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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

SindusCon-SP participará de estudo sobre verticalização de HIS

As empresas associadas do SindusCon-SP que produzem HIS (Habitação de Interesse Social) participarão de um estudo do professor João Fernando Pires Meyer, do Departamento de Tecnologia da Arquitetura da FAU/USP, sobre a viabilidade de verticalização dos empreendimentos habitacionais e seus impactos positivos sobre as políticas públicas.

Isto é o que foi acertado em participação do professor na reunião de Diretoria do sindicato, em 8 de novembro. Meyer convidou as empresas a lhe enviarem plantas arquitetônicas e os quantitativos, e várias construtoras se dispuseram a fazê-lo. Segundo ele, a partir destas informações serão montados indicadores mostrando que o custo das unidades habitacionais em uma HIS verticalizada cai mesmo com o acréscimo do preço do elevador.

O professor informou que, numa segunda fase, o estudo abrangerá os custos de condomínio dos empreendimentos verticalizados. Serão propostas soluções para diminuir o custo de manutenção, como o uso de lâmpadas LED e mecanismos para a regulagem da parada correta do elevador no nível dos andares sem necessidade de chamar a manutenção técnica.

As empresas que desejarem colaborar com a pesquisa deverão enviar as plantas e os quantitativos (sem os valores) para o coordenador de Produção e Mercado, Elcio Sigolo, pelo email esigolo@sindusconsp.com.br . O professor Meyer assegurou a confidencialidade das informações.

Debate – O presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, lembrou que a questão da verticalização de HIS não é consenso nas diversas instâncias governamentais que cuidam da política habitacional. Ele lembrou que o SindusCon-SP integrou um grupo de construtoras que, junto com a Cohab-SP, visitou a fabricante de elevadores Orona, na Espanha, a qual oferecia um elevador resistente a vandalismos e manutenção gratuita pelos primeiros cinco anos.

Já o vice-presidente de Habitação Popular, João Claudio Robusti, pontuou que as diversas esferas de governo se resistem à verticalização, alegando problemas no pós-ocupação (custo elevado do condomínio, inadimplência, vandalismos) ou simplesmente por razões ideológicas.

O vice-presidente Financeiro e Administrativo, Cristiano Goldstein, que integrou o grupo que visitou a Orona, informou que a importação não se concretizou por razões financeiras. Segundo ele, é importante que o estudo seja levado à Caixa, para que projetos verticalizados caibam na faixa 1 do Programa Minha Casa, Minha Vida.

Para o vice-presidente de Obras Públicas, Luiz Antônio Messias, a questão da depredação acontece também nos conjuntos habitacionais não verticalizados, mesmo com a presença de assistente social. Segundo o professor, esses problemas não se constatam quando a comunidade participa da construção do conjunto habitacional. Além disso, será preciso contabilizar outros gastos de condomínio que ocorrem com a verticalização, por exemplo, com pessoal de portaria.
 
O professor João Fernando Pires Meyer, ao apresentar seu projeto na reunião de Diretoria do SindusCon-SP

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