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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Loteamentos fechados e condomínios horizontais possuem diferenças; entenda cada um



Em condomínios horizontais, há um padrão arquitetônico definido a ser seguido por todos, que não pode ser alterado sem que haja a aprovação dos demais proprietários

À primeira vista, eles parecem iguais: cercados com muros ou grades, ninguém passa pela portaria sem ser identificado. Os condomínios horizontais e loteamentos fechados ganham cada vez mais espaço em diferentes localidades do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. Só no Estado de São Paulo foram aprovados cerca de 3.500 empreendimentos desta natureza, segundo levantamento do GRAPROHAB (Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo).

Na busca por status, segurança, proximidade com a natureza ou mesmo pela dificuldade de encontrar casas disponíveis nas grandes cidades com verticalização crescente, esses empreendimentos começaram a atrair interessados a partir dos anos 80. “Já existiam as vilas operárias, abertas, nas quais todo mundo podia entrar. Eram espaços de pequenas proporções, comparados aos condomínios”, explica Anália Amorim, arquiteta, urbanista e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Para ela, esse tipo de construção reflete um ideal fictício de status e segurança, negativo para a cidade. “Os loteamentos antigos, por mais luxuosos que sejam, possuem ruas abertas. Isso faz um diferencial muito grande, porque você permeia a cidade dentro do conjunto residencial. Eles ocupam espaços muito grandes, e com o cercamento, você cria latifúndios que isolam o habitante da cidade e vice-versa, propondo uma vida absolutamente artificial”, critica.

Para o morador que busca esse estilo de vida, as preocupações estão mais voltadas para a possibilidade de estabelecer um modo de morar sem as amarras que costumam reger a vida em um edifício. É nesse momento em que enganos podem ocorrer. “A maior confusão refere-se à alteração arquitetônica. Acham que, porque estão morando em uma casa, podem mexer na fachada, tirar uma parede e colocar vidro, construir alguma coisa no jardim, tudo isso sem pedir autorização”, afirma Waldir do Carmo Guimarães Albieri, diretor administrativo da Aabic (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo). Acompanhe abaixo as principais diferenças entre condomínios e loteamentos fechados para saber qual deles se encaixa melhor no seu perfil.

Administração
Em um condomínio horizontal, a administração é regida pelo atual código civil (artigos 1331 ao 1358) e pela lei federal 4591/64. Assim como em um prédio, a figura do síndico está presente, juntamente com a do sub-síndico e do conselho fiscal e/ou conselho consultivo, formado por proprietários (inquilinos caso tenham procuração do proprietário, estão autorizados a votar nas assembleias que tratem das questões relativas ao dia a dia no condomínio).

Os loteamentos são administrados por uma associação, entidade civil de direito privado, sem fins lucrativos, que é composta por uma diretoria executiva, na qual estão inclusos diretor presidente, vice-presidente, diretor tesoureiro, diretor secretário, etc., cujo corpo diretivo poderá ser constituído por um conselho fiscal e/ou consultivo/deliberativo. “Em um primeiro momento, quando o registro do loteamento é feito e ainda não há terrenos vendidos, o empreendedor assume a diretoria da administração, com mandato de até dois anos. Em geral, depois que as obras infra-estrutura estão prontas e começam a venda dos terrenos, constitui-se um misto entre proprietários de lotes (associados titulares) e empreendedores (associados fundadores), ou mesmo apenas com proprietários”, explica Mariangela Iamondi Machado, diretora da vice-presidência de administração imobiliária e condomínios do Secovi-SP junto à diretoria de associações em loteamentos fechados. No entanto, essa formação geralmente requer a contratação de uma administradora, que deverá oferecer o suporte administrativo, técnico e jurídico ao corpo diretivo, para administrar o empreendimento e seus processos técnicos e burocráticos.



