Pesquisar este blog

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Fórum de Habitação aprova moção de apoio ao Minha Casa Minha Vida - Sub 50

Na quinta-feira (16) os participantes do 60º Fórum Nacional de Habitação aprovaram uma moção de apoio ao Programa Minha Casa Minha Vida destinado aos municípios de até 50 mil habitantes (Sub 50). O presidente do Fórum Nacional de Secretários de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Carlos Marun, justificou a moção. ``Este programa é de fundamental importância para o desenvolvimento da produção habitacional nas pequenas cidades. Para levar moradia digna a quem precisa dela", disse.
 
No final da tarde, dirigentes do Fórum se encontraram com o secretário Executivo do Ministério das Cidades, Alexandre Macedo, para apresentar o documento. O Programa Minha Casa Minha Vida - Sub 50 tem por objetivo apoiar estados e municípios no desenvolvimento de ações integradas e articuladas que facilitem o acesso à moradia digna, em áreas urbanas, voltadas ao atendimento de beneficiários com renda bruta familiar até R$ 1.600,00 (mil e seiscentos reais), em municípios com população até 50.000 (cinquenta mil) habitantes.
 
O texto foi editado como forma de repúdio às supostas ilegalidades na execução do programa, objeto de sindicância por meio do Ministério das Cidades e Controladoria Geral da União, tendo em vista também, que a continuidade do programa não seja prejudicada.
 
Veja a íntegra da Moção:
 
MOÇÃO DE APOIO AO PMCMV-SUB 50
 
Considerando o sucesso até aqui alcançado pelo PMCMV - SUB 50 (Programa Minha Casa Minha Vida - Modalidade oferta pública destinada a municípios com população inferior a 50.000 habitantes) e tendo em vista notícias desairosas publicadas na mídia nacional, dando conta de eventuais ilegalidades na execução do mesmo, os participantes do 60º Fórum Nacional de Habitação de Interesse Social, colocam como imperioso e necessário o que se segue:
 
1- A continuidade das investigações em curso, no sentido de que, de forma firme e serena, sejam identificados e punidos aqueles que eventualmente tenham agido à margem da legalidade na execução do programa;
2- Que estas investigações não inibam ou atrasem o programa em andamento, que já tem suas obras iniciadas e beneficiários selecionados e na expectativa do recebimento das moradias; 
3- Que a terceira fase do programa não seja prejudicada por atrasos de cronograma que venham na prática inviabilizá-la;
4- Que eventuais modificações na regulamentação do programa sejam adotadas no sentido de aprimorá-lo, todavia sem afastá-lo das suas premissas básicas: atuação de uma pluralidade de agentes públicos e privados e o atendimento desburocratizado aos pequenos municípios.
Os participantes reafirmam ainda sua convicção de que, como os resultados atestam, o programa é meritório e que representa uma eficaz ferramenta no sentido de proporcionar moradia digna às famílias necessitadas nos mais diversos rincões do nosso país.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Condomínios ampliam serviços, que vão de personal trainer a voo de balão

Limpeza pós-obra, faxina, compartilhamento de carro e salto de para-quedas. Esses são alguns dos serviços incluídos na compra de um apartamento novo.
 
A maioria dos itens é ofertada no sistema "pay-per-use", ou pague pelo uso. Por meio dele, o condômino contrata um serviço e o paga à parte. Outros estão incluídos na taxa de condomínio. Nesse caso, se o cliente não utilizá-los, desembolsará da mesma forma.
 
Com a expansão do número de apartamentos compactos de alto padrão lançados, o leque de serviços se amplia. Em alguns desses imóveis, que medem de 20 m² a 50 m² e cuja estrutura se assemelha à dos flats, itens como faxina fazem parte da taxa de condomínio.
 
Antes de fechar negócio, porém, o comprador deve ter certeza de que os serviços trarão comodidade. O cuidado deve ser redobrado se os eles estiverem incluídos na taxa condominial -nesse caso, o morador poderá ser cobrado por algo que não utilizará.
 
Levantamento da administradora Lello em 1.400 condomínios de São Paulo aponta que churrasqueira e salão de festas são os locais campeões de utilização. Chamarizes de vendas como "pet care" e ofurô, no entanto, são usados por menos de 10% dos condôminos.
 
