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domingo, 27 de outubro de 2013

Escócia abastece 9 mil residências com energia gerada por uísque

 
A usina Helius Energy transforma uísque e seus subprodutos em energia limpa, e tem capacidade instalada superior a 8 MW, quantidade suficiente para abastecer nove mil casas. Situado na cidade de Rothes, na Escócia, o centro de geração de energia utiliza o destilado para substituir as convencionais usinas de carvão mineral, evitando a emissão anual de mais de 46 mil toneladas de gás carbônico na atmosfera.
 
A Helius Energy começou a abastecer os lares escoceses em abril, após passar por um período de testes desde o início de 2013. Os pesquisadores descobriram que, além de o uísque gerar eletricidade, os resíduos de fabricação da bebida também podem ser aproveitados para produzir rações para animais.
 
Para ser implantada, a usina demandou uma verba total de 207 milhões de reais, e tem grande eficiência – tanto que, em janeiro deste ano, produziu eletricidade pela primeira vez, bem antes da inauguração oficial. E não para por aí: a Helius Energy ainda faz planos para substituir uma instalação de gás existente, o que deverá evitar mais 18 mil toneladas de gás carbônico liberadas no ar.
 
A usina fica sob a responsabilidade da CoRD (Combination of Rothes Distillers Limited), uma companhia de destilarias da cidade, que já mantinha um centro de processamento dos resíduos de biomassa produzidos pela fabricação da tradicional bebida da Escócia. Por sinal, se a geração de energia limpa com a bebida for praticada em larga escala, as usinas podem acelerar o crescimento econômico do país, que ainda é refém da economia – e, principalmente, do petróleo – do Reino Unido.
 
Fonte: Ciclo Vivo

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Para receber 4 jogos da Copa, poder público está construindo 3 estádios e um ‘campo reserva’ em Manaus

O Governo Federal, o Estado do Amazonas e a Prefeitura de Manaus estão construindo três estádios para a Copa do Mundo de 2014, evento em que a cidade receberá quatro partidas, todas da primeira fase. Além deles, está sendo feito um campo de futebol reserva, no padrão Fifa, “para ser utilizado no que for necessário”, segundo o governo estadual.
O principal equipamento em construção é a Arena Amazônia, a um custo de R$ 604 milhões, para 42.374 pessoas. É ali que irão acontecer os quatro jogos da Copa.
Além dela, está-se construído um novo Estádio da Colina. O original, pertencente ao clube São Raimundo, foi demolido para dar lugar à nova arena, para 11.400 pessoas, com gramado e vestiários padrão Fifa, a ser utilizada como um COT, ou Centro Oficial de Treinamento, da cidade de Manaus. Custará R$ 21 milhões, sendo R$ 9,7 milhões de verbas federais e o restante do Estado do Amazonas.
Também está sendo erguido o Estádio do Coroado, para 5.000 pessoas, na Mini Vila Olímpica, zona leste de Manaus. Também será utilizado como COT. Vai custar R$ 15 milhões e será integralmente pago pelo contribuinte amazonense, via governo estadual. As obras tiveram início nesta semana e devem seguir até fevereiro do ano que vem.
Finalmente, está sendo construído um campo com arquibancadas para 1.300 pessoas, com gramado e drenagem padrão Fifa, para deixar de reserva, caso seja necessário. Custo: R$ 3,5 milhões, por meio de convênio com o Ministério do Esporte.  A informação é da UGP, Unidade Gestora do Projeto Copa, do governo do Amazonas.
Você reparou nesse ponto? O dinheiro vem de convênio do governo estadual com o Ministério do Esporte. Ou seja, este é mais um caso de dinheiro público federal sendo colocado em estádios de futebol para a Copa não através de financiamentos do BNDES, contrariando o que afirmou em pronunciamento oficial a presidente Dilma Rousseff durante a Copa das Confederações, de que não há dinheiro federal em estádios da Copa, a não ser empréstimos do BNDES. Este é mais um caso. Porque tem outros.
 
Campo de treino ou estádio?
 
