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domingo, 29 de janeiro de 2012

Aluguel de quitinete próxima às faculdades custa mesmo que mensalidade

Além da expectativa de pais e filhos sobre os resultados dos vestibulares, quem terá de mudar de cidade enfrenta a ansiedade em relação ao custo do aluguel.

A Folha levantou preços de locação de 150 imóveis no entorno das principais faculdades da capital e descobriu que os custos com aluguel nessas áreas equivalem a uma mensalidade.

A locação média da quitinete sai por R$ 1.235, fora o condomínio. Na Universidade Presbiteriana Mackenzie, um ingressante em administração paga R$ 1.248 mensais. Na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica), a mensalidade da licenciatura em letras é de R$ 1.257.

O balanço foi feito com unidades na região da Cidade Universitária da USP (Universidade de São Paulo), da Faculdade de Medicina da USP, da USP Leste, da Faculdade Cásper Líbero, do Mackenzie e da PUC-SP.

A pesquisa ainda mostra que o aluguel de apartamento de um dormitório vale, em média, R$ 1.355 mensais, enquanto pelo dois-quartos são cobrados R$ 1.955 mensais.

O preço varia bastante conforme a localização das faculdades.

Calouros da USP Leste encontram locações de dois dormitórios por R$ 700, mesmo preço do aluguel de uma quitinete na Santa Cecília.

É por ali que a estudante Renata Buzolin, 18, caloura de comércio exterior, busca um apartamento para dividir.

Próximos à Cidade Universitária, Vila Indiana e Rio Pequeno também têm valores mais baixos: o dois-quartos sai por R$ 1.000 ao mês.

RUMO AO INTERIOR

Quem sai da capital paulista em direção a universidades públicas nem sempre deixa para trás os altos preços.

Em Santos, o aluguel do um-quarto sai por R$ 1.000, pouco mais que em Santo André (R$ 900).

Em Campinas, a locação parte de R$ 650. Piracicaba, Ribeirão Preto e São Carlos têm locações mais baratas: cerca de R$ 400 ao mês.

Crédito imobiliário deve representar 10% do PIB em até 4 anos

São Paulo – O crédito imobiliário continuará se expandindo e sua participação no PIB (Produto Interno Bruto) do país deve dobrar nos próximos anos, de acordo com a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

“O país entrou em um movimento de crescimento contínuo, com taxas de juros consistentes, e isso fez com que o crédito imobiliário pudesse crescer. Atualmente nós temos o cenário adequado para que o crédito imobiliário possa atingir cerca de 10% do PIB nos próximos 3 ou 4 anos”, disse o presidente da entidade, Octavio de Lazari Junior.

Atualmente, o crédito imobiliário representa 4,7% do PIB nacional, o que, segundo o executivo, é um número baixo. “Isso é muito pequeno em relação a países da própria América do Sul, como o Chile, em que o crédito imobiliário significa 16% do PIB”, diz.

Expectativas de crescimento

O financiamento imobiliário com recursos da caderneta de poupança deve crescer em 2012, embora em um rítmo menor do que no ano passado. “De acordo com as variáveis econômicas, como crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e inflação, esperamos que o crédito imobiliário no país cresça em torno 30% este ano”, disse de Lazari Junior.

Em 2011, o valor dos empréstimos com recursos da poupança cresceu 42% para R$ 79,9 bilhões, novo recorde histórico no SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo).

No mesmo período, o saldo das cadernetas de poupança no SBPE cresceu mais de R$ 30 bilhões, passando de R$ 299,9 bilhões em dezembro de 2010 para R$ 330,6 bilhões em dezembro de 2011.

Pensando em morar sozinho? Saiba como decidir se este é um bom momento

São Paulo - Morar sozinho e conquistar sua independência é o sonho de muitos brasileiros, mas será que o mercado imobiliário está ajudando a realizar este sonho?

De acordo com a diretora da Lello Imóveis, Roseli Hernandes, o país está passando por um momento social em que as pessoas querem, cada vez mais, independência.

“Hoje é grande a procura por imóveis por jovens, recém-separados e até mesmo pessoas casadas, mas que querem ter seu canto para ficar mais vontade”, explica Roseli.

No entanto, segundo ela, o mercado imobiliário não está preparado para atender a esta demanda. Atualmente, não há muitos imóveis de um dormitório disponíveis para locação ou até mesmo compra.

“O mercado imobiliário não se preparou para esse momento social, os grandes projetos imobiliários preveem a construção de imóveis para a família, geralmente com três ou quatro dormitórios. A disponibilidade de imóveis com apenas um dormitório é escassa”, diz Roseli.

Locação

Mesmo com a falta de apartamentos de um dormitório, Roseli diz que é possível morar sozinho e há aluguel para todos os bolsos.

Na cidade de São Paulo, por exemplo, o valor do aluguel pode variar entre R$ 1.200 e R$ 2 mil, de acordo com o bairro onde se pretende morar.

Dicas

Antes de fechar negócio, é preciso ficar atento às condições do imóvel e do contrato de aluguel.

Segundo Roseli, antes de assinar o contrato, o locatário precisa conhecer o imóvel e estudar algumas situações. "Visite o bairro e observe a facilidade de acesso, condução e comércio", explica.