Moradora de um edifício no Belenzinho (zona leste), a aposentada Margarida Batista, 62, frequenta as aulas na academia do prédio, serviço incluído na taxa de condomínio. Sobre os itens cobrados à parte, como manicure, Batista diz que custam o mesmo ou são um pouco mais baratos que os de fora do prédio.
 
Entre os lançamentos, a incorporadora Vitacon aposta no compartilhamento de carros e bicicletas no edifício VN Casa do Ator, lançado neste mês na Vila Olímpia (zona sul).
O BHD Brooklin (zona sul), da Brookfield, prevê mais de 20 opções de serviços -entre eles "experiências de lazer e aventura", como salto de para-quedas e voo de balão.
Na maior parte dos casos, o cliente liga para a recepção, que reserva o serviço com uma empresa conveniada.
 
Já a Mac Construtora e Incorporadora lançou o pacote Facilities Home, no empreendimento Cosmopolitan High Garden, que prevê a higienização básica do imóvel.

Andrea Possi, diretora da Mac, diz que o condomínio custará em média R$ 500, incluída a arrumação.
 
Comprar um imóvel com muitos produtos, porém, não traz a garantia de tê-los no futuro, já que o funcionamento do condomínio poderá ser modificado em assembleia.
 
Fonte: Daniel Vasques 





segunda-feira, 20 de maio de 2013

Bicicletário e bike dobrável vêm de brinde em 'miniapês'

Edifício com uma vaga na garagem -compartilhada. Essa é a proposta de diversos prédios da incorporadora Vitacon, como o VN Casa do Ator. A ideia é que o carro fique à disposição dos condôminos, que poderão reservá-lo na recepção.
 
Alexandre Lafer, presidente da incorporadora, diz que o objetivo é tirar carros da cidade e que 15 lançamentos contam com o sistema.

Lorena Bravo, gerente de relacionamento da empresa, afirma que o condômino pagará um valor fixo pelo uso do veículo e um acréscimo por quilômetro rodado.
 
"Você compra um cartão pré-pago e pode usar o carro livremente", diz Lafer. Segundo ele, se um carro não for suficiente, outros serão acrescentados à "frota".
 
ESPAÇO LIMITADO
 
Nos empreendimentos da empresa, também estão previstos bicicletários. O número de bikes disponíveis para uso gira em torno de 5% do total de unidades do edifício, mas varia conforme o tamanho de cada imóvel. O menor já lançado pela incorporadora é o Turiassu (zona oeste), que mede 21 m².
 
No edifício Huma Klabin (na zona sul), cuja pré-venda deve se iniciar neste mês, cada morador ganhará uma bicicleta dobrável. Além disso, no bicicletário, haverá uma vaga para cada unidade. O menor imóvel do edifício terá 44 m².
 
"Se cada apartamento tivesse cem metros quadrados, também seria ruim ter uma bicicleta, pois é um trambolho, que é difícil guardar e levar no elevador. Uma dobrável é muito mais fácil de usar no metrô, por exemplo", diz Rafael Rossi, dono da incorporadora.
 
De acordo com Rossi, com a entrega da bicicleta, menos carros estarão nas ruas, o que traria benefícios a São Paulo.
 
Outra ação vem da incorporadora Porte, que passou a implantar, desde o mês passado, bicicletários na sede da empresa, nos canteiros de obras e nos novos empreendimentos. Oferecer bicicletas como brindes está nos planos, segundo a assessoria da construtora.
Bicicletários também estarão no edifício Amoreira, lançado em março pela incorporadora Moby na zona sul.
 
Fonte: Daniel Vasquez - Folha de Sâo Paulo

domingo, 19 de maio de 2013

Condomínio pode excluir serviço 'pay-per-use' após entrega das chaves

Ao comprar um imóvel em um empreendimento que oferece diversos serviços, o cliente tem a garantia de que todos eles estarão disponíveis depois da entrega das chaves, certo? De acordo com especialistas e incorporadoras, a resposta é não.
 
A restrição ocorre porque pode haver alterações a partir das assembleias de condôminos. Por meio delas, é possível retirar ou incluir determinado serviço.
 
Embora o produto tenha sido vendido com certas características, é muito comum haver divergências entre os moradores, segundo Flavio Martins, diretor da Aabic (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo).
 