Em loteamento, o proprietário de um lote é responsável apenas pelo imposto do seu terreno ou imóvel, pois as áreas comuns são públicas, não havendo fração ideal sobre áreas comuns

Construção
Em condomínios horizontais, o morador recebe a casa pronta, vias internas pavimentadas e sinalizadas, áreas de lazer montadas e em condições imediatas de uso. O proprietário já sabe como são as construções vizinhas à sua. No entanto, há um padrão arquitetônico definido a ser seguido por todos, que não pode ser alterado sem que haja a aprovação dos demais proprietários, mediante um quorum específico de aprovação a ser obtido em assembleia geral convocada com o fim especial de promover uma alteração à convenção condominial. Para mudar a fachada ou construir uma complementação da área externa já edificada, ou mesmo mudar a função de uma área originalmente definida, por exemplo, é necessário ter a concordância expressa dos demais proprietários.

Por outro lado, quem pretende viver em um loteamento fechado, recebe apenas seu terreno demarcado, sem edificação, servido por sistema viário, além das obras de infraestrutura básica definidas no cronograma físico financeiro aprovado pela prefeitura municipal, como redes de água, luz, drenagem e esgoto. O proprietário poderá construir ou modificar a sua casa a qualquer tempo, com um projeto residencial personalizado, necessitando apenas que ele seja aprovado pela associação de proprietários e pela municipalidade, no entanto sem a necessidade de submetê-lo a aprovação dos demais proprietários do loteamento.

Gastos
O custo da manutenção das áreas comuns em condomínios horizontais é rateado entre os moradores do mesmo modo em que ocorreria em um edifício. O pagamento do IPTU incide sobre a sua unidade autônoma (casa/apartamento), somado a uma fração ideal de área comum.

Já o proprietário de um lote é responsável apenas pelo imposto do seu terreno ou imóvel, pois as áreas comuns são públicas, não havendo fração ideal sobre áreas comuns. Além disso, há uma taxa de contribuição associativa similar à taxa do condomínio. Ela é aprovada, assim como nos condomínios, por meio de uma assembleia geral ordinária, que ocorre, no mínimo, uma vez ao ano, e quando necessário, em assembleias gerais Extraordinárias. Essa contribuição tem como objetivo custear os serviços, os investimentos e as obras complementares que são colocados à disposição de todos os associados, como a coleta de lixo, a conservação das áreas comuns, a execução de obras de caráter social e recreativo, despesas e investimentos relativos à segurança e a administração da comunidade.

Regulamentação
O condomínio horizontal é regido pela mesma norma do chamado condomínio edilício, a lei federal 4.591/64. Os proprietários são donos de uma unidade autônoma privativa (neste caso, representada pela casa, ao invés do apartamento), além de uma fração referente ao espaço comum, como áreas de lazer e ruas internas. Todo o espaço em um condomínio horizontal é privativo, por isso, não é ilegal o impedimento da entrada de pessoas não autorizadas pelo condomínio, como também aconteceria em um edifício.

Nos loteamentos, regidos pela lei federal 6766/79, cada proprietário é dono apenas de seu terreno, com registro próprio na prefeitura e no registro de imóveis. As áreas comuns, como ruas e praças, são de propriedade do município, que pode ceder provisoriamente, o uso e a obrigação de conservação aos proprietários do local. Mesmo neste caso, essas áreas continuam a ser consideradas públicas, sendo inconstitucional o impedimento de acesso de pessoas as suas vias internas, ainda que possa ser exigida uma identificação prévia. Em alguns casos, há áreas internas que podem ter sido doadas pelo empreendedor do loteamento para a associação de proprietários, com o objetivo de criar espaços para uso específico da comunidade, como sede administrativa, quadras ou piscinas, sendo assim, considerados como propriedades da associação e, portanto, nesse caso específico, com direito legal de vetar o acesso a pessoas estranhas à associação ou não autorizadas.

Consumidor não deve pagar juros por imóvel na planta, diz STJ

O consumidor que vier a comprar um imóvel na planta deve ficar atento com a cobrança de juros.