Verifique se o valor do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e a mensalidade do condomínio cabe em seu orçamento.

“É muito comum, principalmente entre os jovens, a quebra de contrato depois de alguns meses. No entanto, isso acarreta em uma série de taxas de rescisão do acordo”,diz.

Outro fator importante é a vaga da garagem: verifique a disponibilidade delas na garagem e as regras de uso.

Para fechar o contrato de aluguel, o interessado não pode ter restrição financeira e a renda precisa ser compatível com o valor da locação. Também é preciso fiador ou garantia de pagamento do seguro-fiança. O ideal é procurar uma consultoria imobiliária que saberá localizar um imóvel de acordo com o seu perfil.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Fundação João Pinheiro atualiza estudo sobre déficit habitacional dos municípios brasileiros

A Fundação João Pinheiro renovou em dezembro de 2011 convênio com o Ministério das Cidades para realização de mais uma edição do Déficit Habitacional Municipal, estudo que tem por finalidade apresentar as informações mais recentes sobre as necessidades habitacionais de cada um dos 5.565 municípios brasileiros.

Realizada pelo Centro de Estatística e Informações da Fundação, a versão atualizada da pesquisa será utilizada para monitorar o Programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.

O estudo será desenvolvido com base nas informações do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que visitou aproximadamente 58 milhões de domicílios em todo o país no ano passado.

“A partir dos microdados do Censo de 2010 discutiremos com os técnicos do Ministério das Cidades como serão formulados e propostos novos indicadores para auxiliar no acompanhamento e desenvolvimento do Minha Casa, Minha Vida, um dos mais relevantes programas do Governo Federal”, explica o diretor do Centro e coordenador da pesquisa, Frederico Poley.

Realizado pela última vez em 2000 e com periodicidade de dez anos, o Déficit Habitacional Municipal de 2010 será concluído ainda em 2012 e irá gerar um banco de dados com as principais informações sobre o estoque de moradias das cidades do país.

Déficit Habitacional - Indicador que analisa o total de famílias em condições de moradia consideradas inadequadas, tais como favelas, coabitação familiar (casos em que mais de uma família mora na mesma casa), adensamento excessivo (quando mais de três pessoas dividem o mesmo quarto ou o ônus excessivo de aluguel), ou quando uma família compromete mais de 30% de sua renda com aluguel.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Rua das butiques, Oscar Freire terá sua primeira loja de carro

Considerada a oitava via mais luxuosa do mundo e a mais glamurosa de São Paulo, a rua Oscar Freire abrigará sua primeira concessionária de carros. Anunciado como temporário, o Espaço-Conceito Citroën é inspirado na loja que a marca mantém na avenida Champs-Élysées, na França.

"A ideia é permitir ao público descobrir, ver e entender não só o universo do automóvel, mas tudo que é tendência para a Citroën, o que nos inspira e nos motiva" explica Francesco Abbruzzesi, diretor da empresa no Brasil.

Além da exposição e informações sobre os veículos da marca, que poderão ser testados pelos clientes, a concessionária contará com programação cultural, como exposições temáticas, cursos e apresentações musicais. Haverá ainda uma livraria no local.

A inauguração do Espaço-Conceito Citroën, entre as ruas Oscar Freire e Consolação, está agendada para o segundo bimestre, logo após o lançamento do DS3, o primeiro compacto "premium" da montadora no país.

Com menos de dois quilômetros de extensão, a rua Oscar Freire é famosa por abrigar butiques e restaurantes de luxo. Ela já possui uma concessionária, mas de motos, da BMW.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Comprador brasileiro reanima mercado imobiliário de Miami

Em 2008, o mercado imobiliário de Miami, cidade conhecida como "portão da América Latina", estava deprimido. Os únicos negócios realizados envolviam execuções de hipotecas, e o futuro parecia tão sombrio quanto as torres de apartamentos de luxo à beira-mar, onde dezenas de compradores perderam entradas consideráveis e abandonaram suas unidades com a chegada da crise.

"Cerca de um terço dos que tinham contratos desistiram. Outro terço dos projetos nunca foi construído. Os preços caíam sem parar", lembra Maurice Veissi, presidente da Associação Nacional de Corretores de Imóveis.

Mas isso foi antes que os brasileiros se tornassem a última onda latino-americana a atingir a cidade.

Primeiro, eles vieram passar férias na praia; depois, para comprar apartamentos de férias -às vezes mais de um e geralmente em dinheiro.

Os imóveis parados foram rapidamente "engolidos", diz Veissi. Hoje, as empreiteiras estão de volta ao trabalho, começando ou reiniciando projetos de edifícios ambiciosos.

Os brasileiros, é claro, não são o único motivo pelo qual o mercado imobiliário local está animado. O sul da Flórida foi chamado pelo jornal "Miami Herald" de epicentro de vendas residenciais para estrangeiros, incluindo outros latino-americanos e europeus. Eles representam mais de 65% das vendas em Miami, segundo a associação.

Brasileiros ultrapassaram outras nacionalidades entre os compradores de imóveis em Miami. Números da associação de corretores os apontam como o segundo grupo mais ativo de estrangeiros, com 12%, entre venezuelanos (15%) e argentinos (11%).

