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sábado, 21 de outubro de 2017

3 DICAS PARA NÃO TER PROBLEMAS COM INSPEÇÃO PREDIAL

Organizar documentos e fiscalizar instalações prediais constantemente ajudam no preparo para a inspeção predial

A inspeção predial, também chamada de autovistoria ou vistoria técnica, é uma ação extremamente necessária para evitar graves acidentes e até mesmo tragédias em edificações.

Definida pela norma técnica ABNT NBR 5674 como “avaliação do estado da edificação e de suas partes constituintes, realizada para orientar as atividades de manutenção”, a inspeção predial é indispensável, seja em edificações residenciais, comerciais ou públicas.

Mas nem sempre essas medidas de manutenção estão em dia e isso pode atrair um sério risco para a estrutura, além de ser um possível atestado de irregularidade no laudo de inspeção predial. Com tantas determinações e normas para atender, pode ser confuso compreender exatamente o que precisa ser feito para sair ileso dessa autovistoria.

Confira três dicas para não passar por nenhum tipo de problema durante a vistoria técnica:
 1. Verifique a documentação
Tenha todos os documentos da edificação organizados e regularizados. Na primeira etapa do processo de inspeção predial, esses materiais serão avaliados.

Cheque os prazos de validade de contratos e atualiza-os periodicamente.

Tenha em mãos documentos relacionados a manutenção como:

– Última versão do plano de manutenção

– Certificado de teste de estanqueidade do sistema de gás

– Cadastro de equipamentos e máquinas

– Certificado de limpeza e desinfecção dos reservatórios

– Laudos de Inspeção Predial anteriores

– Certificado de ensaios de pressurização em cilindro de extintores

– Selos dos extintores

– Relatório de Inspeção Anual de Elevadores

Não se esqueça de também organizar os documentos administrativos, como IPTU, regime interno do condomínio e Cadastro no Sistema de Limpeza Urbana, e técnicos, como os projetos de paisagismo, executivo, de revestimento, de pintura, de impermeabilização e de instalações prediais.

 2. Fiscalize as instalações prediais
Antes da vistoria questione-se:

– Há elementos estruturais aparentes?

– Os elevadores estão em bom funcionamento?

– O sistema de instalação elétrica passou por manutenção?

– Há infiltrações em algum ponto da edificação?

– Como estão os revestimentos da edificação?

– Os sistemas de vedação interno e externo estão em ordem?

– A instalação hidráulica precisa de algum reparo?

– Os geradores estão funcionando?

– A edificação conta com instalações de acessibilidades suficientes?

– Telhados, calhas e demais coberturas não estão danificados?

– O sistema de combate a incêndio está em ordem (placas de sinalização, extintores na validade, etc.)?

O ideal é fazer um checklist periódico de todas as instalações que precisam ser revisadas. A manutenção desses itens é indispensável para a saúde da edificação e segurança dos trabalhadores, moradores e frequentadores do local.

Nota extra: Para todo serviço técnico contratado exija sempre a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), pois isso garante que a edificação já passou pela vistoria de um profissional habilitado.

 3. Certifique-se dos riscos
É muito importante observar se há problemas provenientes da construção ou do projeto do prédio. Note se há alguma deficiência nesse sentido e busque soluções para isso. Outro ponto a se observar são as utilizações corretas de instalações e da própria estrutura.

Por exemplo: um elevador que está no final da vida útil pode não estar mais em condições de uso e por isso não deve estar em funcionamento. Ou ainda, seu uso para o carregamento de carga pesada, como uma mudança, deve ser atestado por uma vistoria, assim como o limite de capacidade de peso deve ser informado.

Já a estrutura pode estar depreciada, ou com agentes de deterioração agravados, o que coloca a segurança e saúde em risco.

Todos esses quesitos serão avaliados e, quando apresentarem de riscos, serão classificados em graus crítico, regular e mínimo.