Isso porque, segundo decisão unânime dos ministros da 4ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça), as construtoras não podem cobrar juros de parcelas de imóveis adquiridos ainda na planta.

Dessa forma, em consonância com o CDC (Código de Defesa do Consumidor), o Tribunal considerou nula e abusivas as cláusulas do tipo.

Custos
A decisão do STJ se deu por conta de um caso de uma consumidora da Paraíba, que foi obrigada por contrato a pagar juros de 1% ao mês sobre parcelas anteriores ao recebimento do imóvel, a chamada poupança. A prática, segundo o STJ, era comum entre as construtoras antes do surgimento do CDC.

Em 2001, a Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça editou portaria declarando abusiva qualquer cláusula que estabeleça, no contrato de venda e compra de imóvel, a incidência de juros antes da entrega das chaves.

Para o relator do caso, ministro Luiz Felipe Salomão, durante a obra é a construtora que lança mão do dinheiro do comprador sem que ele possa sequer usar o imóvel, o que torna a cobrança de juros “descabida”, sendo que todos os custos da obra, incluindo o financiamento realizado pela construtora, devem estar embutidos no preço do imóvel.

Shopping Iguatemi de SP já é a 11ª área de compras mais cara do mundo, diz pesquisa

O aluguel de um metro quadrado no Shopping Iguatemi de São Paulo já é o 11º mais caro entre todas as principais áreas de comércio do mundo, segundo um ranking divulgado nesta terça-feira pela agência imobiliária internacional Cushman & Wakefield.

Ao custo de mais de US$ 360 – cerca de R$ 630 – por mês, o espaço de compras no centro comercial paulista é mais caro que qualquer outra locação comercial entre os países emergentes.

Com apenas R$ 30 a mais por mês, é possível pagar por um metro quadrado na Kaufingerstrasse, em Munique, que ocupa a 10ª posição na lista.

O topo se manteve neste ano com a 5ª Avenida, em Nova York, onde o metro quadrado custa quase US$ 1,7 mil por mês.
A segunda posição é ocupada novamente pela Causeway Bay, em Hong Kong (onde o metro quadrado vale US$ 1,5 mil por mês), seguida pela avenida Ginza, de Tóquio (US$ 790 por mês o metro quadrado).

Neste ano, os dois pontos de compra mais caros da Europa – a New Bond Street, em Londres, e a Avenida Champs Elysées, em Paris – inverteram posições. Um metro quadrado na avenida londrina custa US$ 750 por mês, enquanto o mesmo espaço na locação parisiense atinge em média US$ 710 mensais.

O relatório acompanha o valor dos aluguéis em 269 pontos comerciais em 59 países e se define como um barômetro do setor varejista.

"Os efeitos da recessão econômica global ainda estão sendo sentidos, mas nos principais locais de compra do mundo a demanda tem continuado a superar a oferta, e o apetite pelas marcas internacionais tem resultado em aumentos da renda", disse o diretor de Varejo da Cushman & Wakefield, John Strachan.

O relatório destacou que as economias emergentes, sobretudo na Ásia, devem continuar puxando o setor para cima. Na América Latina o destaque é para o Brasil - em especial a área dos Jardins, em São Paulo -, onde a rua Haddock Lobo registrou a maior elevação global no valor do aluguel: 92%.

"A maior parte do mercado de luxo do Brasil – 70% – está concentrada em São Paulo. A demanda por lojas tem aumentado nas ruas Oscar Freire, Haddock Lobo e Lorena, assim como no Shopping Iguatemi", disse a gerente de Pesquisa da agência na América do Sul, Mariana Mokayad Hanania. "A disponibilidade nessas áreas está extremamente reduzida e o valor dos aluguéis estão aumentando de forma contínua."

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Quais as diferenças entre pisos laminados, carpetes de madeira e pisos de madeira?