"Eles estão tomando Miami", afirma Edgardo Defortuna, executivo-chefe da imobiliária Fortune International Realty, que já tem escritório em São Paulo."Mais do que apenas comprar um apartamento, trazem seus amigos e parentes para fechar negócio. Quando um compra em um projeto, os outros vêm junto."

Em geral, os compradores são famílias de classe média alta que querem desfrutar da prosperidade recém-conquistada como profissionais liberais e empresários. "Os brasileiros vêm para gastar", diz Cristiano Piquet, 34. Ele se mudou para Miami em 2001, para ser piloto de corrida. Hoje, dirige uma empresa imobiliária com cerca de 50 agentes.

Para Piquet, Miami é limpa, organizada e, principalmente, segura para quem quer exibir sinais de afluência como relógios Rolex ou conversíveis sem temor do crime. Ele conta que, na cidade, há uma placa de carro personalizada que diz: "Here I can" (Aqui eu posso).

Miami tem uma história de sucesso, queda e novamente sucesso. Na Brickellhouse, primeiro lançamento da cidade nos últimos anos, 100 das 374 unidades -com preços de US$ 200 mil (R$ 355 mil) a US$ 1,4 milhão (R$ 2,5 milhões)- foram vendidas em dois meses, quase todas para latino-americanos.

NOVOS ARES

Diferentemente da maioria dos incorporadores, o empreiteiro Harvey Hernandez exige que os clientes paguem 90% do preço antes de a construção terminar, modelo financeiro conhecido pela maioria dos compradores latinos.

Em um esforço para estimular o mercado imobiliário norte-americano, foi apresentada no Senado uma proposta bipartidária que daria vistos de três anos para estrangeiros que investissem no mínimo US$ 500 mil (R$ 888 mil) em imóveis residenciais.

Os legisladores da Flórida devem discutir em breve a lei de "destino resort", que permitiria o jogo em cassinos em complexos de lazer, como o Resorts World Miami, que deverá ter mil apartamentos.

Cidades turísticas da Bahia optam por abrigar sede da prefeitura em hotéis e pousadas

Há poucos dias, o prefeito da cidade de Prado, no extremo sul da Bahia, Jonga Amaral (PCdoB), se viu às voltas com uma polêmica que tinha como pano de fundo o prédio que abriga a prefeitura municipal. Trata-se de um antigo hotel, composto por dois pavimentos e 36 apartamentos que foram transformados em salas, a um custo de R$ 10 mil mensais. Entretanto, a opção por esse tipo de local não parece ser exclusividade da administração de Prado.

Pelo menos outras duas cidades da região também escolheram, não hotéis, mas pousadas para ancorar a prefeitura. A justificativa, repetida pelos demais gestores, foi apresentada pelo próprio Amaral.

“Se nós fossemos um município com aptidão para a agricultura, teríamos a oportunidade de alugar galpões. Mas nossa vocação é turística, então o que temos à disposição no mercado para atender a uma estrutura maior, com nove secretarias, como a nossa, é esse tipo de imóvel, mais voltado à atividade turística”, explica.

De fato, Prado embora não seja um município rico, é um dos principais pólos turísticos da Bahia, localizado na Costa das Baleias. Possui belas praias, hotéis e pousadas, que convidam ao lazer.

Segundo ele, a prefeitura não tem condições financeiras para construir uma sede própria. Aliás, antes de se transferir para o hotel, o município já tinha parte da sua estrutura funcionando em uma pousada, como acontece nas cidades vizinhas de Nova Viçosa e Mucuri.

Américo Grisso Júnior, chefe de gabinete da Prefeitura de Nova Viçosa, diz que ao iniciar o mandato, há sete anos, o prefeito Paulo Alexandre Matos (PDT) encontrou o gabinete estabelecido em outra pousada, porém, pequena e afastada do centro. Decidiu então mudar de endereço, optando por outra maior, mas bem centralizada, que comportasse todas as secretarias.

O mesmo ocorreu em Mucuri, como informa o também chefe de gabinete Renato Lopes Lage. Lá, porém, segundo ele, o prefeito Carlos Robson Rodrigues busca na Justiça a posse de um terreno, onde deverá ser erguida sede oficial da prefeitura.

A celeuma criada em Prado, e que Jonga Amaral atribui à intriga da oposição em ano eleitoral, deveu-se ao valor do aluguel, e ao fato de o proprietário do hotel ter optado por fechar o empreendimento para alugar o prédio.

“Não tenho nenhuma relação com o proprietário. Firmamos um acordo comercial, muito mais vantajoso para o município, que gastava mais com vários aluguéis, contas de água, luz, transporte de servidores, entre outras despesas. Agora temos tudo em um único espaço. Até a máquina copiadora é única e atende a todas as secretarias”, destaca, acrescentando que o munícipe, ao dirigir-se à prefeitura, pode falar não só com o prefeito, mas com todos os secretários e resolver todas as suas pendências num mesmo lugar.

Sobre a grande piscina, com 555m2, abastecida com 327 mil litros de água, que já serviu de fonte de lazer para antigos hóspedes, hoje, assegura o prefeito, é utilizada apenas por jovens e idosos atendidos por programas médicos e sociais da prefeitura.

As suítes abrigam as secretarias e, em uma das primeiras salas, próximo ao local onde funcionava a recepção do hotel, fica o gabinete de Jonga Amaral.