"Cerca de 40% dos condomínios desistem de ter um concierge e serviços como arrumação logo após a entrega das chaves", diz Martins.
 
O concierge atende a diversos pedidos dos moradores, desde marcação de jantar a reserva de eventos -papel semelhante ao de um profissional de recepção de hotel.
O motivo para a retirada dos serviços, segundo especialistas, é proporcionar economia ao condomínio, já que eles podem encarecer as despesas.
 
Ricardo Laham, diretor da Brookfield, diz que o custo de um condomínio com concierge é de 20% a 25% maior do que um comum. "Mas ele faz muito mais do que um porteiro."
 
Marcelo Mahtuk, da administradora de condomínios Manager, diz que, quando o serviço já está previsto na convenção de condomínio, é mais difícil retirá-lo, pois uma parte dos condôminos pode decidir não abrir mão dele. E o problema pode ir parar na Justiça, se o morador entender que o serviço estava incluído na compra do apartamento.
 
Segundo Mahtuk, às vezes há um spa ou sala de massagem com um profissional, mas o espaço é subutilizado. "O que funciona como isca na compra pode virar uma bota no lago depois, se não houver demanda."
 
Em geral, de acordo com o advogado de direito imobiliário e presidente da Aabic, Rubens Carmo Elias Filho, os serviços extras são interpretados na Justiça como "benfeitorias" dos condomínios.
 
Nesse caso, deve haver a concordância de mais de 50% dos condôminos em assembleia específica para que possam ser retirados ou incluídos. Se forem entendidos como essenciais, exige-se a unanimidade dos moradores. "Mas dificilmente um serviço 'pay-per-use' é caracterizado dessa forma."
 
Filho diz que, nos casos em o próprio condomínio arca com custos de um serviço "pay-per-use" (como a contratação de um professor de ginástica), mesmo o morador que não o utilize poderá ter de pagar indiretamente.
 
"Existe um custo para contratar um profissional. Se não houver demanda suficiente para pagar seu salário, o condomínio todo terá de arcar com as despesas."
Marcos Degolação, diretor da Cushman & Wakefield, administradora de edifícios, discorda.
 
Ele diz que, mesmo que não haja procura por determinado serviço "pay-per-use", o condomínio não arcará com os custos. "Se poucos moradores fizerem aula com um personal trainer que trabalha no condomínio, tiramos esse profissional e o chamamos apenas para serviços eventuais."
 
De acordo com a diretora da incorporadora Mac, Andrea Possi, o produto é vendido com todos os serviços incluídos, mas, se os moradores quiserem retirar um ou outro, terão completa liberdade para isso.
 
A editora-assistente Camila Lins, 25, mora em um edifício com serviços de lavanderia incluídos na taxa de condomínio. "Para mim, é uma comodidade, pois entregam até as roupas passadas. Mas serviços de manutenção e pet care, que não existem no meu prédio, eu acho supérfluos."
 
Fonte: Daniel Vasquez

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Saiba se você pode comprar um imóvel pelo programa Minha Casa, Minha Vida

Famílias que ganhem até R$ 5.000 mensais (somando os ganhos de todos) podem se candidatar a comprar a casa própria por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, criado pelo governo federal em 2009 para atender usuários de baixa renda.
 
Podem se candidatar a uma casa famílias de três faixas de renda: até R$ 1.600; de R$ 1.601 a R$ 3.275; e de R$ 3.276 a R$ 5.000.
 
A faixa 1 recebe o maior subsídio do governo e pode chegar até 95% do valor de imóveis. O preço máximo da casa tem ser de até R$ 76 mil. É a chamada habitação de interesse social. Essa parte da população não teria acesso à casa própria sem o auxílio governamental.
 
Segundo a Caixa, o programa pode estar disponível nas prefeituras das capitais e suas regiões metropolitanas e cidades com mais de 50 mil habitantes. Se a prefeitura for parceira do Minha Casa, Minha Vida, o interessado deve fazer sua inscrição para a seleção das moradias da faixa 1 do programa.
 
