“Depois de anos lidando com a falta de mão de obra
qualificada, o empresário da construção agora vê como maior problema a demanda
fraca em todos os seus segmentos. Assim, a forte retração do emprego observada
no último trimestre de 2014, não deve ser compensada nos próximos meses.
O Índice de Confiança da Construção (ICST) apresentou queda
de 6,1%, em janeiro sobre dezembro último e atingiu 90,8 pontos, o mais baixo
nível da série histórica iniciada em julho de 2010. De acordo com a pesquisa, a
avaliação vai de 0 a 200 pontos: acima de 100 pontos indicam otimismo, abaixo
de 100 significam pessimismo.
O levantamento, feito pelo Instituto Brasileiro de Economia
da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), indica piora na avaliação dos
empresários tanto em relação ao momento atual quanto aos rumos esperados na
economia no curto prazo.
O resultado é formado por outros dois índices: Índice da
Situação Atual (ISA-CST) com recuo de 7,5% em comparação a variação também
negativa, em dezembro, de 1,8%,
atingindo 81,9 pontos; e o Índice de Expectativas (IE-CST) com queda de 5,0%,
atingindo 99,6 pontos em comparação a 104,8 pontos, em dezembro. Em ambos os
casos as pontuações foram as menores da série pesquisada.
Para essa pesquisa, foram ouvidos representantes de 670 empresas
ente os dias 5 e 23 deste mês de janeiro.
A coordenadora de projetos da construção do Ibre-FGV, Ana
Maria Castelo, prevê um aumento no desemprego do setor. “Depois de anos lidando
com a falta de mão de obra qualificada, o empresário da construção agora vê
como maior problema a demanda fraca em todos os seus segmentos. Assim, a forte
retração do emprego observada no último trimestre de 2014, não deve ser
compensada nos próximos meses. O maior pessimismo indica uma continuidade do
movimento de redução da atividade e do emprego”, disse ela por meio de nota.
O ICST é um indicador que constitui a base da pesquisa
Sondagem da Construção. A sondagem é uma pesquisa que gera, mensalmente, um
conjunto de informações usadas no monitoramento e antecipação de tendências
econômicas do setor.
Tendo como referência as
melhores práticas internacionais para pesquisas do gênero, a Sondagem da
Construção tem como um de seus principais atributos a rapidez com que é
produzida e divulgada, tornando-se uma ferramenta essencial à análise de
conjuntura e à tomada de decisão nos âmbitos público e privado.
Quatro quesitos compõem o Índice de Confiança da Construção
(ICST): volume de demanda atual, situação atual dos negócios, expectativa para
o volume de demanda (três meses) e para a situação dos negócios (seis meses).
Fonte: Agência Brasil
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