretário municipal para a Copa do Mundo, dois dias depois da reunião em que foram apresentadas ao Comitê Organizador as garantias financeiras do Itaquerão. No encontro com os cartolas, no Rio de Janeiro, o Comitê Paulista detalhou como seria a construção do estádio e incluiu nessa apresentação a informação de que o Estado bancaria os 20 mil lugares.

Mesmo ciente da participação do Estado, Gilmar Tadeu Ribeiro respeitou o fato de que a gestão Alckmin não havia feito a divulgação do investimento e omitiu o projeto na entrevista. O Estado diz que vai investir em uma obra removível para se livrar do enquadramento legal de usar dinheiro público em obra privada.

O secretário Emanoel Fernandes chegou a dizer que pode recorrer até mesmo a um “tipo de patrocínio para viabilizar o investimento nas cadeiras do estádio do Corinthians”. Em entrevista coletiva, o governador Geraldo Alckmin também relativizou o problema.

“Eu quero reiterar o que tenho dito. Não terá um dinheiro do Governo do Estado de São Paulo em estádio privado. A abertura é importante para São Paulo e para o Brasil. O evento da abertura da Copa você monta e desmonta”, disse Geraldo Alckmin, em entrevista coletiva.

O discurso montado pelo Governo foi ecoado também na seguinte direção: “o Corinthians nunca quis abrir a Copa do Mundo em São Paulo. Como foi uma exigência do governo do Estado, nada mais justo que o clube fosse beneficiado com uma ajuda oficial”, revelou um executivo, na condição de anonimato. “A nação corintiana queria, a opinião pública queria abrir a Copa. Por isso, o governo se sentiu na obrigação de ajudar”, finalizou a fonte.

O custo de R$ 70 milhões, fornecido por uma pessoa ligada às obras, confere com as cotações feitas pelo secretário Fernandes, com uma pequenas diferença: o secretário não orçou o desmonte da estrutura, que corresponde a cerca de R$ 25 milhões.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Governo do Estado vai bancar 20 mil lugares do Itaquerão com R$ 70 milhões

A Odebrecht revelou, nesta quarta-feira, que o orçamento de R$ 820 milhões previsto para o Itaquerão não será suficiente para erguer um estádio capaz de receber a abertura da Copa. Contrariando tudo que vinha sendo dito até então, a empresa e o Corinthians divulgaram que o preço banca uma obra para 48 mil pessoas. Para chegar a 68 mil pessoas, capacidade necessária para o jogo inaugural, vai ser necessário um investimento de R$ 70 milhões do Governo do Estado de São Paulo. O secretário de Planejamento e Desenvolvimento de São Paulo, Emanoel Fernandes, confirmou as informações no final da tarde desta terça-feira (20/7).

Inicialmente, a informação foi divulgada por Carlos Armando Paschoal, diretor superintendente da Odebrecht, em entrevista à rádio CBN, e depois foi confirmada pelo UOL Esporte com executivos da construtora. O orçamento de R$ 820 milhões, que soma incentivos fiscais da prefeitura a um empréstimo do BNDES, será usado para erguer um estádio de apenas 48 mil lugares.

Para servir à abertura da Copa do Mundo, teria de haver uma ampliação. Essa alteração no projeto ficaria a cargo do Governo do Estado de São Paulo, que abriria uma licitação para colocar, cuidar durante a competição e, posteriormente, remover 20 mil lugares em uma arquibancada móvel.

A possibilidade já havia sido ventilada anteriormente, e chegou-se a cogitar que a Prefeitura bancaria a operação, como publicou o Blog do Perrone. O investimento em uma obra privada não traria problemas à gestão Alckmin, avaliam os responsáveis, porque as arquibancadas seriam usadas apenas para a abertura da Copa, e não ficariam como benefício para o Corinthians.

Até esta quarta-feira, nenhuma das partes envolvidas havia mencionado a participação do governo estadual. A empreiteira também confirmou a engenharia por meio de sua assessoria de imprensa.

A reportagem enviou um e-mail para Luis Paulo Rosemberg, diretor de marketing do Corinthians, questionando sobre a veracidade da proposta. A resposta do cartola foi sucinta. “Perfeito!”, escreveu Rosemberg, dando a entender que o Governo do Estado vai mesmo investir no Itaquerão.

O argumento do Governo do Estado, segundo apurou a reportagem, é de que o Corinthians não queria um estádio de 68 mil pessoas, que comportasse a abertura. Para garantir o jogo inaugural, a gestão Alckmin teria se disponibilizado a entrar no negócio.

