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terça-feira, 28 de abril de 2015

Como declarar compra de imóvel no imposto de renda?

Muitos contribuintes que em 2014 ou mesmo anteriormente adquiriram um imóvel estão agora com uma grande dúvida: como declarar esse bem adquirido na Declaração de Imposto de Renda 2015. Essa preocupação se justifica, sendo que os dados, se inseridos de forma incorreta, pode levar o contribuinte à malha fina.

Assim, preparei um pequeno roteiro de como fazer a declaração da compra de imóveis. A primeira coisa a ser feita para declarar corretamente é o de levantamento de dados. Assim, separe os documentos comprobatórios da aquisição do referido imóvel, tais como: compromisso de venda e compra de imóvel e/ou escritura de venda e compra de imóvel; comprovantes de pagamento, inclusive de financiamentos realizados; contratos de financiamento, demonstrando o quanto de FGTS fora utilizado para amortização do saldo devedor.

Com essa documentação em mãos deverá abrir sua declaração no programa da Receita Federal e lançar na FICHA DE BENS E DIREIROS as informações:

Código do bem (01 para prédio residencial; 02 Prédio comercial; 03 para Galpão; 11 para apartamento; 12 para terrenos; 14 para terra nua; 15 para salas ou conjuntos; 19 para outros bens imóveis).
Pais onde está localizado o imóvel
Discriminação deve conter:
Tipo do imóvel,
Endereço,
Número de Registro (matricula, por exemplo),
Data e forma de aquisição,
Nome ou Razão Social do Vendedor, com CPF ou CNPJ destacado;
Informações sobre condôminos (caso seja comprado em conjunto com outra pessoa física ou jurídica);
Informações sobre usufruto (se for o caso);
Valor pago no período (destacar valores totais no ano por evento e receptor);

Ponto muito importante é que no campo "Situação em 31/12/2013", se o bem foi adquirido até essa referida data, deverá transportar o saldo da Declaração de Imposto de Renda do ano de 2014 ano, base 2013.

Se for a primeira declaração do contribuinte, será necessário deverá "somar" os valores pagos até antes de 2014 (inclusive valores pagos de impostos de transmissão (ITBI), benfeitorias realizadas no período, parcelas pagas a titulo de financiamentos, amortizações com saldo do FGTS, parcelas pagas ao antigo proprietário, etc) e declarar também nessa coluna. Caso o bem tenha sido adquirido durante o ano de 2014, deixar esse campo com saldo "zero".

Já no campo "Situação em 31/12/2014", serão lançados os valores pagos para aquisição do imóvel até o fim de 2014, sendo o saldo inicial o de 2013. Caso tenham sido feitos, também lançar os valores pagos em 2014 de impostos de transmissão (ITBI), benfeitorias realizadas, parcelas pagas a titulo de financiamentos com instituições financeiras, parcelas pagas ao antigo proprietário, amortizações com saldo do FGTS em 2013, dentre outros valores.

Lembrando que não se deve pagar imposto de renda na aquisição de imóveis. O único imposto que incide é o ITBI - Imposto de Transmissão de Bens Imóveis "Inter Vivos", que geralmente são cobrados juntamente com a lavratura da escritura de venda e compra do imóvel para ser levado a registro público.

Também acho relevante apontar os principais erros relacionados a declaração desse bem:
Não relacionar na declaração os imóveis pertencentes a dependentes;
Atualizar o imóvel com o valor de mercado. Esses devem ser declarados com base no preço pago (para o vendedor, para a financeira, impostos de transmissão, benfeitorias, reformas e ampliação), não é admitido atualização do valor do imóvel.
Quando a DIRPF é feita em separado do cônjuge, e o referido bem tenha sido adquirido durante a sociedade conjugal, ou o regime de casamento do casal seja comunhão universal de bens, os bens do casal deverão figurar em uma das duas declarações (assim como os demais bens e direitos);
Quando a aquisição do imóvel é financiada e o bem é dado como garantia (alienação fiduciária), o valor do bem a ser lançado são as somas das parcelas pagas ao longo do período, não só para o vendedor, mas também para a financeira, além dos impostos de transmissão e benfeitorias. Não devendo lançar o saldo devedor na FICHA DE DIVIDAS E ONUS REAIS.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Setor imobiliário vive 'tempestade perfeita', avaliam especialistas


A demanda fraca por escritórios e o ciclo de alta na taxa de juros formam um contexto extremamente desafiador para o setor imobiliário, segundo Felipe Goes, diretor-presidente da São Carlos Investimentos. "O momento atual é quase a tempestade perfeita para o setor", afirmou, durante o Summit Imobiliário 2015, promovido pelo Estadão e pelo Secovi-SP, na capital paulista.