O carpete de madeira trata-se de uma folha de madeira natural, bastante fina, colada e prensada a uma base de madeira processada, como compensado, aglomerado, mdf ou similares

Uma dúvida muito comum entre quem está pensando em reformar a casa é a diferença entre pisos laminados, bastante utilizados atualmente, e os clássicos pisos de madeira. O carpete de madeira também entra nessa confusão, pois há alguns anos subitamente inundou o mercado nacional.

Vamos entender então um pouco das características de cada um desses revestimentos, para que você possa escolher o tipo de piso mais adequado para sua casa com segurança.

Pisos de madeira
Os pisos de madeira são divididos em uma série de produtos diferentes. Em comum, eles possuem o fato de serem de madeira natural, em toda sua composição, ainda que de diversas espécies diferentes. Existem pisos de cumaru, peroba, ipê, amêndola, tauari, carvalho, entre muitos outros. Há diferenças sobre a resistência e dureza dessas espécies, que podem ser averiguadas em lojas especializadas. Geralmente os estabelecimentos possuem uma escala com a resistência de cada uma das espécies com que trabalham.

Tacos, assoalhos e parquets são alguns dos nomes de diferentes pisos de madeira, e a diferença entre eles tem a ver com a espessura e largura das ripas (tábuas) de madeira que compõem o piso e também por sua forma de aplicação. Suas espessuras variam, geralmente, entre um e dois centímetros e meio, dependendo do tipo de acabamento. É possível ainda realizar diversos desenhos ou paginações com os diferentes formatos de piso. No inicio do século 20, esse tipo de trabalho era muito apreciado em construções brasileiras. Muitos exemplos dessa tendência em piso resistiram até os dias de hoje.

Algumas vantagens dos pisos de madeira são: alta resistência ao tempo, possibilidade de raspagens que deixam o piso quase novo após anos de uso, conforto térmico, agradável sensação ao usuário, entre outras. As desvantagens que podem ser mencionadas são o custo alto desse tipo de material e o tempo de aplicação, que pode ser bastante inconveniente caso o proprietário esteja morando no imóvel durante a reforma, por exemplo.

Carpete de madeira
Este piso trata-se de uma folha de madeira natural, bastante fina, colada e prensada a uma base de madeira processada, como compensado, aglomerado, mdf ou similares. Geralmente o carpete de madeira é bem mais fino do que os pisos de madeira maciça, com algo em torno de cinco a sete milímetros.

O carpete de madeira é usualmente instalado com bastante facilidade ao contrapiso e funciona como um piso flutuante: Ao contrário dos pisos de madeira, ele não é colado ou parafusado ao piso, mas sim apenas colocado sobre uma manta de separação, e preso um ao outro por meio de encaixes do tipo macho e fêmea. Nas bordas é aplicado um rodapé que arremata o revestimento, evitando que ele saia do lugar.

Enquanto a rapidez de aplicação do sistema e preço são suas grandes vantagens, as desvantagens estão relacionadas à baixa durabilidade em relação a outros pisos, ruído característico (uma espécie de som “oco” ao se caminhar sobre ele – existem marcas que possuem soluções especiais para minimizar essa questão) e péssima resistência a água.

Pisos laminados
Ainda que existam pisos laminados aplicados diretamente ao contrapiso por meio de colas, iremos tratar daqui dos pisos laminados de alta resistência com base, ou seja, os pisos comuns de mercado que geram dúvidas entre os outros revestimentos aqui abordados.

O piso laminado é muito similar ao carpete de madeira – o sistema de aplicação e a base são bastante similares. A grande diferença, no entanto, diz respeito ao revestimento final, a superfície em que o usuário pisa. Enquanto no carpete de madeira o acabamento é em folha de madeira, aqui o piso é revestido de algo chamado laminado melamínico (ou fenólico). Esse revestimento é mais conhecido no Brasil pelo nome de um de seus principais fabricantes, a Fórmica.

