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domingo, 24 de março de 2013

Casa em SP fica isolada em quarteirão e pode cair após construção de prédio

A casa 498 da rua Dr. Costa Júnior, na Água Branca, nunca mais foi a mesma desde a chegada na vizinhança do Landscape Perdizes, condomínio com duas torres de prédios (e vista para o parque da Água Branca) que está em construção no entorno.
 
Primeiro pela chegada do empreendimento em si. A incorporadora comprou 13 dos 14 terrenos vizinhos; o dono do 498 não quis vender a casa, mesmo sob insistência da incorporadora, a Shpaisman.
 
Daí que toda vizinhança de casas se esvaiu e deu lugar ao canteiro de obras do Landscape Perdizes, e o 498, uma casa feita para ser residência mas hoje usada como escritório, ficou ali, isolada.
Ciente, a corretora Neusa Ribeiro Soares, 48, alugou o imóvel por R$ 4.000 mensais, para usar como sede da empresa que está prestes a abrir.
 
Nem a poeira, nem ruído, tampouco a casa órfã no meio de duas megatorres seriam problema, diz ela, que aposta na valorização da região --o apartamento mais barato custa quase R$ 2 milhões.
Até que um buraco fez o otimismo ruir: uma retroescavadeira rompeu a parede da garagem nos fundos. Depois vieram uma série de rachaduras -na parede da garagem, na cozinha e na laje.
 
Neusa resolveu agir. Chamou a Defesa Civil para interditar o próprio imóvel, uma maneira de chamar atenção para o que ocorria e ao mesmo tempo se resguardar. Em 26 de fevereiro, a casa 498 foi interditada parcialmente; em 14 de março, totalmente.
 
Veio então o que tornou a casa conhecida na rua, um cartaz com os dizeres em vermelho: "Casa com perigo de ruir. Afaste-se". Foi um modo de evitar que outras pessoas entrem ali sem saber.
"E se morresse alguém?", disse Neusa, sobre a razão de ter a faixa ter sido colocada.
A corretora denunciou o caso à prefeitura, que foi à obra e não constatou nada errado na documentação.
 
Ela e dono exigiram que o imóvel fosse consertado, ao que a construtora Shpaismann concordou. A empresa disse que faria os reparos e, agora, faz um orçamento de quem irá prestar o serviço.
Neusa, por ora, está satisfeita. Diz que não vê a hora de conseguir trabalhar ali.
 
Fonte: Folha de São Paulo

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