O problema é que essa ideia contraria tudo o que vinha sendo repetido pelo Corinthians. Até então, o presidente Andrés Sanchez dizia que o gasto público com o estádio só havia saído do controle por conta da ampliação para 68 mil lugares. O plano da construção atual, no entanto, mostra que o aumento de 20 mil lugares, na verdade, não está incluído no orçamento de R$ 820 milhões, mas será bancado pelo Governo.

Com estádio resolvido, São Paulo é favorita para receber abertura da Copa, diz ministro

A cidade de São Paulo aparece como favorita para receber o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014 depois de resolver a equação de seu estádio, disse nesta quarta-feira o ministro do Esporte, Orlando Silva.

"São Paulo tem o maior número de hotéis, é o destino da maior parte dos voos internacionais, tem melhor infraestrutura, os melhores serviços, é evidente que a maior cidade do Brasil é favorita em qualquer cenário para receber a abertura", afirmou o ministro, durante evento no terreno onde está sendo construído o novo estádio do Corinthians, em Itaquera, zona leste da capital paulista.

"São Paulo tinha uma indefinição: não tinha equacionado o tema estádio, e agora o tema já está equacionado", acrescentou o ministro, que pediu à Fifa que antecipe o anúncio do local do jogo de abertura da Copa, marcado para outubro. Os outros concorrentes a receber o jogo inaugural do Mundial são Brasília, Salvador e Belo Horizonte. "Na medida em que as quatro cidades resolveram o tema estádio, quanto antes decidir onde será a abertura, melhor", afirmou.

O ministro esteve no terreno do Itaquerão para uma solenidade em que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, assinou a lei que prevê incentivos fiscais de até R$ 420 milhões para a construção do estádio do Corinthians. O prefeito vetou o artigo que condicionava a disponibilidade dos incentivos ao fato de a cidade ser escolhida como sede da abertura.

Kassab explicou que o primeiro jogo da Copa gera investimentos paralelos e representaria uma receita de R$ 1,5 bilhão para a cidade. Caso não seja escolhida para o jogo da abertura, o prefeito estima que a capital paulista receba entre R$ 700 milhões e R$ 800 milhões em receita.

Também presente na cerimônia, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que o Estado será responsável pelas obras de mobilidade urbana em torno do estádio. "Vai ser um legado enorme em termos de transporte para a zona leste", afirmou. O Corinthians anunciou na terça-feira que chegou a um acordo com a empreiteira Odebrecht para a construção do estádio nos moldes exigidos pela Fifa para a abertura do torneio, após negociações que se estenderam por quase um ano. O acordo, porém, ainda não foi assinado.

Kassab assina isensão fiscal para Itaquerão, e Andres chora

Em evento recheado de políticos e cartolas, o prefeito Gilberto Kassab confirmou a expectativa da torcida corintiana e assinou nesta quarta-feira a lei que pode conceder incentivos fiscais de até R$ 420 milhões para o clube do Parque São Jorge construir o seu estádio na zona leste de São Paulo, orçado em R$ 820 milhões. No momento em que recebeu o documento oficialmente sancionado, o presidente do Corinthians, Andres Sanchez, chorou.

Como já havia declarado, Kassab vetou o artigo proposto pela Câmara Municipal de só liberar o benefício mediante a confirmação da abertura da Copa do Mundo de 2014 na capital paulista. Brasília, Belo Horizonte e Salvador também concorrem.

"As isenções justificam o investimento na região, independentemente do jogo inaugural. Mas, com a abertura, a receita gerada será de R$ 1,5 bilhão. Sem ela, ficará entre R$ 700 e 800 milhões", declarou o prefeito.

Ele ainda citou a F-1 no autódromo de Interlagos para argumentar a situação. "Todo ano, são investidos R$ 30 milhões para o evento, mas o lucro é de R$ 100 milhões".

Segundo Andres Sanchez, o valor da retirada dos dutos da Petrobras já está incluído no preço total de R$ 820 milhões da obra da arena. Técnicos da construtora Odebrecht, porém, alegam que isso ainda não entrou na conta.

Também presente, o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., afirmou que enviou nesta terça um documento para o presidente do COL (Comitê Organizador Local do Mundial), Ricardo Teixeira, decidir o palco da abertura da maneira mais rápida possível, antes de outubro (novo prazo), para não atrapalhar o planejamento do país.

"O estádio de São Paulo é um assunto resolvido. Vamos virar a página", acrescentou.