A grande confusão que ocorre é porque os fabricantes usam laminados que possuem estampas de madeira – São laminados melamínicos que imitam madeira, de forma surpreendentemente real. Mas é um material que poderia ser colorido, ou ter uma estampa, por exemplo.

A vantagem desse tipo de piso, além do mencionado nos carpetes de madeira, é que se desenvolveu uma alta tecnologia para a fabricação desses produtos e o resultado é realmente bastante bom em termos de encaixe e aparência final. A durabilidade é maior do que a dos carpetes de madeira, por causa do laminado e do acabamento do laminado (um processo chamado overlay, mais durável que o verniz do carpete de madeira), porém menor do que a do piso de madeira. As questões de ruído persistem, com algumas melhoras.

Como podemos ver, o importante é saber o que se deseja de um piso: é apenas resolver um problema rapidamente? Colocar algo barato com a aparência de madeira? Um piso nobre, que dura a vida toda, altamente resistente? Pense nessas questões e escolha seu piso!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Conselho do Corinthians dá aval para estádio em Itaquera de olho em 2014

Foi uma mera formalidade, mas na noite desta quinta-feira, no Parque São Jorge, o Conselho Deliberativo do Corinthians deu seu aval para a construção do estádio na região de Itaquera, postulante à abertura da Copa do Mundo de 2014. Em uma votação informal, o projeto acertado com a Odebrecht foi aclamado como vencedor por unanimidade.

“O Corinthians é o reflexo da sociedade. Muita gente não tem casa própria, mas tudo melhorou no país. E melhorou para o Corinthians também. Em fevereiro ou março de 2013 estaremos jogando na nossa nova casa”, comemorou o presidente Andrés Sanchez.

O presidente do conselho, Carlos Senger, já havia manifestado que o objetivo do CD não era complicar ou impor obstáculos ao andamento do projeto, mas analisar de maneira mais detalhada as condições do acordo.

Pelo estatuto alvinegro, a diretoria não precisava da aprovação do Conselho Deliberativo. O artigo 140 diz que “será construído um estádio compatível com a tradição e grandeza do Corinthians, devendo o assunto ser objeto de deliberação especial do CD”.

Por isso, o conselho convocou uma reunião extraordinária nesta quinta. O tema principal do encontro foi justamente a “deliberação especial” sobre o estádio, em detrimento de discussões que costumam fazer parte da pauta no item “outros”. A votação, porém, ocorreu de maneira informal, com o aplauso dos presentes para o projeto acertado com a Odebrecht.

Agora, o presidente Andrés Sanchez pretende assinar o quanto antes o contrato com a Odebrecht. Atualmente, as partes possuem um termo de cooperação técnica. A assinatura do documento, inclusive, teve como testemunha o ministro do Esporte Orlando Silva Júnior, como revelou o Blog do Perrone.

Na semana passada, o Conselho de Orientação (Cori), presidido pelo oposicionista Antonio Roque Citadini, tomou a mesma direção do Conselho Deliberativo e avisou que apoia a decisão tomada pela diretoria executiva. Tal posicionamento ajudou na aprovação por unanimidade nesta quinta.

Com o projeto avalizado por todos os órgãos internos do clube, Corinthians e Odebrecht começam, então, a caminhada para obter todos os laudos necessários para a construção. As obras, porém, só devem ter início nos primeiros meses de 2011. “Já temos alguns laudos e vamos em busca dos que faltam”, disse Andrés.

A estimativa é que o estádio em Itaquera custe cerca de R$ 335 milhões e tenha capacidade para 48,8 mil pessoas. No entanto, já existe um projeto para que esse número suba para 70 mil, atendendo à exigência da Fifa para receber o jogo de abertura da Copa de 2014.

A ampliação, contudo, pode ser custeada por Fifa, CBF ou pela iniciativa privada. O Corinthians não pretende pagar pelo “upgrade”. O clube ainda busca uma empresa que se interesse pelos “naming rights” do estádio. Dessa forma, a Odebrecht ficaria com o valor arrecadado com esse parceiro para custear o investimento total.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Como acabar com as infiltrações em casa?