Tudo pronto para a inspeção predial?
Seguindo as dicas acima e obedecendo a todas as orientações dos engenheiros e técnicos que farão a vistoria, será possível evitar acidentes e irregularidades. Mas lembre-se: por meio da inspeção predial é possível ter claras orientações de manutenção.

O proprietário ou síndico, da edificação ficará ciente das informações necessárias para fazer um planejamento de atividades, orçar serviços referentes à manutenção, controlar e avaliar as atividades de manutenção, atualizar registros, se prevenir contra situações emergenciais entre outras medidas saudáveis para a estrutura como um todo.

Então, após o laudo é preciso colocar em prática todas as atualizações. É válido ressaltar que a utilização de serviços de terceiros é uma possibilidade para executar a manutenção.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Veja como reter e fidelizar clientes

Sebrae elaborou material exclusivo para o setor de construção civil com dicas e orientações importantes aos varejistas para fidelizar clientes

Em tempos de instabilidade econômica, o comércio vive um desafio quase que diário para manter suas vendas. E o cenário fica ainda mais crítico para os micro e pequenos empresários que precisam reter e fidelizar clientes. O Sebrae elaborou um material exclusivo para o setor de construção civil para ajudar os lojistas. 

Antes, durante e depois do fechamento de uma venda, o cliente deve ser tratado com exclusividade, sendo entendido e recebendo toda a atenção possível. Portanto, é necessário conferir algumas práticas que sua empresa deve adotar para ter mais assertividade nas vendas e fidelizar clientes:
Ponto de venda (PDV) 

Seja atraente tanto no ambiente interno quanto externo. Capriche nas gôndolas e arrumação da loja, não esqueça de sinalizar o ambiente de forma eficaz,  conduzindo o cliente para produtos em promoção ou outros pontos estratégicos do PDV, por exemplo. A iluminação e boa ventilação da loja também são aspectos cruciais para manter o cliente mais tempo no ambiente. 

Exponha o preço de forma organizada e limpa. No caso de promoções, brindes ou cupons de desconto, indique de forma clara, simples e direta no PDV, para que o cliente conheça suas opções. Evite utilizar informações ambíguas e incoerentes, pois elas podem abalar sua credibilidade e confundir o consumidor. 

Atendimento
Personalize o tratamento ao cliente. Simpatia, rapidez e criatividade são características valorizadas e que fazem a diferença para a efetivação das vendas. Ofereça também condições para o cliente provar o produto (pegar, testar seu funcionamento, entre outros). Fique atento ao cliente e ao seu feedback sobre a experiência oferecida pela loja. É a forma mais simples para alinhar suas práticas de venda. 

Tecnologia
Invista em tecnologia, tanto no PDV quanto na gestão do negócio. Aceitar o maior número de meios de pagamento, como cartões de crédito e débito (de bandeiras variadas), também é uma alternativa para aumentar a competitividade. A presença nos canais em que o consumidor está (aplicativos móveis, redes sociais, entre outros) é fundamental para garantir a visibilidade da empresa, além de trazer os consumidores para a loja física. Utilize as mídias sociais para disseminar suas ações e campanhas. 

Equipe
A retenção de talentos e a devida capacitação da equipe devem ser preocupações constantes dos empresários.  No segmento de revenda de materiais de construção, no qual as empresas oferecem basicamente os mesmos produtos, a qualidade dos serviços que envolve a venda é o fator diferenciador entre as concorrentes. 

A conquista e fidelização dos clientes dependem da atuação e proficiência dos profissionais, sobretudo dos vendedores. Eles precisam estar bem preparados e qualificados, pois refletem a imagem da marca e da empresa. Atenção, estes são os principais erros cometidos por balconistas e vendedores na hora do atendimento: 

Falta de conhecimento do produto;
Apresentação de produtos que não se enquadram no que o cliente pediu;
Abordagem agressiva e insistente, não dando espaço ao cliente, ou abordagem desanimada e decorada;
Má postura do vendedor – ficar de braços cruzados ou com uma expressão mal-humorada, por exemplo;
Subestimação do poder de compra do cliente;
Demonstração de impaciência para tentar fechar a venda.