Além da renda familiar ser limitada a R$ 1.600, a Caixa informa que não podem se inscrever no programa diretamente nas prefeituras quem já tem imóvel ou já recebeu ajuda habitacional do governo federal; tem financiamento imobiliário; quem está cadastrado no Cadastro Nacional de Mutuários (Cadmut) e no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin); tem ou já teve contrato de arrendamento de imóvel no Programa de Arrendamento Residencial (PAR); a inscrição também é vetada a empregados da Caixa.
 
A assessoria de imprensa da Caixa informa que, para o faixa 1, não é exigida entrega de documentação por parte do beneficiário para comprovação de renda. O banco faz pesquisas nos cadastrados de FGTS, relação anual de informações sociais (Rais) e cadastro único de programas sociais (Cadunico) para validar a renda declarada e o enquadramento no programa.
 
As faixas 2 e 3 podem financiar imóveis, com subsídio menor, no valor de até R$ 190 mil em grandes cidades como São Paulo, Rio e Brasília. Esse valor pode variar de acordo com a região do país e do imóvel.  Os interessados que se enquadram nestas duas faixas podem fazer a simulação na Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil.
 
Quem está nas faixas 2 e 3 pode procurar imóveis disponíveis no mercado no valor de até R$ 190 mil nas regiões atendidas pelo Minha Casa, Minha Vida. O programa destina-se apenas a empreendimentos, conjuntos de casas ou de apartamentos, vendidos na planta ou novos (com até 180 dias de Habite-se). Para fazer o financiamento é preciso procurar a Caixa ou o Banco do Brasil. 
Segundo o vice-presidente de Governo e Habitação da Caixa, José Urbano Duarte, a meta é construir 2,5 milhões de moradias. Deste montante já estão prontas ou foram entregues 1,2 milhão de unidades (casas ou apartamentos).

VEJA OS DOCUMENTOS EXIGIDOS DO COMPRADOR

Proposta de financiamento preenchida. O documento pode ser encontrado no site do Banco do Brasil 
 
Comprovante de estado civil para casados: certidão de casamento e escritura do pacto antenupcial registrada.
 
Comprovante de estado civil para viúvo(a): certidão de casamento, com averbação da viuvez ou certidão de óbito.
 
Comprovante de estado civil: para solteiros não há necessidade. Em caso de união estável: declaração de união estável registrada ou não no cartório de notas. 
 
Comprovante de estado civil para separado(a): certidão de casamento com averbação da separação ou divórcio
 
Declaração para enquadramento ao PMCMV - o modelo é fornecido pelo Banco do Brasil 
 
Comprovante de renda - tem de ser do mês atual ou no máximo do segundo mês anterior ao cálculo da solicitação da análise de crédito. Para autônomo, o Banco do Brasil aceita: declaração de renda redigida de próprio punho, informando os rendimentos mensais do proponente e seu ramo de atividade; declaração comprobatória de percepção de rendimentos (Decore), documento emitido por um contador; comprovante de recolhimento do INSS, acompanhado da declaração de rendimentos do cliente e declaração de Imposto de Renda, com respectivo recibo de entrega. Já a Caixa aceita:contrato de aluguel/arrendamento;contrato de prestação de serviços; contribuição INSS; Decore com DARF; extrato de aplicação financeira; notas fiscais de vendas (atividade rural); recibo pagamento autônomo (RPA); recolhimento de ISS; sentença judicial (pensão alimentícia/judicial) 
 
Declaração completa de Imposto de Renda ou declaração de isento - do último exercício, com recibo de entrega. No caso de isento, o cliente deve preencher o formulário disponível no portal do Banco do Brasil 
 
Comprovante de residência com até 60 dias de emissão: recibo de condomínio, de aluguel ou de escola; contrato de locação registrado; contas de água, luz, telefone ou gás
 
Comprovante de ocupação/trabalho com até 60 dias de emissão: extrato de conta bancária ou declaração de instituição financeira; fatura de cartão de crédito; contracheque ou comprovante de rendimentos mensal; carteira de trabalho – folhas da identificação civil e do contrato de trabalho; declaração do empregador – com endereço e telefone da empresa
 

domingo, 12 de maio de 2013

Vai um pedaço de shopping center?

Você já imaginou ser dono de um pedaço do shopping center que costuma frequentar nos fins de semana? Agora, deixe a imaginação de lado e saiba que dá para unir consumo com investimento por meio da aplicação em fundos imobiliários (FIIs), um produto que está se popularizando no cenário de juros baixos, favorável para investimentos de longo prazo.