Num país como o nosso, com um clima úmido na maior parte das cidades, a umidade que entra nas casas é um problema bastante frequente. Há situações em que as pessoas passam toda a vida enfrentando umidade nas paredes, nas lajes, nos telhados, etc. Mas enfim, como acabar com o problema?

Primeiramente devemos separar os tipos de infiltração, pois dependendo de onde vem a água, as atitudes a serem tomadas são diferentes.

Quando a infiltração vem do telhado, normalmente o problema é alguma telha quebrada ou mal encaixada, o que abre espaço para a água entrar. Além disso, esta infiltração pode ser devida a algum problema nas calhas – ruptura ou entupimento – e assim a água que não pode percorrer o seu caminho natural acaba adentrando em sua residência. Estes são os tipos de infiltração teoricamente mais fáceis de serem combatidos. Uma revisão no telhado, a substituição de telhas quebradas, o conserto ou o simples desentupimento das calhas resolvem o problema. Caso a sua casa esteja em construção, mantas específicas para telhados podem ser colocadas sob as telhas. Além de auxiliar no isolamento térmico, elas protegem o interior das residências da água: se o líquido vencer primeiro obstáculo – as telhas – a manta está lá para direcionar a água para fora da casa.

O segundo tipo de infiltração é referente a problemas em lajes de coberturas. Se a sua casa tem apenas uma laje impermeabilizada sem telhas, ou se você mora em um apartamento de cobertura, possivelmente você já viu alguma infiltração proveniente de laje. Essa umidade, que aparece mais nos períodos de chuva, pode ir desde uma pequena mancha escura no teto, até uma verdadeira goteira, e é mais difícil de ser sanada.

A questão, é que neste caso, o que provavelmente está ocorrendo é um problema de impermeabilização. Muito frequentemente o local do teto em que a mancha aparece não é exatamente o mesmo ponto pelo qual a água está infiltrando na cobertura. A água pode circular pela laje, e é comum encontrar enchimentos, tubulações e outras instalações que dificultam ainda mais a localização do ponto de infiltração. O mais adequado a fazer nessa situação é remover o revestimento da cobertura e a manta antiga e refazer a impermeabilização por completo. É necessária uma substituição da manta asfáltica, da proteção térmica e mecânica e do revestimento superior. Nesse momento, você pode aproveitar para mudar a cara da sua cobertura, construindo um jardim, espelhos d’água, etc., como já mencionamos em outros artigos dessa coluna.

Além das infiltrações que vêm de cima (telhado e laje) há as infiltrações que vêm de baixo. Na hora de construir a sua casa, preste bastante atenção à umidade que vem do solo. Quando a casa é apoiada diretamente no solo, corre-se o risco de parte da umidade existente sob a casa, adentrar no piso e nas paredes por um fenômeno chamado capilaridade. Para evitar essa umidade são necessários alguns cuidados:

1. Impermeabilização das fundações com produtos especializados. Em geral são aplicadas tintas de base asfáltica nos baldrames (vigas que ligam os blocos de fundação), alicerces e blocos de fundação, evitando que a umidade da parte mais profunda do solo atravesse a fundação e ente na casa.

2. Se a fundação é do tipo radier (que fica apoiada diretamente no terreno) ou se o contrapiso é feito diretamente sobre o terreno, através de um lastro ou piso armado, devem-se proteger também estas áreas da umidade que vem do solo. Deve-se sempre pensar em como deixar a umidade o mais longe possível de seu piso. Uma atitude que é sempre adequada é a de criar um “espaço” entre a terra propriamente dita e o lastro ou contrapiso. Para isso é recomendada uma camada de brita (pedras de construção) sob o piso: a umidade não sobe através das pedras. Também é possível aplicar mantas ou barreiras de material plástico sob o piso, na etapa de construção para garantir ainda mais esse isolamento.

