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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Com "Terapia do Apartamento", transforme seu lar em oito semanas

Nem todos conseguem colocar os pés em casa e suspirar "lar doce lar". Os motivos são muitos: prioridades, interesse, e, principalmente, falta de bom gosto. Mas isso não precisa ser um grande problema, como explica "Terapia de Apartamento".

Não há uma regra para deslumbrar todos os olhos. Afinal, cada um tem o seu gosto. Mas a obra do design Maxwell Gillingham-Ryan apresenta propostas para tornar sua residência um ambiente confortável e que você queira ficar, curtir e sempre cuidar.

Para o autor e "terapeuta de apartamentos", as visitas às diversas residências o levaram a constatar dois problemas básicos. "O maior deles era a estimulação excessiva. Muitas vezes isso vinha na forma de muita bagunça ou muito tempo assistindo à TV ou outra mídia."

"O outro problema comum", continua o especialista, "era a falta de ritmo na vida diária. Muitas crianças não jantavam em família, não tinham horário para dormir nem tomavam café da manhã antes de ir para a escola".

Embora os lares considerados saudáveis não fossem exatamente iguais, o especialista notou que, no geral, eles eram silenciosos e organizados, e os objetos de um determinado espaço não invadiam o dos outros.

De acordo com o livro, é possível reorganizar o apartamento em oito semanas. Mas antes mesmo de comprar e trocar objetos, o especialista sugere o exercício de entender o espaço e dos acessórios realmente necessários na sua vida.

Leia dez dicas.

*
Quando você analisar o seu ambiente, tenha em mente as regras a seguir ao considerar a distribuição dos móveis:

1. Os móveis ficam mais funcionais quanto centralizados no meio do cômodo.
2. Sofás e camas ficam mais funcionais quanto têm uma mesinha e um abajur de cada lado.
3. Os tapetes devem ser grandes o suficiente para quase encostar nos pés dos móveis ou ficar debaixo deles, exatamente entre os pés da frente e os de trás.
4. Mantenha um bom fluxo no ambiente deixando espaço suficiente para que a energia flua entre os móveis em todas as direções.
5. Os pés das camas devem ficar voltados para a porta do cômodo.
6. Os aparelhos de TV e outros aparelhos eletrônicos devem ficar encostados na parede menos visível da sala, quando vista da porta de entrada.
7. Desencoste o sofá da parede sempre que possível.
8. Não bloqueie as janelas.
9. A sala de estar deve ter no mínimo três assentos separados.
10. Procure não bloquear os cantos.

"Terapia de Apartamento"
Autor: Maxwell Gillingham-Ryan
Editora: Pensamento
Páginas: 292
Quanto: R$ 27,12
Onde comprar: Pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha

Alta de preços em 2011 indica formação de bolha imobiliária, diz professor da Poli-USP

O aumento nos preços de imóveis neste ano está descolado da realidade de custos e indica início de bolha imobiliária. Essa é a constatação de João da Rocha Lima, coordenador do Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

"Você pode explicar a formação de preços por questões especulativas ou por razões estruturais. Neste momento, há identificação de que alguns preços estão fugindo de sua explicação estrutural", afirma Lima.

Até o final de 2010, a alta de preços de residenciais se explicava pelo aumento nos custos de produção: terrenos, produtos e custos de outorga onerosa. Neste ano não há aumento de custos que justifique a valorização do metro quadrado e nem crescimento da demanda.

Para o professor, o mercado residencial pode ter sobrevalorização de 15% a 20% em relação ao valor justo.

LIMITE
O aumento do preço de imóveis acumulado nos últimos anos não foi acompanhado pelo crescimento da renda. Os apartamentos estão menores para suprir a demanda pelo mesmo valor de unidade.

"O produto preferencial que era um produto de 150 m², agora é um produto de 100 m². O custo do metro quadrado cresce e a renda não, a única forma é entregar para as pessoas menos metros quadrados", considera.

Mas não há o risco de uma crise como a norte-americana, quem deve ficar com a perda são os pequenos especuladores, que colocam sua poupança no imóvel.

"No Brasil, o crédito imobiliário é algo muito contido e é extremamente responsável", afirma Lima.