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domingo, 25 de agosto de 2013

Dicas para planejar, recrutar e concluir a reforma sem sofrimento

Reformar casa é tarefa muito mais complexa do que aquela transformação instantânea que vemos nos "reality shows" de decoração. Do tempo de maturação do projeto, que pode levar pelo menos dois meses, aos eventuais problemas com mão de obra e outros imprevistos, tudo é mais difícil do que parece. "Sair quebrando antes de consolidar o projeto é uma das maiores armadilhas", diz o arquiteto Fábio Galeazzo. "Essa ansiedade só traz prejuízo e dor de cabeça." Uma obra sem contratempos pressupõe organização e precaução. A seguir, um passo a passo para concluir a reforma sem sustos.

 
1. Todos os imóveis na cidade também são de responsabilidade da prefeitura. Assim, qualquer alteração deve ser informada e, se necessário, autorizada pelo poder público, conforme prevê o Código de Obras. Do contrário, as obras podem sofrer embargos e multas.
 
2. Para a prefeitura, há três categorias de alteração do espaço público: obra (qualquer construção); reforma (aumento ou diminuição da área construída ou mudanças estruturais); e pequenas reformas (como troca de piso e reparos hidráulicos).
 
3. Obras e reformas (segundo o conceito da prefeitura) exigem autorização, mas pequenas reformas demandam apenas que a atividade seja comunicada ao poder público. Saiba como obter as licenças em http://bit.ly/13PpsIn.
 
4. Sem as licenças, o proprietário corre risco de ser denunciado, sobretudo se as obras causarem transtornos à vizinhança. O condômino é proibido de realizar intervenções que comprometam a segurança do edifício ou que alterem sua fachada.
 
5. No caso de edifícios, informe o síndico sobre a extensão da obra e os prazos. Se as regras do condomínio forem descumpridas, ele pode aplicar advertência ou multa ou ainda exigir a paralisação da obra. Se ainda assim o infrator insistir, o problema pode ser levado à Justiça.
 
6. Antes de iniciar a reforma, seja educado. Visite os vizinhos, apresente-se, deixe seu telefone e peça desculpas antecipadas pelo incômodo que irá causar. Esse cuidado vale especialmente para prédios com idosos, doentes ou bebês.
 
7. Tenha em mente que a primeira marretada só deve acontecer no mínimo dois meses após o início do planejamento. Não tenha pressa em começar. Com um projeto amadurecido, você economizará tempo.
 
8. O tamanho do espaço a ser reformado dá uma dimensão dos gastos --à exceção de obras que envolvam materiais sofisticados. Em média, cada metro quadrado reformado sai de R$ 1.500 a R$ 2.000 na cidade de São Paulo, segundo especialistas.
 
9. Há cinco etapas principais em uma reforma: remoções, alvenaria, elétrica e hidráulica, pintura e acabamentos. Detalhe o que você pretende fazer em cada uma das fases, desmembrando os tipos de material e serviços necessários.
 
10. Reflita bem antes de mudar a cara do imóvel. Se decidir transformar o apartamento em um amplo loft, por exemplo, pesquise o quanto a proposta poderia valorizá-lo ou desvalorizá-lo. Procure soluções que possam ser revertidas no futuro.
 
11. Anote cada passo: com quem falou, o que foi dito e o que ficou combinado, como em um diário. Reserve as últimas páginas para escrever os contatos de todos os envolvidos. É uma maneira prática e segura de ter tudo à mão e não perder o controle.
 
12. Quantifique os materiais e inicie uma planilha orçamentária. São úteis sites como o Bin.bom (www.bimbon.com.br ) e portais como o Arquitecasa (www.arquitecasa.com.br ), que estimam o custo de diferentes metragens e serviços e fazem plantas em 3D.
 
13. Muito cuidado ao remover paredes para não danificar vigas e pilares de sustentação. Se o plano for derrubar uma área estrutural, especialistas podem orientar sobre alternativas, como a criação de novos pilares.
 
14. Se sua ideia for comprar ou alugar um imóvel e então reformá-lo, preste muita atenção na maneira como ele foi projetado. Colunas e vigas que comprometam a movimentação nem sempre poderão ser retiradas.
 
15. Atenha-se ao orçamento inicial da reforma. O que parece uma boa ideia na hora pode virar um rombo no bolso. Não resolva aproveitar que está trocando o piso para mudar o batente da porta, por exemplo.
 
16. O ideal é fazer uma poupança para a obra. Outro caminho é o financiamento: muitos bancos têm linhas de crédito para reformas, mas há variações quanto à taxa de juros e ao prazo de pagamento das parcelas. Com dois meses de antecedência, solicite simulações.
 
17. Opte por plantas versáteis. Veja, por exemplo, se o quarto de empregada pode ser convertido em closet, se o banheiro de serviço pode ser incorporado como suíte, se a parede entre a sala e a cozinha pode vir abaixo.
 
18. Antes de tentar reproduzir fotos de blogs e ideias de revistas de decoração, pesquise sobre a praticidade e a funcionalidade desses atrativos. Questione, por exemplo, se a luminária da moda se adaptará ao seu espaço.
 
Fontes: arquitetos Fábio Galeazzo e Silmara Salvetti, Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras e Monique Tonini, da imobiliária Casas Bacanas, especializada em imóveis para serem reformados
 
Fonte Folha de São Paulo: Mariana Barros

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