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domingo, 13 de outubro de 2013

Apartamento de um dormitório torna-se nicho de investidores

Apartamentos para um público jovem, solteiro e "descolado" que abre mão de espaço para viver em uma região bem localizada.
 
É com esses argumentos que as incorporadoras buscam garantir compradores para os imóveis de um dormitório, cada vez mais comuns e menores em São Paulo.
 
A estratégia tem dado certo, já que as vendas crescem. O "público jovem", porém, deverá entrar no imóvel como inquilino em boa parte dos casos, não como comprador.
 
Nos apartamentos que ficam em áreas nobres, centros financeiros e que têm metro quadrado mais caro --acima de R$ 10 mil--, a presença de investidores chega a 80% do total, mesmo que haja limite de venda de imóveis por comprador para diluir o risco de inadimplência.
 
Antônio Guedes, vice-presidente de incorporação da PDG, diz que um dos produtos da empresa, no Brooklin (zona sul), teve esse percentual de unidades de um quarto vendidas a investidores.
 
No caso de um empreendimento da Stan, na mesma região, a "grande maioria" foi parar na mão de investidores, afirma André Neuding, sócio-diretor da empresa. O objetivo deles é ter renda mensal de pelo menos 0,6% do valor do imóvel com aluguel.
 
Com os juros em um dos níveis mais baixos da história, pequenos imóveis e antes salas comerciais viraram nicho de investidores, porque têm preço final menor para venda e são locados mais facilmente que os maiores.
 
Para Eduardo Muszkat, diretor-executivo da incorporadora You, solteiros e quem vem de outra cidade estudar e trabalhar são um público-alvo desse tipo de imóvel. "Há médicos que vêm fazer residência e pessoas que moram com os pais e que querem viver sozinhas", diz.
 
Com a demanda grande, a incorporadora Marques decidiu entrar no segmento. "Tinha investidor querendo cinco unidades de uma vez, mas limitamos a venda a duas", conta Vitor Marques, gerente da empresa.
 
Segundo ele, sem a limitação, praticamente as 76 unidades do prédio seriam compradas por investidores, índice que ultrapassou os 70%.
 
 
 

Fonte: Daniel Vasques, Folha de São Paulo 

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