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sábado, 28 de fevereiro de 2015

A Caixa Econômica Federal suspende novos contratos do programa Minha Casa Melhor

A Caixa Econômica Federal confirmou a suspensão do programa Minha Casa Melhor, que facilita a compra de móveis e eletrodomésticos. O banco informou que novas contratações estão sendo discutidas para uma nova fase do programa, mas não informou detalhes nem prazos. Para os beneficiários que já tem cartão referente a contratos realizados não haverá mudanças.

Lançado em 2013, o programa facilita a aquisição de bens conforme as necessidades das famílias inscritas no Minha Casa, Minha Vida. A Caixa oferece a cada beneficiário do programa habitacional do governo crédito subsidiado de até R$ 5 mil para compra de móveis e eletrodomésticos, a juros de 5% ao ano e prazo de pagamento em 48 meses.

Sobre a suspensão a Caixa distribui apenas um nota com o posicionamento do banco. “Novas contratações do Minha Casa Melhor estão sendo discutidas no âmbito do programa Minha Casa Minha Vida fase 3. Os cartões referentes a contratos já realizados continuam operando normalmente”, diz.

Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

11 dicas para comprar a casa própria com mais segurança

A compra de um imóvel é uma das decisões financeiras que mais comprometem o orçamento e, por isso, deve ser bem avaliada.

Quem vai comprar um imóvel financiado, poderá comprometer até 30% da sua renda por um período de até 30 anos.

"Se uma pessoa ganhar R$ 5.000, por exemplo, ela poderá comprometer até R$ 1.500 por mês, sobrando R$ 3.500 para viver com sua família . 

Pense que isso poderá durar até 30 anos", exemplifica Marcelo Tapai, advogado especializado em Direito Imobiliário.

Por isso, especialistas recomendam que a decisão da compra deve ser tomada com muito cuidado e só deve ser concluída após o comprador tomar alguns precauções.
Veja, a seguir, as orientações dadas por Tapai e também pelo economista Luiz Calado, vice-presidente de Relações Institucionais do Ibef (Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros) e autor do livro "Imóveis – seu guia para fazer da compra e venda um grande negócio".

1) Decida quanto você quer gastar
Isso deve incluir os gastos com documentação e decoração. Em São Paulo, os custos com documentação chegam a 4% do valor do imóvel. Segundo Marcelo Tapai, os gastos com decoração costumam representar de 20% a 30% do valor do imóvel. "Dependendo do acabamento escolhido, até mais", diz. E ainda há outros custos tais como condomínio e IPTU. Informe-se sobre todos eles.

2) Planeje como vai dar a entrada

Faça aplicações regulares, guardando dinheiro todo mês. Luiz Calado sugere aplicações automáticas, para que, desta forma, o poupador não se esqueça de reservar o dinheiro mensalmente.

3) Teste sua capacidade de pagamento

Antes de comprometer o dinheiro num financiamento, faça um teste: poupe todo mês o dinheiro com o qual pretende pagar a prestação durante um período. Luiz Calado sugere um prazo mínimo de três meses. "Ou até ter confiança da decisão", diz. Se sentir dificuldade para guardar esse dinheiro, isso significa que o valor financiado deverá ser menor ou então o prazo de pagamento deverá ser maior. Para saber o valor das parcelas, faça uma simulação de empréstimo para pagar sua casa antes mesmo de começar a procurá-la. Essa é uma forma de saber quanto de sua renda ficará comprometida.

4) Cuidado com o comprometimento da renda

Cuidado com o porcentual da sua renda que ficará comprometido com as prestações, pois a renda não se mantém a mesma ao longo dos anos. Tenha em mente que imprevistos acontecem e é preciso ter uma poupança reservada para emergências como desemprego ou doença. A reserva de emergência é para ser usada apenas em caso de necessidade. O valor varia de acordo com a atividade da pessoa. Um funcionário público que tenha estabilidade pode acumular o equivalente a seis meses de despesas. Já um profissional liberal ou autônomo, sem garantia de renda, deve poupar no mínimo 12 meses de despesas.

5) Contenha o entusiasmo

Procure não comprar o imóvel no mesmo dia em que foi vê-lo. "Nada é tão sensacional que não permita ir para a casa refletir sobre a compra", diz Marcelo Tapai. "É melhor perder um imóvel excelente do que ficar com um problema por muito tempo."

