Qualquer projeto de engenharia, após posto em prática, necessita ser operado e mantido com proficiência. Equipamentos e sistemas não são eternos, mesmos que conservados e, pior, se não conservados, falham em pouco tempo de uso.
É muito comum ser negado o poder de supervisionar sistemas e equipamentos ou decidir sobre suas implantações ao engenheiro que os criou ou a outro que deles entende. Da mesma forma, é negado, quase sempre, ao engenheiro, o poder de decidir quanto às previsões de caráter técnico de acontecimentos que, por certo, irão colocar em risco a comunidade em um futuro a curto, médio ou em longo prazo.
As decisões políticas e econômicas, na maioria das vezes leigas, prevalecem, pois são sempre mais poderosas.
Se as chuvas fortes são inevitáveis, tem que haver meios de minimizar seus efeitos, a fim de que as conseqüências sejam menos danosas pelas perdas de vidas e prejuízos econômicos para a sociedade.
Águas despencam em excesso e precisam de caminhos sem empecilhos para que "sumam" o mais rápido possível.
Os empecilhos são muitos, advindos de causas diretas e indiretas. Desmatamentos, por exemplo, enfraquecem o solo pelo baque direto da chuva e encharcamento não compensado pela absorção dos vegetais arrancados do solo. O solo amolecido é, então, carreado pelas águas, indo assorear canais e rios, entupindo tubulações e galerias de águas pluviais (diminuindo, em ambos os casos, seus volumes geométricos, isto é, suas competências de conter o volume de águas que antes eram capazes de conter). Outro exemplo está nas encostas umedecidas e sob pressão de construções e lixos de toda a espécie, tendendo a desmoronar, carregando terra e lixo pelo caminho das águas.