Voltando a Manaus, há que se explicar o que são esses estádios que estão sendo erguidos além da Arena Amazonas, os COTs, ou Campos Oficiais de
Treinamento. Pela carta de compromissos que as cidades-sede assinaram com a Fifa para receber a Copa, elas são obrigadas a oferecer pelo menos dois campos oficiais de treinamento com algumas especificações, tais como gramado e vestiários semelhantes aos dos estádios da Copa e proximidade aos hoteis onde estarão as seleções.
 
Na Copa de 2006, na Alemanha, todos os COTs eram privados, de clubes ou associações, nada foi construído pelo poder público só para ser usado como campo de treino durante a Copa. No Brasil, alguns COTs serão privados, como deverá ser a Arena Grêmio, em Porto Alegre, se escolhida como COT. Já em Manaus, ou a iniciativa privada não se interessou em investir em tais estruturas, ou o poder público tomou-lhe a frente.
 
O Governo do Estado do Amazonas justifica seu investimento nos campos de futebol com dois argumentos. O primeiro é o de que os estádios estão sendo construídos por uma necessidade de Manaus para tonar-se sede da Copa. De acordo com a UGP, a Fifa exige que os COTs tenham, além de tribuna de imprensa, uma capacidade para receber, no mínimo, 2.000 torcedores.
 
Ainda que assim fosse, tal fato não explicaria o motivo de os estádios que estão sendo construídos serem para 11.400 e 5.000 pessoas. Na última sexta-feira, porém, este blog perguntou ao COL (Comitê Organizador Local da Copa-2014) quais eram as especificações dos COTs exigidos das cidades-sede. Eis a resposta:
 
“As orientações relativas aos Campos Oficiais de Treinamento (COTs) passadas pelo Comitê Organizador Local (COL) às sedes da Copa do Mundo da FIFA visam oferecer as melhores condições possíveis para as equipes. A qualidade do gramado, com condições semelhantes às encontradas nos estádios, o tempo de deslocamento até os hotéis oficiais, a infraestrutura de vestiários e as instalações para a imprensa estão entre os principais requisitos. A capacidade de público desejável dos COTs é de no mínimo 500 pessoas
 
Foto do antigo Vivaldão: construído em 1972, reformado em 1995 e 2006 e demolido em 2010
 