O analista de sistemas Cristian Tetzner, de 37 anos, é um exemplo disso. Cristian investe praticamente 60% de sua renda mensal em FIIs, incluindo quatro fundos atrelados a shopping centers - Grand Plaza Shopping (no ABC paulista), West Plaza (em São Paulo), Floripa Shopping (em Florianópolis, Santa Catarina) e Parque Dom Pedro Shopping (em Campinas, São Paulo).

Solteiro, o analista de sistemas aproveita as visitas aos familiares na cidade de Limeira, próxima a Campinas, para ir às compras no Parque Dom Pedro Shopping. “Costumo brincar que tenho um pedacinho desse negócio”, diz.

Ao diversificar as aplicações em alternativas como fundos atrelados a shoppings, investidores como Cristian apostam, na prática, em dois produtos em curva de alta. Após anos de maturação, os FIIs finalmente decolaram e registraram em 2012 uma captação recorde de 15 bilhões e 383 milhões de reais, o dobro do acumulado no ano anterior, de acordo com a Comissão de Valores Mobiliários.

Segundo a BM&FBovespa, o número de investidores cresceu 173% em relação a 2011. Ao mesmo tempo, o segmento de shopping centers, responsável por 19% das vendas do varejo brasileiro, também passa pelo melhor momento de sua história, com um faturamento de 119,5 bilhões de reais em 2012, um crescimento de 10,65% em relação ao ano anterior, conforme a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).

O ano de 2013 manterá o aquecimento, com a expectativa de inauguração de 47 novos centros de compras — em 2012, foram abertos 457 —, marcando a primeira vez em que cidades menores terão, somadas, mais empreendimentos do que as grandes capitais.

A promessa de rentabilidade maior do que a poupança e a renda fixa em tempos de juros em queda é apenas parte da explicação da popularização dos fundos imobiliários. Entra no pacote a isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas, o que culminou com o aumento de emissões, trouxe mais investidores para esses fundos, elevando sua liquidez no mercado acionário.

O que levar em conta

A rentabilidade dos fundos de investimento atrelados a shoppings é calculada por meio da distribuição dos dividendos desse ativo. Um dos destaques no ano passado foi o Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo, cujo fundo é administrado pela corretora Rio Bravo. “O empreendimento deu certo e os cotistas participaram da expansão do shopping.

Durante o ano passado, houve bons rendimentos”, diz Sérgio Belleza. De janeiro de 2012 até o mesmo período deste ano, o valor da cota do fundo passou de 490 reais para 675 reais, segundo a consultoria Fundo Imobiliário. Na opinião de José Diniz, diretor de investimentos imobiliários da Rio Bravo, o Pátio Higienópolis é um dos shoppings “maduros”: tem o menor risco e a inadimplência é baixa.

Existem também muitos fundos imobiliários que investem em shoppings ainda em fase de construção e os riscos, nesse caso, são maiores, já que existe a possibilidade de o empreendimento não ser tão bem-sucedido.

Tradicionalmente, os cinco primeiros anos surgem como período de maturação, em função, por exemplo, dos descontos oferecidos para as lojas âncoras e da própria popularização do empreendimento na vizinhança.

Nesses casos, em muitos fundos o próprio dono do ativo arca com uma rentabilidade mínima garantida durante o período de construção para que o investidor não fique sem rentabilidade nessa primeira fase de amadurecimento.

O fundo Sulacap, lançado em agosto de 2011 pela RB Capital, já acumula um patrimônio de 108,35 milhões de reais e promete rentabilidade mínima de 85% do Certificado de Depósito Interbancário, garantida aos cotistas pela General Shopping S.A. como prêmio de locação. Após o período de maturação — os três primeiros anos do empreendimento —, as receitas imobiliárias do FII serão provenientes do resultado operacional do shopping.

Há também quem veja a modalidade dos fundos imobiliários com ressalvas. “Tudo que apresenta promessa de ganho fácil tem risco escondido”, diz Samy Dana, professor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas. Ele engrossa a corrente de economistas que acreditam que o mercado imobiliária está caro.

