SÃO PAULO - O paulista Felipe Jacinto passou por uma experiência negativa ao tentar vender seu imóvel no ano passado. Na internet, ele percebeu que, mesmo nos sites especializados, era difícil negociar diretamente com os interessados sem a intermediação de corretores e imobiliárias, que apareciam em quase todas as páginas de busca. Então, desenvolveu um aplicativo e, no final de maio, surgiu o App do Imóvel.
A plataforma é inspirada no aplicativo de encontros Tinder e tem visual semelhante. Os interessados na compra de um imóvel podem "curtir" uma propriedade e, caso o vendedor retribua a "curtida", ambos podem entrar em contato via telefone ou e-mail. Também é possível realizar buscas pelo site, mas o layout é diferente do aplicativo para celular.
O App do Imóvel não dá garantias em relação ao imóvel, mas orienta seus usuários a contratar um advogado para ajudar na negociação e verificar os documentos da propriedade.
Já que o aplicativo foi desenvolvido na intenção de evitar as taxas cobradas por intermediários, como corretores e imobiliárias, Jacinto não permite esses players na plataforma. "Tenho uma equipe que faz a checagem e banimos quando um corretor ou imobiliária cadastra imóveis", afirma.
O empreendedor é o único fundador, mas pretende buscar um investimento para ter outro sócio e alavancar o negócio. Neste momento, apenas dois meses após o lançamento, ele ainda não fatura com o site. Não há cobrança de taxa dos interessados na compra nem dos que querem vender uma propriedade.
Segundo Jacinto, apesar da forte resistência que vem encontrando por parte dos corretores, o App do Imóvel atrai, em média, 100 novos usuários por dia. O objetivo do empreendedor, porém, é que 30 mil imóveis sejam cadastrados até o final do ano. No momento estão disponíveis 3.100 propriedades, 80% delas no estado de São Paulo.
Raphael Ferreira
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