Competências e conhecimentos que um vendedor do setor deve apresentar:
1.Conhecimentos sobre técnicas de negociação e vendas ajudam no desempenho na hora de vender; 

2.Conhecimentos técnicos e operacionais que estão relacionados ao(s)/à:
  • produtos e soluções em sistemas construtivos, que nesse caso é desafiador, pois engloba uma
  • infinidade de itens;
  • sistema operacional da empresa (trajetória do produto – desde o estoque até o pós-venda);
  • cordialidade, agilidade e proatividade no atendimento ao cliente, fazendo uma venda assistida;
  • sistema de gestão da loja, envolvendo a integração entre os setores de vendas/atendimento,
  • distribuição, gerenciamento e acompanhamento do pedido e do produto, entrega (consequências da venda), pagamento, financiamento, entre outros aspectos.
Conhecimentos operacionais relacionados às diferentes áreas da loja
As operações do dia a dia do vendedor estão relacionadas a cada uma das áreas da loja, que compreendem produtos e processos específicos para cada uma. É importante que o empresário e sua equipe estejam atentos a elas para fazer um bom planejamento de vendas. Veja abaixo algumas das competências necessárias aos vendedores das principais áreas: 

Materiais elétricos
Noções de elétrica, eletricidade e iluminação;
Conhecimentos sobre acessórios elétricos;
Noções na área de iluminação sobre tendências, decoração e estilos;
Conhecimento sobre a instalação de produtos (ventiladores de teto, luminárias, porteiros eletrônicos, entre outros).

Tintas
Noções de aplicação de produtos para cada tipo de superfície (alvenaria, madeira, entre outros);
Conhecimento dos processos de pintura e repintura (tipos e classificação das tintas);
Noções sobre impermeabilização;
Conhecimento sobre medidas de áreas;
Noções sobre tipos de materiais utilizados (lixas, pincéis, espátulas).

Materiais hidráulicos
Conhecimentos sobre hidráulica;
Noções básicas sobre os diferentes sistemas hidráulicos (água fria, água quente, esgoto, águas pluviais e reuso da água);
Conhecimento sobre as necessidades hidráulicas de uma residência ou prédio.

Acabamentos
Conhecimento sobre produto, como e onde será sua aplicação (louças, metais, cerâmicas, piso, entre outros);
Noções de planta de uma edificação (saber interpretar uma planta baixa e calcular áreas dos diversos cômodos);
Noções de medidas de áreas (saber calcular a quantidade de piso ou revestimento necessário, considerando paredes, desníveis estruturais, entre outros);
Noções de escala (utilização do escalímetro);
Conhecimento sobre padrões, decoração e tendências na área.

Ferragens e construções
Noções sobre construção, seus padrões e processos básicos;
Conhecimento dos produtos e suas aplicações;
Noções de medidas de áreas.

Decoração
Conhecimento sobre os produtos;
Noções de decoração, estilos, tendências e utilização dos produtos.

