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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Com ideia de dividir custos, escritórios compartilhados se espalham pelo Brasil; mensalidades variam de R$ 600 a R$ 850

Uma designer que senta ao lado de uma empresa de bike courriers. Um site de notícias que divide espaço com a filial de uma siderúrgica. Programadores que no intervalo da tarde tomam café com assessoras de imprensa. Essas são algumas das misturas que os escritórios compartilhados – o coworking – proporcionam.

Espaços que antes se restringiam aos maiores centros financeiros do Brasil, os escritórios compartilhados espalharam-se pelo país em 2011 e tornaram-se uma opção para autônomos que querem fugir do home office ou empresas que possuem uma estrutura mais compacta. O The Hub, rede mundial de coworking, recentemente abriu filial em Curitiba. Já há também locais do tipo em cidades do interior de São Paulo, como Campinas, que sedia o 2Work. A empresária Fernanda Trugilho, fundadora do Ponto de Contato, afirma que recebe uma quantidade considerável de propostas de abertura de franquia pelo Brasil afora.

Fernanda conta que quando abriu o espaço compartilhado, em 2008, a sensação nos primeiros meses era de “não vem ninguém na minha festa de aniversário”. Hoje, três anos depois, o feeling é “garçom, traz mais cadeiras porque lotou”.

Como funciona e quanto custa
A ideia do coworking surgiu nas proximidades do Vale do Silício. Três empresários do ramo de tecnologia abriram as portas do apartamento para pessoas que precisavam de um local para trabalhar. Daí surgia o primeiro escritório compartilhado, o Hat Factory.

O esquema de funcionamento é simples. Os coworkers optam por um plano que pode ser de horas ou mensal. Feito isso, eles podem passar a trabalhar nesses espaços que já contam com toda a infraestrutura corporativa necessária: internet, espaço para reunião, copa, serviços de impressão e todo o mobiliário. Para Luis Aurichio, do Clubwork, não precisar arcar com os custos iniciais é a principal vantagem do coworking. “Muitas empresas não chegam nem a nascer porque morrem no plano de negócios, por conta do investimento inicial. O escritório compartilhado resolve esse problema”, diz.

Outra vantagem que sempre está presente do discurso dos coworkers é o networking, as oportunidades de negócio que resultam da interação no dia a dia entre os usuários. No entanto, nem sempre a troca de experiências funciona. A designer Camila Aun frequentou um escritório compartihado por três meses e, depois desse período, decidiu partir para outros formatos. “Os usuários tinham um perfil muito diferente do meu, o que impedia que eu fizesse networking. Preferi ir para um escritório particular e dividir com outras pessoas que me rendem mais oportunidade de trabalho”, conta.

Focando no networking, o Ponto de Contato levou a ideia do entrosamento entre os frequentadores adiante. O escritório paulistano que se localiza na laje da descolada Galeria Ouro Fino promove, em todas as últimas quintas-feiras do mês, o evento “Ideias na Laje”, quando os coworkers tomam um drink e conversam entre si. O objetivo desses encontros é “trocar e reciclar ideias com pessoas em um momento muito parecido com o seu”.

Já o Bees Office, pensando no bem-estar dos seus usuários, disponibiliza às terças e quintas-feiras aulas de ioga que podem ser pagas à parte. O The Hub oferece descontos e cursos para seus frequentadores.

Para ver se vale a pena compartilhar, preparamos uma lista com os principais coworking do Brasil, o perfil de seus frequentadores, o que oferecem e os valores cobrados por eles -- que variam entre R$ 600 e R$ 850
Quanto custa trabalhar em escritórios compartilhados pelo Brasil


Erosão engole casa e ameaça outros imóveis e moradores de bairro de Luziânia (GO)

Uma casa foi engolida por uma erosão que ameaça as estruturas de outros imóveis e de uma ponte, no município de Luziânia (200 km de Goiânia), no entorno do Distrito Federal. Com cerca de dez metros de profundidade, o buraco está situado no encontro dos bairros Fumal e Centro.