Ele apresentou dados que evidenciam o aumento da vacância de imóveis em São Paulo. Com o crescimento significativo de novos estoques entre 2011 e 2013, em um ritmo bem mais expressivo que a absorção líquida, a taxa de crescimento da vacância passou de 3,9% em 2010, para 12% em 2014. Apesar deste cenário, na avaliação de Goes, no longo prazo, o setor apresenta um "altíssimo potencial de crescimento".

Nessa mesma linha, Alexandre Machado, gestor de fundos imobiliários do Credit Suisse Hedging-Griffo, estima que a taxa de vacância de escritórios em São Paulo deve continuar crescendo e atingir 22%. "Uma vacância nesse nível vai acabar puxando os preços para baixo", projetou.

Segundo Machado, existe uma correlação muito forte entre a taxa de juros real e o desempenho dos fundos imobiliários na bolsa de valores. O recente aumento na taxa básica de juros (Selic) fez o valor de mercado desses fundos cair fortemente, segundo o economista, ficando abaixo do patrimônio líquido a partir de junho de 2013.

"Hoje, os fundos em bolsa são negociados com desconto de 30% em relação ao valor patrimonial", afirmou. "A defasagem muito grande entre o valor do ativo e das cotas negociadas em bolsa pode estar atraindo grandes investidores", pontuou Machado.

Construção. 2015 será o mais complicado dos últimos anos para o mercado imobiliário, com redução de lançamentos por parte das construtoras, segundo o presidente da Even, Carlos Terepins. "Teremos redução de lançamentos neste ano e 2016 ainda é uma incógnita. As construtoras vão equacionar estoques neste ano", afirmou ele, no Summit Imobiliário 2015, promovido pelo Estadão e o Secovi-SP.

Teremos redução de lançamentos neste ano e 2016 ainda é uma incógnita, Carlos Terepins, Even
A própria Even já anunciou que não deve fazer novos lançamentos neste ano. A construtora lançou sete empreendimentos nos últimos três meses do ano passado, com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 1,014 bilhão (parte Even). Na comparação com o mesmo período de 2013, o valor total das unidades lançadas recuou 17,63%. O volume de vendas contratadas também recuou entre outubro e dezembro, cerca de 43% na comparação anual, para R$ 536,2 milhões.

Segundo o presidente da Even, houve um excesso de aberturas de capitais de empresas do setor imobiliário no passado e que alguns casos "complicados" comprometeram outros players. "As construtoras são empresa que devem estar voltadas para o longo prazo. Nosso ciclo no mínimo são três anos. Querer que a cada trimestre que nós apresentemos resultado favorável é condenar a empresa a ter uma série de problemas. É uma insanidade", afirmou ele, acrescentando que não vê consolidação no setor, pois as empresas devem preferir crescimento orgânico.

Também presente no debate, o CEO da Max Casa, José Paim de Andrade, disse que o aumento dos distratos tem elevado o número de estoques na construtoras, citando investidores que compram apartamentos e na hora da entrega das chaves não ficaram satisfeitos com a estabilização dos preços dos imóveis.

Shopping centers. O setor de shopping centers atravessa um momento desafiador comum a todos os setores da economia brasileira, e as maiores preocupações se concentram na perspectiva de queda da renda, redução do nível de emprego e o aumento da taxa de juros, aliados a um cenário de inflação alta. A avaliação é de Renato Rique, economista e diretor presidente da Aliansce. "São fatores que levam à compressão do consumo, afetam o varejo e acabam refletindo nos shopping centers também", afirma. Ele ressalta, no entanto, que os reflexos da crise econômica nos shoppings não devem ser da mesma ordem que na economia como um todo ou mesmo no setor de varejo.

Os shoppings não são uma ilha isolada da economia, mas são mais resilientes, Renato Rique, Aliansce
"Os shoppings não são uma ilha isolada da economia, mas são mais resilientes", disse. Além de questões macroeconômicas, Rique apontou outros fatores intrínsecos ao segmento que são complicadores no atual cenário. "Vemos o excesso de shoppings nos últimos quatro anos, com o "brotamento" de novos empreendedores de shoppings", disse, em referência à profusão de novos shoppings mesmo em cidades em que não há mercado consumidor para tanto.

Para Alessandro Poli Veronezi, presidente do conselho de administração da General Shopping Brasil, os desafios impostos pelo cenário macroeconômico serão vencidos pelo setor de shoppings centers. O que não se consegue contornar, segundo ele, são decisões equivocadas no âmbito micro. "O cenário de ajuste macroeconômico vai levar um tempo, mas vai passar. Deve passar em dois anos", estimou. Segundo ele, no entanto, quando há falta de equilíbrio entre oferta e demanda não há muito o que ser feito. "Um shopping colocado no lugar errado não tem como ser corrigido", exemplificou.