3. Se a sua casa já está construída e você começa a enxergar uma umidade aparecendo nas paredes ou no piso, provavelmente o mais correto é quebrar a base das paredes até a fundação e aplicar produtos impermeabilizantes sob o piso e nas bases das paredes. Esse tipo de solução pode variar muito em função da verdadeira origem do problema, portanto é sempre importante procurar o aconselhamento de um profissional no momento de tomar medidas corretivas.

No mercado há diversos materiais específicos para cada tipo de infiltração. Consulte sempre um especialista, um bom vendedor ou um aplicador experiente. É sempre difícil conter a água, mas com o produto e a técnica certa, você poderá vencer essa batalha!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

TCU elege quatro estádios da Copa-14 como possíveis 'elefantes brancos'

Os 12 estádios da Copa do Mundo de 2014 foram avaliados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), e quatro deles estão na mira. Os técnicos do tribunal citaram, de acordo com reportagem publicada pela Folha de S. Paulo, algumas obras que dificilmente cobrirão os custos de manutenção depois da realização do segundo Mundial de futebol no Brasil.

O Vivaldão (no Amazonas), o Mané Garrincha (em Brasília), o Verdão (em Mato Grosso) e a Arena das Dunas (no Rio Grande do Norte) chegam a R$ 1,94 bilhão no total de custos. Estas quatro arenas correm risco de virar "elefantes brancos", segundo estudo do TCU, relatado em documento de 28 páginas.

A explicação para a avaliação é de que o quadro se agrava nessas obras "não somente em virtude de serem locais com pouca tradição no futebol, mas também pela relação histórica entre público pagante e valor do ingresso".

Os clubes dos três Estados citados e também os do Distrito Federal estão fora da primeira divisão do Campeonato Brasileiro de 2010 e raramente chegam à elite do futebol nacional. O relatório elaborado para avaliar os riscos envolvendo as obras do Mundial dividiu as futuras arenas em três grupos.

Paraná, Ceará, Pernambuco e Bahia estão listados num nível intermediário de risco. Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo, que ainda não têm estádio aprovado pela Fifa, e Rio Grande do Sul estão fora do grupo de possíveis problemas para o futuro.

O TCU ainda censura a qualidade dos projetos apresentados, além de afirmar que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) não tem "pessoal qualificado para análise técnica de engenharia dos projetos dos estádios". O BNDES é a principal fonte financeira para os governos estaduais construírem as arenas para a competição.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Rede D'Or compra hospitais São Luiz; valor estimado do negócio é de R$ 1 bilhão

A Rede D'Or, do Rio de Janeiro, fechou nesta quinta-feira a compra do controle acionário da rede de hospitais e maternidades São Luiz, de São Paulo. A Folha apurou que o valor do negócio ficou em torno de R$ 1 bilhão. O faturamento estimado do hospital é de cerca de R$ 700 milhões.

O controle acionário, de 70%, pertencia aos herdeiros de um dos fundadores do hospital, o médico Alceu de Campos Rodrigues.

A negociação estava sendo discutida há dois meses. Com a união das duas instituições, a Rede D'Or passa a ter 19 hospitais no Rio e em São Paulo, o que a torna uma das maiores do país.

A rede São Luiz é composta por três unidades: Itaim, Morumbi e Anália Franco. Juntas elas possuem 803 leitos e fazem cerca de 4.400 internações por mês, além de 59 mil atendimentos mensais no pronto socorro.

As três unidades também realizam uma média de 3.400 cirurgias mensais e 13 mil partos ao ano. A rede possui 14 mil médicos credenciados e 4.500 funcionários.

Já a Rede D'Or reúne 40 laboratórios, quatro hospitais D'Or e outros 12 hospitais associados. Ao todo, o grupo atende 240 mil pessoas por ano nos serviços de emergência e uma média de 4.000 pacientes por dia.