No local, há uma canalização que concentra as águas das chuvas e o esgoto da região e desemboca num córrego. O declive do terreno agrava a situação.

Devido aos riscos de novos desabamentos, a Defesa Civil de Goiás cadastrou as famílias que ainda moram na região, que agora aguardam a transferência para outra área. Os moradores do local devem procurar ainda a Secretaria de Promoção Social do município.

Perto da cratera há uma casa que está isolada. Segundo o sargento Gilmar Alves Nunes, do Corpo de Bombeiros, a erosão está no local há quase uma década, e nos meses de chuva sempre aumenta o perigo para as famílias.

A previsão da prefeitura de Luziânia é de que as obras de canalização do córrego e construção de uma galeria pluvial devem ser iniciadas somente em abril do próximo ano, após o período chuvoso.

Com novas regras, Minha Casa, Minha Vida terá cota para idosos

O governo federal alterou os critérios para a inclusão de candidatos a beneficiários do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, prioridade da gestão da presidente Dilma Rousseff.

As mudanças foram publicadas nesta terça-feira (27) no "Diário Oficial" da União, em portaria assinada pelo ministro das Cidades, Mário Negromonte.

Entre as novas regras, deverá ser reservada, no mínimo, cota de 3% das unidades habitacionais para atendimento a idosos e a pessoas com deficiência --ou cuja família tenha pessoas com deficiência.

Em março de 2009, quando foi lançado, o programa já previa a priorização dos portadores de deficiência e dos idosos.

O governo anunciou que pretende investir R$ 125,7 bilhões até 2014 para a construção de 2 milhões de moradias no Minha Casa, Minha Vida. Em 2011, foram contratadas 354 unidades, segundo balanço divulgado por Dilma no início de dezembro.

O Minha Casa, Minha Vida foi lançado em março de 2009, na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a meta inicial de construir 1 milhão de moradias populares para diminuir o deficit habitacional.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Apesar de boas projeções no longo prazo, setor imobiliário terá 2012 desafiador

A maior parte das ações do setor de construção civil no Brasil se desvalorizou em 2011. A desaceleração da economia e os problemas enfrentados pelas incorporadoras imobiliárias - estouro de custos, redução na expectativa de lançamentos, queda na velocidade de vendas e maior alavancagem financeira - proporcionaram um ano difícil para o setor. E o cenário que se desenha para 2012 aponta para um novo período de entraves.

Apesar da perspectiva de crescimento no longo prazo, os analistas da Fator Corretora, Iago Whately e René Brandt, consideram que os desafios enfrentados pelas companhias este ano continuarão presentes no próximo calendário, e poderão se tornar ainda maiores.

Na opinião deles, o ambiente pode piorar se a expectativa de bom desempenho da economia brasileira não se confirmar, e se houver maiores restrições ao crédito e para o acesso ao mercado de capitais.

Os analistas do HSBC, Felipe Rodrigues e Leonardo Martins, também chamam a atenção para o impacto do crédito no mercado imobiliário. "As discussões acerca da disponibilidade de crédito devem continuar sendo o foco dos investidores, uma vez que a captação em contas de poupança não deve ser suficiente para sustentar a indústria até 2014", afirmam os especialistas em relatório.

Cautela
Por conta do panorama incerto, a Fator Corretora sugere menor exposição do investidor ao setor de construção civil, alertando para os casos em que a alavancagem financeira alcançou patamares desconfortáveis.

Os analistas afirmam que o nível de endividamento da maior parte das companhias do setor de construção civil no Brasil alcançou patamar desfavorável em 2011, mas na hipótese de deterioração no ambiente macroeconômico e consequente restrição de crédito, algumas companhias podem ter mais dificuldade em sustentar o elevado patamar de alavancagem financeira, em especial as menores, como CCDI - Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCIM3), Rodobens (RDNI3), Viver (VIVR3) e Tecnisa (TCSA3).