“Quem investe hoje em uma cota de fundo imobiliário é como se estivesse comprando uma ação na alta”, diz. Se o valor dos imóveis de repente cair, o preço da cota terá o mesmo destino.

Fonte: Danylo Martins, Felipe Datt, Exame

sábado, 11 de maio de 2013

Casa de vila em SP pode custar até 30% mais que similar na rua

Peças da história de São Paulo, as casas de vila têm "seguidores" em São Paulo. Charmosas, elas ainda têm o apelo de inspirar maior segurança em relação às residências convencionais.
 
Apesar do certo ar de interior na maioria delas, é preciso distinguir as casas de vila de acordo com o padrão, segundo a urbanista Lucila Lacreta, diretora do movimento Defenda São Paulo.
 
"Há algumas chiquérrimas e mais novas nos Jardins, outras mais antigas e de classe média no Cambuci, Ipiranga, Pinheiros e Lapa, e algumas mais simples na periferia."
 
De acordo com Lacreta, em geral, as casas de vila são mais valorizadas que residências que ficam no entorno. O motivo é que propiciam maior qualidade de vida, por serem mais isoladas do barulho da rua, terem garagens coletivas e permitirem que as crianças brinquem mais à vontade.
 
Não é qualquer rua que pode ser fechada e se tornar uma vila, porém. Segundo a urbanista, é preciso que a via não tenha saída, o que pressupõe que apenas os moradores precisarão utilizar o local.
 


COMPRAS
 
Em 2008, Cristiano Verardo, 38, criou, com a mulher, Milena, 33, o site Casas de Vila (www.casasdevila.com.br), para funcionar como uma imobiliária virtual com foco nesse segmento.
 
Para entrar nesse nicho, Verardo mapeou as vilas da cidade. Até agora, ele diz ter encontrado cerca de 900.
 
"Eu ia de bicicleta, saía a pé ou de carro e ia mapeando todas as vilas de São Paulo, na mão. Então, comecei a mandar mala-direta e a me apresentar", conta.
 
Segundo Verardo, muita gente que procura esse tipo de imóvel, hoje, tem a intenção de reformá-lo ou "colocá-lo abaixo". Esse público, que muda a cara do imóvel, é formado por casais jovens sem filhos. Ou casais que já esvaziaram seu ninho e querem voltar a morar em uma casa. Na locação, destacam-se os solteiros.
 
Ainda assim, a maior parte das casas é ocupada por quem tem mais de 70 anos.
 
Segundo Verardo, as casas de vila custam até 30% mais que uma similar na rua.
 
"Damos um valor para o bem, mas quem decide o preço final é o vendedor."
 
Segundo o empresário, a documentação para a venda costuma ser um ponto crítico, que chega a interromper alguns negócios: "Todo mundo se encanta pela casa, mas a parte da documentação é muito chata."

Fonte: Marina Gurgel Prado para Folha de São Paulo

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Lopes vai assumir a gestão da Itaplan

Objetivo é fortalecer as áreas de atendimento ao incorporador e comercial e aumentar participação no mercado primário na Região Metropolitana de São Paulo
A imobiliária Lopes oficializou no início da semana a compra de mais 29% da Itaplan por R$ 1,976 milhão, elevando sua parcela para 80% e assumindo assim a gestão da empresa.
 
Segundo a Lopes, "o aumento da participação da LPS na Itaplan tem como objetivos fortalecer as suas áreas de atendimento ao incorporador e comercial, que agora ficarão sob gestão de executivo indicado pela LPS, e aumentar sua penetração no mercado primário na Região Metropolitana de São Paulo". A marca Itaplan continuará atuando de maneira independente em linha com a estratégia corporativa do grupo LPS Brasil.
Cyro Naufel Filho, atual diretor de atendimento da Lopes, assumirá o cargo de diretor-geral da Itaplan. Fabio Rossi, que estava à frente da empresa até então, irá para o conselho de administração da imobiliária. Após a venda dos 29% adicionais, a Rossi fica com 20% da empresa.
Fonte: Rodrigo Louzas

Cinco empresas do mercado imobiliário correm o risco de ter problemas de liquidez

Segundo a agência de classificação de risco Moodys, Brookfield, Even, PDG, Rossi Residencial e Viver podem não pagar suas dívidas nos próximos anos
 
A agência de classificação de risco Moody's publicou nesta terça-feira (30) um novo relatório com as empresas em situação mais delicada com relação a capacidade de pagar suas dívidas no Brasil nos próximos anos. Das nove empresas citadas, cinco são do mercado imobiliário.