No início, há cerca de três anos, quando da mudança de endereço, admitem alguns servidores, havia muito questionamento por parte da população. Um exemplo é dona Cleonice Dias da Silva, ela entende que a prefeitura poderia procurar uma local mais barato e reverter parte do dinheiro do aluguel atual em benefício da cidade.

Por outro lado, o funcionário da Embasa (Companhia de Águas e Esgoto da Bahia), Flávio Santos aprova a comodidade. “Para mim está ótimo. Fica perto de minha casa e do trabalho. Quando quero resolver algo, faço tudo lá mesmo e rápido”, afirma.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Um Gerdau na hotelaria

O empresário gaúcho Carlos Gerdau firma parceria com a administradora Atlantica Hotels para lançar uma nova rede de hotéis no Brasil.

Por Rafael FREIRE

O sobrenome Gerdau, mais do que indicar a ascendência alemã, sempre esteve ligado à siderurgia e a grandes negócios. Fundado em Porto Alegre (RS), o grupo Gerdau tem presença em 14 países, com operações nas Américas, na Europa e na Ásia. Além disso, a empresa tem capital aberto nas bolsas de valores de São Paulo, Nova York e Madri, 140 mil investidores e um faturamento de R$ 35,6 bilhões. Com 110 anos, a companhia ainda é controlada pela família Gerdau Johannpeter cujo patriarca, Jorge Gerdau Johannpeter, é o atual presidente do conselho de administração. Mas há um Gerdau que dá expediente em um escritório com decoração austera de apenas 100 metros quadrados, com cerca de 30 funcionários, no bairro dos Jardins em São Paulo.


Em vez de contas de bilhões de reais, ele trabalha com investimentos na casa dos milhões. Esse empresário é o gaúcho Carlos Gerdau Johannpeter, 51 anos, primogênito de Jorge. À frente da construtora de casas populares Domus Populi, ele se diverte com a ideia de que, no mundo dos grandes negócios, tamanho não é documento. “A Gerdau é uma empresa bilionária e a Domus é apenas uma startup”, disse Gerdau à DINHEIRO. “Sou mais executivo do que empresário. Meu negócio é colocar a mão na massa.” Sempre que está em seu escritório, em São Paulo, Gerdau começa o dia de trabalho degustando uma cuia de chimarrão. Foi assim na manhã em que recebeu a DINHEIRO, no fim do ano passado.

Entre um gole e outro do mate, Gerdau falou com exclusividade sobre sua nova tacada empresarial que tem como foco o setor hoteleiro. Ele ingressa nessa área em parceria com a Atlantica Hotels, maior administradora de hotéis multimarcas de capital privado da América Latina, com faturamento de R$ 500 milhões. Gerdau, que terá uma participação minoritária no empreendimento, não fará aporte financeiro. Para ser sócio, ele vai construir os quatro hotéis da recém-criada rede innStile por meio da Domus Populi. O investimento total é estimado em R$ 100 milhões. Além das duas companhias, haverá aporte de um grupo de investidores. “É um projeto que une o know-how que a Domus tem em engenharia com a expertise da Atlantica no mercado hoteleiro brasileiro ”, afirma Gerdau.

A nova bandeira será voltada ao turismo de negócios e as primeiras quatro unidades serão erguidas em Campinas, São Bernardo do Campo, Sorocaba e Valinhos, todas em São Paulo. O empreendimento é visto por Gerdau como a chance de mostrar que a sua Domus Populi, palavra latina que significa casa popular, pode fazer a diferença quando se trata de obras de grande porte. A companhia foi fundada em 2003, um ano após ele deixar a empresa da família, na qual era diretor-executivo de operações e principal candidato a assumir a presidência do grupo Gerdau, no lugar de seu pai. Desde então a Domus Populi já entregou duas mil casas. Esse baixo número deve-se ao fato de que a companhia teve sua operação interrompida entre 2005 e 2009.

A Domus foi retomada há dois anos, com a compra da Brasitherm, cujo valor Gerdau não revela. Com isso, a companhia passou a ter exclusividade na utilização de um método construtivo totalmente industrializado, que utiliza painéis pré-fabricados de placas duplas de concreto montadas por guindastes ou gruas no local da obra. “A viabilidade da habitação popular passa por juros baixos”, afirma Gerdau. “Com o programa Minha Casa Minha Vida, agora é possível trabalhar.” A Domus Populi conta com uma fábrica em Várzea Paulista, no interior de São Paulo, onde é capaz de produzir 600 casas por ano. A meta é ampliar essa capacidade para 1,5 mil, após um investimento de R$ 5 milhões. Os clientes da empresa, que não divulga o faturamento, são incorporadores que investem em condomínios residenciais.

Apesar de não ser mais barato do que a construção convencional, o método Brasitherm reduz em até 50% o tempo da obra, segundo Gerdau. Por conta disso, ele espera concluir os hotéis da rede innStile em até dois anos. “A agilidade na construção acaba tornando o negócio mais rentável, pois o retorno financeiro pode ser antecipado”, afirma Paul Sistare, CEO da Atlantica Hotels. “É uma excelente relação custo-benefício para nossos investidores.” A pressa tem sua razão de ser. O crescimento da economia ampliou a importância relativa do Brasil no cenário global, ampliando o turismo de negócios e de lazer. Isso ajuda também a explicar por que o setor vive um boom em matéria de investimentos. Segundo a consultoria BSH International, deverão ser aplicados R$ 7,3 bilhões no setor até 2014.

