Uma obra de reforma e ampliação do estádio Flamarion Vasconcelos, na cidade de Boa Vista, capital de Roraima, está sendo executada pelo governo estadual com recursos do governo federal a um custo previsto de R$ 100 milhões.
Este é o valor estimado para transformar o Canarinho, como é conhecido o estádio com capacidade para 8.000 pessoas construído em 1975, em uma arena moderna para 10 mil pessoas e enquadrada nos padrões de qualidade da Fifa, para que o estádio possa concorrer a ser sede de treino e aclimatação de uma das 31 seleções que virão disputar a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Há 158 municípios no país disputando para receber as equipes.
Depois da Copa, o equipamento ficará à disposição do futebol roraimense, cujo campeonato estadual é disputado por seis equipes profissionais, tem uma média de público de 50 torcedores por partida e não cobra ingresso para os jogos. A disputa é subsidiada por governos municipais e pelo Estado.
No dia 22 de junho de 1996, quando ainda havia cobrança pelos ingressos, uma partida entre Rio Negro e Progresso atraiu um público total de um pagante. O servidor federal Abraão Pereira de Souza proporcionou uma renda de R$ 5. Cada clube ficou com R$ 1. As informações são da Federação Roraimense de Futebol.
Se as dimensões da arena já parecem desproporcionais à realidade do futebol de Roraima, o que dizer do projeto inicial do governo do Estado, que firmou um convênio em 2010 com o Ministério do Esporte para transformar o Canarinho em uma arena multiuso para 22.500 pessoas (quase 10% da população de Boa Vista), a um custo inicialmente previsto de R$ 257 milhões?
Era esta a intenção do governo local, e com esses objetivos o então ministro do Esporte, Orlando Silva, assinou o convênio da pasta com o Estado. Mas, graças a uma intervenção do procurador da República Rodrigo Golivio Pereira, que definiu o tal projeto como uma "ofensa à moralidade", a empreitada ganhou contornos menos vultuosos.
O contrato inicial foi desfeito. Um novo convênio, de pouco mais que R$ 99 milhões, foi assinado no mês passado. "O redimensionamento do projeto foi importante, mas não nos satisfaz. Mantemos aberto o inquérito civil que acompanha a destinação dos recursos e apura se há necessidade de investimentos da ordem de R$ 100 milhões", avisa o procurador.
O dinheiro para realizar toda a façanha ainda não está disponível. Até agora, a Caixa Econômica Federal liberou - via convênio firmado entre o Estado de Roraima e o Ministério do Esporte - R$ 28,95 milhões. O Estado entra com uma contrapartida de R$ 8,8 milhões.
Este é o orçamento da primeira das três fases da obra, em execução há dois meses, que consiste em modernizar as arquibancadas já existentes, mexer no solo e trocar o gramado do campo, reformar os vestiários e construir uma pista de atletismo. A capacidade da arena será reduzida dos atuais 8.000 lugares para pouco mais de 5.000, em virtude da instalação de cadeiras individuais com assento rebatível.
O dinheiro federal foi obtido em 2010, graças a uma emenda ao Orçamento da União de autoria do senador Romero Jucá (PMDB/RR), ex-líder do governo no Senado, que a apresentou junto com toda a bancada parlamentar de Roraima. A intenção dos políticos é, ano a ano, ir propondo emendas ao Orçamento que destinem recursos para a obra do Canarinho.
Em 2011, quando o plano ainda era erguer uma arena de R$ 257 milhões, Jucá e seus colegas propuseram uma emenda para levar R$ 160 milhões dos cofres federais para o canteiro de Boa Vista. Não passou. "Vamos seguir propondo as emendas, e assim iremos obtendo os recursos para a obra", planeja o senador.
Nas segunda e terceira etapas, serão realizadas melhorias urbanísticas ao redor do estádio e um novo setor de arquibancadas será erguido, atingindo a capacidade de 10 mil espectadores. A previsão é que os trabalhos terminem em 2015.
Para o secretário de Gestão Integrada do Governo de Roraima, que diz considerar o Canarinho como um filho, Orlando Júnior, não há desproporcionalidade entre as dimensões da obra e as necessidades de Boa Vista e do futebol roraimense: "Mesmo que nenhuma seleção venha para Boa Vista na Copa, o objetivo deste investimento é resgatar um patrimônio do Estado e o próprio futebol roraimense, que precisa aparecer, pelo menos, no cenário regional".
O custo da reforma do Canarinho será de R$ 10 mil por assento, proporção igual ou superior às de cinco dos 12 estádios que estão sendo construídos ou reformados para receber os jogos da Copa do Mundo de 2014, que contarão com restaurantes, sistemas de telecomunicações de última geração e até túnel de ligação com um centro de convenções, como é o caso do Estádio Nacional Mané Garrinhcha, em Brasília.