Kassab assina lei do Itaquerão e Andrés diz que maioria da torcida justifica estádio

O prefeito Gilberto Kassab, como era esperado, assinou nesta quarta-feira a lei que pode conceder incentivos fiscais de até R$ 420 milhões para o Corinthians construir o seu estádio. Festejado no evento recheado de políticos, Andrés Sanchez comemorou a “conquista da cidade”, e usou a maioria corintiana entre a população para justificar a posse do empreendimento.

“Quem criticou por achar que é só do Corinthians vai ver o pólo [econômico] que isso vai se tornar. É justo que ele [estádio] seja do Corinthians já que a maioria é corintiana”, disse o mandatário alvinegro, na celebração da lei no terreno do estádio.

O tom de que toda a cidade ganhou no processo dominou os discursos. Além de Kassab e Andrés, Orlando Silva Jr. (ministro do Esporte), Geraldo Alckmin (governador de São Paulo) três secretários municipais e vários vereadores, entre outros político, estiveram presente.

A assinatura de Kassab ratifica o processo de construção do Itaquerão. Depois de meses de indefinição, o Corinthians conseguiu unir os incentivos da Prefeitura com o empréstimo que deve vir do BNDES e fechou o orçamento em R$ 820 milhões.

Além disso, conseguiu a aprovação da Fifa para as garantias financeiras, dando um grande passo para que o Itaquerão seja escolhido como sede da abertura - o anúncio será feito em outubro. O clima de otimismo contagiou até Geraldo Alckmin, que relembrou o histórico futebolístico da cidade para celebrar mais um avanço na construção do estádio.

"São Paulo é o berço do futebol. Foi aqui que teve a primeira partida, com Charles Milller. Agora a Zona Leste vai ter um empreendimento e um estádio à altura do seu potencial", disse o governador.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Itaquerão deve ser anunciado sede da abertura da Copa nesta 4ª

MÔNICA BERGAMO
COLUNISTA DA FOLHA

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, telefonou agora há pouco para o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) para dar os 'parabéns' pelo fato de o Corinthians e a Odebrecht terem apresentado hoje à Fifa as garantias financeiras para a construção do estádio de Itaquera. Com isso, as chances de que São Paulo seja a sede da abertura da Copa de 2014 estariam garantidas.

Alckmin recebeu também telefonemas do ministro Orlando Silva, do Esporte, e de Andres Sanchez, presidente do Corinthians.

Teixeira, o ministro Orlando e Sanches telefonaram também para o prefeito Gilberto Kassab, de São Paulo. E avisaram que o anúncio de que São Paulo abrigará a abertura deve ser feito mesmo amanhã [quarta-feira].

Odebrecht fecha preço para obras do Itaquerão em R$ 820 milhões

O preço fechado para as obras do Itaquerão foi fixado em R$ 820 milhões, incluindo projeção inflacionária de aproximadamente 17%, nos próximos três anos. A informação vem de um negociador que atua entre a Odebrecht, Corinthians e o sistema financeiro. O valor livra o clube de bancar uma parte extra do orçamento. A conta já está fechada: R$ 400 milhões sairão do BNDES e R$ 420 milhões serão captados pela venda dos títulos municipais, emitidos pela Prefeitura de São Paulo.

Pela manhã, o diretor de marketing do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, afirmou que o contrato com a Odebrecht não havia sido assinado, ainda, porque o clube não aceitava um "preço aberto, com inflação projetada de 20 por cento". Perguntado sobre o preço final, Rosenberg disse que poderia ficar próximo de R$ 900 milhões: "mais ou menos isso, porque R$ 50 milhões não fazem tanta diferença assim".

O BNDES informou no começo da noite (12/07) que apenas oito sedes haviam pedido formalmente o empréstimo de R$ 400 milhões (por sede) para construção de arenas da Copa-2014. A Odebrecht e o Corinthians ainda não entraram com pedido de financiamento do estádio de Itaquera, Zona Leste da capital paulista.

Segundo outra fonte do sistema financeira, que acompanha de perto as negociações, a construtora Odebrecht dará as garantias necessárias para a obtenção do empréstimo junto ao BNDES.

"Já está decidido: uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) será criada. O empréstimo sairá em nome dessa sociedade entre Corinthians e uma das empresas do grupo Odebrecht. O grupo entrará com as garantias necessárias", revelou a fonte.

Apesar da conta redonda do orçamento, o contrato ainda não foi assinado.