“O maior poder aquisitivo da classe média e a descentralização da economia acaba movimentando mais o setor e abrindo novas regiões potenciais”, afirma Ricardo Mader, vice-presidente executivo da consultoria britânica Jones Lang LaSalle Hotels no Brasil. Outro fator que torna o mercado brasileiro ainda mais interessante é a rentabilidade dos hotéis. De acordo com dados de um estudo sobre o desempenho da hotelaria mundial, realizado pela consultoria britânica STR Global em outubro de 2011, o faturamento por apartamento no Brasil (em média R$ 180) cresceu 29,4%, comparado ao mesmo mês de 2010. Na América do Sul, o aumento foi de 10,6%. Nos países da Ásia, 12,4%, e, na China, 8,4%. Só a Índia teve queda: 2,3%.

Para se diferenciar da concorrência, Gerdau e a Atlantica Hotels pretendem posicionar a bandeira innStile como um empreendimento com ar futurista, preço competitivo e apelo para o design bem ao gosto dos jovens executivos. Para isso, a decoração será formada com cores vibrantes, paredes de concreto aparente e luzes embutidas em alguns móveis. “Queremos refletir o estilo moderno e pró-ativo dos hóspedes”, diz Gerdau. O mesmo se aplica às áreas de convivência. Na visão dos sócios, ela deverá ser como um ponto de encontro de amigos, e não apenas uma sala para o entra e sai dos hóspedes. A tarifa dos hotéis da nova rede custará até R$ 220. O empresário desconversa quando é questionado sobre os ganhos que espera ter com a nova empreitada.

“Uma das maiores lições que tive na Gerdau foi de mirar um objetivo concreto e trabalhar para alcançá-lo”, diz Gerdau. Graduado em direito e com especialização em negócios na Universidade Harvard, nos Estados Unidos, o herdeiro do grupo Gerdau trabalhou na empresa da família desde a infância até julho de 2002, quando pediu demissão do cargo. “O desejo de abrir minha própria empresa começou dois anos antes de eu sair”, afirma. No ano seguinte, ele fundou a Domus Populi. Ainda como executivo da Gerdau, o empresário chegou a trabalhar no lançamento de uma estrutura metálica pronta para casas populares, mas o projeto, denominado Casa Fácil, não foi para a frente. “Esse produto me permitiu ver uma grande oportunidade no mercado de habitação, que era a necessidade de processos mais eficientes de industrialização.”

Investimento bilionário

Mesmo depois de 14 anos morando no Brasil, o americano Paul Sistare ainda fala português com bastante sotaque. Fundador e CEO da administradora de hotéis Atlantica Hotels International, Sistare se diz um profundo admirador do País. Quando não está viajando a trabalho, gosta de conhecer novas regiões brasileiras. “Conheço mais o Brasil do que muitos brasileiros”, diz. O empresário acaba usando o hobby de viajar para descobrir regiões com potencial para investir. A fórmula tem dado resultados. Hoje, a Atlantica Hotels International possui 79 unidades com 11 bandeiras, que vão desde o segmento de luxo até o popular.

O faturamento chega a R$ 500 milhões por ano. Sistare sempre soube cultivar uma extensa rede de relacionamentos, que lhe permitiu atrair investidores com recursos e gestores qualificados, como Gregory Ryan, responsável pela implantação do McDonald's no Brasil e que atua como presidente do conselho de administração da companhia. Na lista de oito mil investidores de sua empresa consta Nicholas Brady, ex-secretário do Tesouro dos EUA. Nos próximos anos, Sistare terá, mais uma vez, a oportunidade de usar seu conhecimento sobre o Brasil para diversificar a área de ação e o portfólio da rede Atlântica.

É que ele já tem garantido R$ 1 bilhão para erguer 21 hotéis pelo País até 2025. “É o maior ciclo de investimento da história da Atlantica”, diz Sistare. Do total, dez unidades serão instaladas em cidades nas quais a rede ainda não operava. A conta inclui os quatro empreendimentos com a nova bandeira innStile, cujo sócio é Carlos Gerdau Johannpeter, herdeiro do grupo Gerdau. “As grandes capitais já são bem servidas. Nosso foco agora são as cidades médias que já estão no radar das empresas e que não têm boas acomodações para receber quem viaja a trabalho”, afirma Sistare.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Vaga de garagem pode ser penhorada caso tenha matrícula própria

Vaga de garagem pode ser penhorada caso tenha matrícula própria

Em acórdão da 17ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região (SP), o juiz convocado Álvaro Alves Nôga entendeu que as vagas de garagem que apresentam números de matrículas próprias não podem ser tratadas como se fossem bem de família.

Nas palavras do juiz, "quando a vaga de garagem possui fração ideal do terreno, área e localização descrita em matrícula própria distinta da unidade condominial, a permitir sua divisão física, constitui unidade autônoma, independente da unidade condominial."

Com base nesse entendimento, o juiz considerou que a vaga de garagem é passível de alienação e, por consequência, de penhora, tal como ocorre comumente com lojas e salas localizadas em edifícios coletivos.

