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sábado, 18 de junho de 2011

Andrés vai à Câmara pressionar vereadores por R$ 420 milhões para o Itaquerão

O Corinthians tenta dar uma cartada decisiva para “fechar a conta” de seu futuro estádio. Às 9h da próxima terça-feira, o presidente Andrés Sanchez vai a uma audiência pública na Câmara Municipal de São Paulo pressionar os vereadores em busca de até R$ 420 milhões em incentivos e descontos em impostos na construção do Itaquerão.

A ideia da cúpula corintiana é convencer a Câmara a aprovar o projeto de lei enviado pela prefeitura paulistana. Segundo o texto, os incentivos fiscais serão concedidos ao estádio desde que ele seja capaz de receber um jogo de Copa do Mundo. Mesmo que a Fifa considere a arena apta e depois não a utilize no torneio de 2014, os recursos serão enviados.

O Corinthians também usa o atraso a seu favor e defende que o projeto precisa ser aprovado até a primeira quinzena de julho para ser enviado à Fifa. Isso porque no dia 30 de julho, no Rio de Janeiro, durante o sorteio das eliminatórias da Copa, a entidade pretende anunciar onde será a abertura da Copa.

“Se não for aprovado o incentivo na Câmara, não tem como ter Copa do Mundo em São Paulo”, resumiu Andrés Sanchez. Desde o início da novela Itaquerão, o dirigente assegura que o Corinthians terá um estádio para 45 mil pessoas independentemente do Mundial. Segundo ele, se a cidade quiser receber o torneio, precisará ajudar a bancar o projeto.

Nesta sexta-feira, uma comissão de vereadores foi ao Itaquerão para ver o início das obras e conversar com os dirigentes corintianos. Chefe dessa comissão, Paulo Frange, do PTB, defende os incentivos ao estádio argumentando que ele irá gerar muitas oportunidades ao bairro da zona leste.

“A abertura representa uma entrada de tributos atrativa para a cidade de São Paulo. Teríamos uma contrapartida de R$ 4 para cada R$ 1 de incentivo pelo desenvolvimento que teremos na região. O estádio sai de qualquer jeito para 45 mil pessoas, mas para abertura precisaria do incentivo”, afirmou Frange.

Segundo Andrés, o custo total do Itaquerão não irá passar de R$ 700 milhões. Além dos incentivos que tenta buscar na prefeitura, o Corinthians calcula que receberá um empréstimo de até R$ 400 milhões do BNDES. E os dutos da Petrobras que precisam ser remanejados já estão nesse cálculo, alegou o presidente.

“Isso vai custar no máximo uns R$ 6 milhões. São 600 metros de dutos que já estão incluídos no preço da obra”, completou Andrés Sanchez.

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