A liquidez das empresas brasileiras não financeiras teve uma pequena melhora no ano passado, diz a Moody's Investors Service em um novo relatório. Cerca de 57% das empresas com rating da Moody's B3 ou acima disso tiveram risco de liquidez baixo ou médio no fim de 2012, comparadas com 52% no ano anterior. Essas empresas agora têm liquidez suficiente para cobrir pelo menos 150% da dívida com vencimento nos próximos 12 meses.
 
"Diante do fraco desempenho dos resultados do ano passado, a maioria das empresas administrou a liquidez reduzindo os dividendos e postergando investimentos ou outras necessidades de caixa para amortizar as dívidas de curto prazo e evitar a dependência de fontes externas de financiamento." diz Cristiane Spercel, Assistant Vice President da Moody's e co-autora do relatório. Mesmo assim o relatório ainda mostrou que existem empresas em situação de risco.
 
Confira as análises sobre as empresas que correm risco de liquidez
no mercado imobiliário:
 
Brookfield
Segundo os cálculos e estimativas da agência, a liquidez disponível nos próximos dois anos cobrem apenas 39% das dívidas a vencer no mesmo período e 64% para 12 meses. A geração de caixa livre em 2012 foi negativa em 1,027 bilhão de reais. As ações têm queda de 38,3% em 2013. A Moody's pondera que os contratos com o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) garantem 3,6 bilhões de reais para a empresa, valor suficiente para cobrir os projetos em andamento.
 
Even
Os recursos disponíveis nos próximos 24 meses garantem o pagamento de 59% das dívidas a vencer no mesmo período e 145% em 12 meses. A geração de caixa livre da empresa no ano passado foi de apenas 12 milhões de reais. O rating da empresa está em Ba3, com perspectiva estável. As ações têm desempenho estável em 2013.
 
PDG
A construtora, que tem o rating Ba3 com perspectiva negativa, também tem um nível alto de risco de disponibilidade de caixa para honrar os pagamentos em 12 a 24 meses. A liquidez disponível para os próximos 24 meses cobre 65% das dívidas a vencer no período e 103% quando considerado o período de 12 meses. O fluxo de caixa da empresa foi negativo em 1,461 bilhão de reais em 2012. As ações têm queda de quase 31% em 2013.
A agência ressalta, contudo, que a fraca geração de caixa tem sido sustentada pela disponibilidade adequada de projetos sob o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e pelo apoio dos acionistas, que capitalizaram a empresa com 800 milhões de reais no terceiro trimestre de 2012.
 
Rossi Residencial
De acordo com as estimativas da agência, o caixa disponível nos próximos 24 meses só é suficiente para cobrir 37% das dívidas a vencer no mesmo período e 60% em 12 meses. A geração de fluxo de caixa livre em 2012 foi negativa em 759 milhões de reais. A nota com a Moody's é Ba2 e a perspectiva negativa. As ações da Rossi têm queda de 28% em 2013.
"O fraco perfil de liquidez da Rossi reflete a alta alavancagem e a baixa geração de caixa. O risco de refinanciamento é amplamente mitigado pela disponibilidade de empréstimos por meio do SFH e o apoio constante dos acionistas que aumentaram o capital em 500 milhões de reais durante o quarto trimestre de 2012", pondera a Moody's.
 
Viver
Com o rating B3 e perspectiva negativa, a construtora possui recursos nos próximos 24 meses capazes de cobrir 89% das dívidas no mesmo período e 68% em 12 meses. A geração de fluxo de caixa livre em 2012 foi negativa em 105 milhões de reais. As ações têm desempenho estável em 2013.
A Moody's ressalta que, atualmente, a liquidez da Viver é fraca e terminou 2012 com apenas 183 milhões de reais em dinheiro. A empresa possui cerca de 300 milhões de reais em empréstimos aprovados junto ao SFH que cobrem aproximadamente 80% dos projetos em andamento.
 
Fonte: Rodrigo Louzas