 
Manaus precisa desses estádios?
Por que, então, construir dois novos estádios em Manaus, um para 11.400 e outro para 5.000 pessoas? É aí que entra a segunda justificativa do Governo do Estado do Amazonas.
De acordo com o governador Omar Aziz, depois da Copa, todas as estruturas ficarão à disposição do futebol do Amazonas, podendo ser utilizadas nos campeonatos oficiais disputados pelos clubes do Estado.
O Campeonato Amazonense deste ano contou com dez clubes de futebol e teve média de público inferior a 500 pagantes por jogo. A partida da final disputada em Manaus contou com menos de 3.000 torcedores.
A cidade precisa mesmo de todas as estruturas que as autoridades públicas estão construindo sob a justificativa de legado da Copa? Não, não precisa. Não se for levada em consideração a história do futebol amazonense, pontilhada por construções, reformas e abandono de suas praças esportivas, sempre à custa de dinheiro público.
Veja o exemplo da Arena Amazônia, que será utilizada na Copa. Ela está sendo construída no local onde antes existia o estádio Vivaldo Lima, ou Vivaldão.
Concluído em 1972, o estádio tinha capacidade oficial para 43 mil pessoas, mas chegou a receber 56 mil. Em 1995, passou por uma grande reforma, recebeu sistema de som importado da Bélgica, catracas eletrônicas e um sistema de irrigação e drenagem automático.
Em 2007, passou por outra reforma, novamente custeada com dinheiro público, e recebeu placar eletrônico. Além disso, o estádio tinha tido sua fiação elétrica de cobre furtada, e o sistema de refletores foi também reformado.
Depois dessa ultima reforma, a seleção brasileira nunca jogou lá. Também nunca teve lotação máxima. Os dez jogos de maior público no Vivaldão
aconteceram todos até 1999, quando 55 mil pessoas foram assistir a São Raimundo e Fluminense, pela Série C do Campeonato Brasileiro.
Então, em 2009, dois anos após a última reforma, decidiu-se que a arena teria que ser totalmente demolida para dar lugar a um novo estádio, padrão Fifa, a Arena Amazônia, integralmente bancado pelo poder público, Governo Federal e Estado do Amazonas. A empreiteira Andrade Gutierrez toca a obra. A previsão atual de custo é R$ 604 milhões, R$ 89 milhões a mais do que inicialmente.
Agora, atente para o segundo equipamento em construção, o Estádio da Colina, ou Ismael Benigno, que já existia, mas que foi, assim como o Vivaldão, demolido para que se pudesse construir um novo estádio do zero.
É o mais antigo campo profissional de futebol do Estado. Pertence ao São Raimundo e foi inaugurado em 1952, em terreno público doado ao clube pelo então governador do Amazonas, Plínio Coelho.
A partir da inauguração do Vivaldão, em 1972, o Estádio da Colina caiu em franco desuso e deterioração. Os outros clubes da cidade começaram a jogar no estádio público, o São Raimundo não conseguiu manter o equipamento viável economicamente apenas com seus próprios jogos.
A arena perdeu o alambrado, o gramado se deteriorou e parte dos refletores pararam de funcionar. No ano 2000, o Estádio da Colina passou por reforma e modernização, custeada com recursos públicos.
São colocados mil assentos nas arquibancadas cobertas, As seis cabines de rádio são reformadas. Anuncia-se a instalação de um dos melhores sistemas de iluminação do mundo, com quatro torres e 35 refletores em cada. O vestiário do São Raimundo ganha banheira de hidromassagem e dez chuveiros.
Ao longo dos últimos dez anos, o equipamento, por falta de uso, novamente se deteriora. Deteriora-se ao ponto de, segundo o governo estadual, ter que ser completamente demolido para que uma nova e moderna arena possa ser construída, para ser utilizada como campo de treino durante a Copa e ser entregue depois nova em folha ao São Raimundo.
Quase metade dos R$ 21 milhões do custo da obra foram obtidos através de emenda ao Orçamento da União e chegam aos cofres amazonenses via convênio com o Ministério do Esporte.
Dinheiro do Orçamento da União. Sendo usado em estádio de treino da Copa. Viu, presidente?
Fonte: Vinícius Segalla