6) Não tenha preguiça de pesquisar

Antes de comprar, compare muitos imóveis. Vá a lançamentos imobiliários, compareça a estandes de venda, visite os apartamentos decorados, converse com corretores. Compare as vantagens e desvantagens do imóvel novo e do usado.

7) Atenção para a "maquiagem"

Peça ajuda de um especialista para avaliar se o imóvel está em boas condições ou se não foi "maquiado" para a venda. Um especialista vai identificar infiltrações e problemas com a estrutura do imóvel, que muitas vezes estão disfarçados com pintura, por exemplo.

8) De olho nas medidas

Quando for comprar um imóvel na planta, confira se os móveis têm medidas comerciais, porque isso pode representar uma grande diferença na hora de mobiliar.

9) Financiamento só com nome limpo

Antes de solicitar um financiamento, certifique-se de que todos que irão compor a renda estejam com o nome limpo. O financiamento só será aprovado depois que a situação for regularizada.

10) Taxa de corretagem é custo do vendedor
A taxa de corretagem deve ser paga por quem vende o imóvel. Atenção com contratos que embutem a taxa de corretagem para o comprador. Caso isso ocorra, é possível entrar na Justiça pedindo ressarcimento por um prazo de até 5 anos.

11) Pense no futuro

A família vai crescer ou diminuir? Há perspectiva de ter mais filhos ou eles estão em idade de sair de casa? Refletir sobre o assunto evita que a casa tenha de ser vendida num curto período de tempo.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Minha Casa, Minha Vida entrega imóveis sem condições de uso em Chã de Alegria

As casas que as famílias receberam não têm portas, janelas, água e nem energia elétrica

 
Imagine alguém sonhar por cerca de 20 anos com a casa própria e, quando finalmente recebe, vê o sonho transformado em um pesadelo. É o que aconteceu com algumas famílias beneficiadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida em Chã de Alegria, na Zona da Mata de Pernambuco, a 52 quilômetros do Recife. Os imóveis que eles receberam não têm portas, janelas, água na torneira e nem energia elétrica.

A cidade tem cerca de 13 mil habitantes e, segundo um levantamento feito há dois anos pela Prefeitura, tem um déficit habitacional de 718 famílias a espera de uma casa própria. Pessoas que se arriscam a morar em prédios antigos e abandonados. Em uma antiga escola, por exemplo, hoje moram seis famílias. O local não tem banheiro e as rachaduras nas paredes assustam.

Um dos moradores é a dona de casa Josefa Severina da Conceição, que foi beneficiada pelo programa Minha Casa, Minha Vida e, desde 2013, ganhou uma casa na Vila José Honório, mas as moradias, apesar de já estarem ocupadas, ainda estão inacabadas. As pessoas que estão nas casas desde o final do ano passado contaram que a promessa da prefeitura era que a empresa terminaria a obra com eles dentro das moradias. Mas, até o momento, as melhorias que foram feitas saíram do bolso deles.  
 
 
Ao todo, 28 famílias já deveriam ter recebido as casas da Vila José Honório em perfeito estado. Em entrevista, o prefeito Marcos da Roça explicou que não entregou as casas “não-concluidas”, apenas sugeriu que cada beneficiado protegesse seu patrimônio, já que o local foi abandonado pela construtora e havia risco de uma invasão. Ele também falou que o atraso nas obras se deve há problemas no repasse de recursos federais.

Não é de hoje que a construção da Vila é alvo de polêmica. Em 2012, uma equipe de reportagens da TV Jornal esteve no mesmo canteiro de obras e mostrou a exploração do trabalho infantil. Outro projeto em parceria com o programa federal Minha Casa, Minha Vida, está em andamento na cidade de Chã de Alegria, mas a população já não tem tanta esperança.

Através de nota, a Companhia Estadual de Habitação e Obras de Pernambuco (Cehab) informou que foi aberto um processo administrativo contra a empresa responsável pela construção das casas, pelo atraso no andamento da obra. A empresa foi notificada para apresentar defesa e, até o momento, não se pronunciou. Foi aberto um novo processo de escolha de outra construtora para que seja retomada a obra e a previsão de entrega é ainda no primeiro semestre deste ano.
 
Fonte: TV Jornal