A terceira etapa do Minha Casa Minha Vida, prevista para ser
lançada no segundo semestre, deverá facilitar a vida de famílias com renda
entre R$ 1,2 mil e R$ 2,4 mil. A secretária Nacional de Habitação do Ministério
das Cidades, Inês Magalhães, afirmou que será criada a Faixa 1- FGTS, na qual a
família interessada poderá comprometer até 27,5% de sua renda com o
financiamento da casa própria.
Atualmente, o Minha Casa
Minha Vida tem três faixas de renda. Na primeira, para famílias que recebem até
R$ 1,6 mil, o subsídio pode chegar a R$ 95% do valor do imóvel. Na segunda (até
R$ 3.275 mensais), esse subsídio tem um teto de R$ 25 mil.
O ajuste se explica pela
forte demanda na faixa 1, que acaba concentrando as contratações em famílias
que recebem entre R$ 800 e R$ 900. Na prática, a nova faixa intermediária
reduzirá as prestações destas famílias.
O governo também estuda
adotar uma agenda sustentável para o programa. Algumas das medidas são ampliar
a eficiência enérgica, reduzir o consumo de água e criar um sistema integrado
de cadastramento de beneficiários. “Esse sistema traria transparência para os
municípios”, observou Inês Magalhães no evento em Campinas (SP).
Financiamento
O vice-presidente de
Habitação da Caixa Econômica Federal, Teotônio Rezende, disse que, apesar da
atual conjuntura econômica, as famílias brasileiras continuam procurando casas
para comprar. Prova disso é que seis milhões de pessoas fizeram simulação de
financiamentos imobiliários no site da Caixa apenas no mês de maio, sendo 40%
para imóveis do Minha Casa Minha Vida.
“Notamos que as simulações
de financiamento foram feitas para unidades de até R$ 150 mil reais e por
famílias com idade entre 25 e 35 anos”, disse Rezende, lembrando que o banco
reponde por 68% do crédito imobiliário do país. “[A Caixa] não trabalha com
redução de investimento em habitação de interesse social”, acrescentou.
Anunciada pela presidenta
Dilma Rousseff em julho do ano passado, a meta da terceira etapa do programa
Minha Casa Minha Vida é construir mais de 3 milhões de unidades até 2018.
Trata-se de um número expressivo se comparado às 3,75 milhões de moradias
contratadas desde a criação do programa em 2009.
Essa etapa consta de uma
série de medidas do governo federal para retomada do crescimento da economia.
Em junho, foram anunciados o Programa de Investimento em Logística (PIl) e o
Plano Nacional de Exportações (PNE).
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