Clubes do AM não usarão Arena Amazônia no Estadual, e estádio dará prejuízo

O primeiro ano de operação da Arena Amazônia, estádio que está sendo construído pelo Governo do Estado do Amazonas por R$ 605 milhões, não será utilizado no Campeonato Amazonense do ano que vem.
Em reunião realizada na última quarta-feira, os dirigentes dos clubes de futebol do Estado chegaram à conclusão de que será impossível mandar os jogos no estádio com capacidade para 42.374 pessoas sem ter prejuízo.
Com essa decisão, torna-se um fato inconteste o que já era uma enorme desconfiança: a Arena Amazônia será um grande e custoso elefante branco já em seu primeiro semestre de operação, antes mesmo da Copa do Mundo de 2014.
Então, o contribuinte amazonense, que já está pagando R$ 605 milhões para construir uma arena em um Estado cujo orçamento anual da Secretaria da Justiça é de R$ 108 milhões, agora pode ter certeza que o equipamento ainda vai lhe custar mais do que isso.
Quanto mais? O Governo do Amazonas vem trabalhando com uma projeção de custo mensal de manutenção da arena de R$ 500 mil, que seria o mesmo valor que se observa no Engenhão, estádio do Rio de Janeiro.
Mas isso é mera suposição. Na verdade, o Estado do Amazonas não tem como saber qual será o custo de manutenção da arena que está construindo e promete entregar até 31 de dezembro deste ano. Isso porque a Arena Amazônia não possui um estudo de viabilidade econômica que permita que o governo estadual planeje como operar o equipamento sem ter prejuízo.
Bom, sem sequer os jogos do Campeonato Estadual, qual a chance do equipamento ser viável, não dar prejuízo?
Então, estariam os dirigentes do futebol amazonense jogando contra o interesse público, boicotando a arena, o investimento e os cofres estatais? Improvável. O mais provável é que tais dirigentes, tenham a índole e os interesses que tiverem, só não gostam é de rasgar dinheiro. E jogar na Arena Amazônia é prejuízo na certa.
Se não, veja só. No último dia 6, Bahia e Ponte Preta empataram em 1 a 1 na Arena Fonte Nova, diante de 9.448 pagantes, que proporcionaram uma renda bruta de R$ 200.030, média de R$ 21,17 por torcedor. Desse montante, o clube baiano teve que pagar R$ 170 mil pelo aluguel às empreiteiras Odebrecht e OAS, que operam o estádio que construíram com o dinheiro do Estado da Bahia.
Ora, o maior público do Campeonato Amazonense em Manaus neste ano foi na final entre Nacional e Princesa do Solimões, no dia 26 de maio: 5.800 pagantes, que proporcionaram uma renda de R$ 54 mil. A soma dos públicos de todos os jogos do campeonato foi de 47.639 torcedores, conforme relatório produzido pela Pluri Consultoria. Média por jogo: 807 pagantes, ou menos de 2% da capacidade da Arena Amazônia.
Então, como que dá para jogar o Campeonato Amazonense na Arena Amazônia sem jogar dinheiro fora? Não dá, simplesmente não dá. Como culpar os dirigentes? O contribuinte e o Governo do Estado do Amazonas, que são os pais do elefante, que fiquem com o prejuízo!
Então, na última quarta-feira, por 8 votos a 2, os dirigentes dos dez clubes que disputarão a primeira divisão do Campeonato Amazonense do ano que vem decidiram que não vão utilizar a arena no torneio. Fizeram apenas uma concessão: se houver final, pode-se pensar em disputar os jogos na arena.
Apenas se houver final, porque o campeonato estadual do Amazonas é disputado em dois turnos. Se a mesma equipe vencer os dois, não há final. Mas então, se houver final, os jogos poderão ser na Arena Amazônia.
Poderão ser na Arena Amazônia, mas com uma ressalva: caso um dos finalistas seja o atual campeão estadual, o Princesa de Solimões, então a FAF (Federação Amazonense de Futebol) terá que providenciar e pagar o transporte dos torcedores do clube do município de Manacapuru até Manaus. São 68 quilômetros.
O presidente da FAF, Dissica Valério Tomaz, aceitou a incumbência. E de onde ele vai tirar o dinheiro para bancar esse transporte? “Vamos pedir ajuda ao Governo do Estado”, explicou o cartola na última quarta.
Falar o que?
Fonte: Vinícius Segalla

domingo, 13 de outubro de 2013

Apartamento de um dormitório torna-se nicho de investidores

Apartamentos para um público jovem, solteiro e "descolado" que abre mão de espaço para viver em uma região bem localizada.
 
É com esses argumentos que as incorporadoras buscam garantir compradores para os imóveis de um dormitório, cada vez mais comuns e menores em São Paulo.
 
A estratégia tem dado certo, já que as vendas crescem. O "público jovem", porém, deverá entrar no imóvel como inquilino em boa parte dos casos, não como comprador.
 
Nos apartamentos que ficam em áreas nobres, centros financeiros e que têm metro quadrado mais caro --acima de R$ 10 mil--, a presença de investidores chega a 80% do total, mesmo que haja limite de venda de imóveis por comprador para diluir o risco de inadimplência.
 
Antônio Guedes, vice-presidente de incorporação da PDG, diz que um dos produtos da empresa, no Brooklin (zona sul), teve esse percentual de unidades de um quarto vendidas a investidores.
 
No caso de um empreendimento da Stan, na mesma região, a "grande maioria" foi parar na mão de investidores, afirma André Neuding, sócio-diretor da empresa. O objetivo deles é ter renda mensal de pelo menos 0,6% do valor do imóvel com aluguel.
 
Com os juros em um dos níveis mais baixos da história, pequenos imóveis e antes salas comerciais viraram nicho de investidores, porque têm preço final menor para venda e são locados mais facilmente que os maiores.
 
