As empresas associadas do SindusCon-SP que produzem HIS (Habitação de Interesse
Social) participarão de um estudo do professor João Fernando Pires Meyer, do
Departamento de Tecnologia da Arquitetura da FAU/USP, sobre a viabilidade de
verticalização dos empreendimentos habitacionais e seus impactos positivos sobre
as políticas públicas.
Isto é o que foi acertado em participação do
professor na reunião de Diretoria do sindicato, em 8 de novembro. Meyer convidou
as empresas a lhe enviarem plantas arquitetônicas e os quantitativos, e várias
construtoras se dispuseram a fazê-lo. Segundo ele, a partir destas informações
serão montados indicadores mostrando que o custo das unidades habitacionais em
uma HIS verticalizada cai mesmo com o acréscimo do preço do elevador.
O
professor informou que, numa segunda fase, o estudo abrangerá os custos de
condomínio dos empreendimentos verticalizados. Serão propostas soluções para
diminuir o custo de manutenção, como o uso de lâmpadas LED e mecanismos para a
regulagem da parada correta do elevador no nível dos andares sem necessidade de
chamar a manutenção técnica.
As empresas que desejarem colaborar com a
pesquisa deverão enviar as plantas e os quantitativos (sem os valores) para o
coordenador de Produção e Mercado, Elcio Sigolo, pelo email
esigolo@sindusconsp.com.br . O professor Meyer assegurou a confidencialidade das
informações.
Debate – O presidente do SindusCon-SP, Sergio
Watanabe, lembrou que a questão da verticalização de HIS não é consenso nas
diversas instâncias governamentais que cuidam da política habitacional. Ele
lembrou que o SindusCon-SP integrou um grupo de construtoras que, junto com a
Cohab-SP, visitou a fabricante de elevadores Orona, na Espanha, a qual oferecia
um elevador resistente a vandalismos e manutenção gratuita pelos primeiros cinco
anos.
Já o vice-presidente de Habitação Popular, João Claudio Robusti,
pontuou que as diversas esferas de governo se resistem à verticalização,
alegando problemas no pós-ocupação (custo elevado do condomínio, inadimplência,
vandalismos) ou simplesmente por razões ideológicas.
O vice-presidente
Financeiro e Administrativo, Cristiano Goldstein, que integrou o grupo que
visitou a Orona, informou que a importação não se concretizou por razões
financeiras. Segundo ele, é importante que o estudo seja levado à Caixa, para
que projetos verticalizados caibam na faixa 1 do Programa Minha Casa, Minha
Vida.
Para o vice-presidente de Obras Públicas, Luiz Antônio Messias, a
questão da depredação acontece também nos conjuntos habitacionais não
verticalizados, mesmo com a presença de assistente social. Segundo o professor,
esses problemas não se constatam quando a comunidade participa da construção do
conjunto habitacional. Além disso, será preciso contabilizar outros gastos de
condomínio que ocorrem com a verticalização, por exemplo, com pessoal de
portaria.
O professor João Fernando Pires Meyer, ao apresentar seu projeto na reunião de
Diretoria do SindusCon-SP
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