Fonte: JusBrasil Notícias (Proc. 02293.1997.003.02.00-0 -RO)

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Construtoras lançam apartamentos com vagas para carros elétricos

Realidade na Europa, Estados Unidos e Japão, os carros híbridos e elétricos começam a ensaiar uma invasão ao mercado brasileiro. Atentas a este movimento ecológico das montadoras, as construtoras já oferecem prédios com tomadas para abastecimento destes veículos verdes.A Tecnisa, por exemplo, vai unir no empreendimento Moai um estacionamento capaz de receber um sistema de recarga para carros elétricos e uma área de lazer completa, com piscina coberta e aquecida com raia de 25 metros, piscina infantil, solarium, espelho d’água com bojo, fitness, sauna, sala de descanso, salão de festas, walkdog com agility, playgrounds, entre outros.

“O proprietário de um apartamento com infraestrutura para recarga de carro elétrico nas vagas de garagem, medição individual de água e gás e aquecimento solar tem nas mãos um imóvel moderno e, portanto, supervalorizado por muitos anos”, diz o engenheiro da Tecnisa, Luiz Henrique Manetti.

A Calper é uma da construtora carioca que torna real projetos sustentáveis antes idealizado apenas nas pranchetas dos engenheiros. O primeiro empreendimento residencial da empresa com selo verde lançado no Recreio dos Bandeirantes terá gerador de energia eólica e estacionamento com tomada para abastecimento de carros elétricos da cidade.

“As grandes montadoras já estão investindo em veículos elétricos e híbridos. Acreditamos que até a Copa de 2014, a cidade receba um volume significativo destes carros”, acredita Davidson Meira Júnior, engenheiro responsável pelo projeto de sustentabilidade da Calper. “Estamos preparando o empreendimento para o futuro. Toda a rede elétrica vai ser inteligente, com uma gestão mais centralizada do condomínio. E isso pode significar uma conta de condomínio pelo menos 20% menor, comparado a outros condomínios do mesmo porte”, completa.

A BKO é outra que lança um empreendimento sustentável com sistema de recarga para carros elétricos na garagem. O empreendimento iGLOO marca a entrada da construtora paulista no mercado paranaense. O projetado que foi planejado para famílias pequenas ou jovens casais das classes A e B está sendo erguido no bairro Água Verde, a pouco mais de dois quilômetros do centro de Curitiba.

Programa de trainee ganha versão sênior

A escassez de líderes e a necessidade imediata das empresas de compor quadro de sucessão as levaram a criar programas de trainee executivo para pessoas com experiência profissional e pós-graduação no currículo.

Essa foi a alternativa que as companhias encontraram para suprir a "demanda por novos talentos", afirma Patrícia Coimbra, diretora de desenvolvimento da Oi, do setor de telecomunicações.

Ao contrário da versão para recém-formados, o trainee executivo entra na empresa em cargo gerencial e é treinado para galgar postos mais altos, diz Maira Habimorad, sócia-diretora do Grupo DMRH, que detém a Cia de Talentos.

O salário, segundo ela, é compatível com as atribuições, variando de R$ 4.000 a R$ 8.000.

Na Iguatemi, rede de shopping centers, a seleção de talentos ocorre conforme a necessidade. "Jovens com experiência e qualificação podem ser alocados rapidamente em uma vaga superior [de gestão]", diz Anna Ribeiro, gerente de recursos humanos.

Esse foi o caso de Daniel Lotufo, 33, aprovado no programa de 2010 da companhia. O administrador de empresas deixou de ser trainee após nove meses para ocupar o cargo de gerente-geral do Market Place, o posto mais alto do shopping.

A ascensão "inesperada" deveu-se à experiência de nove anos em redes varejistas, segundo o executivo. "Em vez de gerenciar uma loja, tive que administrar um shopping", conta ele, que, no entanto, recebia salário 20% menor comparado ao que tinha na companhia anterior quando era trainee. Hoje, ganha o dobro.

A maturidade é o diferencial desses trainees, diz Vladimir Barros, gerente-executivo da Ale Combustíveis. "A estabilidade emocional favorece a tomada de decisão."

Com 25 anos de idade, a trainee de marketing da Iguatemi Juliana Ferreira acumula experiência de sete anos e MBA em negócios. "A bagagem [de carreira] foi meu diferencial na seleção", avalia.

Mais nova da turma de trainees executivos da Ale Combustíveis, Izabela Santos, 23, fez faculdade no exterior e atua na área desde os 19 anos. "Tive que mostrar comprometimento e maturidade."

ANÁLISE

Antes de aceitar participar de programa de trainee executivo, o profissional deve avaliar se a oportunidade é viável em termos econômicos e profissionais, aconselha Renata Schmidt, diretora da consultoria Foco Talentos.

"O candidato precisa estar emocionalmente disposto e preparado para passar por um treinamento, mesmo já tendo experiência na área."

Os salários nem sempre são vantajosos e atrativos, complementa Manuela Costa, gerente da Page Talent, de recrutamento e seleção.

"Há profissionais que deixam emprego com remuneração maior para apostar em uma oportunidade de crescimento profissional acelerada", justifica a gerente.