"Nesse ambiente, apostamos em retomada da atividade de fusões e aquisições, o que poderá influenciar significativamente o desempenho das ações das companhias envolvidas", avaliam os especialistas.

Baixa renda
Se a incerteza macroeconômica em 2012 pode prejudicar o desempenho de parte do setor, também tem chances de aumentar o prêmio com que as incorporadoras de baixa renda negociam, dada a alta probabilidade de estímulos governamentais à demanda imobiliária neste segmento, no caso de desaceleração da economia. Essa é a opinião dos analistas da Fator, que têm preferência pelos papéis da Direcional (DIRR3), MRV Engenharia (MRVE3), Rossi (RSID3) e PDG Realty (PDGR3) neste segmento.

Por outro lado, a equipe do HSBC aconselha o distaciamento de empresas focadas em unidades direcionadas ao segmento de baixa renda, em especial MRV (MRVE3) e Rossi (RSID3). Para Rodrigues e Martis, essas companhias devem continuar sob pressão pela combinação dos tetos de preços do programa Minha Casa, Minha Vida e a alta inflação de custos.

Na visão do banco, as ações de convicção mais forte são: PDG Realty, por conta da avaliação barata e da recuperação esperada nas margens; e Brasil Brokers (BBRK3) em virtude do grande desconto no P/L (preço sobre lucro) estimado para 2012, de 5,83 vezes.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Estudo aponta horário de trabalho flexível como garantia de bem-estar

A saúde e o bem-estar dos adultos, que passam boa parte de sua vida no trabalho, melhoram quando estes podem trabalhar em horários flexíveis, segundo um estudo publicado nesta terça-feira na revista "Journal of Health and Social Behavior".

Liderado por Phyllis Moen, do Departamento de Sociologia da Universidade de Minnesota, o estudo analisou mais de 600 funcionários de uma empresa de serviços que adotou um esquema de horários flexíveis.

"Os adultos passam boa parte de seu tempo acordados seguindo ritmos institucionalizados em torno do início e do fim do dia e da semana de trabalho". Estas regras e ritmos constituem "jaulas do tempo" tidas como estabelecidas e imutáveis, e são "andaimes invisíveis que confinam a experiência humana dentro e fora do emprego", informou o artigo na revista oficial da Associação Sociológica dos Estados Unidos.

"Nosso estudo mostrou que ao deixar de considerar como produtividade o tempo passado no escritório, enfatizando os resultados reais, cria-se um ambiente de trabalho que promove o comportamento saudável e o bem-estar", disse Moen.

"As iniciativas que abrem caminho aos horários flexíveis encorajam os empregados a se cuidarem mais", acrescentou.

Esta iniciativa de horário flexível estudada pela equipe de Moen começou em 2005 na sede da empresa Best Buy em Richfield, Minnesota, com o propósito de focar os empregados e gerentes mais nos resultados mensuráveis e menos em onde e em quanto tempo se completava a tarefa.

Dessa maneira, se permitiu que os empregados mudassem rotineiramente o lugar e o tempo de trabalho, segundo suas necessidades individuais e as responsabilidades de sua posição, sem a necessidade de permissão ou notificação de um supervisor.

Uma das conclusões principais do estudo é que o esquema de horário flexível permitiu que os empregados descansassem mais, quando a maioria deles disse que dormia uma média de 52 minutos a mais na noite anterior ao trabalho.

Os empregados se sentiram menos obrigados a trabalhar quando estavam doentes e foram mais propensos a consultar um médico quando era necessário, embora estivessem ocupados.

"A iniciativa de trabalho flexível aumentou nos empregados seu sentido de controle do horário e reduziu os conflitos entre trabalho e família, o qual por sua vez resultou em um descanso melhor, níveis mais altos de energia e um sentido de controle da vida pessoal que diminuiu o cansaço emocional e o estresse psicológico", avaliou o estudo.