Para Eduardo Muszkat, diretor-executivo da incorporadora You, solteiros e quem vem de outra cidade estudar e trabalhar são um público-alvo desse tipo de imóvel. "Há médicos que vêm fazer residência e pessoas que moram com os pais e que querem viver sozinhas", diz.
 
Com a demanda grande, a incorporadora Marques decidiu entrar no segmento. "Tinha investidor querendo cinco unidades de uma vez, mas limitamos a venda a duas", conta Vitor Marques, gerente da empresa.
 
Segundo ele, sem a limitação, praticamente as 76 unidades do prédio seriam compradas por investidores, índice que ultrapassou os 70%.
 
 
 

Fonte: Daniel Vasques, Folha de São Paulo 

Microapês exigem escolhas racionais na organização dos espaços

Morar em um apartamento de um quarto, em geral, com sala, cozinha e tudo o mais conjugado, exige compatibilidade de estilos e decisões firmes para evitar desperdício de espaço.
 
O arquiteto José Ricardo Basiches destaca o perfil "descolado" desse tipo de unidade. "A linguagem é jovem e alia sofisticação e modernidade", diz Basiches, do escritório responsável pelo interior de um edifício da construtora Vitacon com unidades de até 52 m².
 
"O público que procura um imóvel assim é mais arrojado, porque sabe que terá o quarto grudado em uma sala, que é quase dentro da cozinha, e encara isso bem", acrescenta a arquiteta Claudia Albertini.
 
Para o executivo Airton Lozano, foi uma questão de adaptação. Em junho deste ano, ele saiu de um apartamento de 160 m² e foi para outro de 40 m², de um quarto.
 
"Precisei voltar a ser solteiro e em um local menor", conta ele, que se mudou para o imóvel na região da Vila Nova Conceição (zona sul) seis meses após a compra.
 
Grande parte deste tempo foi para a reforma do espaço, que ganhou ar "clean", com mescla de tons e o cuidado de não entulhar os cômodos preparando-os para receber as filhas de Lozano.
 
 
"Um móvel cria uma divisão entre o quarto e a área para closet, com espaço para a filha. Assim, cada um pode manter sua intimidade", diz Andrea Parreira, arquiteta responsável pelo projeto.
 
RACIONALIDADE
 
Com o metro quadrado tão valioso, é fundamental ser racional e criativo ao planejar um apartamento compacto.
 
Recorrer à marcenaria é uma alternativa para "fazer tudo se encaixar". "O interior é personalizado, cada canto é aproveitado para deixar a circulação livre", diz a arquiteta Albertini.
 
O truque dos móveis transformáveis e multifuncionais ajuda a liberar espaço e criar áreas de armazenamento.
 
Nessa linha, o arquiteto Robert Robl aconselha recorrer a um sofá de até 90 cm de profundidade. Quando não der para ter um, a cama pode ser "maquiada" com capas e almofadas, ganhando cara de assento.
 
Na área da cozinha, a tecnologia ajuda. Segundo Albertini, há fornos com função micro-ondas e depuradores de ar que se retraem quando não usados.
 
A integração entre os ambientes também é essencial nesta configuração. "Não existe mais isso de compartimentar", diz José Ricardo Basiches.
 
Por isso, o piso deve ser de um único modelo para todo o apartamento e, preferencialmente, em cores claras, porque elas aumentam a sensação de amplitude.
 
Paredes e estofados em tons neutros também ajudam a ampliar o espaço. "Mas é preciso tomar cuidado para não ficar tudo muito branco e perder o aconchego", alerta Basiches.
 
A dica é mesclar tons claros e introduzir cores mais fortes, que "aquecem o ambiente". Para ter esse resultado de forma bem dosada, acessórios como almofadas e luminárias e estantes são opção.
 
Fonte: Janais Fernandes com colaboração de Daniel Vasques / Folha de São Paulo

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Inspirada em imóveis de Tóquio, construtora lança apartamento de 19m² em SP

A construtora Vitacon vai lançar, nas próximas semanas, um prédio com apartamentos de 19m² de área útil. Nos últimos anos, a empresa tem se especializado na construção do que chama de "imóveis compactos", espécies de quitinetes, que têm se tornado tendência no mercado paulistano.
 