A expectativa do jovem talento, contudo, deve estar alinhada à da organização. "É um investimento com ganho para os dois lados, contanto que ambos estejam dispostos a trabalhar juntos", avalia.

Com um contracheque de R$ 8.000, o engenheiro Fabio Motta, 25, diz não ter se apegado a salário quando deixou o emprego anterior para participar de programa de trainee executivo da Iguatemi.

A remuneração é similar à que recebia, mas ele diz que deixaria a empresa para participar do programa mesmo se o salário fosse inferior.

Depois de trabalhar três anos em grandes construtoras, inscreveu-se no grupo para "ampliar sua visão da engenharia e ter mais perspectivas de crescimento".

Imóveis: preço de dois dormitórios em SP varia de R$ 105 mil a quase 3 milhões

Os imóveis de dois dormitórios lançados na cidade de São Paulo em 2011 chegam a ter diferença de preço de mais de 2.500%, dependendo da localização e do padrão do empreendimento. De acordo com levantamento da Geoimovel, o lançamento de dois dormitórios mais barato no ano passado custou de R$ 105 mil (valor atualizado pelo INCC – Índice Nacional de Custo da Construção) e estava localizado no distrito de São Mateus, na zona leste da cidade. O preço médio do metro quadrado privativo custou R$ 2.235,00.

Já a unidade de dois dormitórios mais cara custou R$ 2,8 milhões e foi lançada no bairro nobre do Itaim Bibi, na zona sul. Lá, o metro quadrado ficou em R$ 14.348,00. Na média, os lançamentos de dois dormitórios na cidade de São Paulo em 2011 atingiram preço de R$ 325,7 mil em 2011, de acordo com o levantamento. O metro quadrado destes apartamentos custou, em média, R$ 5.594,00

Regiões da cidade

De acordo com os dados, a zona sul possui os apartamentos de dois dormitórios com metro quadrado mais caro da capital paulista. Em Moema, o metro quadrado custou, em média, R$ 14.886,00 no ano passado. Em seguida, aparece o Itaim Bibi, com preço por metro quadrado de R$ 10.737,00.

Alto de Pinheiros, na zona oeste, ficou em terceiro lugar, com o metro quadrado valendo, em média, R$ 10.153,00. Por outro lado, o metro quadrado mais barato foi verificado na zona leste. No distrito de Lajeado, ele custou, em média, R$ 2.555,00. Já em Guaianazes, o preço médio foi de R$ 2.620,00 enquanto na Vila Jacui o valor foi um pouco maior: R$ 2.909,00.

Lançamentos

O distrito de Campo Limpo registrou o maior número de apartamentos de dois dormitórios lançados em 2011. No total, foram lançadas 917 unidades, com preço médio do metro quadrado de R$ 3.137,00. Em segundo lugar, aparece o Jardim São Luis, com 906 unidades lançadas, seguido pela Saúde (639 unidades) e Sacomã (630 unidades).

Um dormitório

De acordo com o levantamento, a média de preço das unidades de um dormitório lançadas no ano passado em SP foi R$ 403,5 mil. Assim como no caso dos dois dormitórios, o distrito de Moema concentra os apartamentos com metro quadrado mais caros: R$ 12.357,00 em média. Em segundo lugar, aparece o Jardim Paulista, onde o preço médio do metro quadrado em 2011 foi R$ 11.049,00.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Lei que cria empresa de apenas um sócio entra em vigor hoje

Entra em vigor hoje a lei nº 12.441/2011, que criou a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli), modalidade de pessoa jurídica que protege os bens pessoais do empreendedor.

A lei foi aprovada em junho de 2011 pelo Congresso e sancionada pela presidente Dilma Rousseff em 11 de julho.

Constituída por um só titular, a Eireli garante a distinção entre o patrimônio do empresário e o patrimônio social da empresa, o que reduz de forma significativa os riscos para o empreendedor.

Caso a empresa passe por algum tipo de problema, como processos trabalhistas, somente o patrimônio social da empresa responderá pelas dívidas, sem que os bens pessoais do empresário sejam afetados.

Para constituir uma Eireli, é preciso capital social de, no mínimo, cem salários mínimos -R$ 62,2 mil em valores atuais- e as regras são as mesmas aplicadas às sociedades limitadas.

Até a aprovação da lei, o Código Civil previa apenas a figura do microempreendedor individual (MEI) -que, ao contrário da empresa individual limitada, responde com seu patrimônio pessoal por eventuais compromissos decorrentes da atividade empresarial.

Durante a tramitação do projeto, o governo argumentou que a nova lei contribuirá para aumentar a formalização, especialmente de microempresários que são resistentes a constituir empresas.

Outra vantagem apontada foi o fato de a modalidade acabar com as figuras dos sócios "faz de conta", que se associam aos empreendedores de fato apenas para cumprir a norma de que as empresas tinham de ter pelo menos dois sócios.

O nome empresarial deverá, necessariamente, conter a expressão Eireli, do mesmo modo como hoje ocorre com as sociedades limitadas (Ltda.) e as anônimas (S.A.). É proibido ao empresário individual de responsabilidade limitada figurar em mais de uma empresa da mesma modalidade.

Moradores reclamam de 'casa de barro' feita pelo governo de SP

Toda vez que chove, a autônoma Leandra Aparecida Pereira, 31, e os três filhos já sabem: os móveis têm que ser arrastados e os rodos devem estar por perto.