Fonte: Mapa da Obra

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

A retomada dos fundos imobiliários

Os números de setembro foram incontestáveis. No mês, o Ifix, índice da B3 que representa as oscilações das cotas de fundos imobiliários negociados na bolsa, valorizou-se 6,75%. No ano, até a quarta-feira 11, a alta acumulada está em 20,2%, abaixo dos 27,3% do Índice Bovespa. E, apesar de o índice estar sendo negociado nas máximas históricas, indicando uma valorização acentuada das cotas desses fundos, os analistas acreditam que ainda há espaço para continuar apostando nesse negócio.
Com moderação – ninguém espera a euforia de 2008, quando a baixa artificial dos juros realizada de maneira voluntarista pelo governo, o que provocou uma euforia nesse mercado –, mas, sem perder a consistência, os fundos poderão voltar a atrair interessados. Eles investem em ativos de base imobiliária. Podem ser edifícios corporativos ou residenciais, participações em shopping centers ou edifícios específicos, como galpões para fábricas ou centros de distribuição. Há, ainda, os fundos que só investem em títulos financeiros, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e as Letras de Crédito Imobiliário (LCI). Os rendimentos vêm de aluguéis ou revendas. Quando a economia se aquece, os imóveis ficam mais caros, ampliando os ganhos.
Um indicador é o interesse dos investidores internacionais. Quem tem imóveis residenciais à venda não vê uma fila de compradores à porta. Porém, o mercado corporativo, especialmente no segmento conhecido como triple A, está aquecido. Essa faixa do mercado inclui os edifícios modernos, com lajes amplas e ambiente controlado por computador, preferidos pelas empresas de primeira linha. “Notamos que há um movimento de busca pela qualidade”, diz o gestor de recursos Fernando Marques Oliveira, principal executivo do fundo H.I.G. para a América Latina. Por aqui, o fundo britânico se especializou em investimentos em empresas fechadas, modalidade conhecida como private equity.
No entanto, no início de outubro, Oliveira anunciou a aquisição de um edifício corporativo de alto padrão na Zona Sul de São Paulo. Segundo o gestor, os 29,2 mil metros quadrados de área locável têm demanda garantida. “Empresas sólidas que estão ocupando locais menos modernos e luxuosos percebem que podem mudar para locais melhores pagando quase a mesma coisa”, diz ele. “Esse é um movimento que ainda tem muito espaço para ocorrer, especialmente em São Paulo.” Segundo Oliveira, fundos imobiliários que oferecerem lajes corporativas de alto padrão deverão apresentar uma rentabilidade consistente nos próximos anos. Nos últimos 12 meses, essas carteiras renderam, em média, 24,3%, ante um ganho de 10,2% dos fundos que investem apenas em títulos imobiliários, segundo um levantamento da empresa de análise Eleven Financial.
No entanto, há uma diferença em relação ao cenário de há quase dez anos, quando esses fundos atraíram uma miríade de investidores, e a maioria perdeu dinheiro. “Na década passada, os fundos eram vendidos com menos critério, e tanto os distribuidores quanto os investidores tinham pouco conhecimento do mercado”, diz Máximo Lima, da gestora de fundos de private equity imobiliários HSI Investimentos. Segundo Lima, isso fez com que fosse cometido o mais primário dos erros. “Os investidores compraram esses ativos como se fosse renda fixa, mas é a mesma coisa que comprar imóveis, com as mesmas características”, diz ele. Ao comparar as taxas dos fundos com a dos títulos do Tesouro de prazo equivalente, todos corrigidos pelo mesmo índice de inflação, os investidores pensaram que estavam comprando uma renda certa e, ainda por cima, isenta de imposto, uma impressão que a crise demonstrou ser enganosa. “Um título do Tesouro rende sempre, um fundo imobiliário só rende se o imóvel tiver inquilino”, diz Lima.

Agora, avalia ele, o mercado está mais seletivo. “Os distribuidores de fundos não querem comprometer suas relações com os clientes se venderem fundos muito arriscados”, diz. Assim, diz Lima, é menos provável que os fundos mais arriscados cheguem ao mercado do investidor pessoa física. Algumas carteiras, como as que investem em um único edifício corporativo, ou em um imóvel com uso específico, como uma fábrica, por exemplo, são mais sujeitos a solavancos. “Eles são mais suscetíveis a uma renegociação do aluguel ou à saída de um inquilino”, afirma.

Quais os fundos mais recomendados? De olho na retomada do consumo, os analistas dizem acreditar que os fundos voltados para shopping centers são menos sujeitos a oscilações e podem render mais ao longo dos próximos dois ou três anos. Nos últimos 12 meses, eles renderam 39,6%, o melhor desempenho da categoria. Já os fundos de títulos imobiliários, podem ter sua rentabilidade diminuída pela queda dos juros. À medida que as emissões forem vencendo, elas serão substituídas por papéis com prêmios mais magros, diminuindo o ganho do investidor.

Fonte: Cláudio Gradilone, Isto É Dinheiro