O projeto de arquitetura e design do empreendimento VN Quatá, localizado na Vila Olímpia, zona sul de São Paulo, foi desenvolvido pelo escritório Basiches Arquitetos.
 
O metro quadrado dos imóveis do edifício deve ser vendido a partir de R$ 14 mil, o que resultaria num preço final de R$ 266 mil para o apartamento de 19m². Imóveis de 23m² de área, com terraço, também fazem parte do projeto.
 
"Estamos acostumados a fazer imóveis com 30m², mas esse projeto foi um desafio para nós", diz o diretor do escritório, José Ricardo Basiches.
 
Segundo ele, a inspiração veio de quartos de hotéis e dos apartamentos de Tóquio, no Japão. "São lugares pequenos e bem aproveitados", afirma.

Público-alvo são estudantes e executivos

Os apartamentos têm espaço para uma cama de casal, um pequeno armário, bancada (onde são acoplados os eletrodomésticos), pia e duas cabines de banheiro (uma para chuveiro e outra para o vaso sanitário).
 
"Acreditamos que as pessoas vão morar de forma cada vez mais compacta. Hoje, os consumidores, principalmente os jovens, querem mais mobilidade e praticidade, em vez de grandes áreas e apartamentos", afirma o dono da construtora, Alexandre Lafer Frankel. 
 
"Como na região existem muitas universidades, nossa proposta é, além de atender executivos, vender para estudantes."
 
Para Frankel, os consumidores brasileiros vão aderir, mais cedo ou mais tarde, a um conceito de vida "mais simples, com menos coisas e menos custos".
 
"Mesmo num espaço de 19m² é possível ter a mesma coisa que num apartamento de 50m². Para isso, é preciso apenas ter móveis inteligentes e espaços bem utilizados. Isso vai provocar uma mudança na vida das pessoas de forma avassaladora", diz.
 
Dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp) mostram que, nos últimos anos, os paulistanos estão morando em imóveis menores e mais caros. Em cinco anos, o tamanho médio dos lançamentos na cidade caiu 28,4%, enquanto o preço subiu 124% no mesmo período, segundo a entidade.

Calçadas com problemas são inimigas das pessoas 'sem-motor'

As vias mais utilizadas pelo brasileiro são as mais esquecidas pelo poder público.

Os "sem-motor", aqueles que andam a pé pelas cidades ou optam pela bicicleta, quase sempre correm sérios riscos em seus deslocamentos diários por grandes cidades como São Paulo.

Dados da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) mostram que, considerando todos os meios de deslocamentos, ocorreram 61,3 bilhões de "viagens" em 2011 nas cidades com mais de 60 mil habitantes.

Caminhadas e pedaladas representam 40% do total. Elas somam-se aos 31% de deslocamentos em meios de transporte individual e 29% de viagens em transporte público (ônibus e trilhos).

Uma caminhada mais atenta é suficiente para testemunhar os riscos que correm os pedestres.

No Itaim Bibi, bairro valorizado da zona oeste de São Paulo, por exemplo, nenhum trecho percorrido pela reportagem está livre de falhas.


Na rua Romilda Margarida Gabriel, a calçada não chega a meio metro. Quando há postes, é preciso virar de lado para passar (foto acima).

O calçamento é um problema constante. Irregular, com desníveis e buracos onde o piso se solta, ele obriga o pedestre a olhar sempre para o chão.

Na rua Renato Paes de Barros, incluída no programa Rotas Acessíveis da prefeitura, o cenário muda de figura.

O calçamento de cimento é liso e sem obstáculos. O pedestre caminha sem se preocupar com tropeços.

Mesmo assim, há falhas causadas por consertos feitos por concessionárias públicas.

Outro obstáculo são as lixeiras dos grandes condomínios, instaladas nas calçadas. Algumas deixam a passagem para o pedestre inferior a 1,20 metro de largura.