Desde que se mudaram para uma casa popular no Jardim Santa Bárbara, em Franca (SP), há oito meses, o problema é o mesmo: a água escorre do forro e desce pelas paredes de todos os cômodos.

A mesma situação é vivida por todos os 15 moradores ouvidos pela Folha anteontem.
As casas, entregues pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) a 72 famílias em maio do ano passado, ficam em uma área sem asfalto.

Segundo o governo, a empreiteira tem a obrigação de monitorar as obras pelos 90 dias seguintes à entrega para reparar falhas. Em Franca, os moradores disseram ter reclamado à construtora logo após receber os imóveis, mas não houve correção.

A reportagem constatou goteiras, rachaduras, trincas, vazamentos, pias soltas, umidade e bolor nas paredes, forro solto e até a falta de muros de arrimo. "Fizeram casas de barro e nós estamos pagando. É uma falta de respeito", afirmou a sapateira Rosimary Cruz de Souza, 39.

O autônomo Cosmiro Leonardo dos Santos, 42, disse que pensa em voltar a morar em seu antigo barraco de tábua, no Jardim Cambuí.

"Onde eu morava era muito melhor. Não tinha água, mas também não tinha vazamento, piso solto", afirmou.

Na quadra em que mora, na rua Maura da Silva Santana, todas as casas ficam alagadas durante a chuva.

RIBEIRÃO

O drama dos moradores de Franca é semelhante ao vivido por quem se mudou para o Paulo Gomes Romeo, em Ribeirão Preto, há 11 meses.

A reportagem percorreu 23 casas da primeira etapa do conjunto e, em 20 delas, foram constatados ao menos um problema. Todas têm rachaduras e infiltrações e em nenhuma as janelas fecham.

Pela falta de segurança, a auxiliar de cozinha Clarinda Duarte Rosa, 51, pediu demissão para cuidar da filha. "Já tentaram entrar em casa três vezes", afirmou.

A dona de casa Cristiana Camargo, 30, improvisou um balde embaixo da pia da cozinha por causa de vazamentos desde a mudança.

No banheiro da casa do vigilante José Bento Ramos, 53, a água escorre para o corredor, em vez do ralo. "Tem que tomar banho usando o rodo", afirmou. O mesmo problema ocorre em outras cinco casas.

OUTRO LADO

Dono da Emes Construtora Ltda., responsável pela construção do conjunto habitacional em Franca, Mauro Marco Moreira confirmou haver problemas nas casas e disse que a construtora procura solução para o problema.

Segundo ele, o caso do infiltramento foi repassado à CDHU. "As telhas são de boa qualidade, mas quando chove a água infiltra e se esparrama pelo forro", afirmou.

Ele disse que enquanto busca uma solução técnica, a construtora aguarda trâmite legal sobre o pagamento dos custos para os consertos.

Questionado sobre os outros problemas, ele afirmou que mantém uma equipe à disposição dos moradores.

CROMA

Já Carlos Querido, responsável pelas obras do conjunto de Ribeirão Preto na construtora Croma, foi procurado para falar sobre os problemas flagrados pela Folha na primeira etapa do Paulo Gomes Romeo e não foi encontrado.

Sobre a segunda etapa do conjunto, que foi entregue no último dia 28 e que também tem problemas, ele disse na última terça-feira que em 20 dias os problemas seriam resolvidos.

Por meio da assessoria de imprensa, a CDHU informou que todos os imóveis são vistoriados na presença dos mutuários e os problemas são sanados pelas construtoras.

Ainda de acordo com o órgão, por lei, elas oferecem garantia de cinco anos.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Imóveis: um dormitório lançado em São Paulo custa, em média, R$ 403 mil

Quem pretende comprar um imóvel novo de um dormitório na capital paulista pode preparar o bolso. De acordo com levantamento da Geoimovel, a média de preço de cada unidade lançada no ano passado na cidade de São Paulo foi de R$ 403,5 mil, o que significa um crescimento de 19,5% em relação à média dos lançamentos de um dormitório em 2010 – R$ 338 mil.

Segundo a pesquisa, Moema é o distrito onde o metro quadrado dos apartamentos de 1 dormitório é mais caro – R$ 12.357. Em segundo lugar, aparece o Jardim Paulista, onde o preço médio do metro quadrado em 2011 foi R$ 11.049.

O Itaim Bibi aparece em terceiro lugar. Por lá, o metro quadrado desses apartamentos custa, em média, R$ 10.757.

Na ponta oposta, o Jaraguá apresentou o preço por metro quadrado mais barato entre os distritos da capital paulista, de R$ 3.065, seguido por Campo Limpo (R$ 3.137) e Cidade Dutra (R$ 3.582).

Em média, o metro quadrado dos imóveis de um dormitório custa R$ 8.616, segundo os dados da Geoimovel.

Itaim Bibi concentra maior número de lançamentos
De acordo com o levantamento, o Itaim Bibi foi o distrito com mais lançamentos de um dormitório em 2011. Foram 736 unidades em um total de 7 lançamentos.

O bairro do Cambuci aparece em segundo lugar, com 616 unidades lançadas, seguido pela República (513 unidades) e Bela Vista (355 unidades).