A capital vem perdendo espaço nos lançamentos de imóveis residenciais na região metropolitana de São Paulo. No primeiro semestre deste ano, a cidade representou 50,6% das 26,8 mil novas moradias postos à venda, ante uma fatia de 56,8% no mesmo período em 2009.
Para se ter uma ideia de como esse patamar tem diminuído, era 83,1% em igual intervalo em 2004, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo.
Para o presidente da entidade, João Crestana, os outros 38 municípios da região metropolitana vêm conquistando mercado devido à falta de terrenos na capital para erguer novos empreendimentos e às dificuldades para aprovações de projetos na prefeitura. "Existe um 'gap' sensível entre lançamentos imobiliários e projetos aprovados", completa o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci.
O Minha Casa, Minha Vida, lançado em março do ano passado, também tem contribuído para esse movimento. Na região metropolitana de São Paulo, os imóveis devem custar até R$ 130 mil para se enquadrar no programa federal, o que está levando as construtoras a locais mais distantes, onde o custo de construção será menor e o lucro com a venda, consequentemente, maior.
O valor só deve ser reajustado no próximo ano, na segunda fase do programa. "O mercado imobiliário não fica parado, vai buscar uma saída", afirma Crestana, prevendo uma intensificação desse movimento rumo aos arredores da capital.
Apesar da quantidade de lançamentos na cidade de São Paulo ter registrado expansão de 66,5% no primeiro semestre, a quantidade de imóveis novos em estoque no município (9.172 unidades) atingiu em junho o menor nível de toda a série histórica da pesquisa da entidade, iniciada em 2005.
PREÇO DO METRO QUADRADO
Por esses motivos, o preço do metro quadrado de área útil dos imóveis novos na cidade subiu 10,8% entre junho do ano passado e o mesmo mês deste ano, na análise do valor médio dos lançamentos nos últimos 12 meses. Considerando dezembro como base de comparação, o acréscimo foi de 7,9%.
Para Petrucci, a metodologia usada --que leva em conta a média no período de um ano terminado no mês de referência-- é a mais eficaz para analisar o mercado porque evita distorções causadas por oscilações em regiões específicas e em curtos intervalos de tempo. "Existem alguns bairros onde o potencial construtivo acabou. Nesse locais, é claro que o preço vai descolar [da média]", completa Petrucci.
Em vendas, a série histórica do Secovi-SP contempla apenas o primeiro semestre deste ano, quando 51% dos 33.576 imóveis novos residenciais vendidos na região metropolitana estavam na capital.
As 17.005 unidades comercializadas na cidade apresentam uma elevação de 18,4% ante o mesmo período no ano passado. As condições mais favoráveis para o crédito sustentam esse crescimento, até com antecipação de compras, com taxas de juros menores e o alongamento dos prazos de pagamento.
De acordo com a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), o percentual de financiamento dos imóveis vem crescendo nos últimos anos no país, atingindo no primeiro semestre uma média de 61,9% do valor total da moradia.
Para se ter uma ideia de como esse patamar tem diminuído, era 83,1% em igual intervalo em 2004, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo.
Para o presidente da entidade, João Crestana, os outros 38 municípios da região metropolitana vêm conquistando mercado devido à falta de terrenos na capital para erguer novos empreendimentos e às dificuldades para aprovações de projetos na prefeitura. "Existe um 'gap' sensível entre lançamentos imobiliários e projetos aprovados", completa o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci.
O Minha Casa, Minha Vida, lançado em março do ano passado, também tem contribuído para esse movimento. Na região metropolitana de São Paulo, os imóveis devem custar até R$ 130 mil para se enquadrar no programa federal, o que está levando as construtoras a locais mais distantes, onde o custo de construção será menor e o lucro com a venda, consequentemente, maior.
O valor só deve ser reajustado no próximo ano, na segunda fase do programa. "O mercado imobiliário não fica parado, vai buscar uma saída", afirma Crestana, prevendo uma intensificação desse movimento rumo aos arredores da capital.
Apesar da quantidade de lançamentos na cidade de São Paulo ter registrado expansão de 66,5% no primeiro semestre, a quantidade de imóveis novos em estoque no município (9.172 unidades) atingiu em junho o menor nível de toda a série histórica da pesquisa da entidade, iniciada em 2005.
PREÇO DO METRO QUADRADO
Por esses motivos, o preço do metro quadrado de área útil dos imóveis novos na cidade subiu 10,8% entre junho do ano passado e o mesmo mês deste ano, na análise do valor médio dos lançamentos nos últimos 12 meses. Considerando dezembro como base de comparação, o acréscimo foi de 7,9%.
Para Petrucci, a metodologia usada --que leva em conta a média no período de um ano terminado no mês de referência-- é a mais eficaz para analisar o mercado porque evita distorções causadas por oscilações em regiões específicas e em curtos intervalos de tempo. "Existem alguns bairros onde o potencial construtivo acabou. Nesse locais, é claro que o preço vai descolar [da média]", completa Petrucci.
Em vendas, a série histórica do Secovi-SP contempla apenas o primeiro semestre deste ano, quando 51% dos 33.576 imóveis novos residenciais vendidos na região metropolitana estavam na capital.
As 17.005 unidades comercializadas na cidade apresentam uma elevação de 18,4% ante o mesmo período no ano passado. As condições mais favoráveis para o crédito sustentam esse crescimento, até com antecipação de compras, com taxas de juros menores e o alongamento dos prazos de pagamento.
De acordo com a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), o percentual de financiamento dos imóveis vem crescendo nos últimos anos no país, atingindo no primeiro semestre uma média de 61,9% do valor total da moradia.
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