Trata-se de uma questão de saúde pública. Estudo do do Hospital das Clínicas de São Paulo apontou que, no ano passado, uma em cada cinco vítimas de quedas caíram em calçadas.

Os entorses foram as lesões mais frequentes e fraturas somam 8,5%. Ao contrário do que se poderia esperar, a maior parte dos acidentados calçava tênis e estavam na faixa dos 36 a 50 anos.

A falta de cuidado com o passeio público vem de décadas, na opinião de Marcos de Souza, da ONG Mobilize, que acompanha o problema.

Para ele, houve um erro histórico em São Paulo. "A gestão [das calçadas] tinha que ficar na mão da prefeitura, ou de alguma companhia controlada por ela."

Hoje, os donos de imóveis devem conservar suas calçadas e cabe ao poder público fiscalizar.
No caso das bicicletas, o problema é falta de vias separadas dos demais veículos.

"Sei que a lei não permite, mas utilizo as faixas de ônibus para andar de bicicleta. Moro perto da ponte João Dias [zona sul] e trabalho no Bom Retiro [região central]", afirma Thiago Busse, 34, designer.

sábado, 5 de outubro de 2013

25 de Março tem o m² mais caro que a Oscar Freire

 
Manter um negócio na rua comercial mais popular de São Paulo está cada vez mais caro. Nos últimos quatro anos, o valor venal máximo do metro quadrado de um terreno localizado na 25 de Março passou de R$ 5.292 para R$ 12 mil, de acordo com a Planta Genérica de Valores (PGV) proposta pela Prefeitura. Mais caro que o da luxuosa Rua Oscar Freire, nos Jardins, onde o valor chega a R$ 8.396 - em 2009, esse patamar era de R$ 3.547.
 
Alugar uma loja na 25 de Março requer um investimento mínimo de R$ 35 mil por mês, segundo a associação de lojistas. Já o ponto chega a valer R$ 1 milhão.
 
Elaborada pela gestão de Fernando Haddad (PT) para servir como base do reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) a partir de 2014, a atualização da PGV indica ainda que os preços por metro quadrado praticados em outros dois endereços de comércio já passam de R$ 10 mil. É o caso da Rua Santa Ifigênia, também no centro, e da Alameda Gabriel Monteiro da Silva, nos Jardins, zona sul. Especializada em artigos de decoração, a alameda é uma das mais valorizadas da capital, alcançando R$ 10.934 por metro quadrado.
 
Os preços registrados na Rua José Paulino, que também vende roupas, mas de apelo popular, são semelhantes. Segundo a Prefeitura, um comerciante interessado em abrir uma loja na via paga, no mínimo, R$ 6.853 e, no máximo, R$ 8.450.
 
As diferenças registradas na mesma rua são explicadas pela altura em que se localiza o terreno. A proximidade com a esquina, com uma estação de metrô, um mercado ou até uma área degradada definem o preço.
 
Mas, segundo especialistas, o valor venal de um metro quadrado é pelo menos 30% inferior ao praticado pelo mercado. A defasagem entre as duas realidades justifica o reajuste do imposto almejado pela Prefeitura em 2014 - o projeto de lei que prevê aumento de até 45% no caso de imóveis comerciais terá de ser aprovado na Câmara Municipal. Se receber o aval dos vereadores, a arrecadação pode crescer 24%.
 
Fonte: Jornal "O Estado de S. Paulo"

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Inspirada em imóveis de Tóquio, construtora lança apartamento de 19m² em SP



A construtora Vitacon vai lançar, nas próximas semanas, um prédio com apartamentos de 19m² de área útil. Nos últimos anos, a empresa tem se especializado na construção do que chama de "imóveis compactos", espécies de quitinetes, que têm se tornado tendência no mercado paulistano.
 
O projeto de arquitetura e design do empreendimento VN Quatá, localizado na Vila Olímpia, zona sul de São Paulo, foi desenvolvido pelo escritório Basiches Arquitetos.
 
O metro quadrado dos imóveis do edifício deve ser vendido a partir de R$ 14 mil, o que resultaria num preço final de R$ 266 mil para o apartamento de 19m². Imóveis de 23m² de área, com terraço, também fazem parte do projeto.
 