Para Renato Rique, no entanto, apesar dos problemas, os empresários do setor entenderam a necessidade de adaptar seus negócios à nova realidade, que se impõe há alguns anos. "A concorrência hoje não é apenas com shoppings vizinhos, mas da própria casa do consumidor e de outras opções de lazer", disse. "Shopping hoje é ponto de encontro. É um oásis em meio ao caos e deserto urbano", comparou.

Não tem mais espaço senão para um shopping ultra bem concebido e ultra bem mantido, José Auriemo Neto, JHSF
José Auriemo Neto, presidente da JHSF, exemplificou como a empresa aplica a mudança nos negócios. A noção de usos mistos do espaço é um dos pontos reforçados. A estratégia é investir na parte interna, com investimentos em paisagismo e na oferta de serviços diferenciados, desde spas e academias a centro de eventos. "Não tem mais espaço senão para um shopping ultra bem concebido e ultra bem mantido", afirmou.

Na intenção de integrar os empreendimentos a outras atividades, a JHSF está construindo o primeiro aeroporto corporativo do País, que se interligará a um outlet. "O objetivo é ter projetos mais atrativos e mais sinérgicos de maneira geral", disse Auriemo Neto.

Fonte: Aline Bronzati, Mário Braga, O Estado de S. Paulo

sexta-feira, 3 de abril de 2015

A marca Sotheby's International chega ao Brasil

A Sotheby's International Realty Affiliates LLC anunciou que a Imobiliária Bossa Nova, do Brasil, uniu-se à marca Sotheby's International Realty® e começará a operar como Bossa Nova Sotheby's International Realty.

 
 
A empresa, comandada pelos proprietários Luciano Amado, como presidente, e Marcello Romero, como vice-presidente, localiza-se na Alameda Gabriel Monteiro da Silva 2027, Pinheiros, São Paulo.
 
"São Paulo e Rio de Janeiro são excelentes mercados, que contam com propriedades extraordinárias em um destino muito diversificado, além de oferecer uma fonte muito influente de ávidos compradores de imóveis", afirmou Philip White, presidente e diretor geral da Sotheby's International Realty Affiliates LLC. "Estamos muito felizes por receber Luciano, Marcello e sua equipe em nossa rede global."
 
De acordo com Romero, a nova associação com a marca Sotheby's International Realty representa uma oportunidade de expansão e crescimento. "O apoio dessa marca permitirá que proporcionemos à nossa equipe novas tecnologias, treinamento e inteligência de mercado, com um inventário extraordinário em São Paulo, no Rio de Janeiro e nos melhores locais de praia e campo", afirmou Amado. "Graças a essa associação, agora temos acesso direto a um mercado global por meio dos 760 escritórios da marca Sotheby's International Realty no mundo todo."
 
Atualmente, a rede da Sotheby's International Realty conta com mais de 16.500 associados de vendas em aproximadamente 760 escritórios, em 60 países e territórios. As propriedades da Bossa Nova Sotheby's International Realty são comercializadas no site global sothebysrealty.com. Além das oportunidades de indicação e à maior exposição gerada por essa fonte, os corretores e clientes da empresa se beneficiarão com a associação à casa de leilões da Sotheby's e aos programas mundiais de marketing da Sotheby's International Realty. Cada escritório é de propriedade e operação independentes.
 
Sobre a Sotheby's International Realty Affiliates LLC

Fundada em 1976 com o objetivo de oferecer corretagem independente com um programa poderoso de marketing e indicação para listas de luxo, a rede da Sotheby's International Realty foi desenvolvida para conectar as melhores empresas imobiliárias independentes com os clientes de maior prestígio do mundo. A Sotheby's International Realty Affiliates LLC é uma subsidiária da Realogy Holdings Corp. (NYSE: RLGY), líder mundial em franquia imobiliária e prestadora de serviços de corretagem de imóveis, remanejamento e liquidação. Em fevereiro de 2004, a Realogy iniciou uma aliança estratégica de longo prazo com a Sotheby's, operadora da casa de leilões. O acordo envolvia o licenciamento do nome Sotheby's International Realty e o desenvolvimento de um sistema completo de franquias.

As associações ao sistema são concedidas a corretoras e indivíduos que atendem a qualificações estritas. A Sotheby's International Realty Affiliates LLC apoia seus associados com um conjunto de recursos operacionais, de marketing, de recrutamento, educacionais e de desenvolvimento de negócios. Os associados de franquias também se beneficiam com a associação à respeitável casa de leilões da Sotheby's, fundada em 1744.
 
FONTE Sotheby's International Realty Affiliates LLC