Este é o valor estimado para transformar o Canarinho, como é conhecido o estádio com capacidade para 8.000 pessoas construído em 1975, em uma arena moderna para 10 mil pessoas e enquadrada nos padrões de qualidade da Fifa, para que o estádio possa concorrer a ser sede de treino e aclimatação de uma das 31 seleções que virão disputar a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Há 158 municípios no país disputando para receber as equipes.
Depois da Copa, o equipamento ficará à disposição do futebol roraimense, cujo campeonato estadual é disputado por seis equipes profissionais, tem uma média de público de 50 torcedores por partida e não cobra ingresso para os jogos. A disputa é subsidiada por governos municipais e pelo Estado.
No dia 22 de junho de 1996, quando ainda havia cobrança pelos ingressos, uma partida entre Rio Negro e Progresso atraiu um público total de um pagante. O servidor federal Abraão Pereira de Souza proporcionou uma renda de R$ 5. Cada clube ficou com R$ 1. As informações são da Federação Roraimense de Futebol.
Se as dimensões da arena já parecem desproporcionais à realidade do futebol de Roraima, o que dizer do projeto inicial do governo do Estado, que firmou um convênio em 2010 com o Ministério do Esporte para transformar o Canarinho em uma arena multiuso para 22.500 pessoas (quase 10% da população de Boa Vista), a um custo inicialmente previsto de R$ 257 milhões?
Era esta a intenção do governo local, e com esses objetivos o então ministro do Esporte, Orlando Silva, assinou o convênio da pasta com o Estado. Mas, graças a uma intervenção do procurador da República Rodrigo Golivio Pereira, que definiu o tal projeto como uma "ofensa à moralidade", a empreitada ganhou contornos menos vultuosos.
O contrato inicial foi desfeito. Um novo convênio, de pouco mais que R$ 99 milhões, foi assinado no mês passado. "O redimensionamento do projeto foi importante, mas não nos satisfaz. Mantemos aberto o inquérito civil que acompanha a destinação dos recursos e apura se há necessidade de investimentos da ordem de R$ 100 milhões", avisa o procurador.
O dinheiro para realizar toda a façanha ainda não está disponível. Até agora, a Caixa Econômica Federal liberou - via convênio firmado entre o Estado de Roraima e o Ministério do Esporte - R$ 28,95 milhões. O Estado entra com uma contrapartida de R$ 8,8 milhões.
Este é o orçamento da primeira das três fases da obra, em execução há dois meses, que consiste em modernizar as arquibancadas já existentes, mexer no solo e trocar o gramado do campo, reformar os vestiários e construir uma pista de atletismo. A capacidade da arena será reduzida dos atuais 8.000 lugares para pouco mais de 5.000, em virtude da instalação de cadeiras individuais com assento rebatível.
O dinheiro federal foi obtido em 2010, graças a uma emenda ao Orçamento da União de autoria do senador Romero Jucá (PMDB/RR), ex-líder do governo no Senado, que a apresentou junto com toda a bancada parlamentar de Roraima. A intenção dos políticos é, ano a ano, ir propondo emendas ao Orçamento que destinem recursos para a obra do Canarinho.
Em 2011, quando o plano ainda era erguer uma arena de R$ 257 milhões, Jucá e seus colegas propuseram uma emenda para levar R$ 160 milhões dos cofres federais para o canteiro de Boa Vista. Não passou. "Vamos seguir propondo as emendas, e assim iremos obtendo os recursos para a obra", planeja o senador.
Nas segunda e terceira etapas, serão realizadas melhorias urbanísticas ao redor do estádio e um novo setor de arquibancadas será erguido, atingindo a capacidade de 10 mil espectadores. A previsão é que os trabalhos terminem em 2015.
Para o secretário de Gestão Integrada do Governo de Roraima, que diz considerar o Canarinho como um filho, Orlando Júnior, não há desproporcionalidade entre as dimensões da obra e as necessidades de Boa Vista e do futebol roraimense: "Mesmo que nenhuma seleção venha para Boa Vista na Copa, o objetivo deste investimento é resgatar um patrimônio do Estado e o próprio futebol roraimense, que precisa aparecer, pelo menos, no cenário regional".
O custo da reforma do Canarinho será de R$ 10 mil por assento, proporção igual ou superior às de cinco dos 12 estádios que estão sendo construídos ou reformados para receber os jogos da Copa do Mundo de 2014, que contarão com restaurantes, sistemas de telecomunicações de última geração e até túnel de ligação com um centro de convenções, como é o caso do Estádio Nacional Mané Garrinhcha, em Brasília.
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