"Estamos acostumados a fazer imóveis com 30m², mas esse projeto foi um desafio para nós", diz o diretor do escritório, José Ricardo Basiches.
 
Segundo ele, a inspiração veio de quartos de hotéis e dos apartamentos de Tóquio, no Japão. "São lugares pequenos e bem aproveitados", afirma.

Público-alvo são estudantes e executivos

Os apartamentos têm espaço para uma cama de casal, um pequeno armário, bancada (onde são acoplados os eletrodomésticos), pia e duas cabines de banheiro (uma para chuveiro e outra para o vaso sanitário).
 
"Acreditamos que as pessoas vão morar de forma cada vez mais compacta. Hoje, os consumidores, principalmente os jovens, querem mais mobilidade e praticidade, em vez de grandes áreas e apartamentos", afirma o dono da construtora, Alexandre Lafer Frankel. 
 
"Como na região existem muitas universidades, nossa proposta é, além de atender executivos, vender para estudantes."
 
Para Frankel, os consumidores brasileiros vão aderir, mais cedo ou mais tarde, a um conceito de vida "mais simples, com menos coisas e menos custos".
 
"Mesmo num espaço de 19m² é possível ter a mesma coisa que num apartamento de 50m². Para isso, é preciso apenas ter móveis inteligentes e espaços bem utilizados. Isso vai provocar uma mudança na vida das pessoas de forma avassaladora", diz.
 
Dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp) mostram que, nos últimos anos, os paulistanos estão morando em imóveis menores e mais caros. Em cinco anos, o tamanho médio dos lançamentos na cidade caiu 28,4%, enquanto o preço subiu 124% no mesmo período, segundo a entidade.

Fonte: Aiana Freitas / UOL

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Entulho do Parque Antarctica já saiu do Itaquerão, diz empreiteira

Os resíduos da demolição do estádio Parque Antarctica, que foram utilizados em um acesso pavimentado da obra do estádio do Corinthians, na zona leste da cidade, não estão mais presentes no local.
De acordo com a construtora Odebrecht, que executa a obra, o material foi utilizado em uma estrutura temporária na obra, que já foi desmontada. "As obras da Arena Corinthians fizeram uso temporário de material reciclado em forrações de pisos para máquinas pesadas. O mesmo já foi retirado após o uso e encaminhado para aterros sanitários certificados", informa, em nota, a construtora.
Antes de ter chegado ao canteiro do Itaquerão, o entulho que sobrou da demolição do Parque Antarctica (o estádio foi demolido para dar lugar a uma nova arena que está sendo construída pelo clube) foi enviado para a usina de reciclagem Eco-X, de Guarulhos, na Grande São Paulo. Os detritos foram processados e transformados em brita que, por sua vez, foi destinada à construção de uma pista provisória de acesso aos guindastes que trabalharam no Itaquerão.
Para construir a pista temporária, o entulho palmeirense foi misturado com restos do CT de Itaquera e de outras estruturas provisórias montadas para a construção da nova arena corintiana. Quando o acesso deixou de ser necessário, os detritos foram enviados para um aterro sanitário.
De acordo com a Odebrecht, porém, apenas a minoria do material utilizado na obra corintiana era advindo do Parque Antarctica. "O material reciclado teve várias origens, incluindo fornecedores externos especializados. Apenas 10% dos materiais reciclados de origem externa foram fornecidos pela empresa Eco-X, sendo que nada mais resta na área da construção", afirma a empreiteira, concluindo que a prática de reutilizar materiais de outras obras para fins como este em questão contribuem para os índices de sustentabilidade do trabalho.
No último sábado, um dos sócios da usina, o empresário Pierre Ziade, afirmou ao Jornal Nacional, da TV Globo, que parte do entulho da demolição do estádio palmeirense foi reaproveitada na construção da futura arena do arquirrival. Ziade foi ouvido em uma reportagem que dizia que a reciclagem de entulhos tem reduzido o custo de obras em São Paulo.
Fonte: Tiago Dantas e Vinícius Segalla / UOL